Acre
MDB decide voltar aos braços de Gladson e Bittar pede tempo para decidir se vai ser candidato
Os caciques do MDB se reuniram na tarde desta quinta-feira (22) e decidiram voltar a aliança que apoia a pré-candidatura de Gladson Cameli (Progressistas) ao governo do Acre. Apontado como o pivô dos desentendimentos entre emedebistas, progressistas e tucanos, após a indicação de Major Rocha (PSDB) como vice de Cameli, Márcio Bittar pediu um tempo para conversar com suas bases e sua família para decidir se mantém ou retira sua pré-candidatura ao Senado, em um cenário cercado de interesses pessoais e desavenças políticas.
O ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales, foi um dos responsáveis pela manutenção do apoio do MDB a Gladson Cameli. Sales destaca que a decisão de voltar ao bloco de partidos que defende a pré-candidatura progressista contou com o apoio dos presidente municipais, os seis prefeitos, os 32 vereadores, os dois deputados estaduais e os dois deputados federais eleitos pelo partido. O retorno do MDB aos braços de Cameli acontece após sucessivos blefes capitaneados pelo presidente regional da sigla, o deputado Flaviano Melo.
“Eu jamais sereia obstáculo para unidade das oposições no Acre”, disse Vagner Sales (MDB), que antes da decisão da cúpula do MDB, reuniu seu grupo político e bateu o martelo que manteria o apoio a Cameli, mesmo que o partido seguisse outro caminho. “Não há racha no MDB. Os debates acontecem naturalmente porque a divergência de opiniões alimenta a democracia no partido”. Sales ressalta que o fechamento de questão em torno da pré-candidatura de Cameli deverá acontecer durante o fórum de debates com a militância de todo Estado.
Vagner Sales destaca que iria esperar a realização do fórum de debates do MDB para se posicionar, mas para encerrar as especulações, ele e os prefeitos do interior se antecipam ao evento e declaram apoio integral à pré-candidatura de Gladson Cameli (Progressistas) ao governo do Acre. O emedebista disse que um dos motivos para ele ficar ao lado de Cameli é que a candidatura do progressista vem sendo trabalhada há muitos anos por lideranças emedebistas do interior.
Questionado pela divulgação da foto de uma festa que poderia indicar o apoio do MDB a Coronel Ulysses (sem partido), Sales afirma que “o MDB preza pela liberdade de expressão e opinião de seus filiados. Todos podem opinar e propor debates dentro do partido. Em nenhum momento eu afirmei que estava rompendo com o Gladson. O diálogo com o Coronel Ulysses é um fato normal, já que ele diz que faz oposição ao governo do PT. A direção não disse que tinha fechado questão em apoiar uma candidatura de terceira via”, ressalta.
Questionado sobre o destino de Marcio Bittar, Vagner Sales disse que Bittar foi a única voz discordante na reunião. “O Márcio pediu uma semana para pensar. Ele disse que vai sentar para conversar com suas bases de apoio e sua família. O MDB mantém as portas abertas para ele compor a chapa majoritária. O partido respeita a decisão, mas precisávamos tomar uma decisão para colocar um ponto final nas especulações. A candidatura de Gladson Cameli poderá decretar o fim do plano de se eternizar no poder acalentado pelos petistas”, destaca.
Apesar de participar da reunião do MDB, nos bastidores políticos circularam diversas informações que Márcio Bittar estaria tentando articular sua candidatura ao Senado fora do MDB. Na primeira tentativa, ele recorreu ao Democratas, quando acompanhado de Bocalom, ele conversou com Agripino Maia, para ser candidato do DEM em uma chapa encabeçada pelo Coronel Ulysses, mas teve o plano frustrado por ACM Neto, que colocou o deputado federal Alan Rick na presidência do DEM e levou a sigla para aliança de Cameli.
A segunda alternativa de Bittar seria tentar emplacar uma candidatura no Solidariedade, partido comandado por sua esposa, Marcia Bittar, mas o PPS, um dos partidos de seu bloco de apoio, já estaria disposto a fechar com Gladson Cameli, desta forma daria chances reais de eleição para Rosana Nascimento, que é pré-candidata a deputada federal. A decisão do MDB evidencia que os caciques emedebistas não estariam dispostos a bancar sua briga com o seu desafeto, Major Rocha, que também entrou em conflito com Vagner Sales na última eleição.
O ex-prefeito Vagner Sales releva as brigas políticas com Major Rocha – que resultaram na prisão de seu chefe de gabinete pela Polícia Federal na disputa municipal de Cruzeiro do Sul — e pedirá votos para o líder tucano que deixou como herança vários processos para o cacique emedebista responder após a eleição de Ilderlei Cordeiro. Sales justifica que os interesses do Estado estariam à frente das desavenças. “Eu sempre apoiei a candidatura do Gladson e vem sendo trabalhada há muitos anos por lideranças emedebistas do interior”.
Apesar dos blefes de Flaviano Melo e o desejo de vingança de Márcio Bittar, o ex-prefeito Vagner Sales acredita que a oposição dará uma grande demonstração de unidade. “Pode ter certeza que vamos dar a maior demonstração de união que este estado já viu desde a vitória proporcionada pelo MDB na capital. Não contem com um MDB fraco e dividido, nós estaremos juntos percorrendo cada canto do Acre para mostrar para nosso povo que o momento é de alternância de poder para implantarmos um verdadeiro projeto de desenvolvimento”, finaliza.
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Motociclista de aplicativo e passageiro são presos com simulacro de arma de fogo em Rio Branco
Na tarde desta quinta-feira (30), o motociclista de aplicativo Eduardo Luiz de Paula Lima, de 28 anos, e o passageiro Isaque Mota de Carvalho, de 37 anos, foram presos pela Polícia Militar do Acre (PMAC) nas proximidades do Horto Florestal, em Rio Branco.
Durante patrulhamento no bairro Santa Quitéria, agentes do Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro), do Bope, avistaram a dupla em uma motocicleta Yamaha Fazer 250 em atitude suspeita. Ao perceberem a aproximação da polícia, os dois tentaram fugir, mas foram interceptados na rua José Magalhães, no bairro Conquista.
Na revista pessoal, os policiais encontraram um simulacro de pistola Glock na cintura de Isaque, que resistiu à prisão e precisou ser contido. Ele já possui passagem por roubo.
Eduardo, que conduzia a motocicleta, afirmou que estava realizando transporte por aplicativo e desconhecia que o passageiro carregava um simulacro de arma de fogo.
Diante dos fatos, ambos foram detidos e encaminhados à Delegacia de Flagrantes (Defla), onde a ocorrência foi registrada e as providências legais serão tomadas.
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Ponte sobre o Rio Caeté não será demolida e será transformada em estaiada, afirma superintendente do Dnit
O Dnit já está tomando providência e nós temos que correr agora através do governo federal, via Denit, para que esse problema seja corrigido, para que a gente possa ter recursos para consertar, recuperar essa ponte e dar segurança às pessoas
Em uma reunião com empresários e políticos na noite dessa quarta-feira, 29, na sede da Associação Comercial de Cruzeiro do Sul, o superintendente do Dnit no Acre, Ricardo Araújo, informou que a ponte sobre o Rio Caeté, na BR-364, não será mais demolida, como havia anunciado antes. Ele informou que os pilares, que estão em movimento, serão removidos e a estrutura será aproveitada, ampliada e terá o mesmo modelo de outras pontes da BR-364, chamada estaiada.
“Não vai ser demolida. Como tem um problema geológico entre o P2 e P5, então nós vamos remover esses pilares e vamos estaiar, como a ponte aqui de Cruzeiro do Sul, com um vão livre, ampliar essa ponte de 210 para 360 metros, levantar duas torres em cima da própria ponte. Nós vamos ter que fazer um tipo de licitação através da contratação integrada e quem ganhar vai ter que fazer o projeto básico, projeto executivo e a execução dessa obra e com isso, em julho, a gente provavelmente já esteja cavando os primeiros tubulões. Essa licitação vai acontecer ao nível de Brasil”, explicou Ricardo, que descartou o risco de haver desabastecimento em Cruzeiro do Sul e demais cidades que dependem da BR-364, onde está a ponte.
“Com nosso monitoramento, os ônibus e carros pequenos vão passar pela ponte e por baixo os caminhões, até o mês de abril, maio, quando o rio baixa. Já tendo a licitação da obra, a gente vai pedir também que a empresa que ganhar faça como foi feito na ponte de Tarauacá, onde nós estamos fazendo a ampliação com um desvio, passando normalmente sem nenhum problema. Então aqui nós estamos querendo reforçar o pilar até a construção definitiva dos estais. Não vai haver nenhum desabastecimento, o que vai ter é que no normal, os caminhões fariam o percurso em cima da ponte em 15, 20 segundos e ele agora vai gastar meia hora para passar“, relatou.
Apesar da preocupação, o presidente da Associação Comercial, Jairo Bandeira, acredita que a operação terá sucesso e as mercadorias continuarão chegando ao Vale do Juruá.
“A nossa preocupação é com a logística de translado das nossas mercadorias, porque já sofremos demais com o isolamento ao longo dos anos, e hoje tememos que isso venha trazer alguns ônus a mais para a nossa sociedade. Mas eu creio que não, porque os órgãos, tanto o Dnit quanto o governo, estão agindo para que não venha a ocasionar a falta e aumento do preço dos produtos”, declarou.
Para o prefeito Zequinha Lima, que articulou a reunião, os esclarecimentos foram importantes para os gestores das cidades do Vale do Juruá.
“Eu fiz o convite para que o Ricardo viesse aqui para esclarecer de fato que decisão foi tomada pelo Dnit porque qualquer bloqueio muda a vida das pessoas aqui, seja do cidadão comum, seja do empresariado. Colocamos nossos questionamentos e o superintendente esclareceu todas as medidas que estão sendo tomadas para que possa evitar o desabastecimento aqui da nossa região. A gente quer diminuir os problemas da região junto com o Ricardo, a população e os empresários e buscar solução para médio, curto e longo prazo”, destacou o gestor.
O deputado federal Zezinho Barbary, cita a necessidade de garantir recursos para viabilizar solução para o problema da ponte do Caeté.
“O Dnit já está tomando providência e nós temos que correr agora através do governo federal, via Denit, para que esse problema seja corrigido, para que a gente possa ter recursos para consertar, recuperar essa ponte e dar segurança às pessoas. Além da ligação, por onde chega a alimentação e tudo aqui para o Juruá, nós também temos que ter a preocupação de não colocar a vida das pessoas em risco”, concluiu o parlamentar.
Ponte estaiada
As estaiadas, como as de Feijó, Tarauacá e Cruzeiro do Sul, têm uma ou mais torres (ou postes), a partir das quais os cabos sustentam a ponte. Uma característica dessas pontes são os cabos ou estais, que correm diretamente da torre para o convés, formando um padrão semelhante a um leque ou uma série de linhas paralelas.
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Após assassinado de comerciante a tiros durante assalto em Cruzeiro do Sul, dois suspeitos são presos
Esposa da vítima relatou à polícia que criminosos chegaram armados no local e acusaram Manoel Carlos Alemão da Costa, de 48 anos, de comprar mercadoria roubada. Suspeito foi preso pela Polícia Civil
Na tarde desta quinta-feira (30), um assalto terminou em tragédia no bairro Cruzeirão, em Cruzeiro do Sul. O comerciante Manoel Carlos Alemão da Costa, de 48 anos, conhecido como “Scoob”, foi morto a tiros dentro de seu estabelecimento na Rua Amazonas.
De acordo com testemunhas, a vítima foi surpreendida por criminosos armados que invadiram o comércio e efetuaram disparos contra ele. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas ao chegar ao local, Manoel já estava sem vida. O Instituto Médico Legal (IML) realizou a remoção do corpo e os procedimentos periciais.
A Polícia Militar iniciou buscas logo após o crime e, em menos de uma hora, dois suspeitos foram presos pela Polícia Civil.
Inicialmente, o caso foi tratado como latrocínio (roubo seguido de morte). No entanto, informações extraoficiais indicam que o crime pode estar relacionado à recusa do comerciante em pagar taxas ilegais a uma facção criminosa ou a um possível acerto de contas.
A investigação segue em andamento para esclarecer as circunstâncias do homicídio e identificar possíveis outros envolvidos no crime.
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