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Samu tem dificuldade com ambulâncias e coordenador cobra responsabilidade de municípios

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Ocorre que essas aquisições não fazem parte da pauta das prefeituras, que sequer dispõem de estrutura profissional para fazer transporte de pacientes em ambulâncias.

Enquanto estado e municípios não se afinam com relação ao problema, as populações locais padecem com a deficiência do serviço prestado pelo Samu no estado – Foto e Vídeo de Marcus José

Por Raimari Cardoso 

As constantes quebras por problemas mecânicos de ambulâncias do Samu que atuam nos municípios da regional do Alto Acre reacenderam uma discussão que já se desenrola há algum tempo sobre a real finalidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência.

Questionado sobre as dificuldades que a estrutura do Samu tem enfrentado, com ambulâncias apresentando problemas em períodos médios de 15 dias, o coordenador estadual do serviço, o médico Pedro Pascoal, novamente cobrou a coparticipação dos municípios na responsabilidade pelo transporte intermunicipal.

De acordo com o coordenador, há desvio de finalidade na utilização das unidades do Samu, que deveriam ser usadas apenas para atendimentos de pacientes em estado grave, mas que terminam fazendo o transporte de casos de baixa complexidade, que poderiam ser atendidos por ambulâncias dos municípios.

“Em média, fazemos até cinco transferências por dia na regional do Alto Acre, o que representa mais de 1.500 quilômetros rodados diariamente, refletindo diretamente no desgaste das viaturas. Não temos tempo hábil para fazer manutenção preventiva e nossas ambulâncias vão quebrar sim”, explicou.

Pedro Pascoal afirma que os municípios deveriam possuir ambulâncias de suporte sanitário para fazer o transporte intermunicipal de pacientes de baixa e média complexidade. Segundo ele, os gestores municipais devem assumir essa responsabilidade para assim desafogar o Samu.

A prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem, foi consultada pela reportagem a respeito das declarações do coordenador e discordou das suas afirmações. Segundo ela, o que compete ao município já está sendo feito, que é a disponibilização de transporte para pacientes que necessitam de atendimento em Rio Branco.

“Fazemos o transporte intermunicipal de pacientes de segunda a sábado com van adquirida pela própria prefeitura, com recursos próprios. Causaram-me estranheza essas afirmações do coordenador, pois creio que a busca de soluções para os problemas não é transferir para outras pessoas”, disse.

Na Secretaria de Saúde de Xapuri, a posição é a mesma da prefeita de Brasiléia. O município possui um serviço que chama de TFD Municipal, que faz o transporte de pacientes que são encaminhados para o atendimento em Rio Branco, entre eles doentes renais crônicos que fazem sessões semanais de hemodiálise.

“Pacientes hospitalizados que precisam de transferência para a capital são de responsabilidade do estado. Não lidamos com pacientes de média e alta complexidade, uma vez que se trata de pessoas que estão em estado grave, inclusive com risco de morte”, disse o secretário de Saúde, Wagner Menezes, quando procurado.

Ambulâncias do Tipo A

Está claro que quando o coordenador do Samu cobra a coparticipação dos municípios no transporte intermunicipal de pacientes ele não está se referindo aos casos relatados pelas prefeituras, que se trata de encaminhamentos de ambulatórios para procedimentos a serem realizados na capital.

Pedro Pascoal faz referência à aquisição de ambulâncias do Tipo A, que se destinam ao transporte de pacientes que não apresentem risco de vida, mesmo que estejam internados e sejam encaminhados pelos hospitais. A Portaria nº 2.214/2017, do Ministério da Saúde, regulamenta a aplicação de recursos para esse fim.

As viaturas podem ser adquiridas por qualquer um dos entes federados, com o critério de distribuição de uma unidade para cada grupo de 20 mil habitantes. Ocorre que essas aquisições não fazem parte da pauta das prefeituras, que sequer dispõem de estrutura profissional para fazer transporte de pacientes em ambulâncias.

Enquanto estado e municípios não se afinam com relação ao problema, as populações locais padecem com a deficiência do serviço prestado pelo Samu, pois nunca há a garantia de que em uma emergência os hospitais do interior tenham uma viatura à disposição para atender a ocorrência.

Em algumas situações, o Corpo de Bombeiros de Xapuri tem sido a alternativa para o atendimento de ocorrências clínicas, pela ausência da viatura do Samu, quando esta se desloca para outros municípios, e nos casos de locais de difícil acesso, principalmente na zona rural, onde uma ambulância não consegue chegar.

No entanto, desde o dia 1º de janeiro, o 8º Batalhão de Xapuri está sem a sua única viatura utilizada para esse fim, uma caminhonete Toyota Hilux que se acidentou exatamente quando transportava um paciente de uma localidade na zona rural para o hospital da cidade. Apesar do susto, não houve feridos no incidente.

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Câmeras flagram jovens furtando iluminação natalina em Brasiléia

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Quarteto já foi identificado e pode responder por crime contra o patrimônio público

Câmeras de segurança instaladas nas proximidades da ponte Wilson Pinheiro, que liga Brasiléia à cidade boliviana de Cobija, registraram o furto de iluminação natalina do município na noite desta sexta-feira (12). As imagens mostram quatro jovens envolvidos na ação.

De acordo com as autoridades, três homens retiraram os enfeites enquanto uma mulher se afastou correndo ao perceber a intenção do grupo. O vídeo já está sendo utilizado pela Polícia, que conseguiu identificar os envolvidos.

As imagens também estão em posse da Administração Pública, que deverá adotar as medidas legais cabíveis. A apropriação de bem público pode ser enquadrada como furto, conforme o artigo 155 do Código Penal Brasileiro, ou apropriação indébita, prevista no artigo 168, com penas que podem chegar a até quatro anos de prisão, além de multa.

A atual gestão municipal afirmou que repudia o ato praticado contra o patrimônio público e reforçou que ações dessa natureza serão tratadas com o rigor da lei.

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Trabalhador morre após grave acidente com serra elétrica em frigorífico de Tarauacá

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Vítima não resistiu aos ferimentos após dar entrada no Hospital Sansão Gomes; caso é investigado pela Polícia Civil

Um grave acidente de trabalho foi registrado na manhã deste sábado (13) no frigorífico BMG, em Tarauacá, no interior do Acre. O trabalhador identificado como Eliésio Alves de Oliveira, de 36 anos, morreu após ser atingido por uma serra elétrica enquanto realizava o corte de carne.

Segundo informações preliminares, a vítima sofreu um ferimento profundo na região abdominal, com lesões de extrema gravidade. Colegas de trabalho prestaram os primeiros socorros e encaminharam Eliesio ao Hospital Sansão Gomes, porém ele não resistiu e morreu pouco tempo depois de dar entrada na unidade.

A Polícia Civil foi acionada e iniciou as investigações para esclarecer as circunstâncias do acidente, incluindo as condições de segurança no ambiente de trabalho. Até o fechamento desta matéria, a direção do frigorífico BMG não havia se pronunciado oficialmente sobre o ocorrido.

A morte do trabalhador gerou forte comoção em Tarauacá. Familiares, amigos e moradores lamentam a tragédia, enquanto o caso segue sob apuração das autoridades competentes.

Nota oficial do Frigorífico BMG Foods

Após o ocorrido, o Frigorífico BMG Foods divulgou nota oficial lamentando profundamente a morte do colaborador. No comunicado, a empresa informa que, assim que a situação foi identificada, Eliésio recebeu atendimento imediato pelas equipes da unidade, e que foi providenciada prontamente uma UTI aérea para sua remoção. No entanto, segundo a nota, não houve tempo hábil para a transferência, e o trabalhador infelizmente não resistiu.

A empresa também afirmou que iniciou uma apuração interna minuciosa para esclarecer todas as circunstâncias do acidente, reafirmando o compromisso com a responsabilidade, a seriedade e a adoção das melhores práticas operacionais. Ainda segundo o comunicado, a BMG Foods informou que está prestando todo o suporte necessário à família, com acompanhamento formal e assistência integral neste momento de profunda dor, reiterando seu compromisso com a transparência, o respeito à vida e a integridade de suas operações

As autoridades de segurança deverão investigar as condições em que ocorreu o acidente, apurando responsabilidades, protocolos de segurança e as circunstâncias do acionamento do equipamento, para que uma tragédia como essa não volte a se repetir.

Tarauacá chora a perda de um trabalhador, de um pai, de um esposo. Fica o sentimento coletivo de dor, indignação e solidariedade à família de Eliésio Alves de Oliveira, cuja vida foi interrompida no exercício do trabalho, deixando uma cidade inteira em silêncio e reflexão.

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Prefeitura de Assis Brasil e Sehurb avançam em processo para construção de 25 unidades habitacionais em Assis Brasil

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A Secretaria Municipal de Habitação e Urbanismo (SEHURB) anunciou nesta quinta-feira(11) um importante avanço na política habitacional de Assis Brasil. O secretário Egleuson Santiago informou que assinou e encaminhou à Secretaria de Licitações (SELIC) o processo licitatório para a construção de 25 novas unidades habitacionais no município.

O projeto integra o programa Minha Casa, Minha Vida – FNHIS Sub-50, iniciativa do Governo Federal destinada a municípios com menos de 50 mil habitantes, e que conta com o apoio institucional e técnico do Governo do Estado do Acre.

Segundo o secretário Egleuson Santiago, o encaminhamento do processo representa mais um passo concreto para garantir moradia digna às famílias que mais precisam. “Estamos avançando com responsabilidade e compromisso. A assinatura e o envio do processo à SELIC demonstram nosso esforço em ampliar o acesso à habitação e melhorar a qualidade de vida da população de Assis Brasil”, destacou.

O prefeito Jerry Correia comemorou o avanço do projeto e ressaltou o impacto social das novas moradias. “Esse é um momento muito importante para Assis Brasil. Nosso compromisso sempre foi cuidar das pessoas, especialmente aquelas que mais precisam. Com essas 25 unidades habitacionais, damos mais um passo para reduzir o déficit de moradia e oferecer dignidade a muitas famílias. A parceria com o Governo Federal e o Governo do Estado fortalece nossa capacidade de transformar a vida das pessoas”, afirmou o prefeito.

Com a abertura da licitação, o município dará sequência aos trâmites legais para contratação da empresa responsável pela execução das obras. Após essa etapa, terá início a construção das unidades habitacionais, que beneficiarão diretamente famílias em situação de vulnerabilidade social.

A Prefeitura de Assis Brasil reforça seu compromisso em fortalecer políticas públicas voltadas à moradia e ao desenvolvimento social, garantindo dignidade e melhores condições de vida para todos os cidadãos.

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