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Índia pode proibir jogos online que envolvem dinheiro, alegando dependência
Projeto de lei proposto pelo governo sobre regulamentação das plataformas será debatido em breve

A frase “Regulamentações de jogos online da Índia” é exibida em frente a uma bandeira indiana • 14/09/2022 REUTERS/Dado Ruvic/Foto ilustrativa
O governo da Índia planeja proibir os jogos online jogados com dinheiro, segundo uma proposta de lei apresentada nesta terça-feira (19), o que seria um duro golpe para um setor que atraiu bilhões de dólares em investimentos estrangeiros.
Citando danos psicológicos e financeiros que podem ser causados por esses jogos, o projeto de lei sobre promoção e regulamentação de jogos online diz que nenhuma pessoa “oferecerá, ajudará, será cúmplice, induzirá ou, de outra forma, se entregará ou se envolverá” na oferta de jogos online com dinheiro e serviços desse tipo.
O projeto de lei de 13 páginas, que ainda não foi tornado público, mas foi visto pela Reuters, descreve um jogo online a dinheiro como aquele jogado por um usuário que deposita dinheiro na expectativa de ganhar dinheiro e outros ganhos.
O mercado indiano para esse tipo de jogo deve valer US$ 3,6 bilhões até 2029, segundo a empresa de capital de risco Lumikai.
Os endossos dos principais jogadores de críquete indianos e outros esforços de marketing aumentaram o apelo e o interesse dos investidores em aplicativos de jogos com dinheiro real, como os populares jogos de fantasia de críquete operados pelas startups Dream11 e Mobile Premier League.
A Dream11 tem uma avaliação de US$ 8 bilhões, enquanto a Mobile Premier League está avaliada em US$ 2,5 bilhões, segundo dados da PitchBook.
O governo indiano há muito se preocupa com o fato de esses jogos causarem dependência.
O ministério de TI da Índia, que elaborou o projeto de lei, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A MPL e a Dream11 não quiseram comentar.
Nos jogos de fantasia de críquete no Dream11, os usuários criam suas equipes pagando apenas 8 rúpias (US$0,19), com um prêmio total de 1,2 milhão de rúpias indianas (US$ 14.000). Os aplicativos se tornam mais populares durante a temporada da Indian Premier League, um dos torneios de críquete mais populares do mundo.
O projeto de lei estabelece que qualquer pessoa que ofereça esses jogos com dinheiro pode ser condenada a uma pena de prisão de até três anos e multa.
“Esses jogos geralmente usam recursos de design manipuladores, algoritmos viciantes… e promovem um comportamento compulsivo que leva à ruína financeira”, diz o projeto de lei.
Fonte: CNN
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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