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Governador Gladson Cameli apresenta à bancada federal ações estratégicas da gestão para 2021

Gladson Cameli se reuniu com parlamentares da bancada federal acreana nesta segunda, 5, em Rio Branco, para apresentar as principais obras que pretende realizar no estado em 2021 Foto: Diego Gurgel/Secom.
O governador Gladson Cameli se reuniu com parlamentares da bancada federal acreana nesta segunda, 5, em Rio Branco, para apresentar as principais obras que pretende realizar no estado no próximo ano. No encontro, o governador agradeceu o apoio que tem recebido dos deputados federais e senadores e pediu a colaboração de todos para conseguir recursos que viabilizem as ações estratégicas da sua gestão.
Os dois eixos destacados por Cameli aos parlamentares são a mobilidade urbana e rural, assim como a segurança pública. A intenção é recuperar todas as rodovias estaduais e os ramais para o escoamento de produtos agrícolas fortalecendo a economia. Está prevista ainda a construção do Centro Integrado de Segurança Pública e Cidadania em diversos municípios e a estruturação do Departamento da Polícia Técnica e Científica. Obras como a Maternidade de Rio Branco, a reforma da Fundhacre, projetos habitacionais para famílias de baixa renda, construção de escolas em aldeias indígenas, entre outras, também são consideradas estratégicas.
Clique aqui e confira o quadro resumo das ações estruturantes estratégicas

Os dois eixos destacados por Cameli aos parlamentares são a mobilidade urbana e rural, e a segurança pública Foto: Diego Gurgel/Secom.
Participaram do encontro o senador Sérgio Petecão (PSD), coordenador da bancada, e os deputados federais Alan Rick (DEM), Vanda Milani (SD) e Mara Rocha (PSDB). O chefe da Casa Civil, Ribamar Trindade, e grande parte secretariado do governo também estava presente. Os eixos estratégicos da gestão foram apresentados pelo secretário da Seplag, Ricardo Brandão.
O governador Gladson Cameli afirmou aos parlamentares que ninguém faz nada sozinho e pediu a união deles com o governo para viabilizar ações que tragam benefícios à população. Alguns parlamentares também solicitaram maior rapidez por parte do governo nos projetos para a execução das obras.
“Tenho muita humildade para receber as críticas dos nossos parlamentares. Eles estão preocupados com a elaboração dos projetos a serem executados e essa demanda tem todo o meu apoio. Mas temos que estar juntos e alinhados pensando num Acre melhor. O nosso propósito é sempre manter um diálogo sincero e aberto porque assim vamos conseguir vencer os desafios. Nós precisamos gerar empregos e, ao mesmo tempo, cuidar da segurança. Tenho certeza que gerando empregos e renda, os nossos índices na saúde, na educação e na segurança ficarão melhores”, disse o governador.

Senador Petecão elogiou a iniciativa do encontro por propiciar um diálogo aberto entre o Executivo e o Legislativo federal Foto: Diego Gurgel/Secom.
A visão da bancada federal
O senador Petecão elogiou a iniciativa do encontro por propiciar um diálogo aberto entre o Executivo e o Legislativo federal
“Na verdade, tivemos a oportunidade de conhecer quais as prioridades do governo. O secretário da Seplag fez uma exposição detalhada das principais demandas. Assim, os parlamentares, diante dessas informações, vão analisar numa reunião para reforçar esses pedidos do governo. Mas é importante destacar que a nossa bancada fala a mesma língua do governo. Existem algumas reclamações pontuais, mas isso faz parte. O importante é que estamos trabalhando da forma mais transparente e mais democrática possível. As demandas são analisadas e o governo reconhece os parlamentares que estão ajudando”, frisou Petecão.
O senador, que também foi parlamentar em outras gestões governamentais, elogiou os avanços do atual governo nas relações com a bancada.
“Todos os parlamentares que estão aqui reconhecem os avanços e a abertura nas relações do governo com a nossa bancada. Nós ouvimos as explanações e podemos fazer críticas quando necessário. Esse é o caminho e não existe forma mais democrática. Por isso, as minhas palavras são de gratidão à equipe governamental e ao governador Gladson Cameli”, salientou o senador.
O deputado Alan Rick também ressaltou a importância do encontro dos parlamentares com a equipe de governo.
“Essas reuniões ajudam os parlamentares e o governo a se alinharem na destinação dos recursos das emendas da bancada que são fundamentais para os projetos em desenvolvimento no estado. Seja na infraestrutura, na saúde, na educação, no atendimento ao homem do campo, na segurança pública. Eu tenho trabalhado nessas parcerias e achei importante as colocações sobre o trâmite e a elaboração de projetos que precisam ser mais ágeis para que o Acre não perca recursos. Também acho importante que as secretarias de governo façam a divulgação das ações do parlamentares para que a sociedade tenha conhecimento. Alinhando essas questões o Acre tem muito a crescer com a parceria da bancada federal com o governo”, afirmou Alan Rick.
A deputada Mara Rocha também chamou a atenção para a necessidade de ajustes para que o trabalho colaborativo da bancada com o governo seja mais efetivo.
“Eu destinei quase que 100% das minhas emendas ao governo do Estado. Boa parte desses recursos foi para obras ainda não executadas por falta de projetos adequados. A nossa sugestão é que o governo contrate empresas para ajudar na agilidade desses processos. O governo deve olhar mais para a questão da elaboração de projetos aumentando a sua equipe porque a população precisa dessas obras. A gente quer ver o estado se desenvolvendo e os recursos que destinamos bem empregados”, disse Mara Rocha.
Para Vanda Milani a união entre governo e parlamentares é o caminho para o crescimento econômico e social do Acre.
“O governo com a bancada federal, desde o inicio, tem tido uma relação excelente. Mesmo porque sempre que precisa dos nossos parlamentares estamos presentes. Essa reunião foi de excelência porque tomamos ciência do que o governo tem preparado para o próximo ano e aquilo que a gente pode ajudar com as nossas emendas. Com essas explanações saberemos o caminho melhor a seguir porque queremos atender da melhor forma a população que nos mandou à Brasília para representá-la”, destacou a deputada federal.
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Violência doméstica em Epitaciolândia termina com ameaças e acidente de trânsito
Homem teria ameaçado ex-esposa com tijolo e se jogou encima do veículo; vítima registrou ocorrência na delegacia.
Um caso de violência doméstica foi registrado na tarde desta segunda-feira (3). O fato teria ocorrido na Rua Capitão Pedro de Vasconcelos, no bairro Aeroporto, em Epitaciolândia. A guarnição do 5º Batalhão de Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de acidente de trânsito, mas, ao chegar ao local, descobriu-se que o incidente estava relacionado a uma agressão doméstica.
Segundo relatos de populares, o autor da agressão identificado como Sandeson Kleito Gabriel, teria tentado jogar um tijolo no para-brisa do carro de sua ex-esposa, com a intenção de atingi-la. Ao perceber a ameaça, a mulher avançou com o veículo em direção ao agressor, que se ficou sobre o capô e foi carregado por vários metros até cair na rua. O Homem sofreu uma lesão na cabeça e arranhões pelo corpo devido à queda.
Após o ocorrido, a vítima dirigiu-se à delegacia para registrar o fato. A guarnição policial também se deslocou até o local para a confecção do boletim de ocorrência. O caso está sendo investigado, e Andeson foi levado ao hospital para ser medicado e ficou em observação até ser liberado.
O caso foi registrado como violência doméstica contra a mulher conforme o ART. 147 do CPB e as autoridades reforçam a importância de denunciar essas situações para garantir a segurança.
Veja vídeo abaixo:
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Serial Killer: Criminoso de alta periculosidade que escapou do presídio Urso Branco, em Porto Velho, continua foragido
João Luiz da Silva Filho, condenado a 22 anos por homicídio, estava em regime de cela livre e fugiu durante trabalho externo; polícia pede ajuda da população.
João Luiz da Silva Filho, de 53 anos, criminoso de alta periculosidade, fugiu do presídio José Mário Alves, conhecido como Urso Branco, em Porto Velho (RO), nesta sexta-feira (28). Condenado a 22 anos de prisão por homicídio e com histórico de reincidência, João Luiz estava no sistema de cela livre e fugiu quando saiu do presídio Vale do Guaporé para trabalhar no Urso Branco.
As autoridades estão em alerta e pedem a colaboração da população para localizar o fugitivo. Quem tiver informações sobre o paradeiro de João Luiz deve entrar em contato imediatamente com a polícia pelos números 190 ou 197.
A fuga reforça a necessidade de medidas de segurança mais rígidas no sistema prisional, especialmente para criminosos considerados de alta periculosidade. A população deve redobrar a atenção e evitar qualquer contato com o fugitivo.
Fonte: EuIdeial
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STF, PF e CNJ não sabem quantos juízes são investigados por corrupção e venda de sentenças
R7 pediu dados via LAI para os três órgãos, mas nenhum deles respondeu às demandas com dados de investigados ou condenados
Uma operação da Polícia Federal deflagrada em novembro do ano passado dainvestigação sobre juízes, desembargadores e servidores de sete tribunais de Justiça estaduais ligados a esquemas de corrupção e venda de sentenças no Brasil acendeu o alerta sobre o monitoramento dos envolvidos e a falta de dados a respeito de participação de membros do Judiciário nessas práticas criminosas. Os inquéritos, até o momento, levaram ao afastamento provisório de pelo menos 16 desembargadores e sete juízes de primeira instância. No entanto, faltam dados para diagnosticar se os episódios são parte de um problema isolado ou se atingem outros tribunais e regiões do país.
O R7 realizou reiterados pedidos via Lei de Acesso à Informação para STF (Supremo Tribunal Federal), CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e Polícia Federal questionando se os órgãos têm informações sobre o número de magistrados investigados ou condenados por corrupção e venda de sentenças.
O STF, por exemplo, justificou que não tem os dados consolidados e enviou uma lista de 131 mil processos criminais públicos recebidos desde 2019 até o fim de 2024.
A PF disse que “as bases de dados não possuem tal informação sobre investigados/indiciados para consulta”. “Tal informação iria requerer consultar milhares de inquéritos individualmente para obtenção de tal informação, sendo assim inviável o fornecimento dos dados requeridos”, alegou.
O CNJ informou que tem padronizado todos os dados e informações compreendidas pelo processo judicial, “dessa forma, os assuntos cadastrados quando da distribuição dos procedimentos também são padronizados e têm por base as tabelas processuais unificadas”. Contudo, segundo a instituição, “atualmente, não há em referida tabela o assunto venda de sentenças ou algo relacionado como, por exemplo, corrupção e enriquecimento ilícito”.
De todo modo, o Conselho Nacional de Justiça enviou dados sobre as punições aplicadas a magistrados por alguma irregularidade de conduta. O levantamento aponta que 56% das punições envolvem aposentadoria compulsória, considerando o período de 2007 até o fim do ano passado.
Em 2024, por exemplo, o CNJ abriu 5.569 pedidos de providências na corregedoria, 1.734 reclamações disciplinares aos magistrados, 44 revisões disciplinares e 40 processos administrativos disciplinares.
Monitoramento
Em nota, o CNJ disse que mantém “rigoroso sistema de fiscalização e controle da atividade jurisdicional através de múltiplos mecanismos”. “A Corregedoria Nacional de Justiça realiza, sistematicamente, inspeções e correições para apurar o funcionamento dos serviços judiciais e auxiliares, das serventias e dos órgãos prestadores de serviços notariais, identificando eventuais irregularidades. O monitoramento é realizado de forma contínua para acompanhar o cumprimento das decisões proferidas e disponibiliza relatórios de conformidade no portal do CNJ”, afirmou.
O órgão destacou que exerce um controle funcional de magistrados dos cinco segmentos do Poder Judiciário brasileiro, com exceção do Supremo Tribunal Federal. “O Conselho também planeja, coordena e acompanha políticas judiciárias para aprimorar os serviços prestados pelos tribunais.”
O CNJ explicou que tem competência para investigar denúncias contra magistrados, realizando inspeções, correições e sindicâncias. “O Plenário do CNJ pode determinar, inclusive, o afastamento preventivo de magistrados durante a tramitação de processo disciplinar”, ressaltou a entidade.
“O CNJ prioriza o julgamento de processos relacionados a corrupção, improbidade administrativa e crimes contra a Administração Pública, bem como confere prioridade ao julgamento de ilícitos eleitorais. O CNJ monitora a atuação da magistratura por meio de diversas ferramentas, incluindo dados estatísticos sobre processos e outros indicadores. O Conselho também pode requisitar informações de autoridades fiscais, monetárias e outras autoridades competentes para esclarecer processos. Nos Processos Administrativos Disciplinares, após a fase de instrução, o relator apresenta relatório circunstanciado com proposta de penalidade, quando cabível. O relatório é submetido ao plenário, onde os conselheiros podem acompanhar a proposta do relator ou divergir, sugerindo penalidade diversa”, explicou.
Situação grave
Professor do Departamento de Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Santa Catarina, Luciano Da Ros pontua que “o fato de que há juízes alegadamente envolvidos em venda de sentenças é, obviamente, muito grave”.
“Mas, por outro lado, não se pode antecipar culpabilidade, e todos, inclusive os magistrados, gozam de presunção de inocência. Com isso, quero dizer que, apesar das medidas tomadas pela PF, que eu saiba ainda não há condenação em todos esses casos que possam ensejar juízo de culpa. Há que se esperar o andar dos processos, que é lento”, opinou.
O especialista disse que a maioria das punições mais severas gera aposentadorias compulsórias. “Isso ocorre porque juízes, protegidos por suas garantias de independência, somente podem ser efetivamente removidos do Poder Judiciário após serem condenados em processo criminal [e não administrativo] de forma definitiva”, detalha.
Sobre a sensação da sociedade de falta de punição aos juízes, que são aposentados após uma acusação grave, a advogada Mariana Madeira, também professora do curso de Direito da Universidade Católica de Brasília e ex-assessora de ministro do STF, explicou que essa é a “forma mais severa e efetiva que o CNJ encontra para atribuir essa punição administrativamente, em razão da vitaliciedade, que é uma prerrogativa constitucional prevista para os juízes”.
“Na aposentadoria compulsória, os proventos são pagos de maneira proporcional ao tempo de serviço. Isso não impede, no entanto, que haja maior transparência na divulgação das infrações e punições administrativas como forma de reforçar a credibilidade e a confiança do jurisdicionado, até porque um dos princípios da atuação da administração pública é o da publicidade”, comentou.
Faltam dados
O professor Luciano Da Ros pontuou que é importante saber, caso a caso, quais magistrados, punidos no CNJ, eventualmente tiveram condenações criminais.
“Conheço poucos levantamentos dessa natureza, mas concordo que seria interessante, para fins de monitoramento, o CNJ manter uma base de dados pública e transparente que acompanhasse os desfechos dos processos criminais eventualmente decorrentes dos processos disciplinares”, sugeriu.
Sobre a venda de sentenças, o professor da UFSC reforçou que a situação é grave. “Mas lembro que juízes podem eventualmente ser corruptos de outras formas. Por exemplo, há várias funções administrativas que os tribunais desempenham [contratação de pessoal, construção de prédios, contratação de prestadores de serviço] que também podem estar sujeitas a problemas de magnitude semelhante”, alertou.
Para ele, é preciso mais transparência. “Mas a transparência, por um lado, requer que os dados sejam primeiramente coletados e registrados, algo que eu não sei se ocorre nesse particular, e que esses mesmos dados eventualmente públicos não firam a intimidade, a privacidade e mesmo a reputação, injustamente por vezes, dos acusados.”
Mensagem para a população
Para a professora Mariana Madeira, publicizar as sanções criminais eventualmente atribuídas a juízes corruptos também pode transmitir para a sociedade “a mensagem de que os crimes são rigorosamente punidos e, consequentemente, desestimula a prática de novas infrações penais”.
“Precisa haver um comprometimento de toda comunidade jurídica — advogados, defensores públicos, servidores, promotores — em denunciar irregularidades para que sejam seriamente apuradas, assim como qualquer cidadão que comete crime no país”, afirmou.
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