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Cotidiano

Mendes rejeita recursos contra descriminalização da maconha

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O ministro esclareceu que a quantidade de droga “constitui apenas um dos parâmetros que deve ser avaliado para classificar a conduta do réu”.

Ministro Gilmar Mendes rejeitou recursos do MPSP e DPSP. Foto: Fellipe Sampaio/STF

O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribuna Federal), rejeitou, nesta sexta-feira (7), dois recursos feitos pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) e pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPESP), que pediam esclarecimentos sobre a decisão do plenário segundo a qual o porte de até 40 gramas de maconha não é crime.

O tema voltou a julgamento no plenário virtual, em que os ministros depositam seus votos de forma remota. A análise começou na manhã desta sexta e o prazo final é às 23h59 da próxima sexta-feira (14). Relator do processo, Mendes foi o único a votar até o momento.

O ministro rejeitou ponto a ponto o que seriam obscuridades e omissões apontadas pelos órgãos paulistas na decisão. Nos recursos, do tipo embargos de declaração, foram feitos cinco questionamentos principais pelo Ministério Público e dois pela Defensoria Pública.

Em tese, os embargos de declaração não seriam capazes de alterar o resultado do julgamento, mas somente esclarecer pontos da decisão, ainda que existam casos nos quais esse tipo de recurso acaba resultando na alteração do resultado final.

Mendes nega, por exemplo, que haja margem para a interpretação de que a decisão “abrangeria outras drogas além da Cannabis sativa”. O MPSP queria que o Supremo fosse mais assertivo nesse ponto, por entender que a tese final de julgamento não havia ficado clara o bastante.

Mesmo nos casos envolvendo quantidades maiores que 40g de maconha, Mendes considera ter ficado claro na decisão do Supremo que “o juiz não deve condenar o réu [por tráfico de drogas] num impulso automático”.

A defensoria paulista havia apontado que, como ficou escrito, a tese final do julgamento poderia dar a entender que cabe à pessoa flagrada com a maconha provar que é usuário e não traficante. O ministro esclareceu que a quantidade de droga “constitui apenas um dos parâmetros que deve ser avaliado para classificar a conduta do réu”.

“Em síntese, o que deve o juiz apontar nos autos não é se o próprio acusado produziu prova de que é apenas usuário, mas se o conjunto de elementos do art. 28, §2º, da Lei 11.343/2006 permite concluir que a conduta do réu tipifica o crime de tráfico ou o ilícito de posse de pequena quantidade de Cannabis sativa para uso pessoal”, explicou.

Retroatividade

Outro ponto rejeitado por Mendes trata do efeito temporal da decisão. O MPSP pediu que o Supremo deixasse mais claro se a descriminalização do porte de 40g de maconha se aplicaria ou não aos casos anteriores ao julgamento, até 2006, quando foi publicada a Lei de Drogas (Lei 11.343/2006).

Mendes frisa que o plenário do Supremo não foi omisso nem obscuro sobre o ponto. “Muito pelo contrário. O acórdão [decisão colegiada] determinou que o CNJ [Conselho Nacional de Justiça] realize mutirões carcerários, a indicar que a decisão impacta casos pretéritos”, escreveu o ministro.

Dessa maneira, o relator confirma que a decisão beneficia os réus mesmo em casos passados, mesmo quando o réu já está cumprindo a pena, que deve ser aliviada. Da mesma maneira, a decisão do plenário em nada impede a participação do Ministério Público nos mutirões carcerários determinados pelo Supremo, outro ponto questionado pelo MPSP, assegura Mendes.

O ministro ressalta ainda que, pela decisão do Supremo, não é possível impor sanções de natureza criminal aos usuários de maconha, incluindo a pena de serviços comunitários, após o MPSP ter cogitado uma possível aplicação desse tipo de sanção.

“Conforme já afirmado, a decisão deixou clara a inviabilidade de repercussão penal do citado dispositivo legal em relação ao porte de Cannabis sativa para uso pessoal, razão por que a prestação de serviços à comunidade (inciso II) não deve ser aplicada em tais hipóteses, tendo em conta tratar-se de sanção tipicamente penal”, afirma Mendes.

Skunk e haxixe

O MPSP questionou ainda se o porte de maconha deixa de ser crime apenas se a droga estiver na forma da erva seca ou se abrangeria “qualquer produto que contenha o THC”, princípio ativo da Cannabis sativa, como o haxixe e do skunk, que podem alcançar concentrações mais fortes de psicoativos.

Mendes também nega que haja algo a esclarecer nesse ponto. “O deslinde da controvérsia se restringiu à droga objeto do recurso extraordinário, e nenhuma manifestação estendeu tal entendimento para os entorpecentes citados pelo embargante (haxixe e skunk)”, escreveu o ministro.

O julgamento sobre a descriminalização do porte de maconha foi concluído em junho do ano passado, após diversas tentativas de pautar o tema e sucessivos atrasos e pedidos de vista. Ao menos seis ministros, a maioria, votaram no sentido de que o porte de 40g de maconha e o plantio de até seis plantas fêmeas de cannabis sativa não são crime. Alguns ministros, contudo, proferiram votos intermediários, o que dificultou cravar um placar final.

Pela tese que prevaleceu ao final, em pleno vigor desde a publicação da ata de julgamento, a quantidade de 40g de maconha e suas plantas fêmeas servem como referência até que o Congresso delibere sobre o assunto e eventualmente defina novos parâmetros.

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Elenco do Vasco volta aos treinamentos na Fazendinha

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Foto Sueli Rodrigues: O zagueiro Nathan é um dos destaques da campanha do Vasco

Líder com 16 pontos e classificado para semifinal do Campeonato Estadual, o elenco do Vasco volta aos treinamentos nesta segunda, 10, na Fazendinha, e inicia a preparação visando o jogo contra o Rio Branco. A partida será disputada no sábado, 15, às 17 horas, no Florestão.

“É um início de semana com trabalhos físicos. Vamos tentar melhorar porque vai chegar o momento decisivo do Estadual”, comentou o professor Arnaldo Moreira.

Equipe reserva

O técnico Erick Rodrigues pretende escalar uma equipe reserva contra o Rio Branco e o objetivo é priorizar a semifinal do Estadual.

“Conquistamos a classificação e a nossa prioridade é a semifinal. Ainda não sabemos o nosso adversário, mas precisamos chegar no melhor nível”, declarou o treinador.

Segue recuperação

O goleiro Matheus segue a fase de transição e tem poucas chances de voltar contra o Rio Branco no fim de semana.

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Goleiro renuncia à seleção da Bélgica após volta de Courtois: “Estenderam o tapete vermelho para ele”

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Koen Casteels em ação pela Bélgica — Foto: Getty Images

A seleção da Bélgica segue envolta em polêmica. Desta vez, o goleiro Koen Casteels renunciou à convocação por causa do retorno de Thibaut Courtois, do Real Madrid, à equipe. O jogador do Al-Qadsiah, antigo titular, criticou a federação de futebol do país.

– É estranho que a federação tenha mudado de direção e estendido o tapete vermelho para ele, para recebê-lo de braços abertos. Eu acho que é estranho que Courtois possa decidir por conta própria se ele pode voltar – disse Casteels no podcast “MidMid”.

Courtois deixou a seleção da Bélgica por discordâncias com o técnico Domenico Tedesco. Segundo o site “The Athletic”, ele não gostou da decisão do treinador de preteri-lo como capitão para escolher Lukaku na função. Ele não atua pelo país desde junho de 2023.

Entretanto, Tedesco foi demitido em janeiro. Seu sucessor, Rudi Garcia, confirmou em fevereiro que Courtois retornaria à seleção. A expectativa é de que o goleiro do Real Madrid esteja na próxima lista para a data Fifa de março.

– Não é nada contra Thibaut, mas tem a ver com a federação. Isso não combina com os valores que eu acho que um time ou uma organização esportiva devem ter – completou Casteels.

Em comunicado, a Federação Belga de Futebol confirmou a saída de Casteels da seleção.

– Nós fomos informados da decisão de Koen Casteels de se retirar da seleção belga. Nós lamentamos a escolha e queremos agradecer Koen por seus anos de dedicação e pelos momentos que compartilhamos – diz o comunicado.

A Bélgica entra em campo em março pelos playoffs da Liga das Nações. A equipe enfrenta a Ucrânia em duelos de ida e volta.

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Bruno Henrique tem lesão confirmada e desfalca Flamengo no primeiro jogo contra Fluminense

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gol de Bruno Henrique, Flamengo x Vasco — Foto: André Durão / ge

Bruno Henrique será desfalque do Flamengo no primeiro jogo da final do Carioca. O atacante teve lesão muscular na posterior da coxa direita direita confirmada em exames realizados no último domingo. O diagnóstico foi fechado em avaliação de Fernando Sassaki, chefe médico do futebol.

O atacante dificilmente terá condições de jogar a segunda partida contra o Fluminense, no próximo fim de semana. Bruno Henrique já iniciou o tratamento com o departamento médico.

– O Bruno Henrique, no segundo tempo do jogo contra o Vasco, saiu com uma dor na posterior de coxa. Já iniciou o tratamento de imediato. Fizemos o exame de imagem que constatou uma pequena lesão do músculo posterior da coxa direita. Já iniciamos o tratamento, teve uma boa evolução hoje e agora a gente está iniciando no processo de fases. Ele cumprindo essas fases, a gente sabe o melhor momento para esse retorno. E agora a gente vai monitorar diariamente para qualquer tomada de decisão. Lógico, a gente vai respeitar essa cicatrização. Deixando claro que as nossas decisões são baseadas na longa temporada que vamos ter esse ano – disse Sassaki.

O artilheiro rubro-negro em 2025, com cinco marcados, deixou o segundo tempo da vitória por 2 a 1 sobre o Vasco, no último sábado, com dores. Ele foi responsável pelo gol de empate no clássico, o 100º dele com a camisa do clube.

O primeiro jogo da final acontece na próxima quarta-feira (12), às 21h30, no Maracanã, e o segundo no próximo final de semana, ainda sem data e hora definida. Sem Bruno Henrique, o Flamengo tem algumas alternativas para compor o ataque nas partidas decisivas, entre elas Juninho, reforço para 2025 que voltou de lesão justamente no último sábado.

Outro desfalque no ataque é Michael. O atacante teve uma lesão grau 2 para 3 na posterior da coxa esquerda e ainda está em recuperação. Ele faz trabalhos na academia e iniciou algumas atividades no campo com a fisioterapia. Cebolinha está no campo a fisioterapia, mas já está perto de ser entregue para a preparação física.

Por: GE

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