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Boliviana de 14 anos que viu família ser morta após estupro é transferida para UTI de hospital

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A menina já passou por uma cirurgia no braço e estava prevista mais uma cirurgia, já que ela está com bala alojada no corpo

Por Iryá Rodrigues

A adolescente boliviana de 14 anos que viu a mãe e os dois irmãos serem mortos e também levou quatro tiros após ser estuprada por acreano foi transferida para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança, em Rio Branco, nessa sexta-feira (18).

Ela apresentou alterações nos exames e, por segurança, foi levada para a outra unidade para manter a estabilidade do quadro clínico. A informação foi confirmada pela gerente de assistência do pronto-socorro, Mônica Nascimento, onde a menina estava internada.

A menina já passou por uma cirurgia no braço e estava prevista mais uma cirurgia, já que ela está com bala alojada no corpo. Mas, devido às alterações nos exames, a segunda cirurgia foi suspensa por enquanto.

O crime bárbaro ocorreu no último domingo (13), na área de fronteira entre o Acre e a Bolívia, depois que o pai da menina flagrou um acreano estuprando a filha e decidiu amarrá-lo para chamar a polícia.

Enquanto isso, parentes do suspeito de estupro apareceram e atacaram a família boliviana em sua propriedade, que fica perto das cidades de Acrelândia e Plácido de Castro, no Acre. Após atirar contra a família, os suspeitos ainda queimaram a casa.

A menina está acompanhada de um irmão que mora em La Paz, na Bolívia, e chegou ao Acre na última quarta-feira (16), após a tragédia. A reportagem não conseguiu contato com ele. O pai chegou a passar dois dias com ela no pronto-socorro de Rio Branco, mas retornou para Bolívia ainda na quarta para fazer contato com a polícia local, pois quer que o crime seja julgado no país vizinho.

Corpos foram achados dentro da propriedade da família na área de fronteira — Foto: Arquivo/PM-AC

Prisões e apreensões

A Polícia Civil do Acre investiga o caso. Segundo o delegado Samuel Mendes, de Acrelândia, inicialmente dois homens foram presos em flagrante na segunda (14), mas um deles acabou sendo solto e o outro foi levado ao presídio de Rio Branco.

A reportagem tentou contato com o delegado neste sábado (19) para saber sobre o andamento das investigações, mas não obteve resposta até última atualização desta reportagem.

Na quinta (17), a Polícia Militar apreendeu um menor de 17 anos e conduziu duas pessoas investigadas pela morte da família para a delegacia de Acrelândia.

A PM foi até a propriedade da família dos suspeitos, que fica no interior do Acre, cumprir o mandado de internação do menor e um de prisão contra o suspeito do estupro, mas ele se escondeu na mata.

Armas usadas no crime foram apreendidas durante cumprimento de mandado de internação e de prisão — Foto: Arquivo/PM-AC

Pai relata crime

“Me levaram tudo e mais a vida dos meus dois filhos e da minha mulher”, contou o agricultor boliviano de 49 anos, que perdeu parte da família assassinada.

O pai, que não teve o nome revelado para preservar a identidade da adolescente vítima de estupro, disse que confiava nos acreanos que tinha contratado para trabalhar na sua casa e que os conhecia há cerca de cinco anos.

Depois do ocorrido com sua família, ele soube que os homens já tinham se envolvido em outras situações de violência.

“Estamos muito abalados realmente. Eu tinha confiança neles, contratei para trabalhar lá na minha propriedade, conhecia há cerca de cinco anos e eles estudaram em tudo, até como minha mulher guardava o dinheiro”, disse.

O agricultor contou que, depois que amarrou o suspeito na árvore, foi até Acrelândia buscar ajuda da polícia, mas foi informado que não poderiam atender, já que o caso tinha ocorrido em território boliviano.

Ele, então, resolveu retornar para casa quando no caminho soube que três motocicletas tinham passado em direção ao local com seis pessoas armadas com rifles e espingardas.

“Quando estava pegando meu barco para voltar, escutei os tiros, acredito que foram quatro de espingarda e quatro de rifle. Aí me preocupei mais, tentei buscar ajuda e encontrei um boliviano e ele foi quem salvou a vida da minha filha e me falou ‘’sua família está toda morta. Tenha cuidado, porque estão procurando você’. Daí, já me levaram e minha filha já estava na ambulância’, lembrou o agricultor.

Abalada

A reportagem teve acesso a um áudio da adolescente, contando como ocorreu a chacina. O trecho da conversa é parte do depoimento dela dado à polícia. Muito abalada e chorando, ela conta como os criminosos agiram.

“Primeiro dispararam na minha mãe e depois disparam em mim, depois dispararam no [nome de um dos irmãos] e depois no meu irmão [nome do outro irmão], que estava atrás de uma árvore.”

A gravação é interrompida quando a adolescente começa a chorar.

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No Café com Notícias, vice-governadora Mailza destaca prioridades do governo e compromisso com a área social

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Washington abriu a entrevista destacando a sintonia entre vice e governador, ressaltando que essa parceria tem sido fundamental para o andamento de políticas públicas no estado

Vice-governadora participou de entrevista no programa Café com Notícias, de Washington Aquino. Foto: Ingrid Kelly/Secom

A vice-governadora e secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Mailza Assis, participou nesta terça-feira, 23, de uma entrevista ao vivo no programa Café com Notícias, da TV5, conduzido pelo jornalista Washington Aquino. Durante a conversa, Mailza falou sobre os avanços do governo, a relação com o governador Gladson Camelí, as ações sociais que marcam sua gestão e os desafios estruturantes do Acre, incluindo as rodovias estaduais e a BR-364.

Washington abriu a entrevista destacando a sintonia entre vice e governador, ressaltando que essa parceria tem sido fundamental para o andamento de políticas públicas no estado. Em resposta, Mailza lembrou sua trajetória ao lado de Gladson, que começou em 2014, quando foi suplente na chapa ao Senado.

“Eu e o Gladson temos uma história que começou lá atrás. Pretendo dar continuidade ao que de bom está sendo feito”, afirmou.

Mailza ressaltou que sua experiência na vida pública, como senadora, vice-governadora e gestora da assistência social, fortalece seu compromisso diário com o Acre. “A experiência nos prepara. Aprendi muito observando, trabalhando e vivendo os desafios do dia a dia. É aprendizado contínuo”, destacou.

Prioridade na área social

Mailza reforçou que a área social é o coração de sua atuação e um valor pessoal que leva para a gestão.

“Não tem como pensar o Acre sem olhar para as pessoas. Nosso lema é trabalhar para cuidar das pessoas. Quando você coloca as pessoas em primeiro lugar, todas as áreas são fortalecidas, saúde, educação, segurança, infraestrutura. Tudo converge para a dignidade e o bem-estar”, explicou.

Mailza falou sobre os avanços do governo, prioridade na área social e obras estruturantes. Foto: Ingrid Kelly/Secom

A vice-governadora também detalhou o impacto do programa Juntos Pelo Acre, que já percorreu todos os 22 municípios, áreas rurais e aldeias, oferecendo serviços públicos em um único espaço.

“É eficiência, economia e cuidado. A pessoa resolve tudo em um só lugar, com acolhimento e agilidade”, disse.

Sobre o Guarda-Roupa Social, ação integrada ao Juntos Pelo Acre, Mailza lembrou a parceria inédita com a Receita Federal. “Roupas apreendidas eram destruídas. Levamos a proposta de transformar isso em dignidade para as pessoas. Hoje, já alcançamos mais de 90 mil pessoas, com peças novas que mudam autoestima e histórias”, avaliou.

Infraestrutura e desafios da BR-364

Ao tratar das obras estruturantes, Mailza reconheceu que os desafios são grandes, mas reforçou que o governo tem avançado em rodovias, acessos e mobilidade. Citou como exemplo a entrega da Ponte da Sibéria, em Xapuri, aguardada há quase quatro décadas.

“É uma obra histórica, que transformou a vida de quem vive e produz naquela região. As nossas ACs também estão sendo recuperadas e melhoradas”, afirmou.

Sobre a BR-364, ela reforçou que a solução depende diretamente de investimentos federais. “A BR-364 é essencial e todos os anos enfrenta problemas. O Dnit é responsável pela rodovia, e precisamos de apoio do governo federal para garantir obras duradouras, novas tecnologias de pavimento e manutenção adequada. Não podemos e não vamos parar”, ressaltou.

Programa Café com Notícias é conduzido pelo jornalista Washington Aquino. Foto: Ingrid Kelly/Secom

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Acre fica em 7º no país em crescimento da força de trabalho, aponta ranking nacional

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Acre é 7º lugar em ranking nacional de crescimento da força de trabalho, com Norte dominando as primeiras posições e Rio Grande do Sul na última

Especialistas destacam que investir em educação, capacitação e geração de empregos é fundamental para transformar o potencial demográfico em desenvolvimento econômico sustentável, sobretudo nos estados que lideram o ranking. Art

O Acre ocupa a 7ª posição em um ranking nacional de crescimento da força de trabalho com carteira assinada, segundo dados consolidados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). A Região Norte dominou as primeiras colocações, enquanto o Rio Grande do Sul apareceu na última posição da lista, que mede a variação percentual de vínculos formais entre períodos comparados.

Os estados do Norte lideram o ranking devido ao crescimento de setores como serviços, construção civil e agropecuária, além de políticas de incentivo à formalização. O Acre vem registrando expansão moderada no emprego formal, puxada especialmente por contratações no setor público, comércio e atividades ligadas à infraestrutura.

Na outra ponta, o Rio Grande do Sul enfrenta dificuldades setoriais e uma retração mais acentuada na indústria, o que explica sua colocação. Os números reforçam as desigualdades regionais na geração de empregos formais no país, com o Norte e Centro-Oeste em ritmo mais acelerado e o Sul e Sudeste com desempenho mais modesto.

O ranking considera dados mensais ou acumulados do Caged e serve como termômetro da dinâmica econômica estadual. Apesar da boa colocação, especialistas alertam que o Acre ainda precisa ampliar a diversificação econômica para sustentar o crescimento do emprego formal no médio e longo prazos.

De acordo com o Ranking dos Estados com Maior Crescimento Potencial da Força de Trabalho, o Acre ocupa a 7ª posição no cenário nacional, destacando-se no contexto da Região Norte. Foto: captada 

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Professor sobe fratura na perna após colisão entre moto e caminhonete em Sena Madureira

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Fábio ficou preso em bueiro após batida; condição de saúde não foi divulgada. Veículo pertence a Dauro, segundo informações preliminares

Com o impacto, o professor ficou preso em um bueiro, sofrendo uma fratura na perna. A situação exigiu cuidado durante o resgate, devido à posição em que a vítima ficou após o acidente. Foto: captada 

Um acidente entre uma caminhonete branca e uma motocicleta deixou o professor Fábio com uma fratura na perna na tarde desta terça-feira (23), em Sena Madureira, interior do Acre. A vítima ficou presa em um bueiro após a colisão e precisou ser resgatada com cuidado pela equipe de socorro.

De acordo com informações iniciais, a caminhonete pertence a Dauro – ainda não identificado oficialmente – e o professor estava na moto no momento do acidente. Com o impacto, ele caiu e ficou preso na estrutura do bueiro, sofrendo a fratura.

A caminhonete branca pertence a Dauro e a vítima do acidente foi identificada como o professor Fábio, que estava na motocicleta no momento da colisão. Foto: captada 

Após o resgate, Fábio recebeu atendimento pré-hospitalar e foi encaminhado para avaliação médica. O estado de saúde dele não foi divulgado. A Polícia Militar isolou o local para perícia, mas as causas do acidente ainda não foram detalhadas.

Após ser retirado do local, o professor recebeu atendimento e foi encaminhado para avaliação médica. As circunstâncias do acidente não foram detalhadas até o momento. Foto: captada 

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