Cotidiano
Rio Acre se mantém distante da cota de alerta em Assis Brasil, Brasiléia e Epitaciolândia
O boletim mais recente do SACE, divulgado às 10 horas da manhã (Brasília) desta quarta-feira, 17, indica que o nível do Rio Acre tem se mantido estável
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Há alguns dias com o nível do Rio Acre acima da cota de transbordamento em Rio Branco, já com várias famílias atingidas, a população da capital acreana, em especial a situada nas regiões diretamente suscetíveis à enchente, volta a atenção para o que ocorre na parte de cima do manancial, nos municípios de Assis Brasil, Brasiléia/Epitaciolândia e Xapuri.
Diariamente, o Sistema de Alerta de Eventos Críticos (SACE), do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), que opera e dá manutenção à rede básica nacional da Agência Nacional de Águas (ANA), disponibiliza em tempo real informações sobre volumes de chuva e níveis dos principais rios do país, além de emitir boletins e relatórios contendo previsões de enchentes, inundações e secas.
O boletim mais recente do SACE, divulgado às 10 horas da manhã (Brasília) desta quarta-feira, 17, indica que o nível do Rio Acre tem se mantido estável, nos últimos dias, nas estações de monitoramento hidrológico dos municípios de Assis Brasil e Brasiléia/Epitaciolândia, com pequenas variações para mais ou para menos (enchente e vazante).
O monitoramento hidrológico possui a grande importância de permitir que instituições públicas e privadas, defesa civil e cidadãos possam tomar decisões preventivas ou que mitiguem os efeitos indesejáveis de uma enchente de grandes proporções, situações não tão raras no Acre – o último grande evento desse tipo nas regiões do Alto e Baixo Acre ocorreu em 2015.
Atenção
Em Assis Brasil e Brasiléia, equipes da Defesa Civil estão de prontidão para o risco de transbordamento do rio, em razão do volume de chuvas. No primeiro município, foi criado pela prefeitura um Comitê de Enfrentamento de Situações Adversas que, além da possibilidade de enchente, trata também de outras situações críticas, como o problema dos imigrantes estrangeiros.
No último dia 12, no exercício do cargo de prefeito, o vice-prefeito de Brasiléia, Carlinhos do Pelado, se reuniu com a equipe operacional do município e definiu estratégias para o enfrentamento de uma possível alagação. Em 2015, a área do centro antigo da cidade foi devastada pela cheia histórica do Rio Acre, que afetou milhares de pessoas em seu curso até a sua foz, no município amazonense de Boca do Acre.
Em Xapuri, onde o rio superou os 11 metros no último domingo, 14, o nível das águas vêm regredindo desde então, chegando a 9,19 metros nesta quarta-feira, 17. Em Assis Brasil e Brasiléia/Epitaciolândia, os níveis nesta manhã, por volta das 10 horas, eram de 7,6m e 7,8m, respectivamente. As cotas de transbordamento nesses locais são de 12,50m, 11,40m e 13,40m.
Na última sexta-feira, 12, a prefeitura de Xapuri convocou as autoridades locais ligadas à Defesa Civil estadual e municipal, como secretários de Assistência Social, Saúde e Meio Ambiente, além da Vigilância Sanitária e representantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros discutir o plano de contingência para a possibilidade de transbordamento do rio.
A comandante do 8º Batalhão do Corpo de Bombeiros, sediado em Xapuri, tenente Marcela Sopchaki, que atualmente representa a Defesa Civil Estadual no município, disse que a reunião foi muito importante e produtiva por envolver a presença de uma equipe multidisciplinar. De acordo com ela, as ações da Defesa Civil em uma enchente em meio a uma pandemia é muito mais complicado.
“Estamos atualizando o plano de contingência para a nova realidade, com pandemia e tudo mais. A adaptação das ações relacionadas à gestão das pessoas atingidas, no caso de transbordamento do rio, fica mais difícil pela necessidade de se alocar mais gente nos mesmos espaços, pela necessidade do distanciamento social”, explicou a militar.
Em 2015, Xapuri viveu um dos momentos mais difíceis de sua história, quando o Rio Acre alcançou 18,30 metros e deixou 40% da zona urbana inundada, desalojando de seus lares mais de 3.500 pessoas. À época, a Coordenação de Defesa Civil estimou que os transtornos causados pelo desastre natural foram sentidos por quase a totalidade da população.
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Erick Rodrigues vai fazer avaliações no Rio e na Fazendinha

Foto Sueli Rodrigues: Erick Rodrigues quer colocar o Vasco na Copa São Paulo em 2026
É oficial. Erick Rodrigues vai comandar a equipe do Vasco na disputa do Campeonato Estadual Sub-20. O treinador vai realizar avaliações nesta quarta, 5, no Rio de Janeiro, e na sexta, 7, na Fazendinha, para começar a montar o elenco para a disputa da competição.
“Esse é um projeto importante para o Vasco. A ideia é selecionar dez atletas no Rio de Janeiro e fechar o grupo com os garotos acreanos. Teremos uma equipe competitiva no Estadual Sub-20”, declarou Erick Rodrigues.
4 atletas
Os laterais Rafael e Andrey, o volante Bernardo e o meia Pedrinho estão no elenco profissional do Vasco e seguirão no Sub-20.
“O Rafael, o Andrey e o Pedrinho estão treinando e jogando. O Bernardo sofreu uma lesão no joelho na fase de preparação ainda no Rio e vem realizando tratamento. Vamos ter um time forte”, afirmou o treinador.
Vaga na Copa SP
Segundo Erick Rodrigues, o principal objetivo é colocar o Vasco na Copa São Paulo 2026.
“Vai ser um torneio duríssimo, mas temos a nossa meta muito clara”, declarou o técnico.
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102 atletas estão confirmados na disputa do 1º Aquathlon

Foto Jhon Silva: Patrícia Maciel vem realizando treinamentos para a primeira prova da temporada
102 atletas irão disputar o 1º Aquathlon, competição programada para abrir a temporada de 2025 da Federação Acreana de Triathlon (FATRI). A prova terá 1.000 metros de natação, no açude do BOPE, e 5 quilômetros de corrida no Parque do Tucumã.
“Fechamos as inscrições com um número excelente. Os atletas irão se desafiar e teremos uma grande prova na abertura da temporada”, comentou a presidente da FATRI, Cláudia Pinho.
Mais de 150
Segundo Cláudia Pinho, mais de 150 pessoas estarão envolvidas na competição.
“Teremos os treinadores e as equipes de apoio. Vamos começar o ano com um evento bastante movimentado e números expressivos”, avaliou a presidente.
Premiação em dinheiro
A FATRI vai distribuir premiação em dinheiro para os cinco primeiros colocados, no feminino e no masculino.
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Programa do governo do Acre beneficia mais de duas mil pessoas por ano com aparelhos auditivos
Para o otorrinolaringologista e médico responsável pelo Saúde Auditiva no CER III, Santiago de Melo Júnior, esses instrumentos tecnológicos desempenham um papel fundamental na vida de todas as pessoas

Programa Saúde Auditiva é uma iniciativa do governo do Acre. Foto: Felipe Freire/Secom
A capacidade de ouvir é essencial para a comunicação, o aprendizado e a convivência em sociedade. Dificuldades nesse sentido podem comprometer a qualidade da vida humana, tornando a troca de informações desafiadora, prejudicando o desempenho social e afetando o bem-estar emocional. Por isso, em 3 de março comemora-se o Dia Mundial da Audição, data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do cuidado e da prevenção à perda auditiva. A escolha da data faz referência à forma dos algarismos “3.3”, que lembram a anatomia de duas orelhas.
Comprometido com essa necessidade, o governo do Acre instituiu o programa Saúde Auditiva, responsável por realizar atendimentos a cidadãos que sofrem com a perda da capacidade de ouvir ou que nasceram com essa deficiência, promovendo a inclusão nas atividades diárias, na interação familiar e social.
Durante um período, o projeto deixou de receber investimentos e só voltou a atuar de maneira promissora a partir de 2019, primeiro ano de mandato do governador Gladson Camelí, que solicitou o retorno das atividades.
Sobre o programa
O Saúde Auditiva é fruto de uma parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) e o governo federal. Atualmente, os atendimentos são realizados no Centro Especializado em Reabilitação (CER III), em Rio Branco. Por meio do programa, em 2024 quase dez mil pessoas foram acompanhadas.
De acordo com a gerente-geral do CER III, Cinthia Brasil, os serviços oferecidos visam à avaliação, ao diagnóstico, à protetização e à reabilitação dos pacientes que têm a perda de audição comprovada.
“A pessoa passa pela consulta com o especialista, que geralmente a encaminha para alguns exames complementares para dar o diagnóstico. Tendo a perda comprovada, a gente faz a solicitação do aparelho. Dependendo do tipo de prótese, a gente também realiza o molde e encaminha à empresa, que fica em São Paulo, para poder adaptar corretamente, Após isso, realizamos as terapias fonoaudiológicas”, explica a gestora.

Cinthia Brasil é gerente-geral do CER III. Foto: Felipe Freire/Secom
Além disso, os recém-nascidos que falharam na Triagem Auditiva Neonatal (TAN), popularmente conhecida como “teste da orelhinha”, já possuem vaga garantida para realizar o reteste pelo Estado. “O paciente não fica desassistido”, destaca Cinthia.
Por serem realizados por intermédio da Sesacre, todos os serviços oferecidos são gratuitos. Para garantir o atendimento especializado em otorrinolaringologia no CER III, o paciente deve, inicialmente, procurar uma unidade básica de saúde (UBS) em seu município. Dessa forma, o médico fará o encaminhamento ao especialista. Após isso, todo o tratamento subsequente é realizado no Centro Especializado em Recuperação.

Pacientes de todo o estado realizam consultas no Centro Especializado em Reabilitação. Foto: Felipe Freire/Secom
Aparelho auditivo
Apesar da grande variedade de atendimentos oferecidos, o principal serviço presente no programa se dá por meio dos aparelhos de amplificação sonora individual (Aasi). Dados levantados pela administração da unidade mostram que mais de sete mil pares foram entregues entre 2021 e 2024.

Mais de sete mil pares de aparelhos de amplificação sonora individual foram entregues entre 2021 e 2024. Foto: Felipe Freire/Secom
Para o otorrinolaringologista e médico responsável pelo Saúde Auditiva no CER III, Santiago de Melo Júnior, esses instrumentos tecnológicos desempenham um papel fundamental na vida de todas as pessoas que sofrem com alguma complicação na escuta.
“O impacto é sensacional, porque os pacientes, principalmente os idosos, quando começam a ter uma perda de audição, se isolam. Esse isolamento não traz só o problema social, mas também o cardíaco e o psicológico. Com o advento do aparelho, o cidadão volta para a sociedade e para o convívio com a família, que é o principal”, observa o médico.
O profissional destaca, ainda, a importância de um projeto como esse na rede pública de saúde, tendo em vista o valor elevado do equipamento: “O Estado vem dando continuidade ao programa e isso é importante, porque são pacientes que não possuem condições financeiras de comprar. O aparelho vem evoluindo com o tempo e possui um preço inacessível para muitos”.
A população também tem garantida, por parte do Estado, a manutenção dos dispositivosem caso de dano. Dessa forma, os beneficiados se mantêm assistidos durante todo o processo de adaptação ou melhora do quadro clínico.

O programa também oferece manutenção aos Aasi. Foto: Felipe Freire/Secom
O profissional destaca, ainda, a importância de um projeto como esse na rede pública de saúde, tendo em vista o valor elevado do equipamento: “O Estado vem dando continuidade ao programa e isso é importante, porque são pacientes que não possuem condições financeiras de comprar. O aparelho vem evoluindo com o tempo e possui um preço inacessível para muitos”.
A população também tem garantida, por parte do Estado, a manutenção dos dispositivosem caso de dano. Dessa forma, os beneficiados se mantêm assistidos durante todo o processo de adaptação ou melhora do quadro clínico.

Raimundo Nonato ressaltou a importância do Saúde Auditiva em sua vida. Foto: Felipe Freire/Secom
Promoção de dignidade
O aposentado Raimundo Nonato nasceu com o canal auricular estreito e, desde a infância, tinha dificuldades para ouvir. Ao saber do programa Saúde Auditiva, identificou a oportunidade de escutar com mais clareza e, pela primeira vez, passar a conviver em sociedade com mais conforto e dignidade.
“Eu fui orientado a comprar um aparelho, só que não tenho condições financeiras suficientes. O programa facilitou muito, porque logo fiz o molde e já vim retirar. O tempo de espera foi bastante rápido”, contou.
Ao garantir o equipamento sonoro, o aposentado afirmou que sua vida será transformada, pois a comunicação com as pessoas, algo fundamental para todo ser humano, vai melhorar: “Tenho certeza que sim”.
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