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Grávida morre de Covid-19 após parto e faz último pedido: ‘falou para cuidar dos nossos filhos’, diz marido
O marido de Simonete contou que a mulher tinha medo de pegar a coronavírus na gravidez. Há dez dias a servidora pública começou a apresentar os sintomas da doença, mas não tinha feito exames ainda.

Simonete Paiva da Silva estava no sexto mês da gravidez quando foi infectada com a Covid-19 e morreu na noite de quarta-feira (20) — Foto: Arquivo da família
Por Aline Nascimento
A agente comunitária de saúde Simonete Ribeiro de Paiva, de 40 anos, morreu com Covid-19 após um parto de emergência na noite de quarta-feira (20) no Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Acre (Into-AC), em Rio Branco. Simonete estava no sexto mês de gestação do terceiro filho, teve complicações devido à doença e a precisou ser submetida a uma cirurgia para a retirada da criança.
O menino está internado na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da Maternidade Bárbara Heliodora. Segundo o pai, o agricultor Roberto dos Santos Silva, de 40 anos, a criança está bem. Porém, ele não soube informar se o bebê nasceu com Covid-19. O último pedido da mulher ao marido foi para que ele cuidasse dos filhos.
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“Me falaram que ele está bem, não disseram que está com Covid-19. Fizeram o exame, mas não me falaram se está. Ela piorou e tiraram o bebê lá mesmo [Into-AC]. A ambulância da maternidade veio e levou ele. Entubaram ela ainda, passou dez minutos viva ainda e morreu”, contou, abalado.
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Simonete era servidora da saúde da cidade de Plácido de Castro. Ela trabalhava como agente comunitária há mais de dez anos. Após a morte da servidora, o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Acre (Sintesac), a Prefeitura e a Secretaria de Saúde de Plácido de Castro emitiram notas lamentando a morte da mulher.
A coordenadora da Atenção Primária de Plácido de Castro e colega de trabalho, Elenira Costa da Silva, explicou que Simonete estava afastada há dois meses, quando foi diagnosticada com pneumonia. Além disso, a servidora tinha doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e asma.
“Ela era uma excelente profissional, era dedicada, trabalhava na zona rural, visitava diariamente com uma moto os pacientes. Ela se doava mesmo, quando o paciente não tinha medicamento ela tirava do bolso, quando estava acamado ela colocava na garupa da moto e trazia para atendimento. Era crítica e buscava melhorias. Não tinha problemas com ninguém, lamentamos muito a morte dela”, lamentou.
Infecção na gravidez
O marido de Simonete contou que a mulher tinha medo de pegar a coronavírus na gravidez. Há dez dias a servidora pública começou a apresentar os sintomas da doença, mas não tinha feito exames ainda. No sábado (16), Simonete, que morava na zona rural de Plácido de Castro, começou a passar mal e veio para a maternidade de Rio Branco.
Uma médica fez um raio-X e mandou internar a mulher. Ao trocar de plantão, o outro médico medicou Simonete e deu alta para ela, que voltou para casa novamente.
“No domingo [17], passou mal de novo. Na segunda, levei ela para o hospital de Plácido de Castro, levaram ela para a maternidade de novo e de lá foi para o Into na terça [19]. Ela chegou no Into, ficou no leito, não foi entubada e ficou muito apreensiva, ficou desesperada e me falaram que tirou a máscara de oxigênio e a saturação dela caiu e não conseguiram mais reverter o quadro”, relembrou.
Último pedido
Na quarta (20), o quadro de saúde Simonete continuou ruim e, no início da noite, a equipe fez a cirurgia de emergência para a retirada do bebê. Roberto Silva falou que a mulher tinha medo de se contaminar com a doença durante a gravidez. Ele disse que não sabe como a agente se infectou, mas que outros parentes dela, como o irmão, também pegaram a doença e estão internados.
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“Por causa do histórico dela de DPCO, ela tinha medo, não queria ir para o Into de jeito nenhum. Na última vez que me ligou pediu para eu cuidar dos meninos e aí pegaram o telefone dela. No outro dia já morreu, não tinha contato mais com ela. Estávamos nos preparando para comprar o enxoval mês que vem, temos só algumas coisas que as pessoas deram”, lamentou.
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Nota da Prefeitura de Plácido de Castro:
O prefeito Camilo da Silva, venho registra o mais sincero condolências a família e ao Esposo Roberto, por essa inestimável perda da senhora Simonete de Paiva, 40 anos, funcionária pública da Prefeitura de Plácido de Castro há mais de 12 anos como Agente Comunitária de Saúde, Lotada na Unidade de Saúde Mario Gomes, no Km 58. Moradora no Ramal Cazuza.
Que Deus em sua infinita misericórdia conforte e console os coração dos familiares dando força para suporta este momento de profunda dor. A mesma estava grávida. Faleceu devido às complicações da Covid-19.
Simonete se mostrou uma mulher guerreira, e sempre foi muito querida por colegas de trabalho e amigos.
Nota da Secretaria de Saúde:
É com extremo pesar que a Secretaria de Saúde do município de Plácido de Castro comunica o falecimento da agente de saúde Simonete Ribeiro de Paiva.
Simonete se mostrou uma guerraira, e sempre foi muito querida por colegas de trabalho e amigos.
Toda secretaria registra as mais sincera condolências à família e amigos por essa inestimável perda.
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Câmara de Epitaciolândia recebe Selo Ouro de Transparência e aprova projetos em sessão emocionante
40ª sessão ordinária da 9ª Legislatura contou com todos os 11 vereadores; Casa também anuncia nova caminhonete para reforçar atividades parlamentares em 2026

40ª Sessão Ordinária do 1º Ano Legislativo da 9ª Legislatura da Câmara Municipal de Epitaciolândia. A reunião foi marcada por momentos de emoção, debates produtivos e pela aprovação de importantes projetos. Foto: captada
A Câmara Municipal de Epitaciolândia realizou, na manhã de segunda-feira, a 40ª e última sessão ordinária do ano legislativo de 2025. Com a presença dos 11 vereadores, a reunião foi marcada por aprovações de projetos, debates e momentos de reconhecimento ao trabalho desenvolvido ao longo do ano.
Um dos destaques foi a celebração da conquista do Selo Ouro de Transparência, que coloca a Casa entre as poucas do estado a obter essa certificação. Os parlamentares também elogiaram a dedicação dos servidores e anunciaram a chegada de uma nova caminhonete, que vai reforçar a logística e o deslocamento dos vereadores e funcionários no próximo ano legislativo.

Outro destaque da sessão foi o anúncio de que a Câmara Municipal recebeu uma nova caminhonete, que irá auxiliar vereadores e funcionários nas atividades e demandas do próximo ano legislativo. Foto: captada
Os vereadores reafirmaram o compromisso com as demandas da população e com o desenvolvimento do município, encerrando o ano com balanço positivo e projeções para 2026.
Principais destaques da sessão
- Selo Ouro de Transparência: Reconhecimento por boas práticas de transparência pública
- Reconhecimento: Parlamentares elogiaram servidores pelo zelo e dedicação
- Novo veículo: Caminhonete para auxiliar atividades e demandas parlamentares em 2026
- Pronunciamentos: Vereadores reforçaram compromisso com desenvolvimento municipal
Contexto legislativo
- Período: 1º Ano Legislativo da 9ª Legislatura (eleita em 2024)
- Composição: 11 vereadores presentes
- Meta: Atendimento às demandas da população epitaciolandense
A sessão encerra simbolicamente o primeiro ano da atual legislatura, marcado pela busca por maior transparência e eficiência na gestão parlamentar. O Selo Ouro consolida avanços na prestação de contas à sociedade, enquanto a nova estrutura operacional prepara a Casa para os desafios do próximo ano legislativo.


A sessão contou com a presença dos 11 vereadores eleitos no pleito de 2024, que destacaram os trabalhos desenvolvidos ao longo do ano de 2025, reforçando o compromisso com o desenvolvimento do município. Foto: captada
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Estudantes do Acre conquistam medalhas de ouro, prata e bronze nas XXIV Olimpíadas Especiais das Apaes, em Brasília
Realizadas entre os dias 8 e 13 deste mês, em Brasília, as XXIV Olimpíadas Especiais das Apaes reuniram atletas de todo o país em um dos maiores eventos esportivos voltados à inclusão social. A competição contou com 1.819 participantes, sendo 1.297 atletas com deficiência intelectual e múltipla, além de técnicos e acompanhantes de 24 estados e do Distrito Federal.
Representando o Acre, a delegação formada por 16 alunos da Apae Rio Branco, além de dois estudantes de Senador Guiomard e um de Plácido de Castro, teve participação de destaque e voltou para casa com importantes conquistas esportivas e histórias de superação que marcaram os seis dias de evento.
Os atletas acreanos disputaram diversas modalidades e conquistaram medalhas individuais e coletivas. Entre os medalhistas estão: Valterfran Pontes, medalha de bronze na modalidade pelota; Jane Saldanha, medalha de ouro nos 400 metros do atletismo; Matheus Paiva da Silva, medalha de bronze no salto em distância; José da Silva, medalha de bronze nos 400 metros do atletismo; João Batista, medalha de bronze no arremesso de disco.
Além das conquistas individuais, a equipe acreana de futsal também se destacou ao conquistar a medalha de prata na Série C. Os estudantes não apenas competiram, mas também trocaram experiências com delegações de outros Estados, visitaram pontos turísticos da Capital federal.
A delegação do Acre foi acompanhada por uma equipe de profissionais formada por Fabrício Lopes, Raquel Thompson, Shirley Lessa, Wilkison Santos, Francisco Lima, Maria Aparecida e Janimar Nogueira de Souza, que deram suporte técnico, emocional e logístico aos alunos durante toda a programação do evento.
Para o professor Fabrício Lopes, os resultados vão muito além das medalhas. “Eles se orgulham das conquistas, postam nas redes sociais, passam a cuidar mais de si mesmos. São pequenas atitudes que mostram o quanto esses dias aqui fazem diferença. Eles aprendem a ganhar, perder, conviver e compartilhar”, destacou.
Segundo ele, a convivência durante o evento gera impactos profundos na vida dos alunos. “É impossível não se emocionar. A gente vê que eles são capazes, muitas vezes até mais do que pessoas sem deficiência, porque fazem tudo com alegria, energia e amor”, pontuou.
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Vice-governadora Mailza recebe reconhecimento pela parceria do governo e da SEASDH nos 30 anos do Projeto Cidadão
Cuidar de pessoas e garantir direitos às populações que vivem nos locais mais distantes do estado é o principal objetivo do Projeto Cidadão, iniciativa pioneira do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). Nesta segunda-feira, 15, a vice-governadora e secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, Mailza Assis, participou da solenidade que marcou os 30 anos do projeto no Acre.

Vice-governadora prestigiou solenidade e recebeu reconhecimento por parceria do governo e da SEASDH com o projeto. Foto: Neto Lucena/Secom
Durante a cerimônia, Mailza recebeu duas homenagens em reconhecimento à parceria estratégica do Poder Executivo com o Projeto Cidadão, uma pelo governo do Estado do Acre e outra pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH), pela atuação do programa Juntos pelo Acre, especialmente por meio do Guarda-Roupa Social, integrado às ações do projeto.
“O Projeto Cidadão não é apenas uma ação institucional. Ele representa a presença do Estado onde, muitas vezes, só existia distância. Leva dignidade às comunidades mais longínquas, às periferias, às zonas rurais e aos povos tradicionais. Como vice-governadora e secretária de Assistência Social e Direitos Humanos, tenho orgulho de dizer que este projeto traduz aquilo em que acreditamos: um governo que cuida de pessoas, que olha nos olhos e que não deixa ninguém para trás”, afirmou.
Com três décadas de atuação, o Projeto Cidadão encerra 2025 com resultados históricos: 52.931 atendimentos realizados somente neste ano, um crescimento superior a 5.000% em relação a 2024.
Governo do Estado como parceiro estratégico
Ao longo da solenidade, diversas instituições foram homenageadas pela contribuição ao fortalecimento do Projeto Cidadão. O governo do Estado do Acre foi reconhecido como um dos principais parceiros da iniciativa, representado pela vice-governadora Mailza Assis, que também recebeu um exemplar da revista comemorativa dos 30 anos do projeto.
Ao lado do presidente do TJAC, desembargador Laudivon Nogueira, e do coordenador do Projeto Cidadão, desembargador Samoel Evangelista, Mailza recebeu revista comemorativa dos 30 anos do Projeto Cidadão. Foto: Neto Lucena/SecoMailza ressaltou que a atuação integrada entre o Judiciário e o Executivo tem sido fundamental para ampliar o alcance das ações e garantir serviços essenciais à população em situação de vulnerabilidade. “O Projeto Cidadão materializa a política pública com humanidade, sensibilidade e compromisso social. Ele expressa o que defendemos na gestão do governador Gladson Cameli: um Estado presente, que conhece a realidade das pessoas e trabalha para assegurar direitos com respeito e dignidade”, completou.
Reconhecimento institucional e homenagens
A solenidade foi marcada por homenagens a magistrados, servidores, coordenadores e instituições que contribuíram para a consolidação do Projeto Cidadão ao longo de seus 30 anos. O coordenador do projeto, desembargador Samoel Evangelista, entregou homenagem ao presidente do TJAC, desembargador Laudivon Nogueira, em reconhecimento ao apoio institucional ao programa.
Também foram homenageados desembargadores que atuaram na coordenação do projeto ao longo de sua história, servidores que estiveram na linha de frente das ações e equipes técnicas do Tribunal de Justiça responsáveis pelo suporte administrativo, logístico e financeiro que viabilizou a execução das atividades em todo o estado.
O presidente do Tribunal de Justiça do Acre, desembargador Laudivon Nogueira, destacou que o Projeto Cidadão é uma iniciativa que ultrapassa os limites do Judiciário e se consolida como uma política pública construída de forma coletiva.
“Celebramos uma história que não pertence apenas ao Tribunal de Justiça, mas a toda a sociedade acreana. O Projeto Cidadão atravessou o tempo porque sempre esteve ancorado no propósito de levar dignidade onde antes havia invisibilidade. A justiça se realiza plenamente quando alcança as pessoas em sua vida real, cotidiana, especialmente aquelas que enfrentam maiores dificuldades”, ressaltou o presidente.
Laudivon também enfatizou que o projeto nasceu como resposta a uma realidade social dura e, ao longo dos anos, tornou-se referência nacional. “O Projeto Cidadão nasceu em 1995 para garantir o primeiro direito, o direito de existir. Hoje, transformou-se em uma verdadeira caravana da cidadania, que percorre todo o Acre levando serviços essenciais e reafirmando o papel do Estado na promoção da justiça social”, acrescentou.
Projeto consolidado e reconhecido nacionalmente
O coordenador do Projeto Cidadão, desembargador Samoel Evangelista, destacou a trajetória de 30 anos da iniciativa e o reconhecimento alcançado ao longo do tempo. “São 30 anos de Projeto Cidadão, uma trajetória de legitimidade, solidez e sucesso. É uma construção coletiva que, ao longo dos anos, tem surpreendido pela sua capacidade de mobilização e execução. O projeto nasceu com um objetivo simples, que é servir ao próximo, e se consolidou como referência no Brasil e motivo de orgulho para o Acre”, afirmou.
Samoel Evangelista também ressaltou o papel do governo do Estado e das instituições parceiras para o êxito das ações. “O governo do Estado é um grande parceiro do Projeto Cidadão. Diversas secretarias e órgãos do Executivo estadual, assim como instituições federais, têm caminhado conosco para levar cidadania às comunidades mais distantes. Essa união de esforços é fundamental para que o projeto continue avançando e transformando vidas”, destacou.
O Projeto Cidadão foi criado em 1995 com o objetivo inicial de garantir o registro civil de crianças que viviam sem documentação. Com o passar dos anos, a iniciativa se expandiu e tornou-se uma verdadeira caravana da cidadania, levando serviços essenciais a comunidades indígenas, ribeirinhas, seringais, assentamentos, zonas rurais e periferias urbanas dos 22 municípios acreanos.
Somente em 2025, as ações do projeto alcançaram os municípios de Tarauacá, Feijó, Xapuri, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rio Branco, Manoel Urbano, Porto Acre, Plácido de Castro, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Santa Rosa do Purus, com duas edições realizadas na capital, voltadas à população em situação de rua e à zona rural.
Entre os serviços ofertados estão a emissão de documentos essenciais, orientação jurídica, atualização cadastral em programas sociais, regularização fundiária, concessão de crédito rural, atendimentos médicos e jurídicos, além da doação de roupas, em integração com políticas sociais do governo do Estado.
Resultados que reforçam a política de inclusão
Ao longo de seus 30 anos de existência (1995–2025), o Projeto Cidadão já contabiliza mais de 1,6 milhão de atendimentos, com o apoio de cerca de 60 instituições públicas e privadas.
A iniciativa também viabilizou o casamento civil gratuito de 1.448 casais, em 12 municípios do estado, garantindo não apenas o direito legal, mas também cidadania, inclusão e dignidade às famílias beneficiadas.




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