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Cotidiano

As queimadas e o sagrado direito de respirar

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Nelson Liano Jr.

A sabedoria popular diz que o direito de cada um termina quando começa o direito do outro. Imagina então quando nos referimos ao direito mais básico da existência que é poder respirar um ar de qualidade. Quem está queimando e provocando as nuvens de fumaça que cobrem o Acre em determinados períodos há três meses não está tomando conhecimento dos direitos dos seus semelhantes. Assim o que estamos assistindo é um crime contra a humanidade.

Infelizmente a questão ambiental, como tudo no Brasil, ganhou contornos de ideologia política. A preservação do meio-ambiente está associada à esquerda. Mas isso é uma estupidez enorme. Quando falamos do ar que respiramos e da água que bebemos estamos nos referindo às condições mais básicas para sobrevivermos no planeta. Portanto, manter o meio-ambiente saudável não tem nada a ver com direita ou esquerda, mas com a nossa sobrevivência.

Esse período de queimadas transforma o nosso cotidiano numa bolha de fumaça. Respirando o ar contaminado as pessoas estão sujeitas a contraírem uma infinidade de enfermidades, mesmo sendo de direita ou de esquerda. Essa destruição ambiental afeta a todos indiferente de ideologias.

Agora, uma das principais justificativas dos queimadores é a “cultura” amazônica. Assim o circo de horrores se repete todos os anos e os incendiários continuam ilesos. Enquanto as vitimas dessa bomba atmosférica de fumaça e calor estão nos hospitais sofrendo com as doenças respiratórias. Uma lógica suicida que não tem vencedores e nem vencidos porque todos sofrem os efeitos das queimadas.

Também percebo que não adiantam as campanhas institucionais contra as queimadas buscando despertar a consciência dos depredadores ambientais. Porque mais uma vez eles se justificam com a “questão cultural”. Mas fico a pensar que cultura mais estúpida essa que piora a qualidade de vida para milhares de pessoas. Sem falar nos efeitos futuros dessas práticas nefastas para as nossas futuras gerações.

O mais triste é que essa tal “cultura” está realmente entranhada em muita gente. Engana-se quem pensa que as queimadas são provocadas apenas pelos produtores rurais e pecuaristas.

Vejo em Rio Branco muita gente simplesmente queimando o seu lixo doméstico durante esse período numa cidade que tem coleta urbana. Outros que têm terrenos urbanos para fins de especulação imobiliária tacam fogo no mato para não terem que pagar roçadores. E a população vai respirando esse ar cada vez mais contaminado e adoecendo. Principalmente as crianças e os mais velhos.

Na zona rural já existem tantas técnicas para preparar a terra para o plantio sem precisar usar o fogo. Mas essa “cultura” impede muito desses produtores a fazerem investimentos em tecnologias que preservem o meio-ambiente. A ganância para ganhar dinheiro fácil é muito mais forte.

Não sou absolutamente contra o agronegócio e a produção de alimentos. Mas será que não entendem que quando queimam estão acabando com todos os nutrientes da terra? Criando áreas que futuramente serão desertos? Alterando a atmosfera do Acre com tanta fumaça estão interferindo no regime de chuvas? Assim a cada ano a gente assiste as secas se tornando mais severas e com as pessoas sufocadas para respirarem.

Acredito que seja possível e até recomendável que o estado tenha um agronegócio forte para gerar empregos. Mas isso não impede de termos também todos os cuidados com o meio-ambiente para garantirmos a qualidade de vida da nossa população. Na verdade, por mais paradoxal que possa parecer, o agronegócio e o meio-ambiente são complementares. Mesmo porque qualquer iniciativa econômica só tem sentido se a saúde e o bem estar da população estiver em primeiro lugar.

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Mecânico que matou noiva após pedido de casamento é julgado por feminicídio em Rio Branco

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Teve início nesta quinta-feira (17), no Fórum Criminal de Rio Branco, o julgamento de Simey de Menezes Costa, acusado de matar brutalmente a própria noiva, Kettely Soares de Souza, com mais de 30 facadas. O crime chocou a população pela violência e pelo fato de ter ocorrido poucos dias após um pedido público de noivado, realizado no altar de uma igreja.

A sessão está sendo realizada no plenário da 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar, sob acusação do promotor de Justiça Efrain Enrique Mendonza. Simey responde por homicídio qualificado, com as agravantes de feminicídio e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.

O crime aconteceu na noite de 8 de junho do ano passado, em uma residência no Ramal Raimundo Saldanha, no Polo Benfica, região da Vila Acre, em Rio Branco. O corpo de Kettely só foi encontrado na manhã seguinte.

Quatro dias após o assassinato, Simey se apresentou espontaneamente à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), onde foi preso preventivamente.

De acordo com o Ministério Público, embora a lei que transforma o feminicídio em crime autônomo ainda não estivesse em vigor na data do crime, a qualificadora foi incluída na denúncia devido à motivação de gênero e à brutalidade do ato.

O caso atrai atenção por envolver uma relação marcada por um gesto simbólico de amor – o pedido de noivado feito diante de uma congregação religiosa – seguido por um desfecho trágico que reforça a gravidade da violência contra mulheres no Estado.

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Fluminense da Bahia inicia preparação para o Campeonato Estadual

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Foto PHD: Fluminense da Bahia entra no Estadual como um dos favoritos ao título

O elenco do Fluminense da Bahia iniciou nessa quarta, 16, no CIEC da Estação, a preparação para a disputa do Campeonato Estadual de Futsal da 1ª Divisão. A competição começa no dia 12 de agosto com jogos em Rio Branco.

Elenco experiente

A diretoria do Fluminense da Bahia vem montando um grupo bastante experiente. O goleiro Jefson, o fixo Renan e os alas Victor e Matheus Ceará são nomes certos na equipe da Baixada da Sobral.

9 anos fora

O técnico Ed Carlos Maia, tricampeão Estadual pela AABB, volta a comandar  uma equipe na elite do futsal acreano depois de 9 temporadas longe da beira da quadra.

“Temos um grupo qualificado e a ideia é ter um time competitivo na estreia”, declarou Ed Carlos.

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Empresários agradecem redução do IPTU em distritos industriais de Rio Branco

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Empresários ligados à indústria acreana se reuniram na manhã desta quinta-feira (17), em Rio Branco, para um café da manhã em agradecimento à aprovação da lei que reduz pela metade o valor do IPTU cobrado de empresas instaladas nos distritos industriais da capital. O encontro, organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), contou com a presença do prefeito Tião Bocalom e de parlamentares.

A nova legislação transforma em lei um benefício fiscal que antes era concedido por decreto. “Antes, esse incentivo vinha por decreto. Qualquer nova gestão podia simplesmente acabar com ele. Agora, sendo lei, isso muda completamente o cenário, porque passa a dar estabilidade para quem está aqui e também para quem pensa em investir”, disse o deputado federal José Adriano, que também preside a FIEAC.

Segundo ele, a cobrança integral do imposto em 2023, após o fim do período de isenção concedido durante a pandemia, colocou muitas empresas em dificuldade financeira. “A gente começou a ver a preocupação de várias empresas aqui no distrito e no parque industrial. No início, buscamos a isenção total, mas entendemos que isso não passaria pelo crivo do parlamento e dos órgãos de controle. A saída foi negociar uma redução de 50%, que ainda não é o ideal, mas é o possível”, afirmou.

A carga tributária, segundo empresários, vinha levando parte das indústrias a migrarem para a zona rural, onde o custo com impostos é menor. “A área urbana começou a ficar muito cara. Isso levou empresários a buscar terrenos na zona rural, o que traz várias dificuldades, desde transporte de mão de obra até fiscalização e segurança”, comentou.

O projeto foi aprovado por unanimidade na Câmara de Vereadores e sancionado por Bocalom. Durante o evento, o prefeito defendeu a proposta como uma medida para incentivar a geração de empregos.

“Nós sempre dissemos que é preciso produzir para empregar. A prefeitura tem que criar o ambiente para quem gera emprego e renda. Queria zerar o imposto, mas Rio Branco ainda é uma capital pobre. Fizemos o que foi possível”, afirmou o prefeito.

Segundo Bocalom, a aproximação entre prefeitura e setor produtivo foi decisiva para a proposta avançar. “O que a gente não pode é criar lei que espante empresário. A ideia é ter regras que ajudem quem quer trabalhar, não atrapalhem”, disse.

A expectativa de empresários e representantes do setor é que a redução do imposto ajude a conter a evasão de empresas das áreas industriais e estimule novos investimentos.

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