Cotidiano
Trio acusado de matar cunhados tem júri popular marcado para dezembro em Rio Branco
Julgamento está marcado para ocorrer na próxima quarta-feira (2) na 1ª Vara do Tribunal do Júri. Fernando da Silva e Cristina Reis foram assassinados no bairro Taquari no dia 25 de janeiro de 2019. Mortes teriam ligação com outro crime de 2018, em que Cristina era testemunha.

Fernando Silva e Cristina Reis estavam em frente de casa quando foram assassinados — Foto: Arquivo pessoal
Por Iryá Rodrigues
Os três acusados de participação na morte dos cunhados Fernando Nascimento da Silva e Cristina Reis de Souza, ambos de 18 anos, em janeiro do ano passado, tiveram o júri popular marcado para a próxima quarta-feira (2). O julgamento ocorre na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco.
O crime ocorreu no dia 25 de janeiro na Rua do Futuro, bairro Taquari, em Rio Branco. As vítimas estavam em frente a uma casa quando os criminosos passaram atirando.
Conforme o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), o júri está marcado para começar às 8 horas e, ao todo, nove testemunhas devem ser ouvidas, além dos três réus.
Entre os acusados estão Everton de Assis Melo, Gabriel de Souza Lima e Gilsicley Ferreira Monteiro. Além do duplo homicídio, eles são acusados dos crimes de tentativa de homicídio, roubo, sequestro e Monteiro também por porte de entorpecente.
Além dos dois mortos, duas pessoas ficaram feridas no dia do crime, entre elas a mulher de Silva e irmã de Cristina, e um adolescente de 13 anos.
Na fuga, os criminosos trocaram de carro e fizeram uma família refém. Três foram presos pela Polícia Militar do Acre (PM-AC), na BR-364, região da Terceira Ponte da capital acreana, e um conseguiu fugir.
Em reportagem publicada em julho deste ano, quando o trio foi pronunciado, a advogada dos réus Gabriel Lima e Gilsicley Monteiro, Larissa Leal preferiu não comentar sobre a defesa dos clientes e deixar para o dia do julgamento.
Já advogada de Everton Melo, Viviane Nascimento disse que ele confessa ter participado do roubo do veículo, mas nega os demais crimes que foi denunciado.
Com o trio, a PM-AC apreendeu quatro armas de fogo, sendo uma pistola nove milímetros de uso restrito das polícias. Aparelhos celulares e drogas também foram encontrados com os suspeitos.
Na decisão de pronúncia, a juíza determinou que os três réus devem permanecer presos e negou o direito de recorrerem em liberdade.
Ligação com outro homicídio
O assassinato de Cristina teria ligação com um outro crime ocorrido em fevereiro de 2018, quando três pessoas morreram e uma ficou ferida no Conjunto Novo Horizonte, bairro Floresta. A jovem era testemunha do crime .
Entre as vítimas do triplo homicídio estão os jovens Luana Aragão, de 21 anos, Rafaella Santos, de 17, e Renan Barbosa, de 20.
Em reportagem publicada no dia 1º de maio de 2019, o assistente de acusação, advogado Armysson Lee, revelou que a família de uma das vítimas estava sendo ameaçada e Cristina, que estava na casa onde ocorreu o triplo homicídio e era testemunha no processo, foi assassinada.
Sobre essa relação entre os crimes, a advogada Viviane disse que, embora a família da vítima Cristina tenha citado o caso, o fato não foi vinculado ao processo nem na denúncia do Ministério Público contra o trio e nem na decisão de pronúncia da juíza.
“Na verdade, a defesa entende que não guarda nenhum tipo de relação, até porque, segundo consta na denúncia, seria uma guerra de facção o contexto. Quem suscitou essa hipótese foi a família e o assistente de acusação. Mas, quem acusa é o próprio Ministério Público e este, nesse processo, não suscita essa situação”, afirmou a advogada.
Após 13 horas de julgamento, Mateus Mendonça da Costa, Luiz Fernando da Costa Cruz e Lucas Freire de Lima, acusados da morte dos três jovens foram condenados a mais de 210 anos. Cada réu levou uma pena de 71 anos, sete meses e seis dias e não vão ter direito de recorrer em liberdade.
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Rio Acre sobe mais de 6 metros em Assis Brasil; Defesa Civil monitora impacto em Brasileia, Xapuri e Rio Branco
Águas devem atingir a capital em até 72 horas, mas coordenador afirma que elevação não deve causar grandes transtornos

A expectativa é que o impacto das águas que descem de Assis Brasil eleve o nível em até 3 metros nos próximos dias. Foto: captada
O Rio Acre registrou uma elevação abrupta nesta terça-feira (15), chegando a 10,24 metros em Assis Brasil – um aumento de mais de 6 metros em relação ao nível anterior de 3,85 metros. Os dados foram repassados pela Defesa Civil de Rio Branco, que monitora a situação em toda a bacia hidrográfica.
Segundo o tenente-coronel Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil Municipal, o aumento também foi significativo em outras cidades:
- Brasileia: subiu mais de 2 metros, atingindo 5,56 metros
- Capixaba: avançou 2,5 metros, chegando a 6,08 metros
Em Rio Branco, o rio marcava 7,14 metros na manhã desta terça-feira, mas a expectativa é que o impacto das águas que descem de Assis Brasil eleve o nível em até 3 metros nos próximos dias.
“O nível do Rio Acre, em Rio Branco, deve subir nos próximos dias, mas nada que nos preocupe”, afirmou Falcão, enfatizando que o volume de água deve ter um impacto de até três metros. “O nível do rio pode voltar aos 10 metros, mas temos ainda de verificar os reflexos aqui em Rio Branco”.
Impacto em Rio Branco deve ser menor
Falcão afirmou que, apesar do aumento, não há motivo para grande preocupação na capital.
- “O nível pode voltar aos 10 metros, mas ainda estamos avaliando os reflexos. Durante a Semana Santa, sentiremos o impacto do volume maior, mas não a ponto de causar transtornos graves”, explicou.
- O coordenador destacou que as chuvas intensas do último sábado (12) não influenciaram diretamente a cheia em Rio Branco, já que o aumento se deve principalmente ao escoamento das águas de regiões mais altas.

O Rio Acre registrou uma elevação abrupta, chegando a 10,24 metros em Assis Brasil – um aumento de mais de 6 metros em relação ao nível anterior de 3,85 metros. Foto: capado
Ainda segundo Falcão, as águas devem chegar à capital em até 72 horas. “Durante o período Semana Santa, vamos sentir esse impacto da quantidade de chuvas e do aumento de volume aqui em Rio Branco”, explicou, esclarecendo ainda que as fortes chuvas registradas no sábado, 12, por exemplo, não contribuíram o aumento das águas em Rio Branco.
Disse mais. “Tivemos muitos milímetros [de chuva], mas não alterou o nível do rio. Isso é por conta da parte geográfica mesmo”, explicou.

O nível pode voltar aos 10 metros, mas ainda estamos avaliando os reflexos, segundo Falcão. Foto: cedida
Próximos passos
A Defesa Civil mantém monitoramento constante e deve emitir novos alertas caso o cenário mude. Enquanto isso, moradores de áreas ribeirinhas são orientados a ficar atentos e tomar precauções.
Veja vídeo em Assis Brasil:
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Rio Iaco sobe 64 cm em 24 horas e preocupa moradores de Sena Madureira
Defesa Civil monitora situação após nível do rio atingir 8,64 metros; imagens mostram água avançando em comunidade ribeirinha

Cheia do Rio Iaco avança e coloca área ribeirinha em alerta em Sena Madureira. Foto: capada
O Rio Iaco, que corta o município de Sena Madureira (AC), registrou uma elevação significativanesta terça-feira (15). Segundo dados da Defesa Civil, repassados pelo coordenador Carlos Dávila, o nível do rio amanheceu marcando 8,64 metros – um aumento de 64 centímetros em apenas 24 horas.
Imagens gravadas por um morador da comunidade Tabatinga, localizada às margens do rio, mostram a água avançando sobre áreas próximas. A situação já começa a preocupar famílias ribeirinhas, que temem novos alagamentos caso o nível continue subindo.
Em anos anteriores, o Rio Iaco já causou transtornos com alagamentos em diversas comunidades ribeirinhas durante o período chuvoso.
Monitoramento constante
A Defesa Civil mantém o alerta para possíveis inundações em áreas baixas e recomenda que moradores fiquem atentos às atualizações. Nos últimos anos, cheias do Rio Iaco já causaram transtornos na região, incluindo isolamento de comunidades e perdas em lavouras.
Próximos passos
Autoridades locais devem avaliar os riscos e, se necessário, acionar planos de contingência para assistência às famílias em áreas vulneráveis. Enquanto isso, a população é orientada a evitar o contato com a água em locais alagados e a guardar pertences em áreas elevadas.
Veja vídeo:
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Câmara Municipal de Sena Madureira é denunciada ao MP por contratação de R$ 40 mil sem licitação em 2024
O vereador Maia, solicitou ao MPAC a abertura de inquérito civil ou policial para apuração dos fatos, podendo resultar em responsabilização por ato de improbidade administrativa e crime de contratação direta indevida

O vereador questiona a legalidade da contratação, afirmando que não se trata de um serviço exclusivo ou que justifique a inexigibilidade. Foto: cedida
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) confirmou, por meio de e-mail oficial, o recebimento de uma representação protocolada pelo vereador Francisco da Silva Maia, de Sena Madureira, denunciando uma contratação direta no valor de R$ 40 mil realizada pela Câmara Municipal em 2024, durante a presidência da vereadora reeleita Ivoneide Bernardino.
Segundo o documento, a contratação por inexigibilidade de licitação teve como objeto a elaboração de um livro sobre a história do Legislativo municipal, serviço este atribuído ao senhor José Wilson Aguiar. O vereador questiona a legalidade da contratação, afirmando que não se trata de um serviço exclusivo ou que justifique a inexigibilidade, uma vez que qualquer historiador, em tese, poderia realizar o trabalho.
O parlamentar destaca ainda a ausência de evidências que comprovem a notória especialização do contratado, como exige a Lei nº 14.133/2021. Em pesquisa no banco de dados do CNPq, apenas um cadastro em nome de José Wilson Aguiar foi localizado, sem atualizações recentes e sem provas robustas de qualificação técnica que justifiquem a escolha sem processo licitatório.
Outro ponto levantado na representação é o pagamento fracionado por meio de empenho ordinário, prática vedada pelo Decreto nº 64.752/1969, além da ausência de exemplares do livro na sede da Câmara, o que levanta dúvidas sobre a execução do serviço contratado.
Com base nessas alegações, o vereador solicitou ao MPAC a abertura de inquérito civil ou policial para apuração dos fatos, podendo resultar em responsabilização por ato de improbidade administrativa e crime de contratação direta indevida, conforme previsto na legislação vigente.
O documento foi protocolado no dia 14 de abril e confirmado pelo gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça na manhã do dia seguinte, com registro sob o número SIGA MPAC: 19.05.0004.0001871/2025-66.
A sociedade agora aguarda o desdobramento das investigações por parte do Ministério Público, que poderá levar à responsabilização dos envolvidos, caso sejam comprovadas irregularidades.
Com Yaco News
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