Cotidiano
Cuidadora de idosos registra 6º boletim contra ex que não aceita fim do casamento: ‘quer me matar’
Em vídeo, homem corta roupa de Wiliane Cristina usando um facão. Vítima diz ser perseguida pelo ex desde que decidiu colocar fim no casamento de 17 anos.

Claudenir Cardoso invadiu a casa da amiga da ex e rasgou roupas e quebrou os pertences da vítima — Foto: Arquivo
Por Aline Nascimento
A cuidadora de idosos Wiliane Cristrina, de 34 anos, registrou o sexto boletim de ocorrência e pediu mais uma vez uma medida protetiva contra o ex-marido, Claudenir Oliveira Cardoso. Separada há dois meses dele, Wiliane diz que Cardoso a persegue e até faz ameaças de morte por não aceitar o fim do casamento de 17 anos.
Na terça-feira (28), o homem teria invadido a casa de uma amiga de Wiliane, onde ela estava morando, em Rio Branco, e cortou as roupas, maquiagem, bolsa e outros pertences da ex-mulher. Ao sair da residência, o suspeito teria afirmado mataria a ex-mulher.
Os moradores da casa registraram a invasão. Nas imagens, o homem aparece com um facão nas mãos cortando peça por peça de roupa da ex-mulher. A cena foi assistida pela filha de 7 anos do casal e outras crianças da casa.
Assustada, Wiliane registrou novamente um boletim de ocorrência contra o suspeito na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e pediu a terceira medida protetiva contra o ex.
“Não aceita o não. Já falei que não amo mais porque sempre me maltratou, me fez sofrer e meus filhos. Vai perturbar na casa da minha mãe, que é idosa, faz escândalo e minha vida está virada enquanto esse cara não for preso ou colocar na cabeça dele que não quero mais, ou vai me matar. Ontem [terça,28], invadiu a casa da minha amiga, saiu abrindo as coisas dela e cortou as minhas roupas. Não estava em casa, graças a Deus, porque disse que ia me matar”, contou a cuidadora de idosos.
Polícia faz buscas
A delegada da Deam Elenice Frezz confirmou que Wiliane esteve na delegacia, registrou uma nova ocorrência contra o ex-marido e pediu novamente uma medida protetiva. A polícia faz buscas pelo suspeito, mas até a tarde desta quarta (29) ele não foi preso.
“Foi aberto um novo inquérito referente a essa situação. Pediu renovação de medida e, inclusive, um dos crimes é a quebra da medida protetiva. Fizemos buscamos por ele, mas não foi localizado”, complementou.
A reportagem tentou contato com Claudenir Cardoso por telefone, mas não obteve sucesso até a última atualização desta matéria.
Perseguição
Ainda segundo Wiliane, o ex-marido sempre foi agressivo durante o tempo em que estiveram juntos. Ela explicou que se separou dele diversas vezes ao longo dos 17 anos de casamento, mas reatava o casamento porque Cardoso prometia mudar. O casal é pai de dois filhos, de 7 e 14 anos.
“Isso já faz mais de anos que faz isso, diz que vai mudar, que vai mudar, que vai ser outro homem. Quando minha filha nasceu achei que iria mudar, mas com a barriga enorme ele me expulsou de casa e fui para casa de uma amiga sem teto e sem um lugar para ir.
No último sábado (25), Cardoso chamou Wiliane para ir até o shopping de Rio Branco para fazer compras para a filha de 7 anos do casal. Sem desconfiar de nada, a cuidadora foi e lá foi surpreendida pelo ex com uma declaração de amor e um novo pedido para reatar o casamento.
“Disse que para me deixar em paz, para ir viver a vida dele e me deixar em paz. Me escondi no banheiro, mas ele ficou chorando e até que me achou. Ele já colocou faca no meu pescoço, chamou meus dois filhos e pediu para se despedirem da mãe deles que ela ia morrer. Tive que fugir dele, toda vez que me separo dele saio da casa, abro mão de tudo para ter meu caminho livre”, lamentou.
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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre
O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada
Suene Almeida
Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.
Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário. “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.
Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”
Oscilações do nível do Rio Acre preocupam
O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.
O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.
“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.
Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.
Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.
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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro
Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.
Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.
— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.
O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.
— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.
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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026
Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada
A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.
O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.
— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.
De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.
O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada
Nota da Prefeitura de Rio Branco
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.
O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.
Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.
Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.
A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada

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