Geral
Aleac instala CPI para apurar supostos desvios de recursos na Educação entre 2016 e 2020
Os documentos protocolados pelos parlamentares indicam que a CPI, após instalada, deve investigar, no prazo de 90 dias, à Educação do Acre durante os exercícios de 2016 a 2020.

Aleac instala CPI para apurar supostos desvios de recursos na Educação entre 2016 e 2020 — Foto: Alcinete Gadelha/G1 AC
Por Iryá Rodrigues
Após pedido por parte de deputados, a Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) instalou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas fraudes e desvios de recursos destinados à Educação Estadual.
Ao todo, dois pedidos foram protocolados na Casa para abertura da comissão. O primeiro, de autoria do deputado Daniel Zen (PT), e que recebeu a assinatura de outros oito parlamentares que também são a favor da abertura do procedimento apuratório, quer investigar os procedimentos no exercício de 2019 e 2020.
Já o segundo requerimento foi feito pelo líder do governo na Casa, deputado Pedro Longo (PV) e assinado por outros 13 deputados pertencentes à base, que pediu a ampliação do período investigado para 2016 a 2020.
Os dois requerimentos foram lidos durante sessão nesta terça-feira (27) e aprovados pelo presidente da Casa, deputado Nicolau Júnior (Progressistas).
Agora, a Mesa Diretora tem 48 horas para publicar a resolução de criação da comissão, o que oficializa a instalação. Em seguida, são mais 24h para as bancadas indicarem os representantes de cada partido para integrarem a CPI e iniciarem os trabalhos.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria Estadual de Educação, que informou que não tem posicionamento específico sobre a CPI, porque ainda não foi notificado oficialmente sobre o procedimento.
O órgão destacou ainda que todos os processos estão à disposição para análise dos órgãos de controle e que, inclusive, já passam por investigação da Polícia Civil, Ministério Público, além da própria Controladoria Geral do Estado. Os documentos protocolados pelos parlamentares indicam que a CPI, após instalada, deve investigar, no prazo de 90 dias, indícios de malversação e de realização insuficiente de despesas dos recursos destinados à Educação do Acre durante os exercícios de 2016 a 2020.
Esses recursos, segundo os documentos, são oriundos do Fundo Nacional de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e demais programas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), sendo eles o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o Programa Nacional de Transporte Escolar (PNATE) e o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).
No documento, protocolado pelo deputado Daniel Zen aponta que, desde o início de 2019, estão sendo veiculados diferentes escândalos, com “fortes indícios de prática de corrupção”, na Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes do Acre (SEE-AC). O deputado listou 11 fatos sobre as supostas irregularidades ocorridas na pasta, entre eles, operações policiais para justificar a abertura da CPI.
Auditoria na CGE
A Controladoria Geral do Estado do Acre (CGE) divulgou, no último dia 13, os primeiros resultados da auditoria feita na Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE), iniciada no 6 de abril, para apurar supostas fraudes e desvios de recursos.
A secretaria tem sido alvo da Polícia Civil desde o ano passado. Servidores são investigados em pelo menos três operações que apuram irregularidades em licitações para a compra de merenda escolar, cestas básicas e aquisição de computadores.
A auditoria feita pela CGE conta com uma equipe de 16 auditores para o levantamento, que vai abranger da gestão de 2016 a 2021. O órgão fez uma série de recomendações, entre elas o desligamento ou afastamento imediato de qualquer funcionário envolvido nas operações policiais que investigam irregularidades supostamente ocorridas na secretaria.
Em nota, a SEE afirmou que, durante a fase de investigação de qualquer processo, devem ser respeitados princípios que incluem: “presunção da inocência, ampla defesa e o contraditório”.
Sobre dois servidores alvos de operação que investiga fraude nas licitações para compra de computadores, a secretaria informou que eles se encontram de férias e que, portanto, não podem ser afastados ou desligados no momento. Ainda na nota, a secretaria afirma que assim que o período de férias dos dois servidores finalizar, devem ser tomadas as devidas providências administrativas. Com relação aos demais servidores investigados nas operações da polícia, a secretaria informou que todos já foram afastados ou desligados dos cargos.
Operações
Após dois meses de investigação, a Polícia Civil deflagrou, no dia 8 de abril do ano passado, a Operação Mitocôndria em cidades do Acre. A ação, segundo a polícia, foi para frear desvio de recursos da merenda escolar no estado. Segundo a polícia, empresários e servidores públicos atuavam em “conluio” para garantir o desvio de recursos.
Cinco pessoas foram presas no dia da operação, entre elas um sobrinho do deputado Manoel Moraes. O filho e o cunhado do deputado Manoel Moraes (PSB-AC), Cristian da Silva Sales e Manoel de Jesus Leite, respectivamente, chegaram a ser considerados foragidos, mas se apresentaram na delegacia no dia 11 de abril.
Em maio do ano passado, a polícia deflagrou a segunda fase da operação, dessa vez em cidades do Acre e no Mato Grosso. A ação foi para tentar garantir o ressarcimento do prejuízo com o desvio de recurso público na merenda escolar.
Já no último dia 12 de fevereiro, a Polícia Civil prendeu preventivamente seis pessoas envolvidas em uma suposta fraude em licitação pública durante a “Operação Trojan”. De acordo com a Delegacia de Combate a Corrupção (Deccor), houve superfaturamento e sobrepreço na compra de computadores para a Secretaria de Educação do Estado.
Dos presos, três eram funcionários da secretaria e outros três da empresa que ganhou a licitação para a venda das máquinas. O dono da empresa, Cristiano Ferreira, foi preso na época, assim como o ex-secretário adjunto de Educação, Márcio Mourão. Eles foram soltos dois dias depois após Justiça aceitar pedido e cumprem medidas cautelares.
Os envolvidos foram indiciados por associação criminosa, falsidade ideológica e por fraude em licitação pública. Além das prisões, diversos documentos foram recolhidos e o delegado pediu ainda o bloqueio de mais de R$ 2,5 milhões de contas bancárias, valor que é referente ao prejuízo ao poder público.
Em março, no último dia 12, a polícia cumpriu pelo menos 26 mandados judiciais, durante a operação “Pratos Limpos”, em duas cidades do Acre. A operação investiga corrupção em licitações públicas e aponta a compra feita pela SEE de pelo menos 41 mil cestas básicas de forma irregular distribuídas como merenda escolar para pais de alunos.
Entre os presos estão dois servidores públicos e quatro empresários. Nessa segunda (12), um dos servidores presos teve um pedido de habeas corpus negado e deve continuar em prisão domiciliar, com monitoramento eletrônico.
Comentários
Geral
Jovem é agredido com pedaço de madeira em via pública no bairro Conquista
Vítima sofreu fraturas no braço e na clavícula; suspeito fugiu após ataque
Gleison da Silva Sacramento, de 18 anos, foi brutalmente agredido na noite desta quinta-feira (14) enquanto caminhava pela Rua Valdomiro Lopes, no bairro Conquista, em Rio Branco.
Segundo relato da vítima, um homem armado com uma ripa se aproximou e desferiu vários golpes. Gleison conseguiu correr e se abrigar em casa, próxima ao local da ocorrência, enquanto o agressor fugia.
A mãe do jovem, ao visitá-lo, encontrou-o deitado na cama, bastante machucado, e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Ele foi encaminhado ao pronto-socorro da capital, onde recebeu atendimento e foi diagnosticado com fraturas no braço e na clavícula direitos. Seu estado de saúde é estável.
A Polícia Militar não foi acionada para atender o caso.
Comentários
Geral
“Diabo Branco” é preso em operação da PM no Acre
Apontado como criminoso de alta periculosidade, ele é suspeito de quatro assassinatos e sequestros violentos em Rio Branco
Apontado pelas forças de segurança como um dos criminosos mais perigosos do Acre, Gelcicley Alves de França, 29 anos, conhecido como “Diabo Branco”, foi preso na noite de quarta-feira (13) durante um cerco policial na Cidade do Povo, em Rio Branco. A ação foi conduzida por equipes do 2º Batalhão da Polícia Militar (BPM).
Contra o suspeito havia um mandado de prisão preventiva. Após ser capturado, ele foi levado para a Delegacia de Flagrantes (Defla) e, em seguida, transferido para o Complexo Penitenciário da capital.
Nos últimos dias, “Diabo Branco” era alvo de buscas por envolvimento em dois sequestros recentes. O primeiro ocorreu em 17 de julho, quando, atuando como disciplinador de uma facção criminosa, atacou Helitor Altamar Cassimiro Leão da Silva, levado para uma área de mata, agredido e baleado na mão como forma de “punição”. A vítima conseguiu escapar e procurou a polícia.
O segundo crime foi registrado em 18 de julho, quando o motorista de aplicativo Valdisclei Souza da Silva foi rendido e forçado a dirigir em alta velocidade. Durante a fuga, o carro colidiu com uma motocicleta que transportava Giliard da Silva Martins e sua filha de nove anos, deixando ambos feridos. O motorista foi encontrado amarrado no porta-malas do veículo, abandonado no Ramal São José.
Informações recebidas pela polícia na quarta-feira indicaram que o suspeito estava novamente na Cidade do Povo. Na primeira tentativa, ele conseguiu escapar, mas acabou cercado e preso após reforço policial. Além da prisão preventiva, deverá responder por outros crimes em investigação.
Comentários
Geral
Homem foragido pelo crime de homicídio é preso pela PRF durante fiscalização na BR-364
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu, na manhã desta quinta-feira (14), um homem procurado pela Justiça do Acre durante fiscalização de trânsito no km 138 da BR-364, em Rio Branco.
Segundo a polícia, a abordagem ocorreu quando os policiais deram ordem de parada a uma motocicleta Honda. Na verificação dos documentos, foi constatado que o condutor não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e que havia contra ele um mandado de prisão em aberto por homicídio qualificado, crime previsto no artigo 121, §2º, do Código Penal.
O suspeito foi conduzido à Delegacia de Flagrantes de Rio Branco para os procedimentos legais, enquanto a motocicleta foi levada para a unidade policial, de onde poderá ser retirada por um condutor habilitado.
A PRF destacou que mantém atuação constante para garantir a segurança nas rodovias e o cumprimento das decisões judiciais, trabalhando de forma integrada com outros órgãos de segurança pública.
Com informações da PRF
Você precisa fazer login para comentar.