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Mercado da castanha sofre com os efeitos da pandemia do novo coronavírus
Morador da Reserva Extrativista Chico Mendes no município de Epitaciolândia, diz que para garantir a saída do produto coletado chegou a comercializar a lata de castanha a R$ 14.
Com Ecoacre.net
As medidas de isolamento social impostas pela pandemia do coronavírus agravaram a crise que já existia no mercado da castanha acreana, o principal produto extrativista do estado. Com a crise sanitária, as cooperativas agroextrativistas reduziram suas atividades, o que trouxe impactos na comercialização e no preço da lata (unidade de medida da castanha seca que corresponde a cerca de 10 kg), que já apresentavam sinais de queda no mercado local.
Os dados são do portal da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Com uma redução para menos da metade do valor praticado em 2019, nessa mesma época, muitos extrativistas não conseguiram vender toda a produção coletada.
Segundo estimativas da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Acre (Cooperacre), já era esperado um valor de mercado da castanha em 2020 inferior ao da safra do ano passado, em razão dos estoques existentes nas cooperativas e usinas de beneficiamento, o que fez diminuir a procura pelo produto, mas com a pandemia do coronavírus os impactos foram maiores do que a expectativa.
Rozinei Brito, morador da Reserva Extrativista Chico Mendes no município de Epitaciolândia, diz que para garantir a saída do produto coletado chegou a comercializar a lata de castanha a R$ 14.
“Esse preço não compensa nosso trabalho. É um dia pra juntar os ouriços, outro dia pra quebrar e outro pra recolher. Por isso, muitos extrativistas decidiram abandonar a atividade”, afirmou à Assessoria da Embrapa-Acre.
Vendedor de castanha no município de Brasiléia, o comerciante Jonas do Nascimento relembrou que o preço do produto começou a declinar logo no início da pandemia.
“A gente compra na expectativa de comercializar para o mercado internacional. No ano passado, cheguei a vender a lata de castanha a 64 reais. Agora o preço está muito baixo. Se tivesse procura, a gente comprava do extrativista por um preço melhor”, explicou.
Para se ter ideia dos desafios impostos ao mercado da castanha pela pandemia, a Cooperacre, principal indústria de beneficiamento de castanha no Acre, reduziu em 60% a capacidade de compra de seus associados.
“A Cooperacre comprava, em média, de quatro a cinco milhões de quilos de castanha in natura. Em 2020, compramos 200 mil latas, o que representa dois milhões e duzentos mil quilos, menos da metade do volume adquirido em anos anteriores”, afirma Manoel Monteiro, superintendente da empresa.
Diante do cenário de incertezas, de acordo com Monteiro, a cooperativa tem comprado somente a castanha necessária para atender contratos firmados há mais de cinco anos. Mesmo assim, a Cooperacre, que é uma associação que reúne várias outras cooperativas, conseguiu atender todos seus sócios e agora trabalha para processar e vender.
“Compramos mediante a demanda. Estamos com dificuldades para vender e buscar um preço melhor para a castanha. Não estocamos o produto porque não sabemos se terá saída”. O mercado continua com os preços muito baixos, mais estamos conseguindo vender assim mesmo, concluiu.
Crise pré-pandemia
O preço da castanha no mercado local já vinha em queda desde a safra de 2019, quando o preço médio da lata da noz amazônica caiu cerca de 50% com relação a 2018. Naquele ano, a unidade de medida do produto chegou a ser comercializada a valores que variaram entre os R$ 110 e R$ 160. No fim do ano passado, a lata de castanha chegou a ser vendida entre R$ 25 e R$ 55, de acordo com a Cooperativa Agroextrativista de Xapuri – Cooperxapuri.
Borracha
Sobre o mercado da borracha, a Cooperacre afirma que, por enquanto, a atividade ainda não foi afetada pela pandemia da covid-19. Isso devido a um contrato que a cooperativa mantém com a empresa francesa Veja, fabricante de calçados, que está garantindo o mercado por um preço considerado muito bom e os produtores agora começam a produzir a todo vapor, segundo a cooperativa acreana.
Frutas
Com 220 funcionários, a Cooperacre é uma das principais cooperativas do Brasil, sendo a responsável pela maior produção de castanha beneficiada do país. Mais de três mil famílias extrativistas e da agricultura familiar fazem parte do empreendimento e trabalham, além da castanha e do látex da seringueira, com a produção de frutas para polpa.
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Homem é espancado e esfaqueado após discussão com vizinho no Segundo Distrito de Rio Branco
Josué Silva Lima, de 56 anos, foi brutalmente agredido e esfaqueado após uma discussão com um vizinho, na noite deste domingo (13), na Travessa da Alegria, no bairro Recanto dos Buritis, região do Segundo Distrito de Rio Branco.
De acordo com informações repassadas pela Polícia Militar, a vítima havia consumido bebida alcoólica quando se desentendeu com o vizinho. O bate-boca evoluiu para violência física, e o suspeito, munido de uma ripa de madeira, passou a agredir Josué com vários golpes. Em seguida, o agressor também desferiu duas facadas — uma na cabeça e outra, profunda, no antebraço direito.
Mesmo gravemente ferido, Josué conseguiu correr por alguns metros, mas acabou caindo em via pública. Familiares que presenciaram a cena acionaram imediatamente a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Uma ambulância de suporte avançado foi enviada e prestou os primeiros socorros, conduzindo o homem ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde seu estado de saúde foi classificado como estável.
Guarnições do 2º Batalhão da PM realizaram buscas na região e colheram informações com moradores, mas o autor das agressões fugiu e ainda não foi localizado.
A Polícia Civil, por meio da Equipe de Pronto Emprego (EPE), já iniciou as investigações. O caso foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que ficará responsável por apurar a tentativa de homicídio e prender o agressor.
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Adolescente de 15 anos morre afogado em açude na zona rural de Porto Acre
Raylan Wenny visitava a família da namorada quando tentou atravessar o açude a nado; Polícia Civil investigará o caso
Um adolescente identificado como Raylan Wenny, de 15 anos, morreu afogado na tarde deste sábado (12), em um açude localizado no Projeto de Assentamento Tocantins, zona rural de Porto Acre, no interior do Acre. O jovem, morador da região do São Francisco, havia ido visitar a família da namorada quando ocorreu o acidente.
De acordo com informações de amigos e familiares, após o almoço, Raylan saiu da residência e foi até um açude próximo para se banhar. Durante a tentativa de atravessar o manancial nadando, acabou se afogando. Familiares da namorada ainda tentaram prestar socorro, mas, ao retirá-lo da água, o adolescente já estava sem vida.
A Polícia Militar foi acionada e confirmou a ocorrência ao chegar ao local, isolando a área até a chegada da equipe da Polícia Técnico-Científica. Peritos criminais e agentes de necropsia realizaram os procedimentos no local e encaminharam o corpo para o Instituto Médico Legal (IML), em Rio Branco. Após os exames, o corpo foi liberado para a família realizar o velório e sepultamento.
Raylan era integrante do Grupo Raízes da Capoeira, que publicou uma nota de pesar ainda na noite de sábado. Na mensagem, o grupo lamentou a perda e destacou a alegria e o comprometimento do jovem durante os treinos e apresentações.
Embora a morte seja tratada, a princípio, como acidental, a Polícia Civil de Porto Acre investigará o caso para esclarecer completamente as circunstâncias da tragédia.
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Homem é preso por tráfico de drogas no bairro Eldorado
Um homem foi preso em flagrante por tráfico de drogas na tarde desse sábado (12), durante uma operação realizada por equipes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar do Acre, no bairro Eldorado, em Rio Branco.
A ação contou com a atuação de policiais da Companhia de Policiamento de Choque (CpChoque) e da Companhia de Operações Especiais (COE). Os militares avistaram um indivíduo saindo de uma residência com um volume suspeito no bolso. Ao notar a aproximação das viaturas, o homem tentou fugir, mas foi rapidamente alcançado e abordado.
Durante a revista pessoal, os policiais encontraram uma pequena bolsa preta contendo seis trouxinhas de substância análoga à cocaína, duas pequenas barras de material semelhante à maconha e uma quantia em dinheiro.
Ao observar o interior da casa de onde o suspeito havia saído, os policiais visualizaram, pelas frestas, um saco com três tijolos de uma substância aparentando ser maconha. Ao ser questionado, o homem confessou ser o proprietário do entorpecente e informou que a chave do imóvel estava em seu bolso.
Com acesso à residência, os policiais localizaram os três tijolos de maconha, além de um invólucro contendo substância análoga à cocaína, duas balanças de precisão, materiais utilizados para embalar drogas e um carregador de pistola.
O suspeito foi conduzido à Delegacia de Flagrantes (Defla) junto com todo o material apreendido, onde foi autuado por tráfico de drogas. O caso seguirá sob investigação da Polícia Civil.
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