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MP-AC questiona Iapen sobre segurança e quem monitorava câmeras de presídio durante fuga em massa

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MP-AC acompanha processos instaurados para investigar as duas fugas registradas no FOC em uma semana.

Complexo Prisional Francisco d’Oliveira Conde (FOC). Sérgio Vale

Por Aline Vieira, Jornal do Acre 2ª Edição — Rio Branco

Após duas fugas registradas em uma semana no Complexo Prisional Francisco d’Oliveira Conde (FOC), em Rio Branco, o Ministério Público do Acre (MP-AC) investiga se houve falha na segurança da unidade e o trabalho dos policiais que estavam nos plantões. Em apenas uma dessas fugas, 26 presos de uma mesma facção escaparam do complexo pulando dois muros.

Sete detentos que participaram da fuga em massa, na segunda-feira (20), já foram recapturados, e 19 seguem foragidos.

A primeira fuga registrada no complexo em 2020 ocorreu no último dia 13, quando quatro presos do pavilhão P do FOC quebraram o alambrado, que fica ao redor do pavilhão, e deixaram a unidade. Nenhum deles foi capturado até o momento.

Em entrevista à Rede Amazônica Acre, o promotor Tales Tranin, da 4ª Promotoria Criminal de Execução Penal e Fiscalização de Presídio e também da Promotoria de Segurança Pública, disse que abriu um procedimento administrativo para investigar as fugas. O MP-AC apura também se houve facilitação de servidores.

Promotor Tales Tranin acompanha investigações das polícias Civil, Militar e do Iapen-AC — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Tranin quer esclarecer se havia alguém na sala de monitoramento do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) de olho nas imagens das câmeras, se os servidores responsáveis pela segurança no perímetro do muro estavam na guarita e se os policiais penais dos pavilhões não ouviram quando os presos quebravam a parede das celas a marretadas e fugiram.

“Já houve aquela fuga no dia 13, que foi feito aquele buraco daquele tamanho em um pavilhão onde não há ventilador, televisão e nenhum barulho interno que podia disfarçar as marretadas que foram dadas nas paredes e ninguém escutou. Então, isso é uma coisa que achamos meio estranho”, reafirmou.

O diretor-presidente do Iapen-AC, Lucas Gomes, disse que o instituto e a Polícia Militar instauraram procedimento administrativo para investigar as fugas.

“A Polícia Civil conduz inquérito também para buscar uma solução para o caso”, resumiu.

Na primeira fuga do ano, sensor de presença foi desligado

O promotor disse também que já foi apurado que durante a primeira fuga, no Pavilhão P, o sensor de presença do complexo não estava funcionando. Quando soube disso, ele revelou que enviou um ofício ao Iapen-AC exigindo uma apuração séria e rígida.

“Depois de uma semana houve essa fuga em massa. Então, cadê a pessoa que estava na guarita? Os policiais penais estavam no pavilhão no momento? Existe no Iapen uma sala onde se monitora as imagens, a pessoa estava olhando na hora?”, questionou.

Ainda segundo Tranin, os esclarecimentos vão começar na segunda (27), quando a Polícia Civil do Acre inicia as oitivas das investigações. Além disso, a corregedoria da Polícia Militar apura a conduta dos policiais que estavam no local.

Presos do pavilhão P fugiram por um buraco feito na parede de uma das celas do Complexo Penitenciário de Rio Branco — Foto: Divulgação/Iapen-AC

“Estamos no acompanhamento das investigações da Polícia Civil e do Iapen. Na corregedoria do Iapen as investigações já começaram, com ajuntado de documentos, imagens e as oitivas vão começar a partir de segunda. A corregedoria da PM também já ouviu os militares envolvidos, então, vou solicitar também essas oitivas que já foram realizadas”, acrescentou.

O promotor garantiu que vai apurar tudo de maneira mais rápida possível para dar uma resposta à sociedade. Segundo ele, no máximo em dez dias o Iapen-AC deve concluir as investigações.

“O que não podemos permitir é que isso continue acontecendo dessa forma. Todo processo tem um preço, é todo um aparato que custa dinheiro para depois os presos saírem assim e fazer crimes na ruas e deixar a população aterrorizada como aconteceu na segunda [20]”, concluiu.

Visita íntima suspensa

Após a fuga em massa, a visita íntima que deveria ocorrer na quarta-feira (22) foi suspensa no Complexo Prisional Francisco d’Oliveira Conde (FOC), em Rio Branco.

Em nota, o Iapen afirmou que a suspensão da visita é parte das ações e procedimentos que são feitos nas unidades para evitar novas fugas e garantir a segurança. A visita íntima foi suspensa apenas no FOC, onde ocorreu a fuga. Nas demais unidades prisionais do estado a visita foi mantida.

Crítica Asmac

A Associação dos Magistrados do Acre (Asmac) fez duras críticas à Segurança Pública do Acre. A nota foi uma resposta às declarações da cúpula da Secretaria de Segurança, que teria acusado o Poder Judiciário pela grave crise na segurança.

O primeiro a ser recapturado foi Adalcimar Oliveira de Almeida, logo após a fuga. Os outros cinco foram presos novamente no dia seguinte e na madrugada de terça, localizados na BR-364 e nas proximidades do presídio, no bairro Custódio Freira.

Seis presos foram recapturados após fuga de penitenciária no Acre

Presos recapturados do Complexo Penitenciário Francisco d’Oliveira Conde, no Acre; Adalcimar Oliveira de Almeida não teve imagem divulgada – Divulgação/Iapen-AC

O Iapen-AC (Instituto de Administração Penitenciária do Acre) confirmou na última terça-feira (21) que seis dos 26 presos fugitivos do Complexo Penitenciário Francisco d’Oliveira Conde, em Rio Branco, foram recapturados pela polícia.

Segundo a Secretaria de Estado da Justiça e Segurança Pública, os detentos escaparam na madrugada de segunda (20) por um buraco aberto na parede de uma cela do pavilhão L. Após acessar o pátio, o grupo usou cordas improvisadas com lençóis para escalar o muro do estabelecimento penal.

Os nomes dos detentos recapturados são: Marcos da Costa Ferreira, Vagner Tércio de Moura, Anderson da Silva Velasquez, Francisco dos Santos Coimbra e Adam Smith Oliveira da Silva. Os outros 20 fugitivos seguem foragidos.

Presos que fugiram no último dia 13 do FOC:

  1. Thiago ferreira de Araújo
  2. Samuel da Silva Souza
  3. Gabriel Monteiro Mapeano
  4. Jeferson Jesus de Castro

Presos que fugiram do FOC no último dia 13 e não foram recapturados até o momento — Foto: Divulgação/Iapen-AC

Preso que seguem foragidos após fuga em massa:

  1. Francisco Santos Braga
  2. Rogério Furtado dos Santos
  3. Ariclene Firmiano da Silva
  4. Dheyci de Angelo Lima e Lima
  5. Aloísio Lucas Mesquita
  6. Mirleson Nascimento da Silva
  7. Saymon Wallace Fonseca do Nascimento
  8. Valber de Aguiar Morais
  9. Anderson de Souza Alves
  10. Raimundo Nonato dos Santos Fonseca
  11. Jaciel Batista do Nascimento
  12. Wellington de Souza Lima
  13. Lucas Souza da Silva
  14. Joel Menezes de Queiroz
  15. Francisane Rocha Ribeiro
  16. Ronicley Ribeiro da Silva
  17. José Valdenes Viana da Silva
  18. Gerilto Caetano da Silva
  19. Sebastião Weverton Lima de França

Dezenove presos seguem foragidos após fuga em massa — Foto: Divulgação/Iapen-AC

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Vídeo: Dr. Cristian Moraes avança na busca pela tão esperada ponte do bairro Sibéria

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Em uma importante missão para o desenvolvimento de Xapuri, o Dr. Cristian Moraes, representando o Líder do Governo, Deputado Manoel Moraes, esteve em Brasília para buscar informações sobre o andamento da tão aguardada ponte do bairro Sibéria, em Xapuri.

Durante sua visita ao Congresso Nacional, Cristian Moraes foi recebido pelo Senador Márcio Bittar, autor da emenda destinada à construção da ponte. Em um encontro frutífero, o Senador assegurou que a emenda, no valor de mais de 9 milhões de reais, já está alocada para o Departamento de Estradas e Rodagens do Acre (Deracre), permitindo que o processo avance.

A ponte do bairro Sibéria é um anseio antigo da população xapuriense, e ao longo de sua carreira política, o Deputado Manoel Moraes tem sido um defensor incansável dessa causa. Agora, com a emenda prestes a ser liberada para o Governo do Estado, onde será executada pelo Deracre, a concretização desse sonho está mais próxima do que nunca, trazendo esperança e progresso para a região.

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Morador de rua morre após ser agredido a golpes de ripa e pedradas em Rio Branco

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O morador em situação de rua Silvio da Silva Brito, de 52 anos, morreu após agredido a golpes de ripa e a pedradas na manhã desta quinta-feira (25), ao lado do pátio da Limpebrás e da Ricco Transportes, na BR-364, no Loteamento Santa Helena, na região do Segundo Distrito de Rio Branco.

Segundo informações da polícia, o corpo do morador em situação de rua foi achado por um popular, que ligou para o Copom e avisou do crime.

Com a denúncia, policiais militares do 2° Batalhão foram ao local e confirmaram a veracidade dos fatos, e que o homem foi morto por diversas pedradas e ripas nas cabeças. Os militares solicitaram a presença da perícia criminal e dos agentes do Instituto Médico Legal (IML).

A área foi isolada pelos militares e a perícia de local foi realizada. O corpo foi removido e encaminhado para o IML, para serem feitos os exames cadavéricos, para que a autópsia possa determinar as causas da morte (aparentemente por morte violenta). Ainda segundo informações da polícia, o corpo apresentava marcas profundas na cabeça.

Agentes de Polícia Civil da Equipe de Pronto Emprego (EPE) colheram as primeiras informações e o caso será investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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Golpe do PIX: Criminosos usam contas invadidas para prometer lucros falsos em tempo recorde no Acre

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 Esquema Fraudulento Utiliza Pix para Enganar Vítimas com Promessas de Lucro Rápido e Fácil

Nos últimos meses, autoridades têm alertado sobre um novo golpe cibernético que tem feito vítimas em todo o país: o “Golpe do PIX”. Nesse esquema, criminosos invadem contas bancárias de pessoas desavisadas e as utilizam como ferramentas para promover uma fraude sofisticada, prometendo lucros rápidos e substanciais através do sistema de pagamentos instantâneos.

O modus operandi desses golpistas é engenhoso. Após acessarem as contas bancárias das vítimas, os criminosos passam a enviar mensagens e-mails ou mensagens de texto para uma lista de contatos, que inclui amigos, familiares e colegas de trabalho das vítimas. Nessas mensagens, são divulgadas tabelas e gráficos que aparentemente mostram resultados impressionantes de lucros obtidos através de transações Pix.

O golpe se desenrola quando os criminosos oferecem a oportunidade de investimento, garantindo lucros expressivos em um curto espaço de tempo. A estratégia é convencer as vítimas de que depositar uma determinada quantia em uma conta bancária específica resultará em um retorno significativamente maior em menos de 10 minutos, praticamente dobrando o valor investido.

As vítimas, muitas vezes atraídas pela perspectiva de ganhos fáceis e rápidos, acabam caindo na armadilha e realizando os depósitos solicitados pelos golpistas. No entanto, após efetuarem o pagamento, descobrem que foram enganadas e que os resultados apresentados eram falsos.

As autoridades alertam que esse golpe representa não apenas uma perda financeira para as vítimas, mas também uma violação séria de segurança e privacidade, uma vez que as contas bancárias invadidas são utilizadas de forma fraudulenta pelos criminosos.

Para se proteger contra esse tipo de golpe, especialistas recomendam que os usuários estejam sempre atentos a mensagens suspeitas, verifiquem a autenticidade das informações apresentadas e evitem realizar transações financeiras baseadas em promessas de lucros extraordinários e imediatos.

Além da perda financeira, as vítimas desse golpe enfrentam outro risco grave: a possibilidade de perderem o controle de suas contas nas redes sociais para os criminosos. Os golpistas desenvolveram um método engenhoso para acessar as contas das vítimas, aproveitando-se de sua confiança abalada e da busca por soluções após caírem no golpe do Pix.

Ao se depararem com um desafio de autenticação em duas etapas, os criminosos se fazem passar por agentes do esquema fraudulento, alegando que o código solicitado é, na verdade, uma medida de segurança adicional do Pix. Com habilidade persuasiva, induzem as vítimas a fornecerem o código de autenticação sob pretexto de validar a transação. Uma vez em posse desse código, os golpistas ganham acesso às contas de mídia social das vítimas, assumindo controle total sobre elas e utilizando-as como ferramentas para perpetuar o golpe, ampliando assim o alcance do esquema fraudulento e prejudicando ainda mais pessoas inocentes.

Essa abordagem dupla, que combina prejuízos financeiros e invasão da privacidade digital, torna o Golpe do Pix não apenas uma ameaça à segurança financeira, mas também uma violação séria da integridade e da privacidade das vítimas.

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