Cotidiano
Sem chuvas há 26 dias, nível do Rio Acre está a pouco mais de meio metro de atingir cota histórica de seca
Manancial amanheceu neste domingo (25) com 1,83 metros, segundo dados da Defesa Civil. Não há previsão de chuvas para o mês de julho e situação é de alerta máximo.

Rio Acre marcou 1,83 metro neste domingo (25) e está em alerta máximo – Foto: Murilo Lima/Rede Amazônica Acre
Por Iryá Rodrigues
O período de estiagem no Acre começou um tanto antecipado e a situação do Rio Acre é de alerta máximo. Neste domingo (25), o manancial amanheceu com 1,83 metro, em Rio Branco, e está a pouco mais de meio metro de atingir o menor nível histórico já registrado.
No ano passado, nesse mesmo dia, o rio estava com 2,13 metros. O coordenador da Defesa Civil do município, major Claudio Falcão, informou que, sem previsão de chuvas para os próximos dias, a preocupação é que o manancial chegue à cota histórica de seca ou fique em uma situação ainda mais crítica.
Em setembro de 2016, o Rio Acre atingiu o menor nível já registrado na história desde 1971, ano em que o manancial começou a ser monitorado. No dia 17 de setembro daquele ano, o rio marcou 1,30 metro.
Já são 26 dias sem chuvas na capital acreana e, a previsão é que o mês de julho feche sem nenhum registro de precipitação. A última chuva registrada foi no dia 29 de junho. No ano passado, no dia 25 de julho, foi registrada a segunda chuva do mês, com um volume de 20 milímetros.

Sem chuvas há 26 dias, nível do Rio Acre está a pouco mais de meio metro de atingir cota histórica de seca – Foto: Murilo Lima/Rede Amazônica Acre
A situação do Rio Acre está em alerta máximo desde o dia 20 de junho, quando o manancial passou a ficar abaixo de 2,69 metros. Desde então, o nível do rio vem apresentando baixa.
“Se formos olhar os anos de 2020, 2019 e 2018, nesta data o rio estava acima dos dois metros, só em 2017 e 2016 que ele estava abaixo de dois metros. O ano de 2021 está se apresentado como uma possível repetição, ou ainda mais grave do que foi em 2016, quando tivemos a seca histórica no Acre. Outro ponto que observamos é que nessa época do ano, o rio sempre tinha um ganho de centímetros, de 1 até 6 centímetros, e agora estamos só decrescendo. Estamos com 26 dias sem chuvas e o indicativo que temos é que feche julho sem nenhuma chuva”, afirmou.
O major informou ainda que para a próxima quarta-feira (28) é esperada uma queda de temperatura. “Isso mexe na umidade do ar e não tem dissipação de nuvens, por isso, o indicativo de nenhuma chuva. Então, são vários fatores agregados que nos levam a uma grande preocupação e ao alerta máximo.”
Abastecimento de água
Com a capital acreana enfrentando uma seca severa, o Departamento de Água e Saneamento do Acre (Depasa) já utiliza bombas flutuantes para evitar o desabastecimento de água.
Sem chuvas, a Defesa Civil Municipal também se prepara para abastecer comunidades que dependem de poço artesiano com carros-pipa. Vão ser disponibilizados 200 mil litros de água por dia, com auxílio de cinco caminhões.
Em entrevista à Rede Amazônica Acre, o diretor de operacional do Depasa, Alan Ferraz, explicou que as bombas foram instaladas ao longo do ano para a utilização no período de seca. As equipes instalaram três conjuntos de motobomba, que jogam 990 litros para serem tratados.
Ferraz falou também que mesmo com todos os cuidados, há o risco de a capital acreana ficar sem água.
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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre
O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada
Suene Almeida
Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.
Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário. “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.
Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”
Oscilações do nível do Rio Acre preocupam
O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.
O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.
“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.
Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.
Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.
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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro
Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.
Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.
— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.
O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.
— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.
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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026
Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada
A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.
O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.
— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.
De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.
O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada
Nota da Prefeitura de Rio Branco
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.
O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.
Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.
Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.
A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada

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