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Situação dos imigrantes haitianos ainda preocupa autoridades

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Muitos hatianos continuam vindo ao Brasil pela Estrada do Pacífico (Foto: Angela Peres/Secom)

A entrada de imigrantes haitianos pela fronteira do Brasil com o Peru e Bolívia continua sendo uma grande preocupação para as autoridades acreanas. O governo do Estado tem investido para melhorar a estrutura do abrigo em Brasileia e atender melhor essas pessoas. Equipes da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e Secretaria de Desenvolvimento Social (Seds) permanecem no local e atuam diretamente no encaminhamento dos haitianos e senegaleses aos serviços públicos essenciais.

O governo federal tem gastado nove mil reais com alimentação todos os dias, são mais de quatro mil refeições diárias entre café da manhã, almoço, lanche e jantar. Após a ampliação e melhora nas instalações do acampamento a entrada de haitianos pela fronteira aumentou significativamente. São 15 banheiros com chuveiros, tendas e uma área utilizada como refeitório. O local recebeu um trailer, onde é feito o cadastro de acolhimento dos imigrantes. Todos os dias, cerca de 50 novos imigrantes chegam ao município e ficam alojados em caráter temporário no abrigo público.

O governo do Estado tem investido para melhorar a estrutura do abrigo em Brasileia  (Foto: Angela Peres/Secom)

O governo do Estado tem investido para melhorar a estrutura do abrigo em Brasileia (Foto: Angela Peres/Secom)

Damião Borges de Melo, coordenador do abrigo, afirma que a chegada dos imigrantes ainda é muito grande e agora eles contam com a ajuda financeira dos que já estão trabalhando no Brasil. “Muitos deles vem pra cá porque os familiares já estão trabalhando e conseguem mandar dinheiro. A vinda dessas pessoas pesa muito para os cofres do Estado, mesmo assim, encaramos esse desafio como um compromisso humanitário”, afirmou.

Legalizar entrada dos imigrantes em território brasileiro é o principal foco do governo, os servidores e voluntários que atuam no abrigo pedem que os haitianos utilizem os serviços oferecidos pela embaixada brasileira e providenciem com antecedência a documentação pessoal. O trabalho em regime de mutirão realizado pela Polícia Federal teve efeito positivo, quando mais de dois mil passaportes foram emitidos.

Damião Borges de Melo, coordenador do abrigo (Foto: Angela Peres/Secom)

Damião Borges de Melo, coordenador do abrigo (Foto: Angela Peres/Secom)

Houve uma mudança significativa no público que chega pela fronteira, antes a maioria era de homens com idade entre 20 e 35 anos, formados e com experiência de trabalho. Esse quadro mudou e muitas mulheres estão vindo ao Brasil, elas vem em busca de emprego e trazem os filhos para rever os pais. “Essa é a nossa maior dificuldade, não conseguimos arranjar emprego para essas mulheres e elas acabam ficando muito tempo no abrigo, quem sente mais são os pequenos. Algo que nunca nos aconteceu foi a chegada de idosos, hoje temos mais de 30 idosos abrigados”, conta Damião.

Muitos adolescentes tem vindo de maneira ilegal e as autoridades de Brasileia já demonstram muita preocupação. Inicialmente, as famílias são identificadas, contatadas e os encaminhamentos jurídicos feitos. O juiz responsável pela vara de Proteção à Criança e ao Adolescente tem exigido que os responsáveis assinem um termo de responsabilidade e se comprometam a prover o sustento dessas crianças, bem como garantir todos os direitos que o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê.

Oportunidades

Bruna Lopes é representante de uma empresa catarinense que atua no ramo metalúrgico, ela veio ao Acre selecionar 15 homens que devem atuar na linha de produção da empresa. “Vamos fazer um teste, ver como eles se adaptam ao trabalho e ao clima de Santa Catarina, nossa intenção é levar também mulheres, pois o trabalho não exige força física. Temos muita dificuldade para conseguir mão-de-obra no sul do país, as pessoas tem um nível de qualificação muito elevado, o que acaba esvaziando as linhas de produção. Estamos oferecendo um salário de 990 reais e moradia por conta da empresa até dezembro para que eles possam se estabilizar”, declarou.

Muitas mulheres haitianas tem vindo para o Brasil  (Foto: Angela Peres/Secom)

Muitas mulheres haitianas tem vindo para o Brasil (Foto: Angela Peres/Secom)

A procura das empresas por trabalhadores diminuiu consideravelmente. Em 2011, eram em média cinco visitas por semana, hoje são duas por mês. A procura teve esse decréscimo em função do grande número de haitianos que abandonou os postos de trabalho entre os três primeiros meses. “São costumes e tradições diferentes e nem sempre eles conseguem se adaptar à vida no Brasil, além disso, muitos deles tem familiares em outros estados e quando conseguem algum dinheiro mudam de cidade”, afirmou Damião.

Bruna Lopes (E) é representante de uma empresa catarinense e veio Acre em busca de mão de obra (Foto: Angela Peres/Secom)

Bruna Lopes (E) é representante de uma empresa catarinense e veio Acre em busca de mão de obra (Foto: Angela Peres/Secom)

Para facilitar o acesso ao mercado de trabalho, trabalham em regime de mutirão servidores do Sistema Nacional de Empregos (Sine) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) atuando no cadastro dos trabalhadores e empregadores. Cada empresário que passa pelo abrigo preenche um questionário com dados pessoais e das empresas, o que auxilia no acompanhamento posterior ao processo de seleção. Hoje, os recursos repassados pelo governo Federal são gerenciados pela Defesa Civil Estadual, que atua na garantia das condições mínimas dentro do abrigo, nessa parceria com a Seds e Sejudh.

Da Agência Acre

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Último dia do ano será de calor e chuvas rápidas em todo o Acre

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Quarta-feira (31) terá tempo quente e abafado, com sol entre nuvens e baixa probabilidade de chuva forte

Sipam prevê quarta-feira (8) com céu claro a parcialmente nublado e possibilidade de chuvas no AC — Foto: Juan Vicent/Arquivo pessoal

A quarta-feira (31), último dia do ano, será marcada por tempo quente e abafado em todo o Acre. A previsão indica predomínio de sol entre nuvens e ocorrência de chuvas rápidas e pontuais ao longo do dia, conforme informações do portal O Tempo Aqui. Apesar da possibilidade de pancadas mais intensas em áreas da Região Norte e Centro-Oeste, como Rondônia e Mato Grosso, o risco de chuva forte no território acreano é considerado baixo.

Leste e sul do estado

Nas microrregiões de Rio Branco, Brasileia e Sena Madureira, o dia será de calor, com variação de nuvens e chuvas isoladas. A umidade relativa do ar deve variar entre 40% e 50% durante a tarde, podendo alcançar entre 80% e 90% nas primeiras horas da manhã. Os ventos sopram fracos a calmos, predominando da direção norte, com variações de noroeste e nordeste.

Centro e oeste do Acre

No centro e oeste do estado, incluindo as microrregiões de Cruzeiro do Sul e Tarauacá, o cenário será semelhante, com tempo quente, abafado, sol entre nuvens e chuvas pontuais. A umidade mínima varia entre 45% e 55% à tarde, enquanto a máxima pode chegar a 95% ao amanhecer. Os ventos seguem fracos a calmos, com predominância do quadrante norte.

Temperaturas nos municípios

Em Rio Branco, Senador Guiomard, Bujari e Porto Acre, as temperaturas mínimas variam entre 22°C e 24°C, com máximas entre 32°C e 34°C.

Já em Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba e Assis Brasil, os termômetros devem marcar mínimas entre 22°C e 24°C e máximas mais elevadas, entre 33°C e 35°C.

Em Plácido de Castro e Acrelândia, as mínimas ficam entre 22°C e 24°C, com máximas entre 32°C e 34°C.

Para Sena Madureira, Manuel Urbano e Santa Rosa do Purus, a previsão indica mínimas entre 22°C e 24°C e máximas de até 34°C.

Nos municípios de Tarauacá e Feijó, as temperaturas variam entre 22°C e 24°C nas mínimas, com máximas entre 33°C e 35°C.

No Vale do Juruá, incluindo Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, as mínimas ficam entre 22°C e 24°C, enquanto as máximas oscilam entre 33°C e 35°C.

Já em Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Jordão, os termômetros devem registrar mínimas entre 22°C e 24°C e máximas entre 32°C e 34°C.

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Prefeitura de Rio Branco garante assistência integral a famílias afetadas pela alagação

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A Prefeitura de Rio Branco segue prestando todo o suporte necessário às famílias que precisaram deixar suas casas em decorrência da Cheia do Rio Acre. Em uma ação coordenada entre diversas secretarias municipais, os abrigos montados pelo município oferecem acolhimento, atendimento em saúde, alimentação e acompanhamento diário às famílias afetadas.

Atualmente, os abrigos instalados nas escolas Jorge Kalume e Álvaro Vieira acolhem, cada um, 14 famílias, totalizando cerca de 100 pessoas atendidas. Nos locais, equipes realizam atendimentos médicos e mantêm acompanhamento constante da situação de cada família, garantindo segurança, cuidado e dignidade durante o período de permanência.

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Equipes realizam atendimentos médicos e mantêm acompanhamento constante da situação de cada família, garantindo segurança, cuidado e dignidade durante o período de permanência (Foto: Val Fernandes/Secom)

Além do acolhimento, as famílias recebem todas as refeições diárias — café da manhã, almoço e jantar — asseguradas pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos. O cuidado também se estende aos animais de estimação. Os abrigos contam com atendimento específico para os pets, com o apoio da equipe de Zoonoses, que realiza o recolhimento e o acompanhamento dos animais.

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De acordo com a coordenadora do abrigo da Escola Jorge Kalume, Daniele da Silva, o trabalho integrado tem sido fundamental para atender às necessidades dos acolhidos. (Foto: Val Fernandes/Secom)

De acordo com a coordenadora do abrigo da Escola Jorge Kalume, Daniele da Silva, o trabalho integrado tem sido fundamental para atender às necessidades dos acolhidos.

“A Escola Jorge Kalume está com 14 famílias, somando 52 pessoas. A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos está oferecendo toda a questão da alimentação, assistência e atendimento médico na área da saúde e a Zoonoses está vindo para recolher e acompanhar os animais”, destacou.

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Entre as pessoas acolhidas está o senhor Rosimar Lopes, morador do bairro Triângulo Novo. Pessoa com deficiência, ele precisou deixar sua residência após o imóvel ser tomado pelas águas e ressaltou o apoio recebido do poder público municipal. (Foto: Val Fernandes/Secom)

Entre as pessoas acolhidas está o senhor Rosimar Lopes, morador do bairro Triângulo Novo. Pessoa com deficiência, ele precisou deixar sua residência após o imóvel ser tomado pelas águas e ressaltou o apoio recebido do poder público municipal.

“Está ótimo, graças a Deus, as meninas tratam a gente muito bem. Não tenho o que reclamar. O atendimento, a alimentação, tudo certinho”, afirmou.

A Prefeitura de Rio Branco segue monitorando a situação e reforça que continuará mobilizada para garantir assistência às famílias afetadas, priorizando o bem-estar, a dignidade e a segurança da população durante este período. As famílias que necessitarem de apoio podem entrar em contato pelo telefone 193. As equipes seguem de prontidão para atender e garantir assistência à população afetada.

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Fonte: Conteúdo republicado de PREFEITURA RIO BRANCO

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Rio Acre entra em vazante e registra queda no nível em Rio Branco

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Boletim da Defesa Civil aponta redução para 14,75 metros, mas rio segue acima da cota de transbordo

Foto: Sérgio Vale

O nível do Rio Acre manteve tendência de vazante nesta terça-feira (31) em Rio Branco, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal. De acordo com o monitoramento, às 5h16 o rio marcava 14,88 metros, apresentando queda em relação aos dias anteriores. Na medição das 9h, o nível baixou ainda mais, atingindo 14,75 metros, confirmando a redução do volume do manancial.

A Defesa Civil informou que não houve registro de chuvas nas últimas 24 horas na capital, com volume acumulado de 0,00 milímetro, fator que contribuiu para a manutenção da vazante.

Apesar da redução gradual, o Rio Acre permanece acima da cota de alerta, fixada em 13,50 metros, e ainda ligeiramente acima da cota de transbordo, estabelecida em 14,00 metros. As autoridades seguem monitorando a situação e mantendo o estado de atenção nas áreas ribeirinhas.

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