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Em áudio, presidente do PP detona Gladson, o chama de “riquinho”, fala em estratégia para “encurralar” governador por Bocalom e critica governo
O presidente do PP também questiona o fato de empresários de Manaus e Rondônia ganharem licitações no Acre e reclama da quantidade de pessoas do Amazonas em cargos de comissão no governo do Estado.
Luciano Tavares
A menos de 24 horas para a reunião decisiva entre dirigentes do Progressistas, deputados do partido e o governador Gladson Cameli sobre a pré-candidatura de Tião Bocalom à prefeitura de Rio Branco, o jornal Notícias da Hora teve acesso a uma sequência de áudios em que o presidente da executiva municipal do partido, pastor Reginaldo Ferreira, detona o governador Gladson Cameli durante uma reunião com outras duas pessoas.
As declarações do dirigente são uma bomba e revelam o ambiente de guerra em que se transformou o PP nos últimos dias.
Na reunião, o pastor fala em estratégias utilizadas para “encurralar” Gladson com o objetivo de forçá-lo a apoiar a candidatura de Bocalom chama o governador de “criança no corpo de homem”, detona o governo e cita até a “fama de riquinho de Cameli.
“Não queira saber os inúmeros momentos que eu tenho que lidar com o governador. Ele faz um movimento, eu faço dois. Ele [Gladson] faz um movimento, eu faço dois, cutuco o Petecão pra fazer também. Mesmo eu um homem comum tenho lutado…
A esperança de que ele acorde e se veja tão encurralado que ele venha… Mas a coisa chegou a um ponto em que a candidatura do Progressistas é inevitável. Ela é vital. E quanto mais o Gladson se revela voluntarioso e mais atípico com a política, mais a direção do Progressistas entende que é imperativo a necessidade de candidatura. A gente quer que seja com ele, mas mesmo sem ele a candidatura é inevitável
Eu tenho que ficar me imaginando como se fosse um ninja para poder não cair nas armadilhas do Gladson o tempo todo.”
O pastor afirma que Gladson é um espécie Peter Pan e diz não acreditar na mudança de personalidade do governador.
“O Gladson não passa de uma criança no corpo de um homem. A minha vida é lidar com gente. De gente eu entendo. A psicologia chama isso de crianças eternas. Você não tem sinais de que o Gladson vai mudar.”
O líder evangélico e dirigente partidário acrescenta que “Gladson vai muito bem obrigado. Com a fama dele de riquinho, embora eu não costume ver o dinheiro do Gladson. Esse tempo todo eu nunca vi o dinheiro do Gladson”, confessa o pastor.
Para o pastor Reginaldo Ferreira, o governo da qual ele faz parte não tem nenhum projeto de gestão para o Acre.
“Nós não temos controle sobre o governo. E não seria descente fingir que temos. Não peça pra mim enganar ninguém gerando expectativa de paraíso conduzido pelo Gladson. Acho que nós não devemos nos arrepender. A alternância de poder era necessária. Só que alternância de poder não pode se limitar mudança de nome. Nós não temos projeto, nós não temos programa. Nós já estamos quase na metade do nosso mandato e você não tem nem sinal disso. Você até agora não tem algo no Estado com essa mudança de governo que você possa dizer: isso aqui realmente é significativo, isso realmente é estruturante.”
O governador declarou publicamente que vai apoiar a reeleição de Socorro Neri (PSB) à prefeitura, ideia inaceitável para o dirigente, que questiona: “De onde pode sair uma ideia do governador fortalecer uma outra candidatura que não a do grupo político dele, contra o Márcio Bittar, contra o Petecão, contra o Bocalom, contra a Mailza, contra todo mundo. Que tipo de cabeça é isso? Isso é de gente que marginaliza a política, isso é de gente que nós três aqui passa pra botar eles onde eles estão pra depois ficarem como aqueles meninos brincando e a gente sendo cobaia”.
Ele também questiona o fato de empresários de Manaus e Rondônia ganharem licitações no Acre e reclama da quantidade de pessoas do Amazonas em cargos de comissão no governo do Estado.
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Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale
O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.
Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.
Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.
“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.
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IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual
A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população
IBGE
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.
O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.
Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.
“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.
Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.
Violência psicológica
A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.
O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).
“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.
Violência física
A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.
Violência sexual
Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.
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