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Cotidiano

Sem apresentar sintomas, preso é internado e morre 4 dias depois em hospital com Covid-19

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Elenilson Souza foi fotografado no presídio de Sena Madureira dias antes de ser internado com Covid-19 — Foto: Arquivo/Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes

Por Aline Nascimento

O detento Elenilson Rodrigues de Souza, de 44 anos, morreu na UTI do Hospital de Traumatologia e Ortopedia do Acre (Into), em Rio Branco, na sexta-feira (17) com Covid-19.

Souza cumpria pena há quase um ano por aliciamento de menores na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes, em Sena Madureira, interior do Acre.

A morte de Souza pela doença foi confirmada no boletim da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) deste sábado (18). O detento deu entrada no hospital de Sena Madureira na manhã de segunda (13) e foi transferido para Rio Branco na terça (14).

Com o caso dele, o número de detentos que morreram vítimas da Covid-19 sobe para três. Até a quinta (16), dados do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC) apontavam duas mortes entre presos. O número de infectados era de 171, segundo o último boletim.

O diretor da unidade de Sena Madureira, Denis Araújo, explicou que o preso não apresentou nenhum sintoma e trabalhou normalmente no posto de lavagem da unidade no dia anterior a internação.

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“Foi um caso surpreendente, um fato que deixou todos da gestão impactados porque ele não apresentou sintomas. Trabalhava em nosso posto de lavagem de carros e motos. Trabalhou durante o dia todo, foi para cela sem sentir nenhum sintoma, mas quando foi pela madrugada se sentiu mal e levamos para o PS achando que a comida tinha feito mal ou algo assim”, relatou.

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Ainda segundo o diretor, ele dividia a cela com outros quatro presos, mas também não comentou com nenhum colega se estava ruim. Por isso, o diretor falou a equipe ficou despreocupada achando que seria algo simples, mas um teste feito no hospital revelou que Souza estava com o novo coronavírus.

“No outro o dia me ligaram e me chamaram lá. Falou que a situação dele era delicada e tomei um susto, porque um dia antes o cara estava trabalhando e ele não aguentava nem ser transferido. Eu conhecia ele, trabalhava na lavagem de carro, tinha um posto fora e era um profissional dessa área. Tomei um susto quando o médico disse que ele estava mal”, lamentou.

Transferência

Araújo acrescentou que o preso não tinha nenhuma doença preexistente que podia agravar o quadro. Porém, os exames feitos no hospital de Sena Madureira revelaram que a vítima tinha sofrido um infarto.

“O médico disse que se ele melhorasse, que estava saturando 60%, iam mandar para Rio Branco. Falei com ele, entrei no hospital porque já peguei e não tive medo. Conversei com ele, orei por ele, estava consciente, pediu para ser mandado para Rio Branco e falei que a gente estava fazendo o possível para mandar”, relembrou.

Uma hora depois disso, Souza apresentou melhoras e foi encaminhado para Rio Branco. O diretor falou que ligava todos os dias para o Into para ter notícias do detento.

“A gente achava que ia se recuperar, era um cara cheio de saúde. Fui olhar no prontuário dele do presídio e não tinha nenhuma doença que se encaixava no grupo de risco. Mas, no prontuário dele que me mandara já tem que ele tinha diabetes. Não sei, é um mistério, todo mundo está em choque”, disse.

Monitoramento

O diretor da unidade prisional informou que os presos que dividiam a cela com Elenilson Souza não vão ser colocados em isolamento, mas devem ser monitorados, caso apresentem algum sintoma. Porém, nenhum deles reclamou de algum sintoma.

“Na cela que ele estava está todo mundo bem. Aqui fazemos exames quando o preso está com sintomas, mas ele não não reclamou. Não tem ninguém se sentido mal”, destacou.

A direção afirmou também que 21 presos do presídio já testaram positivo para o novo coronavírus até agora. Sobre os policiais penais, 46, entre eles do administrativo, também já se contaminaram com a doença.

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Bocalom evita compromisso automático com Mailza e defende união “ideal” da direita, mas lembra: “Quem tem medo, não entra”

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Prefeito de Rio Branco relembra apoio decisivo a James, marido da vice-governadora, em 2008, mas ressalta que “política é dinâmica”; em entrevista, aponta obras e educação como prioridades

Ao tratar do ambiente eleitoral, Bocalom deixou claro que a união é desejável, mas não pode ser imposta. As declarações foram dadas durante entrevista ao programa Bar do Vaz. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom (PL), afirmou nesta terça-feira (16) que não se sente obrigado a apoiar a vice-governadora Mailza Assis na disputa pelo governo do Acre em 2026. Em entrevista ao programa Bar do Vaz, do ac24horas.com, ele defendeu a união da direita como “cenário ideal”, mas ressaltou que eleições são competitivas por natureza.

— O ideal é que o grupo não se desfaça. Mas eleição é eleição. Quem tem medo, não entra — disse Bocalom, ao ser questionado sobre um possível apoio a Mailza. — Eu tenho [obrigação de apoiá-la] ao mesmo tempo que ela também tem.

O prefeito relembrou ter ajudado James, então marido de Mailza, a ser eleito prefeito de Senador Guiomard em 2008 — mesmo ano em que ele perdeu a disputa por Rio Branco. Contou que recusou mudar seu título eleitoral para ser vice de James, mas articulou a migração do PSDB, mobilizou recursos e fez campanha pessoalmente no município.

— Tirei o partido da mão de um vereador, botei na mão do James e ajudei ele a montar o partido lá. Deixei aqui três ou quatro vezes a minha eleição na capital e passava o dia inteiro com ele lá — relatou. — Brasília me arrumou um dinheirinho para fazer minha campanha. Dividi metade para mim e metade mandei para o interior, para ele.

Sobre a relação atual com Mailza, Bocalom afirmou ter “carinho muito grande”, mas ponderou que “política é dinâmica”. Ele também destacou o orgulho de comandar a capital e citou ações na educação e obras urbanas como marcas de sua gestão.

Declarações estratégicas

“O ideal é que o grupo não se desfaça”

“Eleição é eleição. Quem tem medo, não entra”

“Eu tenho [obrigação de apoiar] ao mesmo tempo que ela também tem”

“Ela hoje é vice-governadora, e política é dinâmica”

Relembrando 2008
  • Articulação: Bocalom ajudou James a montar PSDB em Senador Guiomard
  • Recursos: Dividiu verba de campanha entre capital e interior
  • Resultado: James eleito prefeito, Bocalom perdeu em Rio Branco
Gestão atual
  • Obras: Revitalização de praças, fontes interativas, “cara de capital”
  • Educação: Entrega de uniformes e tablets a alunos municipais
  • Aprovação: Vitória no 1º turno com quase 55% dos votos em 2024

As declarações ocorrem em momento crucial de articulação pré-eleitoral, com Mailza Assis e Alan Rick como principais nomes da sucessão estadual.

A postura cautelosa de Bocalom reflete complexidade das alianças na direita acreana, onde históricos pessoais e projetos políticos nem sempre se alinham automaticamente.

Bocalom citou o resultado das urnas como indicativo de aprovação popular. “Ganhar no primeiro turno, com quase 55% dos votos, mostra que as pessoas estão satisfeitas”, afirmou Bocalom. Foto: captada 

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Prefeitura de Rio Branco intensifica vacinação antirrábica até 19 de dezembro em pontos estratégicos da cidade

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A população também pode vacinar seus animais no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que funciona das 7h30 às 16h30, e na Urap Roney Meireles, das 8h às 12h

Rio Branco tem índice de vacinação de 80%, que é a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. Foto: cedida

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, segue intensificando a vacinação antirrábica para cães e gatos em diferentes pontos da cidade até o dia 19 de dezembro, com o objetivo de ampliar o acesso da população ao serviço e manter os índices de cobertura vacinal acima do recomendado pelo Ministério da Saúde.

Atualmente, a vacinação está sendo ofertada no Arasuper do bairro Aviário, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 11h30. Além disso, a população também pode vacinar seus animais no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que funciona das 7h30 às 16h30, e na Urap Roney Meireles, das 8h às 12h.

Após o dia 19 de dezembro, todos os pontos de vacinação antirrábica serão temporariamente suspensos. O serviço será retomado a partir do dia 5 de janeiro de 2026, exclusivamente em dois pontos fixos: o Centro de Controle de Zoonoses e a Urap Roney Meireles.

De acordo com o agente de Vigilância em Zoonoses, Joel Pereira, a estratégia adotada pelo município tem sido fundamental para alcançar resultados positivos.

“Este ano conseguimos alcançar cerca de 80% de cobertura vacinal, que é a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde, graças às estratégias de busca ativa e à ampliação dos pontos de atendimento. Em 2026, esse trabalho continua, com a manutenção dos pontos fixos e a retomada das ações itinerantes, inclusive nas áreas ribeirinhas. A vacinação é fundamental para proteger os animais e prevenir a raiva na nossa cidade”, destacou o agente.

A importância da vacinação também é reconhecida pela população. A Vitória Santos, aproveitou a ida ao mercado para vacinar suas cachorras e aproveitou para destacar os benefícios da ação.

“Essa vacinação antirrábica é muito importante porque a raiva é uma doença grave, tanto para o ser humano quanto para o animal. Quando aparecem os sintomas, infelizmente não tem cura. Então, vacinar é uma forma de proteger o nosso animal e também a nossa família”, afirmou Santos.

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PF deflagra operação contra tráfico de drogas em voos comerciais partindo do Acre

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Esquema usava funcionário terceirizado do aeroporto e CNHs falsas para enviar cocaína a outros estados; uma prisão foi realizada e nove quilos da droga foram apreendidos

O esquema criminoso utilizava voos comerciais regulares, partindo do Aeroporto de Rio Branco com destino a diversos estados da Federação. Foto: captada 

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (16) a Operação Queda Livre para combater um esquema de tráfico interestadual de drogas realizado por meio de voos comerciais regulares que partiam do Aeroporto de Rio Branco. Foram cumpridos seis mandados judiciais — cinco de busca e apreensão e um de prisão preventiva — nas cidades de Rio Branco (AC) e João Pessoa (PB).

Investigação apontou que uma organização criminosa vinculada a uma facção do Acre, com comando a partir do sistema prisional, contava com a ajuda de um funcionário de empresa terceirizada do aeroporto para enviar entorpecentes a outros estados. Os traficantes usavam Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs) digitais falsas para comprar passagens e embarcar com identidades adulteradas, burlando os controles aeroportuários.

Ao longo das apurações, a PF apreendeu cerca de nove quilos de cocaína em duas remessas. Os investigados podem responder por tráfico interestadual, associação criminosa, falsificação de documento e organização criminosa. As investigações seguem para identificar outros envolvidos.

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