Cotidiano
Uma das unidades de conservação mais preservadas do mundo e com quase 100% de território conservado, Parque Estadual Chandless celebra 20 anos
Com quase 100% do seu território preservado e conservado, o Parque Estadual Chandless (PEC) celebra 20 anos de criação nesta segunda-feira, 2. O local se destaca como uma das unidades de conservação (UC) mais preservadas do mundo e é gerido pela Secretaria do Meio Ambiente do Acre (Sema), com apoio financeiro do programa Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa).

Com quase 100% do seu território preservado e conservado, Parque Estadual Chandless (PEC) celebra 20 anos de criação. Foto: Alexandre Cruz-Noronha/Sema
Impressionante por sua imponência e riqueza natural, o PEC está localizado entre os municípios de Manoel Urbano, Sena Madureira e Santa Rosa do Purus.
A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, explica que 99,9% do território que compõe o parque é de área conservada e que, no foco de atuação da gestão, está um olhar especial para as pessoas que moram na unidade, com o uso sustentável dos recursos naturais.
“As práticas econômicas dos ribeirinhos que vivem no interior da unidade são menores, quando comparadas a realidades do entorno da UC, um dado que nos mostra que é possível integrar a sustentabilidade com o desenvolvimento das comunidades”, afirma.

No total, 99,9% do território que compõe o parque é de área conservada. Foto: Alexandre Cruz-Noronha/Sema
Criado em 2 de setembro de 2004 pelo decreto nº 10.670, o PEC é a maior unidade de conservação de gestão estadual e a única da categoria de proteção integral. São mais de 690 mil hectares de área protegida, o equivalente a 4% de todo o território acreano. Sua principal característica são as florestas abertas com bambu.
“O objetivo da criação desta unidade foi fazer a conservação de bambus endêmicos e toda a natureza a eles associada. Hoje em dia, o trabalho de gestão tem focado muito na questão da implementação dos termos de compromisso, instrumentos de gestão que visam compatibilizar o direito das pessoas que moram na UC, que não permite ocupação permanente, com o uso sustentável dos recursos naturais e no envolvimento da comunidade nas ações de gestão”, afirma Flávia Dinah Rodrigues, gestora do parque

Nascida e criada no Chandless, Rosilene de Souza vive no parque com sua família. Foto: Alexandre Cruz-Nororonha/Sema
“Nosso quintal é a natureza”, diz moradora
Lar de 22 famílias ribeirinhas e de 79 pessoas que vivem da caça, pesca e agricultura de subsistência, a reserva ambiental guarda uma das maiores biodiversidades da Amazônia, um patrimônio genético com a presença de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção.
Em meio a esse cenário de natureza exuberante, vive a família da Rosilene de Souza. Nascida e criada no Chandless, ela compartilha sua experiência de como é viver em uma das áreas mais isoladas da região amazônica.
“Nosso quintal é a natureza. Levamos uma vida saudável e, no verão, aproveitamos para tomar banho de rio. Na cidade, meus filhos não teriam o mesmo espaço para brincar e subir em árvores, pois a cidade é muito mais perigosa. Aqui, eles se sentem à vontade e levam uma vida boa”, reflete.

Rosilene e nove irmãos foram criados no Chandless. Foto: Alexandre Cruz-Noronha/Sema
Rosilene conta que, para chegar até a casa de sua família, é necessário percorrer cerca de 12 horas de barco, saindo de Manoel Urbano, indo pelo Rio Purus e depois pelo Rio Chandless, que empresta o seu nome ao parque.
A moradora fala, com orgulho, que seus filhos são a quarta geração da família na região. “Meus pais também nasceram e criaram seus dez filhos aqui. Não pretendo sair do Chandless, há melhorias para serem feitas, mas isso é um trabalho de união entre o governo e a gente, o que já está sendo construído com a gestão”, complementa.

Gavião-real, maior ave de rapina encontrada no Brasil, habita o Chandless. Foto: André Dib
Refúgio de biodiversidade
O Parque Estadual Chandless é um verdadeiro santuário para a vida selvagem e abriga uma das florestas mais diversificadas da Amazônia Ocidental. Dados do plano de manejo indicam a presença de mais de 1.300 espécies, incluindo mais de 400 espécies de aves, 47 de mamíferos e uma vasta gama de insetos e plantas.
Entre os mamíferos, o parque é lar de espécies emblemáticas como a onça-pintada, o tamanduá-bandeira e o macaco-prego. A avifauna inclui aves raras e ameaçadas, como o gavião-real, maior ave de rapina encontrada no Brasil, e o jacamim-de-cara-branca. Também se destaca a presença de 482 tipos de lepidópteros – ordem de insetos que inclui as borboletas e mariposas.

No Parque Estadual Chandless, há uma rica biodiversidade, Foto: Marcos Vicentti/Secom
Os rios e igarapés do parque sustentam uma rica diversidade aquática, com 71 espécies de peixes, 63 de anfíbios e 40 de répteis. Além disso, existem várias espécies de insetos aquáticos, que já foram objeto de estudos científicos, evidenciando a importância da região para a pesquisa e a conservação. O ecoturismo também tem ganhado destaque, com a observação de aves, atraindo especialistas e entusiastas de todo o mundo em busca de aves raras e endêmicas.
“Atualmente, temos implementado o programa Monitora, que consiste no monitoramento participativo da biodiversidade. Desde 2018 executamos coleta de dados por parte da comunidade e realizamos análise de informações, elaboradas por especialistas, relacionadas às aves, mamíferos e borboletas. Também contamos com um programa de pesquisa avançado, com muitos estudos já realizadas por discentes da Ufac [Universidade Federal do Acre], do Inpa [Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia] e de outras universidades do Brasil”, ressalta a secretária Julie Messias.
Encontro com o passado

Franciele se surpreendeu ao ver sua imagem, ainda bebê, registrada em 2006 pelo fotógrafo Marcos Vicentti. Foto: Alexandre Cruz-Noronha/Sema
Durante uma expedição ao Chandless realizada em junho de 2024, o repórter fotográfico Marcos Vicentti promoveu, entre os moradores do local, um encontro com o passado e um resgate de memórias afetivas por meio de suas fotografias. Vicentti levou na bagagem registros feitos em 2006, durante sua primeira ida ao parque e, chegando lá, visitou alguns personagens que havia fotografado anteriormente.
Após 18 anos, o reencontro trouxe de volta a possibilidade de os moradores relembrarem afetos. Antônia, uma das pessoas fotografadas, emocionou-se ao rever a foto da mãe, já falecida. E a jovem Franciele guardou como recordação a imagem dela ainda bebê, no colo da mãe. Quem também se surpreendeu com os registros foi seu Mizael, que quase não se reconheceu na antiga foto.
“Antes de retornar ao Chandless, revisitei meus arquivos e resolvi levar em mãos os registros antigos realizados. Acredito que o fotógrafo é um guardião de memórias, e foi assim que eu me senti quando entreguei aquelas fotografias e pude proporcionar, para algumas pessoas, um olhar sobre suas vidas e a emoção de relembrar afetos que já se foram”, contou Vicentti.

Repórter fotográfico Marcos Vicentti levou registros feitos havia 18 anos para famílias que moram no Chandless. Foto: Alexandre Cruz-Noronha/Sema
Futuro sustentável
Os 20 anos do Parque Estadual Chandless celebram não apenas a preservação, mas também o avanço da gestão ambiental no Acre. O parque é um exemplo de como a conservação, a preservação da biodiversidade e a integração com as comunidades locais podem coexistir e devem prosperar.

Dados do plano de manejo indicam a presença de mais de 1.300 espécies. Foto: Marcos Vicentti/Secom
Para a gestora da Sema, o desafio contínuo é equilibrar proteção ambiental com o desenvolvimento da comunidade local. “O Chandless é um modelo de sucesso na conservação e preservação da Amazônia. Com uma gestão dedicada, pesquisas contínuas e um compromisso renovado com a comunidade local, o parque está preparado para enfrentar os desafios futuros e continuar a brilhar, como referência mundial de desenvolvimento sustentável”, observa a secretária.

Parque Estadual Chandless é lar de 22 famílias. Foto: Alexandre Cruz-Noronha/Sema
A parceria da gestão integrada do parque, entre o governo e o programa Arpa tem gerado cada vez mais benfeitorias ao PEC. Criado em 2002, por meio de um inovador arranjo entre governo federal, órgãos estaduais, instituições privadas e a sociedade civil, o Arpa tem por objetivo promover a conservação e proteção permanente de 60 milhões de hectares ou 15% da Amazônia brasileira, sendo considerado o maior programa de conservação de florestas tropicais do mundo.
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Jake Paul coloca placas de titânio e tem alguns dentes removidos após cirurgia

O youtuber Jake Paul atualizou o quadro de saúde depois da derrota sofrida para Anthony Joshua, na luta de sexta-feira. O influenciador teve dupla fratura na mandíbula.
Jake Paul foi dirigindo seu carro para o hospital depois do combate. O lutador de 28 anos passou por procedimento cirúrgico no rosto. Pelas redes sociais, o influenciador mandou um recado para os fãs.
“A cirurgia correu bem, obrigado por todo o carinho e apoio. Duas placas de titânio de cada lado. Alguns dentes removidos. Tenho de me alimentar apenas de líquidos durante 7 dias”, afirmou Jake Paul.
Reprodução: Instagram via @jakepaul
Antes do procedimento, Paul já tinha garantido que continuará lutando boxe. Ele chegou a fazer uma provocação ao astro mexicano Saul “Canelo” Alvarez, o chamando para lutar. “Hora de descansar, recuperar as energias e voltar à categoria peso cruzador”, disse o youtuber.
Em decorrência das lesões na face, Jake Paul não falou com a imprensa na coletiva pós-luta. Ele apenas se pronunciou no ringue, cuspindo bastante sangue.
Jake Paul foi superado por Anthony Joshua no sexto round da luta. O ex-campeão mundial dos pesos pesados aplicou três potentes knockdowns. O terceiro foi definitivo para o juiz interromper o combate, definindo o nocaute.
Por: Estadão
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Rio Branco tem ônibus gratuito a partir das 17h30 deste sábado (20)

Foto: Terminal central de Rio Branco I Whidy Melo/ac24horas
O transporte público em Rio Branco será gratuito neste sábado (20) em horários previamente estabelecidos e próximos das programações natalinas no centro da capital. A medida integra o programa “Carona com Dignidade”, instituído com o objetivo de facilitar o deslocamento da população até as atividades promovidas na área central da capital.
A gratuidade da tarifa estará em vigor das 17h30 às 23h30 e abrangerá todas as linhas do sistema de transporte urbano. A ação faz parte de um calendário especial que prevê a liberação da passagem em datas específicas entre dezembro de 2025 e janeiro de 2026. Além deste sábado, o benefício será concedido nos dias 21, 28 e 31 de dezembro, bem como em 4 e 10 de janeiro de 2026, sempre no mesmo intervalo de horário
A iniciativa foi aprovada pela Câmara Municipal de Rio Branco e sancionada pelo prefeito Tião Bocalom, assegurando a gratuidade do transporte coletivo nos dias definidos
No âmbito da programação natalina, a Prefeitura de Rio Branco realiza neste sábado, a partir das 20h, um espetáculo de drones com projeções de mensagens e imagens alusivas ao Natal. A apresentação poderá ser acompanhada a partir do Calçadão da Gameleira e da orla da Base, contemplando ambos os distritos da capital.
O espetáculo terá duração estimada entre 15 e 20 minutos e contará com aproximadamente 600 drones, que decolarão e pousarão nas imediações do Mercado dos Colonos, nas proximidades da margem do Rio Acre
O ac24horas.com realiza uma cobertura especial e ao vivo da programação a partir das 19h, diretamente na capa do site ac24horas.com e também nas plataformas digitais do jornal no YouTube, Facebook e Instagram.
No YouTube, o link da transmissão já está disponível e permite que o público ative o sininho de notificações para ser avisado assim que a live começar. A iniciativa busca ampliar o acesso da população ao evento, possibilitando que o público acompanhe todos os detalhes da programação natalina mesmo à distância.
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Espetáculo de drones do Natal começa a ser montado em Rio Branco
Empresa inicia preparativos técnicos no bairro da Base para apresentação com 600 drones na Gameleira

A empresa responsável pelo espetáculo de drones que integra a programação do Natal de Vida, Esperança e Dignidade iniciou, nesta sexta-feira (19), os trabalhos de montagem e preparação técnica em uma área do bairro da Base, em Rio Branco. A movimentação marca a etapa final de organização para o show aéreo, previsto para a noite de sábado (20), na região da Gameleira, no Segundo Distrito da capital.
No local, equipes técnicas realizam a instalação da estrutura operacional, conferência dos equipamentos e testes preliminares indispensáveis para a execução do espetáculo. A operação inclui protocolos de segurança, checagem dos sistemas de navegação, sincronização dos drones e definição do perímetro de voo, em conformidade com as normas exigidas para esse tipo de apresentação.
O espetáculo contará com cerca de 600 drones, que formarão coreografias luminosas com temática natalina, criando imagens e mensagens no céu da capital acreana. Segundo a organização, a fase de montagem é essencial para assegurar a precisão dos movimentos e a segurança do público, uma vez que os equipamentos operam de forma integrada e exigem rigor técnico.
A escolha do bairro da Base para a montagem ocorreu em razão das características do espaço, que favorecem a logística e os ajustes necessários antes do deslocamento para o local da exibição. Durante esse período, também são realizadas simulações e alinhamentos finais do roteiro do show.
A apresentação com drones é um dos principais destaques da programação natalina promovida pela Prefeitura de Rio Branco e a expectativa é de que atraia grande público à Gameleira.

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