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Com visitas suspensas há mais de 50 dias, presos no AC recebem cartas de familiares durante o isolamento social

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Visitas estão suspensas desde o dia 17 de março, quando governo decretou situação de emergência devido a pandemia. Cartas podem ser entregues no NAF.

Com visitas suspensas há mais de 50 dias, presos no AC recebem cartas de familiares durante o isolamento social — Foto: Asscom/Iapen

Por Iryá Rodrigues

Com a suspensão das visitas nos presídios do Acre como medida de prevenção ao novo coronavírus, o Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) autorizou o envio de cartas de familiares aos internos. A ideia é respeitar as medidas de isolamento, mas garantir o vínculo familiar dos presos.

As cartas podem ser levadas pelos familiares no mesmo dia da entrega de materiais de higiene e outros itens no Núcleo de Apoio à Família (NAF). Antes de ser entregue aos presos, assim como os demais itens, as cartas passam por uma análise das equipes técnicas e de segurança.

Inicialmente, somente os familiares vão poder enviar carta aos detentos, mas o Iapen informou que estuda a possibilidade de que os internos possam encaminhar as cartas aos parentes.

A chefe do Departamento de Reintegração Social, Liliane Moura, disse que as cartas começaram a ser recebidas na última segunda-feira (4) e que já foram entregues mais de mil somente na primeira semana. Segundo ela, essa é uma forma de contribuir com a saúde dos presos que vão poder ter notícias de seus familiares.

“A gente percebeu que, devido à falta de visitas, os presos ficam mais ansiosos e preocupados e a família também. E aí a gente resolveu fazer uma força-tarefa e autorizar que levassem essas cartas. Pedimos que as famílias colocassem no texto notícia da saúde deles, da situação como está em casa e levar palavras de esperança e de conforto para eles [internos]. Depois, eles vão estar podendo responder essas cartas”, disse Liliane.

Para evitar contaminação pelas cartas, elas são deixadas por um período de três a quatro dias em um local aberto antes de serem manuseadas pelos técnicos e entregue aos presos.

Cartas passam por protocolo de segurança — Foto: Asscom/Iapen-AC

Visitas suspensas

As visitas tanto familiares como íntimas estão suspensas desde o dia 17 de março, quando o governador Gladson Cameli decretou situação de emergência por conta da pandemia de Covid-19. A medida já foi prorrogada por duas vezes, sendo que o prazo de validade da última termina neste domingo (10).

A reportagem questionou o Iapen se a suspensão deve ser mantida após essa data e foi informado de que uma nova definição deve ser divulgada na segunda-feira (11).

O órgão deve seguir decisão do governo do estado que, por conta do aumento dos casos de Covid-19, prorrogou o decreto de isolamento social até 17 de maio.

Além da suspensão das visitas, o último decreto do Iapen-AC definiu novas medidas para tentar frear o avanço da Covid-19 dentro das unidades do estado.

Entre elas se destacam o uso de máscaras pelos presos; o reforço na limpeza dos pavilhões, celas e outros locais e a determinação do banho de sol em todos os dias da semana.

Ações divulgadas pelo Iapen-AC para combater a Covid-19 nos presídios estão:

  • Nomeação de presos para limpeza de alas, celas, pavilhões, blocos e áreas comuns com equipamentos de proteção individual;
  • Campanha para recebimento de materiais de limpeza como: água sanitária e detergentes e também de proteção individual dos presos;
  • Limpeza regular com borrifação de água sanitária em celas, pavilhões, alojamentos, alas, guaritas, muralhas, áreas comuns, guarda e outras áreas;
  • Os presos passam a tomar banho de sol nos dias seria de visitas;
  • Testes rápidos em servidores que apresentaram sintomas do novo coronavírus;
  • Bloco educacional da Unidade de Regime Fechado, em Rio Branco, também vai ser usado para o isolamento de presos infectados com a doença;
  • Reformas e melhorias nas salas que devem ser usadas nas videoconferências.

Covid-19 no sistema prisional

O Iapen-AC é o setor da Segurança mais afetado pela doença. Segundo boletim divulgado pelo Iapen com dados da Secretaria de Estado de Saúde (Sescre) dessa sexta-feira (8), 58 servidores testaram positivo para Covid-19, sendo 55 policiais penais e 3 servidores administrativos. Outros 57 casos foram descartados e 18 permanecem em análise.

Segundo o Iapen, 25 servidores não apresentam mais os sintomas da doença e já foram considerados curados, sendo eles 23 policiais penais e 2 servidores administrativos. Destes, 18 já retornaram ao serviço normal.

Ao todo, 170 servidores estão afastados de suas funções, sendo 122 do grupo de risco, 58 confirmados com Covid-19 e 18 casos suspeitos que estão em análise.

No caso dos presos, 50 são considerados suspeitos. Destes, sete foram confirmados com a doença e seis foram descartados. Outros 37 permanecem em análise. Segundo o Iapen, dois presos já foram considerados curados.

Em todo o estado do Acre, 347 presos fazem parte do grupo de risco, de acordo com dados do Iapen. Sendo que somente no maior presídio do estado, no Complexo Francisco D’Oliveira Conde, em Rio Branco, são 134.

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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre

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O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada 

Suene Almeida

Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.

Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário.  “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.

Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”

Oscilações do nível do Rio Acre preocupam

O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.

O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.

“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.

Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.

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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro

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Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.

Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.

— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.

O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.

— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.

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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026

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Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada 

A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.

O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.

— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.

De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.

O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada 

Nota da Prefeitura de Rio Branco

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.

O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.

Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.

Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.

A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada 

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