Cotidiano
Número de acidentes domésticos no Acre cresce 39% durante quarentena
Dados são do Corpo de Bombeiros. Entre as ocorrências, há engasgamentos, afogamentos em piscinas e vazamento de gás.

Por Tácita Muniz
A quarentena imposta pela pandemia de Covid-19 fez com que as pessoas passassem mais tempo em casa, inclusive, alguns até incluíram o home office na rotina. Mas, essa dinâmica fez aumentar ainda mais os acidentes domésticos no Acre, segundo o Corpo de Bombeiros.
Dados entre janeiro e 15 de junho deste ano e do ano passado revelam que o número de ocorrências saiu de 151 para 210 neste período – um aumento de 39%.
Os dados englobam todo o estado, mas, segundo o major do Corpo de Bombeiro, Cláudio Falcão, pode ser ainda maior, já quem em muitas ocorrências o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência e Emergência (Samu) também é acionado.
“Em Rio Branco, muitas vezes essas ocorrências são atendidas pelo Samu, mas no interior, pela falta do Samu lá, a gente acaba atendendo mais esse tipo de ocorrência”, explica.
Cuidados em casa
O major explica que muitas pessoas têm sensação de segurança em casa e isso pode atrapalhar a detecção de algum risco doméstico.
“A nossa casa é um ambiente bastante propício para acidentes. Às vezes acidentes que não ocorrem na rua, acontecem dentro de casa e os cuidados devem ser com fiação elétrica, tomadas, principalmente onde tem criança pequena. Devemos ter cuidado com tapetes, quina de mesa,objetos perfuro cortantes e até envenenamento”, pontua o major.
Em período normais, o aumento nos acidentes domésticos são registrados em período escolar, mas, geralmente, sobe em até 30%. As crianças e idosos são os que precisam de cuidados redobrados, segundo o major.
“É preciso ter muito cuidado com as crianças. Atendemos muitos casos de obstrução de vias respiratórias, manuseio com fogo, álcool, quedas. Quem mora em prédios, por exemplo, precisa ter cuidado com elevadores e ter a tela de proteção para maior segurança”, destaca.
Entre as ocorrências também estão casos de vazamento de gás, choque elétrico, anéis que ficam presos nas mãos e outros traumas. Além disso, há também muitas ocorrências relacionadas a afogamentos em caixas d’água, baldes, piscinas e queimaduras.
“É preciso ter muito cuidado com tudo. O ambiente doméstico é propício para acidentes. As pessoas acham que dentro de casa não acontece nada, mas há possibilidade de acontecer muita coisa, inclusive com idosos”, salienta.
Alguns casos
Em março deste ano, um menino morreu em Rio Branco após cair na piscina de um prédio no bairro Tropical, em Rio Branco. O local estava dentro das normas de segurança, mas o portão de acesso à piscina estava aberto. Os bombeiros chegaram a fazer o salvamento, mas a criança morreu dois dias depois.
Também em Rio Branco, a casa de Odília Fernandes da Silva, de 67 anos, explodiu após vazamento de gás. A aposentada estava sozinha em casa e os bombeiros acreditam que alguma fagulha causou a explosão. Ela passou 20 dias na UTI e morreu no final de maio por complicações, já que teve quase todo o corpo queimado.
E já no começo de junho, um bebê de 5 meses também foi salvo pelos bombeiros após se engasgar. Os pais aparecem em um vídeo desesperados pedindo ajuda no batalhão dos Bombeiros. A história teve um final feliz e o pequeno Rael Jesus ficou bem. Os pais acreditam que ele tenha se engasgado com leite e também um pedaço de papel que ele brincava depois da mamada.
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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre
O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada
Suene Almeida
Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.
Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário. “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.
Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”
Oscilações do nível do Rio Acre preocupam
O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.
O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.
“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.
Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.
Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.
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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro
Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.
Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.
— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.
O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.
— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.
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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026
Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada
A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.
O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.
— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.
De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.
O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada
Nota da Prefeitura de Rio Branco
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.
O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.
Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.
Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.
A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada

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