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Deputado Luiz Gonzaga visita comunidades isoladas ao longo do rio Tejo e vai acionar órgãos do Estado cobrando melhorias
Assessoria
O primeiro-secretário da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, deputado Luiz Gonzaga (PSDB) esteve neste final de semana em duas comunidades localizadas no Alto Juruá, para ver de perto as dificuldades enfrentadas por moradores que passam de meses sem irem a Cruzeiro do Sul devido à distância e as dificuldade econômicas como o preço estratosférico da gasolina e diesel para abastecer os motores de popa das embarcações.
Saindo de Cruzeiro do Sul na sexta-fera,19, o parlamentar passou por Porto Walter e Marechal Thaumaturgo, onde conversou com a comunidade e pernoitou. No sábado (20), o parlamentar e sua comitiva seguiu viagem pelo rio Juruá até alcançar um dos principais afluentes, o rio Tejo. O destino final era a comunidade da Vila Restauração. Foram 8 horas de barco, saindo da sede do município de Marechal Thaumaturgo.
Antes do destino final, o parlamentar ouviu moradores da Comunidade São Francisco, um vilarejo que fica às margens do Rio Tejo, onde vivem aproximadamente 35 pessoas, dentre elas, a do produtor rural Francisco Assis, de 65 anos.
O produtor relatou ao parlamentar as dificuldades enfrentadas pelos moradores, entre elas o abandono por parte do poder público. “Aqui não temos ajuda de ninguém, vivemos do nosso trabalho e do que plantamos para comer, até o diesel que usamos para pôr no motor para gerar energia é com recurso próprio, pois nem a Prefeitura de Marechal Thaumaturgo nos ajuda em nada”, relata.
Já a moradora Maria Olinda, de 52 anos, falou a respeito da dificuldade de ir até à cidade devido ao alto preço cobrado pelo litro da gasolina na região do Rio Tejo, “Aqui nós somos um povo muito sofrido, passamos de meses sem ir à cidade porque não temos recurso para ir de barco a motor. O litro da gasolina aqui chega a custar R$ 9.50, e precisamos de 50 litros para ir e voltar, por isso fica muito difícil pra nós ir”, disse Olinda ao parlamentar.
Luiz Gonzaga se comprometeu em acionar a Secretaria Estadual de Produção e Agronegócio (SEPA), para enviar um técnico e orientar a comunidade e, assim, criar uma logística para que eles possam escoar seus produtos e gerar renda para àquelas famílias.
Vila Restauração
Após 8 horas de barco o parlamentar chegou a vila Restauração, onde pode comprovar de perto as dificuldades enfrentadas pelos moradores que ali vivem.
Um dos moradores, o senhor Francisco Oliveira, de 55 anos, relatou ao parlamentar que “falta água encanada, policiamento 24 horas, um barco para que possamos escoar a produção do que plantamos aqui, um galpão para o armazenamento dos produtos, e melhorias na única pista de avião que temos”, disse o senhor Francisco ao deputado.
Energia solar
O deputado também pôde conhecer de perto um projeto que está sendo executado pela Energisa, em parceria com o governo federal e o governo do Estado. O parlamentar conversou com o engenheiro responsável pela execução do projeto, Jarbas Henrrique, que disse ao deputado que “o intuito da Energisa é montar uma usina fotovoltaica na Vila com sistema híbrido, com baterias, geradores e painéis solares”, relatou ao Luiz Gonzaga.
Jarbas disse ainda que a Energisa tem um programa chamado “Projeto Eficiência Energética”, que tem objetivo fazer a troca dos freezers e geladeiras que tem um alto consumo nessas comunidades, por equipamentos novos que consumam menos energia. Eles garantem também doar equipamentos a todos os moradores da comunidade que não possuem esses eletrodomésticos em casa, após a conclusão do projeto no vilarejo.
Luiz Gonzaga se comprometeu que ainda esta semana estará apresentando três requerimentos na Assembleia Legislativa, um para a Secretaria de Estado de Produção e Agronegócio (SEPA), pedindo que um técnico visite essas comunidades e leve um plano de logística para que os produtores possam escoar seus produtos agrícolas.
Outro requerimento será encaminhado à Secretaria de Estado de Segurança Pública do Acre, solicitando a presença de um policial militar 24 horas na Vila, tendo em vista que só existe policiamento na sede de Marechal Thaumaturgo.
O terceiro pedido será enviado ao Depasa, para que promova um estudo de viabilidade técnica para que possa levar água tratada para a comunidade. Também pedirá ao Deracre que melhore as condições da pista de pouso da Vila Restauração.
“ Estive na vila Restauração, onde tive a oportunidade de conversar com as pessoas da comunidade, e ouvir deles às necessidades, pois esse é o trabalho do parlamentar, visitar as comunidades para conhecer às dificuldades enfrentadas pela população, e aqui estamos, ouvindo as pessoas e identificando os problemas para que possamos levar ao governo do estado e buscar as soluções”, disse o parlamentar.
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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões
Por Dell Pinheiro
As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.
O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.
Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.
Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.
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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco
Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.
A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.
Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.
Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.
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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos
Por Wanglézio Braga
O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.
Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.
O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.
O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.













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