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Com mais de 3,7 mil notificações, Acre registra mais que o dobro de casos de dengue do ano passado
Dados da são referentes ao período de 3 a 23 de janeiro. Só em Rio Branco foram registradas 1.387 notificações da doença, sendo que no mesmo período em 2020 foram 132.

Com mais de 3,7 mil notificações, Acre registra mais que o dobro de casos de dengue do ano passado — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
Por Iryá Rodrigues
Além dos registros da Covid-19, o aumento dos casos de dengue no Acre também preocupa.
Entre os dias 3 e 23 de janeiro, o estado registrou 3.721 notificações de dengue. No mesmo período no ano passado, o número de casos era 1.450, ou seja, as notificações da doença mais que dobraram este ano.
Os dados são do Núcleo de Doenças de Transmissão Vetorial da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) atualizados nesta quinta-feira (28), com base nos registros das semanas 1, 2 e 3. O número de casos confirmados ainda não foi divulgado.
Do total de registros do estado, 1.387 foram só na capital Rio Branco. No mesmo período em 2020 as notificações chegaram a 132, o que representa um aumento alarmante de mais de 10 vezes nos casos. Já segundo a Vigilância Epidemiológica de Rio Branco, nos primeiros 14 dias do ano foram registradas 820 notificações de dengue, sendo mais de 600 confirmados.
A cidade de Tarauacá também registrou um aumento substancial nas notificações. Segundo os dados da Sesacre, o município teve 1.315 casos prováveis de dengue do dia 3 a 23 de janeiro.
No mesmo período no ano passado tinham sido 210 casos, o que representa um aumento de mais de 500%.
Bujari, Jordão, Porto Acre e Santa Rosa do Purus que não haviam registrado nenhuma notificação da doença nos primeiros 23 dias do ano de 2020, já registram este ano 10, 2,66 e 2 casos, respectivamente.
Na contramão das demais cidades acreanas, Cruzeiro do Sul teve uma redução no número de notificações. Segundo os dados, este ano foram contabilizados 194 registros de casos prováveis, sendo que no ano passado no mesmo período foram 856.
Morte de professora

Professora aposentada Risomar Ferreira Feitosa morreu após complicações de dengue em Brasileia — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
Além dos casos notificados, esta semana o estado registrou uma morte causada pela dengue. Foi o caso da professora Risomar Ferreira Feitosa, de 61 anos, que morreu na última terça-feira (26) por complicações da dengue.
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Ela era servidora aposentada da Educação e morava em Brasileia, no interior do Acre.
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Em nota, a prefeitura da cidade lamentou a morte da servidora e disse que ela trabalhou por muitos anos na Escola Getúlio Vargas. Mesmo aposentada, Risomar se dedicava em alfabetizar crianças do município.
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A reportagem, a neta, que foi criada como filha por Risomar, Bruna Alice Feitosa, de 23 anos, contou que ela começou a se sentir mal no último dia 17.
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Naquele dia teve tremores e dores, mas insistiu em ir trabalhar no dia 19, dando aulas. No entanto, os sintomas ficaram mais intensos e ela não conseguiu trabalhar e foi levada ao hospital.
“Foi aí que começou toda a luta dela. Quando chegamos no hospital, as plaquetas dela estavam muito baixas. Conseguimos entrar em contato com o Hemonúcleo de Rio Branco e minha mãe que mora na capital trouxe de emergência as plaquetas pra ela para fazer transfusão. Daí, os exames começaram a melhorar, mas fisicamente ela não apresentava melhora. Foi muito rápido tudo, em questão de seis a sete dias a gente perdeu ela. Muito rápido a evolução da doença”, disse a neta.
Bruna lembrou como era a avó e contou que ela era muito querida por todas na cidade. “Minha avó era uma mulher muito cheia de honra, tinha muito amor pela família. Inclusive ela tinha ganhado do município um diploma de honra ao mérito porque trabalhou 35 anos na educação e mesmo depois da aposentadoria continuou trabalhando na alfabetização dos filhos dos alunos dela. Então, ela era muito de bem, criou os quatro filhos e a neta sozinha, porque meu avô faleceu em 2006 e daí em diante ela tomou conta de tudo.”
Atendimentos na UPA da Sobral
Com o aumento dos casos de dengue na capital, a procura por atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Sobral também subiu nos últimos dias. Segundo a direção, são mais de 300 atendimentos por dia, sendo que 80% são casos suspeitos de dengue.
O técnico de segurança Daniel Luiz da Rocha procurou a UPA em busca de atendimento para a filha Mariana Fernanda, de 5 anos. Ele, a esposa e o outro filho já pegaram dengue e agora a filha menor começou a apresentar os sintomas.
“Eu já tive dengue três vezes, agora minha esposa teve há uma semana atrás e meu filho também de 11 anos. E minha filha está com alguns sintomas, não sei se é, estou trazendo ela para fazer os exames. No bairro que eu moro há muitos focos de dengue por conta de muito lixo e terreno baldio do lado da minha casa. A gente cuida do nosso quintal, mas os vizinhos as vezes não cuidam”, disse Rocha.
Diante da alta demanda, a direção da unidade explica que teve que criar uma estratégia para o fluxo de atendimento da unidade.
“Nós montamos até um kit, que é o soro de hidratação, a dipirona e aí, se [o paciente] não melhorar, com cinco dias de sintomas pode voltar ou procurar o posto de saúde para fazer o exame específico ou hemograma”, informou a diretora da unidade, Michele Lemos.
O gerente de assistência da UPA, Júnior Martins, explicou ainda que muitos pacientes acabam procurando a unidade já no primeiro dia de sintomas. Mas, segundo ele, assim não é possível fazer o diagnóstico. Por isso, a entrega do kit para que a pessoa volte para casa e faça o exame após quatro a cinco dias dos primeiros sintomas.
“Tem muito paciente que está com um dia de sintoma, com febre alta e já procura a UPA. Aí, quando você faz o hemograma, não apresenta a dengue. Então, quando ele pega esse kit e retorna para casa, ele fica esperando esses dias, caso piore, ele volta. Porque só a partir de quatro dias é que o hemograma dá a possível dengue.”
Segundo a chefe do Departamento de Vigilância Epidemiológica de Rio Branco, Socorro Martins, esse aumento nos casos de dengue pode ser atribuído ao relaxamento da população com a limpeza de quintais. Para o combate ao mosquito da dengue, a vigilância intensifica a visita dos agentes de endemias.
“Essa pesquisa aponta onde estão os principais criadouros e a pesquisa mostrou que é dentro mesmo das casas, dos quintais. Nós temos que evitar que esse inseto nasça. Então é o agente que está lá identificando, mostrando para o morador, colocando o larvicida onde pode ser colocado”, falou Socorro.
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VÍDEO: Tradição do ‘carnavalito’ em Cobija termina em agressões e ameaças

Momento em que o motorista desce do carro para reclamar com os brincantes.
Motorista e jovens brincantes se envolveram em conflito após abordagem com balões d’água e farinha; polícia já interveio em casos semelhantes.
A tradicional festa do ‘carnavalito’, celebrada em Cobija, na Bolívia, quase terminou em agressões na tarde desta segunda-feira (3) na Avenida Evo Morales. Um vídeo registrou o momento em que um motorista, insatisfeito por ser abordado por jovens brincantes, desceu do carro para reclamar, resultando em um bate-boca que escalou para agressões físicas.

Homem foi agredido fisicamente e verbalmente pelos jovens e teve que sair do local para não espancado.
De acordo com informações, os jovens têm o costume de jogar balões d’água e farinha em transeuntes durante o ‘carnavalito’. O motorista, que não gostou da brincadeira, foi agredido pelos colegas do jovem que o abordou. Percebendo que estava em desvantagem, o homem deixou o local rapidamente, mas seu carro foi ainda mais sujo pelos brincantes.
Não há detalhes sobre o desfecho do episódio, mas já houve casos em que a polícia precisou intervir com gás lacrimogêneo para conter jovens agressivos que usavam tintas contra transeuntes. Muitos moradores têm evitado sair de casa de moto ou a pé para não serem surpreendidos pelas brincadeiras.
As autoridades locais devem avaliar medidas para evitar novos conflitos durante o ‘carnavalito’.
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Vídeo: Brigas entre mulheres marcam o Carnaval em Brasiléia e Sena Madureira, no Acre
Vídeos mostram agressões e confusões durante a folia; organizadores lamentam comportamento de quem busca conflito em vez de diversão.
O Carnaval nas cidades de Brasiléia e Sena Madureira, no Acre, foi marcado por brigas entre mulheres, registradas em vídeos que circularam em grupos de redes sociais. As imagens mostram agressões com puxões de cabelo, tapas e socos, muitas vezes em situações em que até os seguranças tiveram dificuldade para intervir.
Embora os motivos das brigas não tenham sido esclarecidos, em muitos casos, as agressões estavam relacionadas a conflitos por namorados ou intrigas consideradas fúteis. A maioria das envolvidas estava sob efeito de álcool, o que pode ter contribuído para o comportamento agressivo.
Os organizadores dos eventos lamentam que, em vez de aproveitar a festa e a alegria oferecidas, algumas pessoas optem por buscar confusão. Até o momento, não há registros de que os casos tenham sido comunicados às autoridades policiais ou que as envolvidas tenham procurado atendimento médico.
O Carnaval, que deveria ser um momento de diversão e integração, foi manchado por esses incidentes, reforçando a necessidade de conscientização sobre o respeito e a segurança durante as festividades. A população espera que os próximos dias de folia sejam marcados por paz e celebração.
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