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Acre vai entregar relatório ao ministro da Integração reivindicando recuperação completa da BR-364 no estado
Petrônio Antunes, do Deracre, afirma que a recuperação total da estrada demandaria recursos da ordem de R$ 500 milhões e que de pouco adiantaria obras de tapa-buracos ou simplesmente emergenciais
Assessoria
Um grupo de empresários acreanos pretende encaminhar ao presidente Bolsonaro, em sua visita para a inauguração da ponte do Madeira um estudo reivindicando a recuperação dos pontos considerados mais críticos da BR-364, no trecho entre Rio Branco/Cruzeiro do Sul. Junto com o diretor presidente do Deracre, Petrônio Antunes, último fim de semana, os engenheiros e tecnólogos, ligados ao Deracre e ao CREA constataram graves e urgentes problemas que necessitam de atenção urgente.
Entre eles, estreitamento de alguns trechos da pista, comprometimento das cabeceiras de algumas pontes, especialmente a ponte sobre o Rio Tarauacá, na entrada desta cidade, desbarrancamento das encostas e a desobstrução de bueiros que apartaram a pista durante o período invernoso.
O presidente do Deracre Petrônio Antunes afirmou que existe urgência na retomada dos serviços de recuperação da rodovia para garantir a trafegabilidade dos veículos na época do inverno e do verão, Sem essa manutenção ele não afasta o risco da estrada ser fechada, destacando que os problemas mais críticos estão no trecho entre Sena Madureira e Feijó.
A comitiva se reuniu separadamente com os prefeitos de Sena Madureira, Feijó e Tarauacá, que ressaltara, a importância da restauração dos trechos que cortam os seus municípios para garantir a trafegabilidade da estrada.
A presidente do CREA, Carmen Bastos Nardino confirmou previsão de Petrônio Antunes de que um documento com as análises técnicas deve ser entregue ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes na solenidade de inauguração da Ponte do Rio Madeira, que contará com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro. Seria a oportunidade ideal para abordar a questão e colocar o problema da recuperação da BR-364 no centro do debate.
Petrônio Antunes, do Deracre, afirma que a recuperação total da estrada demandaria recursos da ordem de R$ 500 milhões e que de pouco adiantaria obras de tapa-buracos ou simplesmente emergenciais, pois os estragos são profundos e exigem imediata intervenção para que a estrada não corra o risco de fechar.
Relatório
A visita técnica à rodovia, realizada no final de semana do Dia do Trabalhador avaliou a situação do tráfego na rodovia federal que interliga os municípios de Rio Branco, Bujari, Sena Madureira, Manuel Urbano, Feijó, Tarauacá, Rodrigues Alves e Cruzeiro do Sul.
A ação política e elaboração do relatório técnico visa obter comprometimento do governo federal com a recuperação da rodovia de integração do estado. A superintendência estadual do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes no Acre (DNIT/AC) conta com apenas com R$10 milhões para retomada as frentes de trabalho da BR-364 no trecho de Sena Madureira/Tarauacá. A direção nacional do DNIT conta com recursos muito limitados para a operação tapa-buraco nos pontos mais críticos da rodovia federal, além do trabalho de drenagem nas encostas para evitar desbarrancamento.
Para Petrônio Antunes essa mera ação de atendimento pontual e emergencial não será capaz de solucionar os problemas e lembra que a rodovia federal só não fechou no inverno de 2020 e começo deste ano, porque a superintendência local contou com o apoio do governo do Estado para recuperação de alguns pontos da pista que foram apartados na altura do Igarapé Maracanãzinho que arrancou um bueiro no quilômetro 535 do trecho Tarauacá/ Cruzeiro do Sul. Também o igarapé Cajazeiras rompeu o bueiro na altura do quilômetro 280 no mês de fevereiro deste ano. Foi preciso jogar 250 metros cúbicos de brita adquirida de uma pedreira de Rondônia, para garantir a elevação da pista para a retomada do tráfego de veículos na rodovia federal.
O Ministério da Infraestrutura liberou apenas R$ 3 milhões para que todas as superintendências do DNIT no país, possam retomar as frentes de serviços.
Degradação
Um estudo de recuperação da rodovia BR-364 entre trecho Sena Madureira/Cruzeiro do Sul (no Vale do Juruá) apontou a necessidade de um desembolso de mais de R$ 1 bilhão, que corresponde atualmente, por 30% dos recursos previstos para o orçamento desse ano do DNIT. Pelo menos metade desse valor deveria ser usado de forma imediata, para garantir as obras necessárias da estrada para evitar sua degradação e consequente fechamento em curto prazo.
Para os especialistas, na última década, o serviço executado de envelopamento do leito base e tabatinga no trecho de Sena Madureira/Tarauacá ficou completamente comprometido. A utilização do solo-cimento no trecho de Tarauacá/Cruzeiro do Sul não apresentou o resultado esperado. O levantamento aponta como alternativa a técnica da camada betuminosa, uma tecnologia que vem apresentando resultados animadores no exterior. Outra técnica possível, segundo conclusões de engenheiros especialistas seria a utilização da brita, com a espuma asfáltica para evitar os problemas de infiltração devido às condições climáticas da região. A nova tecnologia vem sendo muito utilizada na recuperação de outras rodovias federais, mas que não foi testada nas condições acreanas.
Para Petrônio Antunes, as obras da BR-364 são essenciais para o Acre e não podem mais ser adiadas. Ele mostra confiança em sensibilizar, com apoio do governador Gladson Cameli e da bancada acreana, o governo federal para investir na rodovia que é fundamental para a integração do estado.
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MPAC investiga possível negligência no atendimento a criança com suspeita de autismo em hospital de Sena Madureira
O Ministério Público ouviu a diretora do hospital e a médica responsável pelo atendimento. Também foi realizada uma inspeção in loco na unidade hospitalar, onde a criança encontrava-se sob observação

O promotor destaca que tanto a legislação estadual quanto a municipal garantem atendimento prioritário e protocolos específicos para pessoas com TEA. Foto: internet
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) instaurou um procedimento para apurar uma possível negligência médica ocorrida no Hospital Geral João Câncio Fernandes, em Sena Madureira. O caso envolve uma criança com suspeita de Transtorno do Espectro Autista (TEA), e ganhou repercussão após denúncias nas redes sociais relatarem tratamento desumano e grosseiro.
De acordo com o despacho assinado pelo promotor de Justiça Júlio César de Medeiros, para que se configure eventual negligência médica, é necessário reunir todas as evidências possíveis, como prontuários médicos, receitas, exames, laudos, bem como tudo o que foi entregue pelo hospital ou pelo profissional ao paciente ou à família. Também deve ser feito o confronto dessas informações com os horários de atendimento, protocolos utilizados, eventuais testemunhas, imagens de câmeras de segurança e análise da medicação fornecida — ou que deveria ter sido fornecida — na ocasião, respeitando a devida agilidade prevista pelo Protocolo de Manchester.
O Protocolo de Manchester é um sistema internacionalmente adotado para triagem em emergências hospitalares, classificando os atendimentos com base em níveis de urgência representados por cores. No entanto, o MP pondera que o Hospital Geral de Sena Madureira enfrenta uma notória sobrecarga de trabalho. A unidade é voltada principalmente a atendimentos de urgência (cor laranja) e emergência (cor vermelha), enquanto pacientes classificados como “cor azul”, sem urgência, podem aguardar por até quatro horas ou ser encaminhados para unidades básicas de saúde.
Durante as diligências iniciais, o Ministério Público ouviu a diretora do hospital e a médica responsável pelo atendimento. Também foi realizada uma inspeção in loco na unidade hospitalar, onde a criança encontrava-se sob observação, recebendo medicação adequada, acompanhada pela mãe. Questionada pelo promotor, a genitora confirmou que não possui laudo formal que comprove o diagnóstico de autismo, sendo a condição apenas uma suspeita, com investigação de saúde interrompida.
Apesar disso, o promotor destaca que tanto a legislação estadual quanto a municipal garantem atendimento prioritário e protocolos específicos para pessoas com TEA. A Lei Municipal nº 845/2024 e a nº 738/2022 estabelecem diretrizes claras para acolhimento desse público, inclusive em unidades de saúde, além da obrigatoriedade de programas de capacitação para os profissionais da rede pública.

O caso veio à tona após relatos nas redes sociais acusarem profissionais da unidade de tratamento desumano e grosseiro durante o atendimento. Foto: internet
Dentre as providências determinadas pelo MPAC, destacam-se:
Solicitação de informações ao Hospital Geral sobre o histórico clínico da paciente, atendimentos recentes, medicações administradas e existência de eventuais imagens do atendimento;
Verificação da adoção dos protocolos específicos para pacientes com TEA, independentemente de laudo;
Garantia de atendimento prioritário a pessoas com autismo, mediante apresentação da Carteira de Identificação do Autista (CIA), com a devida sinalização em todos os pontos de atendimento;
Expedição de Ofício Circular a todos os órgãos públicos e estabelecimentos privados de atendimento ao público, inclusive supermercados, para que cumpram rigorosamente as leis municipais nº 738/2022 e 845/2024, assegurando o atendimento prioritário às pessoas com autismo (TEA), com a devida fixação de placas contendo o símbolo do autismo (fita quebra-cabeças multicolorida);
Notificação à Prefeitura para informar sobre programas de capacitação voltados ao atendimento de pessoas com TEA e sobre a viabilidade de ampliar o suporte técnico por meio da APAE local.
Denúncia e repercussão
Familiares da criança relataram que houve descaso por parte da equipe médica, que teria menosprezado os sintomas e negado o atendimento adequado. As publicações nas redes sociais geraram comoção e levaram o MPAC a tomar providências para apurar os fatos.
“Estamos coletando informações e ouvindo todas as partes envolvidas para determinar se houve falha no atendimento e, em caso positivo, identificar os responsáveis”, afirmou um representante do MPAC.
Hospital se manifesta
A direção do Hospital João Câncio Fernandes informou que está colaborando com as investigações e que todos os protocolos de atendimento estão sendo revisados. Em nota, a instituição afirmou que “repudia qualquer tipo de desrespeito aos pacientes” e que tomará as medidas cabíveis caso a negligência seja confirmada.
Autismo e desafios no atendimento
O caso reacendeu o debate sobre a preparação dos profissionais de saúde para lidar com pacientes neuroatípicos, especialmente em cidades do interior. Especialistas em TEA alertam que a falta de capacitação pode levar a situações traumáticas para crianças e famílias.
O MPAC deve concluir as investigações em até 30 dias. Caso confirmada a negligência, o órgão poderá tomar medidas administrativas e judiciais contra os envolvidos.
Acompanhamento: Familiares da criança buscam apoio de entidades de defesa dos direitos das pessoas com deficiência para garantir atendimento especializado.
Atualizada às 17h com a nota oficial do hospital
O Ministério Público seguirá acompanhando o caso e, após o recebimento das respostas e documentos solicitados, poderá adotar novas medidas conforme o andamento das apurações. A população pode contribuir com informações através do e-mail [email protected] ou pelo telefone (68) 3612-2193.
Material atualizada às 17h com a nota oficial do hospital
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Polícia Civil do Acre prende foragido de alta periculosidade conhecido por assaltos a bancos e tráfico interestadual de drogas

Equipe da DENARC/AC, com apoio da CORE e CIOPAER, durante operação de alto risco para prender foragido de organização criminosa. Foto: cedida.
A Polícia Civil do Acre, por meio da Delegacia de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), prendeu na tarde da última quarta-feira, 9, um dos criminosos mais procurados do Espírito Santo, conhecido no mundo do crime como “Frankenstein”. A prisão aconteceu no bairro Estação Experimental, em Rio Branco, e é resultado de uma ação integrada entre a Polícia Civil do Acre e a do Espírito Santo.
O investigado, identificado com as iniciais E.S.A., de 52 anos, usava documentos falsos com o nome de Gustavo Sérgio Alves e vivia na capital acreana desde 2017, onde levava uma vida de alto padrão, apresentando-se como empresário. Segundo o delegado titular da DENARC/AC, Saulo Macedo, o criminoso era monitorado há semanas após o repasse de informações pela unidade capixaba.
“A DENARC do Espírito Santo nos informou sobre um foragido de longa data que estaria escondido aqui. Ele é um criminoso bastante influente naquele estado e confirmamos que estava vivendo em Rio Branco sob identidade falsa, morando em uma casa de alto padrão no Conjunto Tangará e com um estilo de vida muito acima da média. A operação teve sucesso também graças à celeridade do Poder Judiciário acreano, por meio da Vara de Juiz de Garantias, que foi fundamental para a rápida expedição dos mandados de prisão e de busca e apreensão.” explicou o delegado.

Cartões bancários, documentos falsos e veículo de luxo foram apreendidos com o criminoso. Foto: cedida.
A ficha criminal de “Frankenstein” é extensa. Ele é apontado como membro de uma organização criminosa especializada em roubos a bancos, com atuação em cidades do interior de diversos estados brasileiros. Entre os crimes atribuídos a ele estão assaltos a instituições financeiras, homicídios, sequestros e tráfico de drogas. Em uma de suas condenações, ele foi responsabilizado pelo roubo de uma agência da Caixa Econômica Federal.
Além disso, “Frankenstein” tem histórico militar, pois ele já foi fuzileiro naval e, segundo as investigações, chegou a dar treinamento militar para integrantes do tráfico. O homem foi condenado a quase 40 anos de prisão e, mesmo após ser preso, continuou atuando na organização criminosa, o que motivou sua transferência, anos atrás, para o presídio federal de Catanduvas.
O cumprimento dos mandados de prisão exigiu uma operação de alto risco, envolvendo equipes da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) e do Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPAER). A ação foi realizada por volta das 13h30 na residência do foragido.
Durante o cumprimento do mandado de busca, foram encontrados 14 cartões bancários, documentos diversos em nome falso e um carro de alto valor. As equipes também identificaram indícios de que ele era responsável por remessas de drogas do Acre para o Espírito Santo. As investigações continuam para confirmar a extensão dessa atuação.

“Frankenstein” foi capturado pela Polícia Civil do Acre após anos foragido. Foto: cedida.
“As fontes de inteligência apontam com segurança que ele era peça-chave no tráfico interestadual. A apuração sobre essas conexões segue em curso”, ressaltou Saulo Macedo.
A cooperação entre as delegacias de repressão ao narcotráfico dos estados foi fundamental para o sucesso da operação. A troca de informações faz parte da Rede Nacional de Enfrentamento ao Narcotráfico (RENARC) uma iniciativa do Ministério da Justiça que busca integrar as DENARCs em todo o país para combater o crime organizado com mais eficiência.
A prisão de ontem representa um duro golpe na estrutura da criminalidade interestadual e reforça a importância do trabalho em rede entre as polícias civis dos estados brasileiros.
Fonte: PCAC
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Polícia Civil e Ciopaer prendem dois suspeitos, apreendem dinheiro falso e bens em operação contra quadrilha de estelionatários na Transacreana

Material apreendido no imóvel: cédulas falsas, celulares e veículos. Foto: cedida.
A Polícia Civil do Acre, em ação conjunta com o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), realizou na tarde da última quarta-feira, 9, uma operação na estrada Transacreana com o objetivo de cumprir mandado de prisão contra o líder de uma quadrilha nacional de estelionatários, alvo da Operação “Lord Agro”.
As diligências foram realizadas em uma extensa área de mata e em um imóvel rural localizado no km 23 da Transacreana, zona rural de Rio Branco. A operação integra os desdobramentos da ofensiva que vem sendo executada desde a última segunda-feira para desarticular a organização criminosa.
Segundo as investigações, a quadrilha é responsável por causar prejuízos milionários a vítimas nos estados do Maranhão, Goiás e Minas Gerais, por meio de golpes sofisticados envolvendo comercialização fraudulenta no setor agropecuário.

Material apreendido no imóvel: cédulas falsas, celulares e veículos. Foto: cedida.
Durante a ação no imóvel rural, duas pessoas foram presas em flagrante e diversos itens foram apreendidos, incluindo uma grande quantidade de moeda falsa, aparelhos celulares, veículos e outros bens adquiridos com os lucros dos crimes praticados. O principal alvo da operação, entretanto, conseguiu fugir por uma área de mata densa e segue sendo procurado pelas autoridades.
A Polícia Civil e o Ciopaer seguem mobilizados nas buscas pelo foragido e reforçam o compromisso no combate à criminalidade organizada, especialmente contra delitos que ultrapassam as fronteiras estaduais e geram grandes prejuízos financeiros às vítimas.
“Essa ação é um desdobramento da primeira fase da Operação ‘Lord Agro’, deflagrada no início desta semana. Estamos lidando com uma organização criminosa altamente estruturada, especializada em aplicar golpes milionários em diversos estados do país. A operação de hoje contou com o apoio essencial do Ciopaer e representa mais um passo no enfrentamento direto ao estelionato e ao crime organizado. Mesmo com a fuga do principal alvo, conseguimos apreender materiais importantes que vão fortalecer as próximas etapas da investigação”, destacou o delegado Roberth Alencar.
Fonte: PCAC
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