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Guayaquil recebe caixões de papelão para vítimas de pandemia

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Efe, O Universo

A crise sobre o destino dos cadáveres na cidade equatoriana de Guayaquil continuou neste sábado (04) apesar dos esforços das autoridades para recolhê-los e em meio ao desgosto e incerteza dos parentes, enquanto a empresa privada anunciou a doação de mil caixões de papelão.

Após as chocantes imagens nas redes sociais de cadáveres em ruas e casas em Guayaquil, penduradas por familiares desesperados na ausência de uma resposta das autoridades para prosseguir com sua revolta, o Governo e o Município coordenaram uma resposta nos últimos dois dias que, no entanto, não conseguiu acabar com essa situação.

Na manhã de sábado, no bairro Norte de Molhos 8, um corpo foi deixado em um móvel na parte central de uma avenida com a placa “Ligamos para o 911 e não há ajuda”.

Após o meio-dia, uma equipe de agentes do Controle Metropolitano de Guayaquil, que estão envolvidos no levantamento com uma força-tarefa do Exército, pegou outro corpo em Sauces 5 e o transferiu para o cemitério Jardines de la Esperanza.

Caixões de papelão comprimidos

Foi um morto há mais de um dia e ele não pôde ser pego em sua casa também. As autoridades foram alertadas por vizinhos, que informaram que a mãe da vítima, uma mulher mais velha, permaneceu na casa ao lado do corpo.

A emergência é de tal magnitude que o município coordena com a empresa privada a entrega de mil caixões de papelão ondulado para entregar os corpos, informou o jornal El Universo, de Guayaquil.

“Os caixões serão distribuídos nos cemitérios Jardines de la Esperanza e Parque de la Paz e, se necessário, também serão entregues à equipe de Criminalística da Polícia Nacional”, disse o rotativo.

Incerteza e confusão nos cemitérios

Enquanto isso, várias dezenas de pessoas se aglomeravam pela manhã nos portões dos campos dos Parques de la Paz de Guayaquil, para exigir que se rendessem aos seus falecidos para que pudessem enterrá-los. Os corpos são de pessoas que estavam em hospitais ou mesmo em casas particulares, para COVID-19 ou outras causas, que foram levantadas e recolhidas pelas autoridades esta semana.

Outra circunstância é que o corpo foi levado para o cemitério público do Parque da Paz, em La Aurora, ao norte de Guayaquil, onde o sofrimento pode ser duplo porque muitas vezes descobrem lá que seus entes queridos não chegaram e não sabem onde estão.

Esta semana, a Prefeitura de Guayaquil providenciou contêineres refrigerados para abrigar os restos mortais à luz do acúmulo nos necrotérios, como medida para aliviar as devastações que o coronavírus está causando na cidade, que como o resto do país está sob um toque de recolher de 15 horas por dia.

O vice-presidente do Equador, Otto Sonnenholzner, reconheceu a “deterioração” da imagem internacional que o país sofreu como resultado do que está acontecendo em Guayaquil e anunciou novas medidas para enfrentar a pandemia que já reivindica 172 vidas e 3.465 contágios.

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Bocalom evita compromisso automático com Mailza e defende união “ideal” da direita, mas lembra: “Quem tem medo, não entra”

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Prefeito de Rio Branco relembra apoio decisivo a James, marido da vice-governadora, em 2008, mas ressalta que “política é dinâmica”; em entrevista, aponta obras e educação como prioridades

Ao tratar do ambiente eleitoral, Bocalom deixou claro que a união é desejável, mas não pode ser imposta. As declarações foram dadas durante entrevista ao programa Bar do Vaz. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), afirmou nesta terça-feira (16) que não se sente obrigado a apoiar a vice-governadora Mailza Assis na disputa pelo governo do Acre em 2026. Em entrevista ao programa Bar do Vaz, do ac24horas.com, ele defendeu a união da direita como “cenário ideal”, mas ressaltou que eleições são competitivas por natureza.

— O ideal é que o grupo não se desfaça. Mas eleição é eleição. Quem tem medo, não entra — disse Bocalom, ao ser questionado sobre um possível apoio a Mailza. — Eu tenho [obrigação de apoiá-la] ao mesmo tempo que ela também tem.

O prefeito relembrou ter ajudado James, então marido de Mailza, a ser eleito prefeito de Senador Guiomard em 2008 — mesmo ano em que ele perdeu a disputa por Rio Branco. Contou que recusou mudar seu título eleitoral para ser vice de James, mas articulou a migração do PSDB, mobilizou recursos e fez campanha pessoalmente no município.

— Tirei o partido da mão de um vereador, botei na mão do James e ajudei ele a montar o partido lá. Deixei aqui três ou quatro vezes a minha eleição na capital e passava o dia inteiro com ele lá — relatou. — Brasília me arrumou um dinheirinho para fazer minha campanha. Dividi metade para mim e metade mandei para o interior, para ele.

Sobre a relação atual com Mailza, Bocalom afirmou ter “carinho muito grande”, mas ponderou que “política é dinâmica”. Ele também destacou o orgulho de comandar a capital e citou ações na educação e obras urbanas como marcas de sua gestão.

Declarações estratégicas

“O ideal é que o grupo não se desfaça”

“Eleição é eleição. Quem tem medo, não entra”

“Eu tenho [obrigação de apoiar] ao mesmo tempo que ela também tem”

“Ela hoje é vice-governadora, e política é dinâmica”

Relembrando 2008
  • Articulação: Bocalom ajudou James a montar PSDB em Senador Guiomard
  • Recursos: Dividiu verba de campanha entre capital e interior
  • Resultado: James eleito prefeito, Bocalom perdeu em Rio Branco
Gestão atual
  • Obras: Revitalização de praças, fontes interativas, “cara de capital”
  • Educação: Entrega de uniformes e tablets a alunos municipais
  • Aprovação: Vitória no 1º turno com quase 55% dos votos em 2024

As declarações ocorrem em momento crucial de articulação pré-eleitoral, com Mailza Assis e Alan Rick como principais nomes da sucessão estadual.

A postura cautelosa de Bocalom reflete complexidade das alianças na direita acreana, onde históricos pessoais e projetos políticos nem sempre se alinham automaticamente.

Bocalom citou o resultado das urnas como indicativo de aprovação popular. “Ganhar no primeiro turno, com quase 55% dos votos, mostra que as pessoas estão satisfeitas”, afirmou Bocalom. Foto: captada 

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Prefeitura de Rio Branco intensifica vacinação antirrábica até 19 de dezembro em pontos estratégicos da cidade

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A população também pode vacinar seus animais no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que funciona das 7h30 às 16h30, e na Urap Roney Meireles, das 8h às 12h

Rio Branco tem índice de vacinação de 80%, que é a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. Foto: cedida

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, segue intensificando a vacinação antirrábica para cães e gatos em diferentes pontos da cidade até o dia 19 de dezembro, com o objetivo de ampliar o acesso da população ao serviço e manter os índices de cobertura vacinal acima do recomendado pelo Ministério da Saúde.

Atualmente, a vacinação está sendo ofertada no Arasuper do bairro Aviário, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30. Além disso, a população também pode vacinar seus animais no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que funciona das 7h30 às 16h30, e na Urap Roney Meireles, das 8h às 12h.

Após o dia 19 de dezembro, todos os pontos de vacinação antirrábica serão temporariamente suspensos. O serviço será retomado a partir do dia 5 de janeiro de 2026, exclusivamente em dois pontos fixos: o Centro de Controle de Zoonoses e a Urap Roney Meireles.

De acordo com o agente de Vigilância em Zoonoses, Joel Pereira, a estratégia adotada pelo município tem sido fundamental para alcançar resultados positivos.

“Este ano conseguimos alcançar cerca de 80% de cobertura vacinal, que é a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, graças às estratégias de busca ativa e à ampliação dos pontos de atendimento. Em 2026, esse trabalho continua, com a manutenção dos pontos fixos e a retomada das ações itinerantes, inclusive nas áreas ribeirinhas. A vacinação é fundamental para proteger os animais e prevenir a raiva na nossa cidade”, destacou o agente.

A importância da vacinação também é reconhecida pela população. A Vitória Santos, aproveitou a ida ao mercado para vacinar suas cachorras e aproveitou para destacar os benefícios da ação.

“Essa vacinação antirrábica é muito importante porque a raiva é uma doença grave, tanto para o ser humano quanto para o animal. Quando aparecem os sintomas, infelizmente não tem cura. Então, vacinar é uma forma de proteger o nosso animal e também a nossa família”, afirmou Santos.

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PF deflagra operação contra tráfico de drogas em voos comerciais partindo do Acre

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Esquema usava funcionário terceirizado do aeroporto e CNHs falsas para enviar cocaína a outros estados; uma prisão foi realizada e nove quilos da droga foram apreendidos

O esquema criminoso utilizava voos comerciais regulares, partindo do Aeroporto de Rio Branco com destino a diversos estados da Federação. Foto: captada 

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (16) a Operação Queda Livre para combater um esquema de tráfico interestadual de drogas realizado por meio de voos comerciais regulares que partiam do Aeroporto de Rio Branco. Foram cumpridos seis mandados judiciais — cinco de busca e apreensão e um de prisão preventiva — nas cidades de Rio Branco (AC) e João Pessoa (PB).

Investigação apontou que uma organização criminosa vinculada a uma facção do Acre, com comando a partir do sistema prisional, contava com a ajuda de um funcionário de empresa terceirizada do aeroporto para enviar entorpecentes a outros estados. Os traficantes usavam Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) digitais falsas para comprar passagens e embarcar com identidades adulteradas, burlando os controles aeroportuários.

Ao longo das apurações, a PF apreendeu cerca de nove quilos de cocaína em duas remessas. Os investigados podem responder por tráfico interestadual, associação criminosa, falsificação de documento e organização criminosa. As investigações seguem para identificar outros envolvidos.

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