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Semana do Servidor: Ivan de Carvalho, 37 anos dedicados à comunicação pública acreana

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O sonho de criança de Ivan de Carvalho era apresentar um programa de rádio. Os primeiros passos foram dados em sua própria casa, onde ele mesmo improvisava caixa de som, microfone e todo aparato necessário para, dali mesmo, comandar a atração transmitida para os vizinhos que ouviam e interagiam com o locutor mirim, junto a pedidos musicais e os tradicionais ‘alôs’.

Aos nove anos de idade, o destino de Ivan se cruzou com uma das vozes marcantes da era de ouro do rádio acreano. Enquanto trabalhava com o pai na manutenção de túmulos do Cemitério São João Batista, em Rio Branco, a desenvoltura e a voz do garoto franzino chamaram a atenção do locutor Jota Conde. De pronto, Ivan recebeu o convite para se apresentar, ao vivo, no programa Miscelânea Musical, um dos campeões de audiência da época, e topou o desafio.

A partir de um convite do radialista Jota Conde, Ivan de Carvalho aproveitou a oportunidade para iniciar sua trajetória na Rádio Difusora Acreana. Foto: Arquivo Pessoal

Dali em diante, começava uma história, que já dura quase quatro décadas. “Depois daquela apresentação, o Jota Conde pediu para que eu ficasse ajudando ele durante o programa. Eu fazia de tudo um pouco e soube agarrar aquela oportunidade que me foi dada. Sou muito grato a ele por ter aberto as portas para eu poder realizar o meu grande sonho”, recorda Carvalho.

Alguns anos depois, Ivan de Carvalho receberia um novo convite, desta vez para fazer parte do jornalismo da Rádio Difusora Acreana. A primeira participação no programa Comando Geral, apresentado pelo jornalista Campos Pereira, Ivan não esquece. “Pediram para que eu fosse relatar a movimentação no centro da cidade. Naquele dia, acabei entrando em um ônibus e acabei fazendo minha participação dali mesmo. A direção acabou gostando do que eu fiz e até hoje continuo fazendo reportagem”, comenta.

O comunicador integrou a equipe de repórteres do programa policial Mundo Cão. Comandado por Estevão Bimbi, o jornalístico é considerado um dos maiores fenômenos de audiência da Amazônia nas décadas de 1980 e 1990. “A cidade toda praticamente parava para ouvir as notícias, que retratavam a realidade daquela época. Para mim, foi uma experiência muito boa ter feito parte do programa, que até hoje ainda está na memória de muitas pessoas”, disse.

Do entretenimento ao jornalismo, Ivan de Carvalho é um dos nomes mais conhecidos do rádio acreano. Foto: Arquivo Pessoal

O dia 30 de agosto de 2002 foi marcante para o jornalista. Naquela noite, o fatídico acidente da aeronave pertencente a Rico Linhas Aéreas deixou o Acre em luto. Ivan de Carvalho, que estava na sede da Difusora no momento da queda, foi para o local da tragédia as pressas. Ele acompanhou o árduo trabalho de resgate das vítimas e, de lá mesmo, entrava com informações, ao vivo, para o plantão transmitido pela Voz das Selvas e de outras emissoras de rádio país afora.

“Aquele foi um dia muito triste. Lembro que cheguei até a entrada do ramal e as dificuldades começavam ali. Tinha chovido muito e a estrada se transformou em um grande atoleiro. Depois de andar a pé e pegar carona, o lugar onde o avião caiu parecia um cenário de guerra. Eu relatei tudo que se passava no local para o plantão da Difusora e, também, para várias rádios do Brasil inteiro. Naquele dia, meu celular pegou tanto chuva, que acabou queimando”, lembra.

Responsabilidade com o público

Diariamente, Ivan de Carvalho se comunica com milhares de acreanos, seja na zona urbana ou até mesmo nas mais distantes e remotas localidades, onde apenas as ondas sonoras do rádio conseguem chegar e são o único meio de comunicação. Para o jornalista, seu trabalho também pode ser considero uma missão cheia de responsabilidades.

Para o comunicador, responsabilidade com o público é um dos principais desafios da profissão. Foto: Marcos Vicentti/Secom

“Em muitos lugares, as pessoas contam somente com o rádio para saber das notícias. Por conta disso, a nossa responsabilidade aumenta mais ainda quando repassamos as informações, que precisam ser apuradas com seriedade. Além disso, procuro sempre falar a linguagem que os nossos ouvintes entendam tudo que está sendo transmitido para que não fique nenhuma dúvida”, explicou.

Além de atuar na área do jornalismo, Ivan de Carvalho apresenta o ‘Domingão Difusora’ e ‘Forró, Cidade e Sertão’. Os programas são voltados ao entretenimento, área que o radialista atua há muitos anos. “Ali a gente tem a oportunidade de levar mais alegria para o nosso público e também fazer o nosso papel de prestação de serviço. O meu maior sonho de infância era apresentar um programa de rádio, hoje, apresento dois”, brinca.

Em agosto deste ano, durante as comemorações pelos 77 anos da Difusora Acreana, Ivan de Carvalho foi um dos homenageados por seus excelentes serviços prestados a emissora. Foto: Marcos Vicentti/Secom

Carvalho também é canto e compositor. Recentemente, a música “Amor Virtual”, de sua autoria, viralizou nas redes sociais. Aprovado pelo público, o videoclipe bem humorado teve milhares de compartilhamentos e cerca de 1 milhão de visualizações.

“Não esperava por esse sucesso todo. Onde eu ia, as pessoas me reconheciam e ficavam cantando. Além disso, a música continua sendo tocada em emissoras de rádio do Brasil inteiro. Fiquei muito feliz com a grande repercussão”, conta Ivan, que, recentemente, lançou sua mais nova canção de trabalho, “Cenzinho”.

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Rio Acre ultrapassa cota de transbordo e mantém Rio Branco em alerta máximo

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Defesa Civil registra 15,36 metros no nível do rio; aumento contínuo preocupa autoridades e moradores ribeirinhos

O Rio Acre segue em uma subida constante e preocupante em Rio Branco. Segundo medição da Defesa Civil Municipal realizada às 9h desta segunda-feira (29), o rio atingiu 15,36 metros, ultrapassando a cota de transbordo, que é de 14 metros, por mais de um metro e meio.

Nas últimas horas, o nível apresentou aumento de quatro centímetros em relação à medição anterior, realizada às 5h21, quando marcava 15,32 metros.

Apesar da ausência de chuvas na capital nas últimas 24 horas, o rio continua subindo devido ao grande volume de água acumulado nas cabeceiras, mantendo o alerta máximo para autoridades e população ribeirinha.

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Rio Tarauacá ultrapassa cota de transbordamento e mantém município em alerta

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Nível do rio atinge 10,05 metros e Defesa Civil intensifica monitoramento, apesar de não haver desabrigados

A cheia do Rio Tarauacá já ultrapassou a cota de transbordamento e mantém as autoridades em estado de atenção no município de Tarauacá, no interior do Acre. De acordo com o Informativo Hídrico divulgado pela Defesa Civil Municipal na manhã desta segunda-feira (29), o nível do rio atingiu 10,05 metros às 9h, registrando elevação em relação à medição das 6h, quando marcava 10,03 metros.

Os dados confirmam que o manancial permanece acima da cota de transbordamento, fixada em 9,50 metros, e bem acima da cota de alerta, estabelecida em 8,50 metros. Em apenas três horas, o aumento foi de dois centímetros, o que reforça a preocupação das equipes de monitoramento quanto à possibilidade de novos alagamentos em áreas ribeirinhas da cidade.

Apesar da elevação do nível do rio, a Defesa Civil Municipal informou que, até o momento, não há registro de pessoas desabrigadas em Tarauacá. As equipes seguem acompanhando a situação de forma contínua, realizando vistorias preventivas nas áreas mais vulneráveis, especialmente diante do histórico de grandes cheias no município.

O nível máximo já registrado no Rio Tarauacá foi de 11,15 metros, em 19 de fevereiro de 2021, referência que mantém as autoridades em vigilância permanente durante o atual período chuvoso.

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Homem é preso suspeito de matar a esposa e tentar simular suicídio em Porto Velho

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Pesquisas no celular e laudo do IML reforçam investigação por feminicídio ocorrido durante o Natal

Magno dos Santos Batista foi preso em Porto Velho suspeito de matar a esposa, Luciana, e tentar simular um suicídio durante o período de Natal. Segundo a Polícia Civil, além das contradições apresentadas em depoimento, análises realizadas no celular do investigado apontaram pesquisas na internet consideradas suspeitas, que reforçam a hipótese de feminicídio.

O crime ocorreu no dia 18 de dezembro, e a prisão preventiva foi cumprida no dia de Natal. Com autorização do próprio suspeito, os policiais acessaram o aparelho celular, onde encontraram buscas como “Como proceder após suicídio da esposa?”, “Se mexer no cadáver ele pode fazer barulho?” e “Quando a pessoa morre se vira o olho?”. Uma das pesquisas, realizada no dia anterior à morte, fazia referência ao que a Bíblia diz sobre pessoas que cometem suicídio.

Em depoimento, Magno afirmou que teve uma discussão com a esposa, que teria ficado “alterada”, e que foi dormir. Ao acordar, segundo ele, encontrou a companheira morta. No entanto, a investigação aponta que mensagens foram enviadas a partir do celular do suspeito no mesmo período em que ele alegou estar dormindo, o que levantou suspeitas sobre sua versão dos fatos.

Magno chegou a ser detido no dia do ocorrido, mas foi liberado inicialmente por falta de provas técnicas. A Polícia Civil, então, instaurou inquérito para apurar se a morte havia sido causada por suicídio ou homicídio.

Dias depois, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) concluiu que Luciana não morreu por enforcamento, mas por asfixia decorrente de estrangulamento. O exame também identificou outras lesões no corpo da vítima, reforçando a suspeita de violência.

Com base nas conclusões do laudo pericial, o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) solicitou a prisão preventiva do suspeito, pedido que foi acatado pela Justiça. Após a decisão judicial, a Polícia Civil localizou Magno dos Santos Batista e cumpriu o mandado de prisão.

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