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Quatro são presos por lavagem de dinheiro e apropriação de dinheiro público no Acre
Delegados da Polícia Civil do Acre, que integram o Grupo de Enfrentamento aos Crimes Contra Ordem Tributária, concederam entrevista na manhã desta quarta-feira (2) para falar sobre a “Operação Omaggio”, que cumpriu 20 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão, bloqueio de 9 contas bancárias, sequestro e apreensão de 11 veículos em Rio Branco, Feijó e em Cuiabá.
Segundo o delegado geral da Polícia Civil, Josemar Portes, os envolvido nos crimes são responsáveis por sonegação de impostos e apropriação de recursos públicos do Estado.
“O crime financeiro tem suas consequências. Ele deixa as pessoas mais pobres sem serviços básicos e isso prejudica todo o estado. Aqueles que ainda se enveredam pelo lado da apropriação e sonegação que tenham cuidado ao fazer, pois a polícia vai chegar até elas”, disse o delegado geral.
Segundo a diretor administrativo tributário da Secretaria da Fazenda, Clóvis Monteiro, somente nesta operação duas empresas laranjas do ramos de frios são acusadas de sonegar R$ 2 milhões de reais ao movimentar R$ 17 milhões. Essas empresas serão multadas em R$ 4 milhões pela Sefaz.
De acordo com o delegado responsável pelas investigações, Pedro Resende, após investigação fiscal por parte da Sefaz, a Polícia Civil foi acionada e começou uma investigação criminal.
“Pensávamos que era uma ação isolada, mas descobrimos que não era e que tinha mais indícios de outros crimes. Hoje estamos em fase ostentiva de uma operação que investiga não somente crimes tributários, mas também organização criminosa montada com objetivo de burlar o sistema tributário. Durante a operação foram apreendidos R$ 4,5 milhões em 9 contas bancárias”, disse Resende.
Segundo o delegado Alcino Junior, os envolvidos poderão responder por sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e ocultação de bens.
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Mulher é encontrada morta em motel de Rio Branco com sinais suspeitos
Rayza Emanuelle, 26 anos, foi localizada com sangramento na boca e travesseiro sobre a cabeça; polícia investiga se homem visto no local fugiu sem prestar socorro

Rayza Emanuelle, 26 anos, deixou dois filhos e tentava equilibrar maternidade, trabalho e estudos antes de ser encontrada morta em Rio Branco. Foto: captada
O corpo de Rayza Emanuelle Oliveira Souza, 26 anos, foi encontrado na noite desta quinta-feira (18) em um quarto de motel na Via Chico Mendes, no bairro Triângulo Velho, em Rio Branco. A vítima apresentava sangramento na boca e um travesseiro sobre a cabeça, segundo relatos preliminares. Testemunhas informaram à Polícia Civil que um homem não identificado chegou ao local de moto pouco antes do ocorrido e saiu sozinho, sem solicitar ajuda.
O delegado Leonardo Ribeiro, da Delegacia de Homicídios (DHPP), afirmou que aguarda o laudo cadavérico para determinar se houve crime ou se a morte foi natural. “Se configurar violência doméstica, o caso seguirá para a DEAM”, declarou. Funcionários do motel acionaram o Samu após encontrar a vítima desacordada na cama, mas os socorristas confirmaram o óbito no local. A polícia isolou a área e realizou perícia para esclarecer as circunstâncias da morte.
Morte de jovem em motel revela história de vulnerabilidade e luta por recomeço
Além da investigação sobre as circunstâncias de sua morte, a história de Rayza Emanuelle Oliveira Souza, 26 anos, revela um cotidiano de vulnerabilidade e esforços para reconstruir a vida. Moradora do bairro Estação Experimental em Rio Branco, a jovem trabalhava como profissional do sexo na Via Verde há mais de um ano, mas tentava diversificar suas fontes de renda – anunciava-se como “especialista em venda sob encomenda” nas redes sociais e chegou a iniciar um curso de técnica de enfermagem, interrompido por falta de recursos.
Uma vizinha não identificada contou que Rayza havia voltado à prostituição após abandonar os estudos. Mãe de dois filhos pequenos, ela documentava nas redes sociais sua rotina de cuidados maternos – mostrando compras para as crianças, idas à academia e até medicamentos buscados no posto de saúde da Vila Ivonete.
Na quinta-feira (17), um dia antes de ser encontrada morta, ela havia registrado um boletim de ocorrência contra a própria mãe, detalhe que pode integrar as investigações sobre seu contexto de vida. Seu perfil nas redes era um misto de anúncios de produtos à venda, registros do cotidiano e tentativas de organização financeira.
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Homem é preso em Cruzeiro do Sul após romper tornozeleira e voltar a cometer furtos
Condenado por crimes patrimoniais teve prisão preventiva decretada e foi encaminhado ao presídio
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Policial Civil do Acre conclui curso de alto nível em técnicas de arrombamento tático e se torna o primeiro explosivista da instituição

Foto oficial de conclusão do curso, que reuniu 19 unidades nacionais e forças internacionais parceiras. Foto: cedida
O policial civil do Acre, Iury Saboia, integrante da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (CORE/AC), concluiu com êxito o II Breacher Blaster, curso técnico de alto nível realizado entre os dias 25 de agosto e 18 de setembro, em Goiás.
O treinamento é voltado à capacitação de operadores em técnicas de arrombamento e entrada controlada (breaching), com o emprego de recursos explosivos, mecânicos e balísticos, tornando Iury o primeiro policial civil do Acre certificado como explosivista dentro da instituição.
O objetivo do curso é preparar policiais para situações críticas, como resgates de reféns, combate em ambientes confinados e enfrentamento de organizações criminosas fortemente armadas.
Durante quase um mês de instrução intensiva, os participantes vivenciaram treinamentos de alto risco e complexidade, entre eles:emprego de explosivos de ruptura para entrada tática em edificações, aplicação de fogo real em cenários simulados de combate, técnicas avançadas de arrombamento mecânico e balístico e coordenação de forças em operações de crise.

Policial civil do Acre, Iury Saboia, durante instrução de explosivos no curso Breacher Blaster, em Goiás. Foto: cedida
O curso reuniu representantes de 19 unidades nacionais de operações especiais, além da participação de forças internacionais parceiras, o SEK Sudbayern (Munique, Alemanha) e o IE Scorpion (Zurique, Suíça).
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Acre, José Henrique Maciel, a conquista é histórica para a instituição. “É um orgulho para a Polícia Civil do Acre ter o primeiro policial certificado como explosivista. Esse resultado é fruto do esforço individual do policial Iury e do investimento constante da instituição em qualificação. A capacitação em técnicas tão específicas e avançadas fortalece a CORE/AC e amplia nossa capacidade de atuação em situações críticas, protegendo vidas e garantindo maior eficiência no combate ao crime organizado”, destacou.
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