Acre
Projeto Apadrinhamento: vice-prefeita de Rio Branco abraça iniciativa e acolhe jovem
O projeto Apadrinhamento faz a aproximação entre quem quer ajudar e quem precisa ser ajudado, proporcionando relação direta entre o padrinho e a criança/adolescente para a construção desses laços afetivos, além de apoio material, profissional e financeiro
Nesse especial sobre a proteção à Infância e Juventude, vamos apresentar a história da vice-prefeita de Rio Branco que se tornou madrinha de uma adolescente da Casa de Acolhimento Doutora Maria Tapajós. A solidariedade transformou a vida da jovem, que há anos morava no abrigo e agora, quando completou a maioridade, foi morar com Marfisa Galvão.
Marfisa foi eleita vice-prefeita de Rio Branco para o mandato 2021-2024. O novo desafio político foi conjugado com a gestão da secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, (SEASDH), que alinhou as aptidões pessoais com a missão promover uma política pública voltada aos mais vulneráveis.
Quem nunca foi à uma casa de acolhimento ou ao Educandário Santa Margarida talvez desconheça a atmosfera do local. Ali estão crianças e adolescentes que foram afastadas judicialmente do convívio familiar por diversos motivos, mas, apesar das causas problemáticas, todas sentem saudade da família, deste modo são cuidadas da melhor forma possível, visando justamente minimizar os prejuízos e danos psicológicos decorrentes dos traumas que estão enfrentando.
Em Rio Branco, o abrigo Sol Nascente é destinado a acolher apenas adolescentes do sexo masculino e o Maria Tapajós, do sexo feminino. Então, foi ali que a vice-prefeita conheceu Juliana. “Eu sempre a via, ela era muito carinhosa tanto comigo como com as cuidadoras. Então, quando eu chegava ela me abraçava, queria ficar o tempo todo abraçada comigo e aí a gente ia para o quarto delas e conversava muito. As outras meninas também eram receptivas, mas a Juliana era diferente”, compartilha.
Nessas idas ao local, naturalmente, o olhar da gestora notou as diferenças em seu comportamento: “quando eu não a via muito feliz, ela estava muito triste. Ficava sentadinha, isolada, muito pensativa e aquilo foi chamando minha atenção. Então, conheci sua história. Ela já estava no acolhimento há muitos anos. Estava antes no Educandário Santa Margarida e durante todo esse tempo, por anos, sem um lar”.
No segundo semestre de 2022, a jovem completaria 18 anos de idade. Marfisa relata que havia uma aflição instalada sobre a condição da Juliana, pois seria desligada da instituição – “ela ia alcançar e maioridade não havia um destino para ela”. A indefinição, a insegurança e o medo atormentava o presente.
“Eu sabendo que era uma pessoa que tinha um coração muito bom, uma mente ainda de criança, passei a pensar na possibilidade de cuidar dela”, disse. Foi assim que a secretária conheceu o programa de Apadrinhamento do Tribunal de Justiça do Acre, desenvolvido pela Coordenadoria da Infância e Juventude, por meio dele qualquer pessoa pode se tornar uma madrinha ou padrinho de uma criança ou adolescente. Há inclusive vários tipos de apadrinhamento, podendo ser afetivo, provedor, provedor de serviços voluntário e provedor empresarial.
Depois de ser orientada sobre os trâmites, Marfisa se inscreveu como madrinha afetiva na 2ª Vara da Infância e Juventude, ou seja, apresentou sua documentação, comprovante de residência e atestado de sanidade mental e física. Posteriormente, uma assistente social visitou sua casa e assim o juiz autorizou que ela recebesse visitas regulares da Juliana, proporcionando experiências afetivas.
No entanto, esses caminhos acabaram por se cruzar de forma definitiva. Quando Juliana completou 18 anos, foi morar com Marfisa. “Ela veio pra minha companhia e tá aqui morando comigo. Isso transformou minha vida, porque a Juliana é uma menina muito alegre, muito espontânea. Quando ela acorda, ela canta, fala sempre coisas de Deus, são sempre palavras de uma pessoa iluminada. Tem muitas coisas que ela não está perto, não está vendo, mas solta do nada, como se tivesse vendo tudo”, descreve a sintonia do relacionameno que construíram.
A vice-prefeita é mãe de três, duas filhas ainda moram com ela. “Elas também se aproximaram, gostam muito dela e todos vivemos em harmonia. Juliana trata meu marido como pai. Tudo isso tem sido um grande presente de Deus, só tenho a agradecer, porque nossa vida tem sido bem melhor com a companhia dela”.
Se você também tem vontade de ser um padrinho ou madrinha de uma criança ou adolescente, entre em contato com a 2ª Vara da Infância e Juventude, por meio do telefone: (68) 99234-6275 ou presencialmente no Fórum dos Juizados Especiais na Cidade da Justiça de Rio Branco.
No entanto, esses caminhos acabaram por se cruzar de forma definitiva. Quando Juliana completou 18 anos, foi morar com Marfisa. “Ela veio pra minha companhia e tá aqui morando comigo. Isso transformou minha vida, porque a Juliana é uma menina muito alegre, muito espontânea. Quando ela acorda, ela canta, fala sempre coisas de Deus, são sempre palavras de uma pessoa iluminada. Tem muitas coisas que ela não está perto, não está vendo, mas solta do nada, como se tivesse vendo tudo”, descreve a sintonia do relacionamento que construíram.
A vice-prefeita é mãe de três, duas filhas ainda moram com ela. “Elas também se aproximaram, gostam muito dela e todos vivemos em harmonia. Juliana trata meu marido como pai. Tudo isso tem sido um grande presente de Deus, só tenho a agradecer, porque nossa vida tem sido bem melhor com a companhia dela”.
Se você também tem vontade de ser um padrinho ou madrinha de uma criança ou adolescente, entre em contato com a 2ª Vara da Infância e Juventude, por meio do telefone: (68) 99234-6275 ou presencialmente no Fórum dos Juizados Especiais na Cidade da Justiça de Rio Branco.
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Acre
Prefeitura de Rio Branco lança maior programa habitacional da história do município
A Prefeitura de Rio Branco firmou, nesta sexta-feira (15), uma importante parceria com a Caixa Econômica Federal e o setor privado para a execução do maior programa habitacional da história do município.
A primeira etapa prevê a construção de 500 unidades habitacionais, inseridas em um projeto mais amplo que pretende entregar mais de 2 mil moradias até o final da atual gestão.
O anúncio foi feito durante reunião no gabinete do prefeito Tião Bocalom, que recebeu representantes da Caixa e de empresas parceiras.

“É um investimento que transforma vidas e impulsiona a economia local”, destacou o vereador Joabe. (Foto: Val Fernandes/Secom)
De acordo com o presidente da Câmara Municipal, vereador Joabe Lira, a iniciativa representa mais do que a entrega de moradias: é um investimento que transforma vidas e impulsiona a economia local.
“O maior sonho de cada família é ganhar uma casa. Então, essa parceria que a Prefeitura de Rio Branco tem feito, o prefeito Tião Bocalom, com a Caixa Econômica e com a parte empresarial, com certeza traz transformação para a nossa cidade. Além da casa em si, isso gera emprego e renda para o nosso município”, destacou Joabe Lira.
O prefeito Tião Bocalom ressaltou que, pela primeira vez, a administração municipal está assumindo diretamente a execução de um projeto habitacional dessa dimensão. Ele afirmou que buscou inspiração em modelos já consolidados em estados como Minas Gerais, Paraná, São Paulo e no Distrito Federal.

Somente com esse programa, ao final do nosso mandato, teremos mais de 2 mil unidades habitacionais de responsabilidade da Prefeitura”, afirmou Bocalom. (Foto: Val Fernandes/Secom)
“A grande dificuldade que a gente tinha é que eu via isso acontecendo em outros estados e, aqui no Acre, não acontecia. Estou feliz que agora a Prefeitura de Rio Branco, que nunca teve um programa de habitação, está realizando esse sonho. Somente com esse programa, ao final do nosso mandato, teremos mais de 2 mil unidades habitacionais de responsabilidade da Prefeitura”, afirmou Bocalom.
O programa habitacional reforça o compromisso da Prefeitura de Rio Branco com o desenvolvimento urbano, a geração de emprego e renda e a melhoria da qualidade de vida da população.
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Acre
Governador Gladson Cameli convoca secretários após irritação com “corpo mole” e viagens excessivas
Reunião emergencial no Museu dos Povos Acreanos deve marcar posição contra desleixo no final de governo

Pelo grupo do WhatsApp do órgão, Gladson encaminhou a todo seu primeiro escalão, secretários e presidentes de autarquias, um ofício convocando-os para uma reunião. Foto: capada
O governador Gladson Cameli decidiu cortar o clima de relaxamento no Palácio Rio Branco e convocou toda a cúpula do primeiro escalão para uma reunião urgente nesta segunda-feira (18), no Museu dos Povos Acreanos. O motivo? Irritação com o “corpo mole” de secretários e o excesso de viagens de alguns auxiliares, comportamento que ele comparou a transformar o governo em “casa da mãe Joana”.
O estopim da crise
Cameli não esconde a insatisfação com a desaceleração de parte de sua equipe, já em clima de “final de governo”.
O governador, que planeja deixar o cargo em abril de 2026, quer deixar claro que ainda manda no Executivo acreano e exige produtividade até o último dia.
O recado foi dado via grupo de WhatsApp oficial, com um ofício enviado a todos os secretários e presidentes de autarquias.
O que esperar da reunião?
Fontes próximas ao Palácio adiantam que Cameli fará um puxão de orelha coletivo, reforçando que:
Viagens sem justificativa serão barradas.
Desleixo administrativo não será tolerado.
O governo não está em “modo despedida” — mesmo com a saída planejada do governador em Abril 2026.
Pano de fundo: O alerta ocorre em um momento crítico, com o Acre enfrentando seca extrema em 21 cidades e pressão por respostas eficientes. Cameli quer evitar que a imagem de sua gestão seja manchada por má gestão no trampolim final. Se o recado não for ouvido, troca de secretários pode ser o próximo passo.
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Acre
Governo federal reconhece situação de emergência em 21 cidades do Acre devido à seca extrema
Portaria publicada nesta segunda-feira (18) libera recursos para socorro imediato às populações afetadas

A decisão de Paulo Roberto Falcão permite o acesso a recursos do governo federal e o socorro imediato às comunidades, Foto: cidade de Brasiléia e Epitaciolândia. Foto: Marcus José
O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Paulo Roberto Farias Falcão, oficializou nesta segunda-feira (18/8) o reconhecimento de situação de emergência em 21 municípios do Acre por conta da seca extrema que atinge a região. A medida, publicada no Diário Oficial da União (DOU), permite a liberação de recursos federais para ações emergenciais, como distribuição de água, alimentos e apoio logístico, sem necessidade de licitação em casos urgentes.
Cidades em situação de emergência:
Acrelândia
Assis Brasil
Brasileia
Bujari
Capixaba
Cruzeiro do Sul
Epitaciolândia
Feijó
Jordão
Mâncio Lima
Manoel Urbano
Marechal Thaumaturgo
Plácido de Castro
Porto Acre
Porto Walter
Rodrigues Alves
Santa Rosa do Purus
Sena Madureira
Senador Guiomard
Tarauacá
Xapuri
A medida visa agilizar o auxílio a famílias e produtores rurais afetados pela estiagem prolongada, que já compromete o abastecimento de água e a agricultura local. O governo do Acre e as prefeituras deverão apresentar um plano de ação para acesso aos recursos federais.

Com a estiagem, governo federal reconhece situação de emergência em 21 cidades do Acre. Foto: Marcus José
Próximos passos:
Distribuição de caminhões-pipa e kits de emergência.
Avaliação de danos em lavouras e reservas hídricas.
Possível ampliação de municípios incluídos no decreto.
Esta é a segunda vez em 2025 que o Acre decreta emergência por seca, refletindo os impactos das mudanças climáticas na região amazônica.

O secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, reconheceu a situação de emergência em 21 cidades do Acre, por conta da seca extrema. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União. Foto: Marcus José
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