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Em 12 anos, Acre registrou 1.318 mortes no trânsito

O Acre acumulou 1.318 vítimas fatais em sinistros de trânsito entre janeiro de 2013 e setembro de 2025, conforme dados compilados pelo painel de acompanhamento de registros do Ministério Público do Acre (MP-AC). O levantamento, que reúne informações da Engenharia de Trânsito do Departamento Estadual de Trânsito do Acre (DETRAN/AC) e da Direção-Geral da Polícia Civil do Acre, aponta para uma persistente realidade de acidentes graves nas vias do estado, com picos em anos recentes e uma distribuição desigual por municípios, tipos de ocorrências e horários.
De acordo com o relatório, o número de mortes variou ao longo dos anos, com um aumento notável em 2024. Em 2013, foram registradas 126 vítimas fatais em 120 sinistros; em 2014, 129 mortes em 115 acidentes; 2015 teve 101 óbitos em 97 ocorrências; 2016, 99 em 91; 2017 marcou o menor índice, com 68 vítimas em 61 sinistros; 2018 subiu para 95 em 87; 2019 registrou 111 em 106; 2020, 104 em 97; 2021, 92 em 90; 2022, 94 em 89; 2023, 93 em 87; e 2024 foi o ano mais letal da série, com 137 mortes em 127 sinistros. Para 2025, até setembro, o painel indica 69 vítimas fatais em 65 acidentes – um número que, apesar de elevado, representa o segundo menor para o período inicial do ano desde 2013.
Para uma comparação equitativa, o portal ac24horas solicitou ao painel um filtro focado nos primeiros nove meses de cada ano. Nesse recorte, 2025 apresenta 69 óbitos em 65 sinistros, superado – positivamente – apenas por 2017, que teve 49 vítimas em 44 acidentes. O total acumulado em mais de 12 anos equivale a uma média de cerca de 100 mortes por ano no estado.
Distribuição geográfica e tipos de acidentes
A análise revela que a maioria dos sinistros fatais ocorreu em estradas ou rodovias estaduais, representando 66,64% dos casos (821 ocorrências), enquanto 33,36% aconteceram em vias federais (441 casos).
Por municípios, Rio Branco lidera com folga, respondendo por 44,49% dos sinistros, seguido por Cruzeiro do Sul (11,95%), Sena Madureira (4,94%), Brasiléia (4,15%) e Senador Guiomard (3,86%). Outras localidades como Acrelândia (3,65%), Porto Acre (3,08%), Xapuri (3,00%) e Tarauacá (2,86%) também aparecem com frequências significativas, enquanto municípios menores como Jordão, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo registram índices abaixo de 0,2%. Essa distribuição reflete a maior densidade populacional e veicular na capital e em polos regionais.
Quanto aos tipos de sinistros, as colisões frontais ou laterais dominam, com 46,59% dos casos, seguidas por atropelamentos (24,03%), choques contra objetos fixos (7,14%), capotamentos (6,57%) e tombamentos (6,17%). Quedas de veículos (5,19%), causas indeterminadas (1,95%), acidentes com animais na pista (1,22%), outros meios (0,89%) e afogamentos (0,08%) completam o quadro.
Perfil das vítimas e padrões temporais
O perfil das vítimas fatais é marcadamente masculino: 79,97% dos óbitos foram de homens, contra 20,03% de mulheres.
Em termos de dias da semana, os fins de semana são os mais perigosos. Domingos concentram 22,40% dos sinistros fatais, seguidos por sábados (19,97%), sextas-feiras (14,04%), segundas (12,91%), quartas (10,39%), terças (10,15%) e quintas (10,06%).
Já nos horários, a noite lidera com 31,98% das ocorrências, seguida pela tarde (28,65%), manhã (21,65%), madrugada (13,23%) e casos indeterminados (4,46%).
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Sena Madureira registra 47 casos de estupro infantil em 2025; MPAC alerta para omissão de familiares
Ministério Público do Acre destaca que omissão de familiares, especialmente de mães que protegem companheiros agressores, é crime e agrava a situação das vítimas; campanha educativa será lançada para estimular denúncias

O município de Sena Madureira registrou 47 casos de estupro infantil entre janeiro e novembro de 2025, segundo dados do Ministério Público do Acre (MPAC). Foto: captada
O município de Sena Madureira registrou 47 casos de estupro infantil entre janeiro e novembro de 2025, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Acre (MPAC). Os números acenderam um alerta entre as autoridades, que intensificam ações de enfrentamento e convocam a população para colaborar.
De acordo com o MPAC, a participação da comunidade é fundamental para identificar abusadores e proteger crianças e adolescentes. O órgão destacou um ponto sensível nas investigações: a omissão de pais ou responsáveis, principalmente quando tentam proteger o cônjuge agressor.
“Em muitos casos, as mães escolhem apoiar o companheiro em vez de oferecer o suporte necessário à criança. Essa omissão também é crime e agrava ainda mais a situação da vítima”, alerta o Ministério Público.
Para fortalecer o combate aos abusos, a rede de proteção infantil do município — que reúne Conselho Tutelar, MPAC, Poder Judiciário e órgãos da administração pública — está desenvolvendo uma campanha educativa. A iniciativa visa conscientizar a população sobre a importância do cuidado, da vigilância e, principalmente, da denúncia.
Crítica do MPAC
- Omissão familiar: Mães que apoiam companheiros agressores em vez de proteger crianças
- Responsabilização: Omissão também configura crime
- Participação social: Comunidade é fundamental para identificação de abusadores
Ações em curso
- Campanha educativa: Rede de proteção (Conselho Tutelar, MP, Judiciário e administração pública)
- Objetivos: Conscientização sobre cuidado, vigilância e denúncia
- Foco: Proteção de crianças e adolescentes, principais vítimas
Os números expõem uma crise silenciosa no interior acreano, onde fatores culturais e a fragilidade das redes de proteção permitem a perpetuação de abusos sexuais contra crianças. A iniciativa busca romper o ciclo de violência e omissão que caracteriza muitos desses casos.

Os números acenderam alerta máximo entre as autoridades, que destacam um fator agravante: a omissão de pais ou responsáveis, especialmente quando tentam proteger o cônjuge agressor em detrimento da proteção da criança vítima. Foto: art
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PM de Sena Madureira apreende 12 armas, 7,4 kg de drogas e cumpre 12 mandados de prisão em novembro
Balanço do 8º Batalhão registra 4.838 abordagens, 254 operações e 251 ações comunitárias no mês; veículo roubado foi recuperado

De acordo com o relatório, o batalhão realizou 4.838 abordagens, ampliando a presença policial nas ruas e reforçando ações preventivas. Foto: art
O 8º Batalhão da Polícia Militar divulgou nesta quinta-feira (4) o balanço operacional referente a novembro de 2025, com números que evidenciam a atuação no policiamento, combate ao crime e aproximação com a comunidade na região.
De acordo com o relatório, foram realizadas 4.838 abordagens, além de 254 operações voltadas ao enfrentamento da criminalidade e 251 ações comunitárias, que buscam fortalecer o vínculo entre a PM e a população.
As ações resultaram em:
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72 conduções à delegacia;
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12 mandados de prisão cumpridos;
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7,4 kg de drogas apreendidos;
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12 armas de fogo e 3 armas brancas recolhidas;
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1 veículo com registro de roubo ou furto recuperado.
A PM destacou que os números refletem o impacto direto no combate ao tráfico e a outros crimes, e reforçou o compromisso de ampliar a presença nas ruas e as ações de segurança no município e região. O balanço consolida uma atuação que integra repressão qualificada e iniciativas de prevenção e proximidade com a comunidade.

A PM também recuperou um veículo com registro de roubo ou furto. Foto: art


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