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Mais de 12,4 mil indígenas que vivem em aldeias no Acre devem receber vacina contra Covid-19 na 1ª fase
As cidades de Brasileia, Bujari, Capixaba, Epitaciolândia, Rio Branco, Senador Guiomard, Xapuri e Porto Acre não receberam nenhuma dose destinada aos indígenas.

Indígena recebe vacina contra Covid-19 no Acre — Foto: Odair Leal/Secom
Por Iryá Rodrigues, G1 AC — Rio Branco
A cidade que recebeu o maior número de doses para imunizar indígenas foi Feijó, com um total de 4.856 unidades, referente à primeira e segunda dose da vacina para 2.428 indígenas. Em seguida, vem a cidade de Tarauacá que vai imunizar 2.209 índios aldeados.
A coordenadora da Comissão Pró-índio, Vera Olinda, afirmou que já foram solicitadas informações sobre o calendário de vacinação dos povos indígenas e que, mesmo não sendo a área fim da comissão, eles devem acompanhar também esse processo.
Ela informou ainda que desde março, quando os primeiros casos da doença chegaram ao Acre, a comissão tem apoiado as ações emergenciais referentes aos povos indígenas durante a pandemia, junto aos Distritos Sanitários. Segundo ela, desde então já foram disponibilizados mais de R$ 1 milhão para essas ações, principalmente para garantia de segurança alimentar.
“Na verdade, hoje nós estávamos vendo de marcar uma conversa com os profissionais de saúde para a gente acessar o calendário de vacinação nas aldeias. Nós defendemos muito a vacinação, acreditamos que a vacina é, de fato, a principal saída para a gente poder controlar a pandemia. E que a vacinação é extremamente importante, mas ela não pode ser distanciada dos protocolos de segurança que são recomendados desde o início da pandemia”, disse Vera.

Indígena Fernando Katukina foi primeiro vacinado contra Covid-19 em Cruzeiro do Sul — Foto: Odair Leal/Secom
‘Atitude justa’
Conforme os dados divulgados pelo governo, a maioria das doses recebidas pelo estado no primeiro lote é destinada aos povos indígenas aldeados. Do total, 60,9% vão para os indígenas e o restante para trabalhadores da saúde, com um total de 12.638 imunizantes, para primeira e segunda dose.
“Essa quantidade distribuída neste primeiro momento é uma vitória, porque faz parte de toda uma articulação. Mas, acima de tudo, é uma atitude justa, diante de tantas injustiças e violação de direitos que os povos indígenas sofrem há tantos anos”, afirmou a coordenadora.
Chegada da vacina
O primeiro lote da CoronaVac chegou ao Acre na última terça-feira (19) e, no mesmo dia, o estado começou a distribuição das unidades aos municípios.
No primeiro dia, 18 cidades receberam os lotes. O último a receber foi Santa Rosa do Purus, na quarta-feira (20). A cidade recebeu um total de 3.188 imunizantes, que são referentes à primeira e segunda. Sendo 3.100 são para indígenas aldeados e 88 para profissionais de saúde.

Indígenas fecharam aldeias para evitar contaminação pela Covid-19 — Foto: Arison Jardim/Associação Apiwtxa
Casos de Covid-19 entre indígenas
Os casos confirmados do novo coronavírus entre os indígenas do Acre chegaram a 2.448. O número corresponde a levantamento feito até o dia 18 de janeiro pela Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-AC). Os dados são divulgados semanalmente.
Ao todo, no estado são 14 povos atingidos com casos de Covid-19. De acordo com os dados, 28 indígenas morreram vítimas da doença. Dos casos registados, a maioria está entre indígenas que vivem nos municípios, com 1.230 casos. Outros 1.218 são entre os que vivem em terras indígenas.
O boletim que é divulgado pela CPI-AC e Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre (Amaaiac), Organização dos Professores Indígenas do Acre, com informações das lideranças e organizações indígenas, Dseis Juruá e Purus e Sesacre.
O documento aponta que entre os povos atingidos estão: Puyanawa; Jaminawa; Jaminawa Arara; Manxineru; Huni Kui (Kaxinawa); Madijá (Kulina); Shawãdawa (Arara); Shanenawa; Yawanawa; Nikini; Nawa; Noke Ko í (Katukina); Apolima Arara e Ashaninka.
O povo Ashaninka foi o último a entrar para essa lista, após ficar cerca de nove meses sem registrar nenhum caso de Covid-19.
Em reportagem publicada há quase um mês, eles disseram que as medidas como não receber visitas de pessoas de fora, mercadorias higienizadas antes de entrar na aldeia, saídas só em casos de extrema necessidade, reforço na produção agrícola e uso de remédios da floresta ajudaram a manter o povo sem contrair a doença pelo período de nove meses.
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PM apreende drogas, arma e ‘contabilidade’ do tráfico durante patrulha em Plácido de Castro
Suspeito abandonou sacola com entorpecentes, revólver e caderno de anotações criminosas ao fugir da polícia. Ele conseguiu escapar pelos fundos do imóvel, mas abandonou a sacola durante a fuga.

Os policiais avistaram um homem carregando uma sacola vermelha. Ao perceber a aproximação da viatura, o suspeito tentou fugir em direção a uma residência já conhecida pelas autoridades como ponto de venda de drogas. Foto: captada
A Polícia Militar do Acre (PMAC) apreendeu uma carga completa de materiais usados no tráfico de drogas durante um patrulhamento realizado na manhã desta quarta-feira (24) em Plácido de Castro. A ação, executada por uma guarnição do 4º Batalhão, ocorreu após denúncias de intensa movimentação suspeita em uma área periférica da cidade.
Por volta das 8h, os policiais avistaram um homem carregando uma sacola vermelha. Ao perceber a aproximação da viatura, o suspeito tentou fugir em direção a uma casa já mapeada pelas autoridades como ponto de venda de entorpecentes. Ele conseguiu escapar pelos fundos do imóvel, mas abandonou a sacola durante a fuga.
Dentro do objeto, a polícia encontrou porções de crack, maconha e cocaína, uma balança de precisão, embalagens plásticas para fracionamento, um revólver calibre .32 com munições, dinheiro em espécie e um caderno com anotações detalhadas sobre a atividade criminosa – que funcionava como uma espécie de “contabilidade” do tráfico.
Todo o material foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Plácido de Castro, onde o caso segue em investigação. As autoridades buscam identificar e localizar o suspeito que conseguiu fugir.
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Vídeo: PM prende homem com arsenal e drogas durante patrulhamento em Rio Branco
Suspeito de 23 anos jogou arma sobre muro ao ver policiais, mas foi detido com carregador; ação apreendeu pistola, escopeta e cocaína
Um homem de 23 anos foi preso em flagrante durante uma operação da Polícia Militar no bairro Belo Jardim II, em Rio Branco. Dioney Bruno Ferreira de Souza foi detido após tentar se desfazer de uma pistola ao perceber a aproximação dos agentes, que realizavam patrulhamento ostensivo devido a conflitos recentes entre facções rivais na região.
Ao abordarem um grupo que consumia bebidas alcoólicas com som alto em via pública, os policiais perceberam movimentos suspeitos. Enquanto parte dos presentes fugiu pulando muros, Dioney correu até um muro e arremessou uma arma para um terreno vizinho. Durante a revista, foi encontrado em seu bolso um carregador de pistola com sete munições calibre 9mm.
No terreno ao lado, os militares localizaram uma pistola Taurus modelo G2C, calibre 9mm, com 12 munições. Dentro da residência do suspeito, foram apreendidos ainda uma escopeta calibre 28, seis cartuchos e 42 trouxinhas de cocaína prontas para venda.
O homem foi preso em flagrante pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo (de uso permitido e restrito) e tráfico de drogas. Ele foi conduzido algemado e sem lesões à delegacia especializada para os procedimentos legais.
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Justiça decreta prisão preventiva de monitorado que matou colega a facadas no Joafra, em Rio Branco
Gerdson Pinto da Silva, 21, cumpria pena com tornozeleira eletrônica por assalto e organização criminosa; ele confessou o crime após ser preso pela PM

Antes da fuga, o autor do homicídio, ainda teria tentado alterar a cena do crime. Gerdson Pinto da Silva, que cumpria pena por assalto e integrar organização criminosa, com monitoração eletrônica. Foto: captada
O detento monitorado Gerdson Pinto da Silva, 21 anos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça do Acre na tarde desta terça-feira (23), durante audiência de custódia no Fórum Criminal. Ele é acusado de assassinar o colega de trabalho Marcos Pereira da Luz, 28, na madrugada da última segunda-feira (22), no apartamento onde moravam na Rua Eldorado, bairro Joafra.
Segundo a polícia, após uma discussão, Gerdson desferiu um golpe de madeira na cabeça da vítima e, em seguida, a esfaqueou várias vezes com uma faca de mesa. Antes de fugir, ele ainda tentou alterar a cena do crime.
Gerdson cumpria pena por assalto e integração a organização criminosa com monitoramento eletrônico. Foi preso pela Polícia Militar horas após o homicídio e, na delegacia, confessou a autoria.
A Polícia Civil tem agora 30 dias para concluir o inquérito. A decisão judicial reforça a gravidade do crime e mantém o acusado preso durante as investigações.











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