Cotidiano
De prostituta a comerciante: ponte sobre o Madeira aflige quem faz negócio em torno da balsa
Por Tião Maia
A ponte sobre o Rio Madeira, em Rondônia, cuja inauguração deve ocorrer no próximo dia 7 de maio, se trará vantagens para a economia regional, causará enormes prejuízos e dores de cabeça para quem vive de negócios no entorno da balsa que faz a travessia de veículos. Além de pelo menos 50 pessoas que trabalham na balsa e que perderão seus empregos quando a ponte for inaugurada, gente como o pequeno comerciante Valmir Melo, de 42 anos, duas filhas e divorciado, vai perde a fonte de renda.
Valmir é natural do Mato Grosso e é dono de uma pequena mercearia às margens da BR-364, nas proximidades da balsa. Seu comércio é uma espécie de parada obrigatória para quem deseja atravessar para o outro lado do rio.
A travessia de balsa custa em média uma hora, tempo suficiente para o viajante fazer refeições e suprir outras necessidades como o uso de banheiros, mediante pagamento, claro. É desta forma que Valmir ganha em média três salários mínimos por mês.
“A partir do mês que vem, quando acontecer a inauguração, eu serei mais um dos milhões de desempregado deste país”, resumiu o pequeno comerciante.”Eu estou procurando outro ponto. Quero continuar trabalhando as margens da BR.Tenho a esperança de que, mesmo com a ponte inaugurada, minha clientela continue me procurando”, acrescentou.

Em situação como a de Valmir estão pelo menos outras 50 pessoas. Toda preocupadas com o desemprego, principalmente porque a ponte foi construída a cerca de meio quilômetro de distância do ponto onde funciona a balsa.”Eu acho que, por causa desse desvio, quem trabalha aqui perto da balsa vai passar fome”, disse outra comerciante da localidade, Helena Barbosa, de 40 anos, mãe de três filhos, dona de de uma pequena pensão na margem do Rio Madeira.
Situação parecida é vivida por Rosana Rodrigues dos Santos, de 40 anos, natural de Altamir (PA), casada e mãe de quatro filhos. Ela trabalha como empregada de uma lanchonete na cabeceira do porto onde atraca a balsa e ganha por comissão de vendas de salgados, o que a permite ganhar uma média de um salário minimo por mês. Seu marido, Luís Carlos de Araújo Barbosa, que é funcionário a empresa operadora da balsa, também vai ficar desempregado. Eu espero que o dono da empresa nos leve para outro lugar da Amazônia onde haja outras balsas”, disse o piloto marítimo.
É o caso também de outro piloto marítimo, como são chamados os que tocam os rebocadores da balsa, Francisco de Araújo Barbosa, de 44 anos, outro natural de Altamira, que também é operário da empresa administradora da balsa. “Não sei o que vou fazer com a minha família. Talvez eu tenha que ir embora para Belém em busca de emprego”, disse.

A inauguração da ponte impõe reflexos econômicos e sociais na região inclusive para quem faz negócios pouco ortodoxos, como a prostituição, por exemplo. Algumas dessas pessoas, como Marina Pires, de 40 anos, uma bela mulher nascida em Epitaciolândia, no Alto Acre, que vive de serviços sexuais aos motoristas que param no local, a vida vai mudar radicalmente. “Sem clientes, a vida não rola né?”, ela pergunta.
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Diretoria do Rio Branco acerta o retorno do atacante Raphael

Foto Sueli Rodrigues: Raphael disputou o Estadual Sub-20 pelo Estrelão
O atacante Raphael, um dos destaques da equipe Sub-20, seguirá no Rio Branco para a disputa do Campeonato Estadual 2026. O atleta desembarca na capital acreana no próximo dia 8 para ser integrado ao restante do elenco.
“Voltar ao Rio Branco para atuar no profissional é uma grande oportunidade. Sabemos das metas do clubes e vou tentar ajudar marcando muitos gols”, declarou Raphael.
Segue com preparação
O elenco do Rio Branco realizou nesta sexta, 26, mais um trabalho físico sob o comando do professor Selcimar Maciel. “Vamos aproveitar todos dias. Se tivermos um dia chuvoso, faremos trabalhos físicos na academia”, disse Selcimar Maciel.
1º Amistoso
O Rio Branco deve enfrentar o Santa Cruz no próximo dia 30, no CT do Cupuaçu, no primeiro amistoso da fase de preparação. O Estrelão joga contra o Vasco no sábado, 17 janeiro, no Tonicão, na estreia do Estadual 2026.
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Acre terá quase 30 dias de feriados e pontos facultativos em 2026

Os servidores do Poder Executivo do Acre terão, em 2026, um total de 26 dias de folga entre feriados nacionais, feriados estaduais e pontos facultativos. A distribuição dessas datas ao longo do ano possibilita períodos prolongados de descanso em diferentes meses, como janeiro, fevereiro, abril, maio, setembro, novembro e dezembro.
O calendário foi definido em decreto do governo do Acre, publicado no Diário Oficial do Estado, na última segunda-feira, 22, que organiza o funcionamento dos órgãos públicos estaduais ao longo do próximo ano. Conforme o documento, apenas os serviços considerados essenciais devem manter funcionamento regular nas datas previstas como feriado ou ponto facultativo.
Apesar do grande número de dias de folga, alguns feriados cairão em finais de semana. O Dia Internacional da Mulher e a Proclamação da República, por exemplo, serão em um domingo.
Por outro lado, datas como o Dia do Trabalho, o Dia da Consciência Negra e o Natal coincidem com uma sexta-feira, favorecendo a formação de feriado prolongado.
No período do Carnaval, o governo estadual estabeleceu ponto facultativo por três dias consecutivos, segunda, terça e quarta-feira de Cinzas, impactando diretamente o funcionamento das repartições públicas e a rotina administrativa nesse intervalo.
Ao longo do ano, o calendário inclui datas como a Confraternização Universal, em 1º de janeiro, além de feriados estaduais tradicionais, como o Dia do Católico, o Dia do Evangélico, o Aniversário do Estado do Acre, o Tratado de Petrópolis e o Dia da Amazônia.
Também constam feriados nacionais como Tiradentes, Independência do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, Finados e Natal e pontos facultativos na véspera de Natal, no dia 24, feriado nacional no dia 25, e ponto facultativo na véspera de Ano Novo, no dia 31.
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Próximo passo do projeto do novo estádio do Flamengo pode levar quatro anos
Luiz Eduardo Baptista, presidente rubro-negro, detalhou o processo junto à Prefeitura
O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista (Bap), afirmou que o projeto do estádio próprio no terreno do Gasômetro avançou em segurança jurídica e planejamento financeiro, durante reunião com sócios realizada na sede da Gávea, na última terça-feira (23). O próximo passo, contudo, pode levar até quatro anos.
Segundo o dirigente, o clube já tem a posse documentada do terreno adquirido em 2024, ajustou custos após estudos da FGV e pretende criar uma poupança prévia antes de decidir o modelo da obra, enquanto aguarda a saída da empresa Naturgy — condição necessária para a descontaminação total da área.

Imagem do projeto do estádio do Flamengo • Reprodução
“Agora temos um prazo estendido e o compromisso documentado, o terreno (do Gasômetro) é do Flamengo. Os estudos da FGV ajustaram o projeto e custos associados. Vamos criar uma poupança prévia para que na hora certa decida se faz e como fazer o estádio. O próximo passo é a saída da Naturgy do terreno, ela pode sair em até quatro anos. A gente espera que seja o mais rápido possível. A gente só pode fazer uma descontaminação mais profunda (do terreno) quando eles saírem”, afirmou Bap.

Imagem do projeto do estádio do Flamengo • Reprodução
O terreno do Gasômetro foi comprado pelo Flamengo em 2024, na gestão anterior a de Luiz Eduardo Baptista. A direção do presidente Rodolfo Landim havia estabelecido a inauguração do estádio para o dia 15 de novembro de 2029, aniversário de 127 anos do clube.
A ideia, contudo, foi descartada com o início do mandato de Luiz Eduardo Baptista, que não deseja comprometer o desempenho esportivo do Flamengo para a construção do estádio.

Imagem do projeto do estádio do Flamengo • Reprodução
De acordo com os estudos da FGV e Arena, o Rubro-Negro conseguirá reduzir o valor do projeto de mais de R$ 3 bilhões para R$ 2,2 bilhões.
Fonte: CNN



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