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Trump tem o poder de proibir votação pelo correio nas eleições dos EUA?
Presidente não tem autoridade legal clara para fazer isso, embora seus aliados no Congresso e nos governos estaduais possam promulgar políticas que proíbam a prática
O presidente dos EUA, Donald Trump, quer proibir a votação pelo correio nas eleições federais, uma forma de votação popular entre muitos americanos. Cerca de três em cada dez votos foram enviados pelo correio nas eleições gerais de 2024, de acordo com a Comissão de Assistência Eleitoral dos EUA.
Trump, um republicano, não tem autoridade legal clara para fazer isso, embora seus aliados no Congresso e nos governos estaduais possam promulgar políticas que proíbam a prática.
Veja aqui uma análise da autoridade de Trump e como a lei pode ser alterada.
Trump pode proibir unilateralmente a votação por correio?
Somente os estados e o Congresso dos EUA podem aprovar leis que regulam as eleições. Uma proibição unilateral do voto pelo correio pelo presidente provavelmente excederia a autoridade limitada de Trump para fazer cumprir a lei existente.
Em uma publicação nas redes sociais na segunda-feira, Trump disse que as cédulas enviadas pelo correio são suscetíveis a fraudes e que lideraria um movimento para proibi-las, começando com um decreto trazendo “honestidade” às eleições de meio de mandato de novembro de 2026.
Nos últimos anos, os republicanos entraram com dezenas de ações judiciais buscando acabar com a votação por correspondência, alegando possível fraude. Os democratas, em geral, apoiam a votação por correspondência como forma de ampliar o acesso à votação.
Vários estudos mostram que a fraude eleitoral é extremamente rara nos EUA.
Representantes da Casa Branca forneceram uma declaração geral sobre as políticas eleitorais de Trump, mas não responderam a perguntas sobre sua autoridade legal para proibir cédulas de votação pelo correio ou o que um decreto diria.
Aliados de Trump podem proibir o envio de cédulas pelo correio?
Os estados são responsáveis por administrar seus votos de acordo com a Constituição dos EUA, e as legislaturas controladas pelos republicanos podem aprovar leis proibindo cédulas de votação pelo correio, desde que não entrem em conflito com a lei federal.
O Congresso poderia proibir o uso de cédulas de votação pelo correio em eleições federais e anular leis estaduais que protegem seu uso, mas o Partido Republicano de Trump tem maioria mínima no Congresso e enfrentaria dificuldades para superar a oposição dos democratas.
Os republicanos detêm 53 cadeiras no Senado. Para aprovar a proibição do voto por correspondência, eles precisariam acabar com a obstrução, uma tradição de longa data que exige que 60 dos 100 membros da Casa aprovem a legislação.
Leis estaduais e federais que proíbem o voto pelo correio podem ser contestadas na justiça por serem impedimentos inconstitucionais à votação.
Que poder o presidente dos EUA tem sobre as eleições?
Os presidentes nos EUA têm alguma discrição na aplicação das leis eleitorais, e Trump poderia tentar usar esses poderes para acabar ou restringir a votação pelo correio, embora não esteja claro como.
Em junho, um juiz federal bloqueou partes de uma ordem executiva de Trump que exigia que os eleitores comprovassem sua cidadania americana e tentava impedir que os estados contabilizassem os votos enviados pelo correio após o dia da eleição. O governo Trump está recorrendo.
“A Constituição não concede ao presidente nenhum poder específico sobre eleições”, disse a juíza distrital dos EUA Denise Casper, indicada pelo presidente democrata Barack Obama.
Fonte: CNN
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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