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Governo do Acre já aplicou mais de R$ 15,8 milhões em multas por crimes ambientais em 2024

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As ações do governo do Acre no combate a crimes ambientais já resultaram na aplicação de R$ 15.850.371,69 em multas em 2024, entre janeiro e a primeira quinzena de setembro. As autuações, realizadas por meio do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), órgão fiscalizador, focaram principalmente no combate às queimadas e ao desmatamento ilegal em todo o estado.

Monitoramento diário de focos de calor e alertas de desmatamento do Cigma auxilia equipes em campo. Foto: Pedro Devani/Secom

As ações ocorrem de forma integrada entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Imac, Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Batalhão de Policiamento Ambiental (BMPAC), Grupo Especial de Fronteira (Gefron), Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis Sustentáveis (Ibama) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O governador Gladson Cameli afirmou que os órgãos dos sistemas integrados de Segurança Pública e Meio Ambiente têm trabalhado de forma ostensiva para coibir práticas ilícitas contra o meio ambiente no Acre.

“Estamos atuando na fiscalização e no enfrentamento dos crimes ambientais, especialmente das queimadas. Sabemos que estamos enfrentando uma seca extrema e que, além da sensibilização, é necessário agir de forma mais ostensiva para impedir práticas ilegais e responsabilizar aqueles que não estão de acordo com a lei”, afirmou Cameli.

Operações integradas contra crimes ambientais percorrem áreas críticas no Acre. Foto: Pedro Devani/Secom

O trabalho de fiscalização das equipes em campo é apoiado pelo monitoramento diário de focos de calor e alertas de desmatamento, conduzido pelo Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), vinculado à Sema.

Segundo a secretária de Estado do Meio Ambiente, Julie Messias, o governo tem adotado diversas medidas para enfrentar o desmatamento e as queimadas, especialmente no atual período crítico de seca. “O Estado tem adotado uma série de ações necessárias para o enfrentamento dos crimes ambientais em nosso estado, com equipes atuando de forma integrada e coordenada. Essa abordagem conjunta tem sido essencial para combater de maneira mais eficaz as atividades ilegais, como queimadas e desmatamento. Neste momento, estamos focados em minimizar os impactos negativos desse cenário extremo que estamos vivenciando”, destacou a gestora.

O grupo operacional também atuou com embargos em propriedades e obras. Entre janeiro e setembro deste ano, as equipes de fiscalização embargaram 2 mil hectares devido ao desmatamento e às queimadas. Além disso os agentes apreendem e removem equipamentos e maquinários utilizados nos crimes ambientais.

Equipamentos usados em atividades ilegais de desmatamento são confiscados durante operações ambientais no Acre. Foto: Divulgação/Imac

Operação Sine Ignis

Entre as iniciativas de combate às queimadas em 2024 está a operação Sine Ignis (Sem Fogo), deflagrada entre os dias 29 de agosto e 8 de setembro. Com o objetivo de coibir crimes ambientais, como queimadas, desmatamento e exploração ilegal de madeira, a operação envolveu a colaboração de várias instituições e resultou, somente na primeira fase, na aplicação de mais de R$ 1,5 milhão em multas. As ações se concentraram nos municípios de Rio Branco, Sena Madureira, Manoel Urbano, Feijó e Tarauacá, regiões onde foram detectados os maiores índices de queimadas e desmatamento, conforme mapeamento da Sema, com dados do Cigma.

“A Sine Ignis foi deliberada durante uma das reuniões do Gabinete de Crise, quando todos os dados foram apresentados pelo Cigma, e aí verificamos a necessidade de ser realizada uma emergencial, de forma integrada entre as instituições que compõem os sistemas de Segurança e Meio Ambiente. Então, coube ao Cigma a confecção da carta imagem para o dimensionamento e espacialização dos pontos críticos, visando a alocação das equipes e distribuição proporcional”, explicou Julie Messias.

Além das multas, foram feitos 71 boletins de ocorrência, 21 relatórios de atendimento pelo CBMAC, 4 termos circunstanciados de ocorrência (TCOs), a apreensão de 2 tratores e o embargo de 300 hectares de áreas desmatadas. Participaram ativamente da operação a Sema, o Imac, a Sejusp, o Exército Brasileiro, a PM-AC, o CBMAC, o Ciopaer, o Gefron, o BPA-AC e o Ibama.

O comandante do Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA-AC), tenente-coronel Kleison Albuquerque, afirmou que a integração entre os órgãos fez com que a operação tenha sido exitosa: “Mas, é bom alertar que continuamos com a fiscalização ostensiva em todos os municípios e reforçar que quem queima ou desmata está praticando um crime e que nós não vamos deixar passar”.

Órgãos estaduais e federais trabalham em conjunto para proteger as florestas acreanas e responsabilizar envolvidos em crimes ambientais. Foto: Divulgação/Imac

Enfrentamento à seca extrema

Ainda como parte das medidas para conter os crimes ambientais durante o período de seca extrema, em julho de 2024, o Imac suspendeu até 31 de dezembro a emissão de autorizações para queimadas controladas em todo o território acreano. A decisão foi tomada devido à vulnerabilidade do estado frente ao avanço do desmatamento ilegal, queimadas descontroladas e incêndios florestais.

“Esta é uma medida preventiva, essencial para preservarmos nossas florestas e evitar que o cenário se agrave ainda mais. O Imac, juntamente com a Sema, está com todos os técnicos em campo, trabalhando para fazer esse enfrentamento e combate aos crimes ambientais”, afirmou o presidente da autarquia, André Hassem.

O governo também decretou estado de emergência ambiental no Acre, em vigor até 31 de dezembro, devido aos incêndios florestais, queimadas descontroladas e alta emissão de fumaça.

Governo do Acre implementa medidas emergenciais para enfrentar a seca extrema, incluindo suspensão de autorizações de queima e monitoramento constante. Foto: Pedro Devani/Secom

No início de junho, foi criado o Gabinete de Crise, Seca e Estiagem 2024 para lidar com a redução das chuvas, a diminuição dos cursos d’água e o aumento do risco de incêndios ambientais. Coordenado pela Casa Civil e Defesa Civil Estadual, o grupo se reúne semanalmente para monitorar, mobilizar e coordenar ações necessárias para mitigar os efeitos da seca.

Outras iniciativas incluem melhorias na rede de captação e distribuição de água nos municípios, realizadas pelo Serviço de Água e Esgoto do Acre (Saneacre), com o objetivo de reduzir os impactos da escassez hídrica. O governo também promove o monitoramento diário das condições de saúde e meio ambiente, além da elaboração de boletins diários sobre a qualidade do ar, clima, rios, igarapés, focos de queimadas e alertas de desmatamento, por meio da Sema.

Além disso, o CBMAC está com efetivo reforçado para atuar em todos os municípios, ajudando no combate a incêndios e outras emergências ambientais.

Ações de combate à escassez hídrica incluem a instalação de filtros em unidades de conservação estaduais. Foto: Divulgação/Sema

A instalação de filtros de água potável nas Unidades de Gestão Integrada (Ugais), que atendem comunidades próximas a áreas protegidas é outra medida implementada pelo Estado. Palestras sobre o uso consciente da água também estão sendo promovidas pelas equipes de Educação Ambiental da Sema e do Imac. Equipes também realizam avaliações de impacto ambiental nas áreas afetadas pela seca, orientando o planejamento da distribuição de água pelo Saneacre.

Além de combater os crimes ambientais, as ações do governo têm o objetivo de reduzir problemas de saúde pública associados à má qualidade do ar.

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Homem de 36 anos morre afogado em igarapé próximo à Cidade do Povo

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Vítima se banhava com amigos após consumo de bebidas alcoólicas; perícia descarta sinais de violência

Weverton Santana da Silva, de 36 anos, morreu afogado na tarde desta quinta-feira (14) no igarapé Judia, localizado nas proximidades do Conjunto Habitacional Cidade do Povo, no Segundo Distrito de Rio Branco.

De acordo com testemunhas, a vítima estava com amigos consumindo bebidas alcoólicas quando decidiu entrar na água. Pouco tempo depois, moradores que também estavam no local encontraram o corpo boiando e o retiraram do manancial.

A Polícia Militar isolou a área até a chegada da perícia, que confirmou não haver sinais de violência. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames.

Agentes da Equipe de Pronto Emprego (EPE) da Polícia Civil também estiveram no local colhendo informações. Caso surjam indícios de crime, um inquérito será instaurado para apurar as circunstâncias da morte.

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Corpo de Bombeiros do Alto Acre intensifica alerta diante do aumento de queimadas

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Focos irregulares em áreas rurais e urbanas preocupam autoridades; IMAC suspende licenças para queima controlada

Com Almir Andrade

O verão amazônico de 2025 trouxe um cenário preocupante para a regional do Alto Acre — formada por Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia e Xapuri — com aumento expressivo nos registros de queimadas, tanto no campo quanto nas áreas urbanas.

Em Brasiléia e Epitaciolândia, os focos de fogo têm mobilizado o Corpo de Bombeiros do 5º Batalhão, responsável por atender três municípios e, em casos emergenciais, também atuar em Cobija, na Bolívia. O jornalista Almir Andrade visitou áreas atingidas em Brasiléia, onde extensas faixas de vegetação foram destruídas. Em Epitaciolândia, também houve registro de queimadas irregulares.

Segundo o comandante do 5º Batalhão, capitão Ricardo Moura, a corporação tem recebido chamados quase diários para combater incêndios em vegetação. “Estamos recebendo reforços da capital para o programa Fogo Controlado. Temos uma equipe de pronto emprego na fronteira e outra em Assis Brasil, com apoio da Prefeitura para atender aquela região”, explicou.

Como medida preventiva, o Instituto de Meio Ambiente do Acre (IMAC) suspendeu, nesta semana, todas as licenças para a prática de queima controlada. O baixo nível do rio Acre, abaixo da média para o período, aliado à escassez de chuvas, reforça o alerta das autoridades para os riscos ambientais e de saúde causados pela fumaça e pelo clima seco.

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Polícia Militar salva bebê engasgado na zona rural de Acrelândia

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Ação rápida de guarnição garantiu a sobrevivência da pequena Emilly, de poucos dias de vida

Na manhã desta quinta-feira (14), uma ação rápida da Polícia Militar de Acrelândia salvou a vida de um recém-nascido no ramal Campo Novo, linha 7, área rural do município.

A guarnição, formada pelo tenente Correia, 3º sargento Jonathan e soldado Ruiz, foi acionada por familiares desesperados após a bebê Emilly se engasgar. Sem conseguir contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), os pais buscaram socorro imediato junto à PM.

Ao chegar ao local, o 3º sargento Jonathan executou com precisão a manobra de desengasgo, restabelecendo a respiração da criança. O soldado Ruiz garantiu a segurança e preparou a viatura para possível deslocamento, enquanto o tenente Correia controlava a situação e acalmava os familiares, especialmente o pai, senhor Wagner, visivelmente em estado de choque.

A bebê foi levada ao hospital de Acrelândia, onde recebeu atendimento médico. O pai agradeceu emocionado, destacando que a filha sobreviveu graças à pronta resposta e ao preparo técnico da equipe policial.

O caso reforça o papel da Polícia Militar não apenas na segurança pública, mas também no atendimento emergencial, evidenciando o compromisso da corporação com a proteção e o bem-estar da comunidade.

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