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Acre

Justiça do AC mantém condenação de delegado que chamou pessoas com Síndrome de Down de ‘filhos de ETs’

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Condenação por discriminação ocorreu ocorreu no início deste ano, porém, a defesa recorreu, mas a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre negou a apelação.

Delegado Peviane foi condenado por ofensa a pessoas com Síndrome de Down — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

A Justiça do Acre negou o recurso do defesa e manteve a condenação do delegado de polícia Fábio Henrique dos Santos Peviane e o agente de Polícia Civil Eliton Cristiano Sales Leite, pelo vídeo gravado dentro da Delegacia de Flagrantes de Rio Branco em que o delegado chamou as pessoas com Síndrome de Down de “filhos de ET”.

A decisão é da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) e foi divulgada nesta quinta-feira (28), no Diário Eletrônico da Justiça.

Os dois tinham sido condenados no início deste ano. As penas deles foram substituídas por multas e também prestação de serviço comunitário.

“Esses são ETs que vieram do espaço, que tiveram relações com mulheres aqui na terra que na época eram macacas, conhecidas como australopithecus e eles nasceram. Esses filhos dos ETs que vêm até hoje. Por que eles tem o 27º cromossomo? O Bolsonaro explicou isso. É porque, os ETs têm os genes também diferentes. Já que fizeram a mistura com os terráqueos, aí nasceu (sic) os ETs que o pessoal chama de Síndrome de Down, mas eles são ETs”, disse Peviane no vídeo.

Conforme a justiça, ficou claro pelos depoimentos prestados pelas testemunhas a existência do crime de discriminação de pessoa com Síndrome de Down e o desembargador recusou o argumento da defesa e entendeu que a sentença condenatória não merece reparos.

Na época da condenação, o advogado Romano Gouveia, que faz a defesa do delegado, informou que iria recorrer da decisão porque não houve intenção de discriminar. Ele afirmou ainda que o delegado já está aposentado.

“A defesa não concorda com a decisão, mas respeita. Porém, vamos recorrer para que seja revista essa sentença porque não houve dolo. Peviane, além de delegado, é professor, nunca destratou nenhum aluno que tivesse Síndrome de Down e vamos recorrer. Ele está hoje aposentado e nessa época estava passando por momentos conturbados de saúde. Enfim, tem longínquos anos de delegado de polícia sem ter algo em desfavor das pessoas com deficiência, pelo contrário, ele lecionava para essas pessoas.”

Para o delegado de polícia Fábio Henrique dos Santos Peviane foi estabelecida pena base de dois anos de reclusão e ainda pena cumulativa em dez dias-multa, fixando o valor do dia-multa em 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo vigente à data do fato.

Porém, a pena foi substituída por medidas restritivas de direitos. Ele ficou, então, condenado a pagar o valor de R$ 11 mil para uma instituição beneficente que tenha finalidade de prestar assistência a pessoas portadoras de deficiência, em especial, Síndrome de Down, além de prestação de serviço à comunidade, pelo mesmo período da pena restritiva de liberdade, o seja, de dois anos, com uma jornada de oito horas semanais.

O agente Eliton Cristiano Sales Leite também foi condenado a três anos de anos de reclusão e ainda à pena cumulativa de multa em dez dias-multa, fixando o valor do dia-multa em 1/30 (um trinta avos) do salário mínimo vigente à data do fato.

A pena também foi substituída por restrições, como pagamento de R$ 5,5 mil a uma instituição beneficente ou prestação de serviço à comunidade por três anos, com uma jornada de oito horas semanais.

Afastamento e repercussão

 

Em 2017, a fala do delegado teve repercussão negativa instantaneamente. O Grupo Família Down do Acre pediu que o delegado Fábio Henrique Peviane pedisse desculpas e cobrou providências da Secretaria de Segurança na época. O Ministério Público do Acre (MP-AC) abriu inquérito para investigar o caso e a Corregedoria da instituição também.

Depois de tudo, o delegado chegou a pedir desculpas pela fala dizendo que não tinha intenção de discriminar ninguém e que o vídeo seria uma “brincadeira”.

“Jamais eu quis denegrir a imagem. O meu carinho é muito grande por um portador de síndrome de Down, tanto que no vídeo eu jamais ofendi. Foi uma brincadeira que estava tendo ali do dia 1º de abril. Todo mundo se descontrai e faz brincadeiras. Não queríamos publicar nem ofender ninguém. Quem não se arrepende de um negócio desse?”, disse o delegado.

Mesmo negando que fosse consequência do vídeo, a Polícia Civil afastou o delegado do cargo ainda em 2017, dias após as imagens viralizarem na internet.

Veja o vídeo através deste link:

https://globoplay.globo.com/v/5772958/

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Acre

Jornalista Wanglézio Braga é indicado para lista dos mais admirados da imprensa do Agronegócio 2025

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“neste segundo turno você poderá votar em até 5 opções em cada uma das categorias, indicando os nomes de profissionais e veículos em ordem de 1º a 5º lugar”

Wanglézio Braga tem ampla trajetória nos meios de comunicação do estado. Foi editor-chefe do jornal O Rio Branco por sete anos, além de atuar como repórter político e de meio ambiente. Foto: cedida 

Natural de Rio Branco, no Acre, o jornalista Wanglézio de Lima Braga é um dos 106 profissionais de 86 veículos de comunicação de todo o país listados na edição especial do portal ‘Jornalistas & Cia’. O profissional da mídia acreana foi classificado para a segunda etapa do prêmio “+Admirados da Imprensa do Agronegócio 2025”.

Criada pelo portal ‘Jornalistas & Cia’, a premiação valoriza o trabalho de comunicadores que se destacam na cobertura do setor agropecuário em todo o Brasil. Nesta edição, Wanglézio se destacou pela credibilidade com que trata as pautas do campo, recebendo reconhecimento dos colegas de profissão.

Segundo a publicação, neste ano a quantidade de premiados foi ampliada. “Em vez de Top 30, serão eleitos os Top 50 +Admirados Jornalistas do Brasil”, informa o portal, destacando que “mais da metade (63 nomes) ainda não haviam figurado na lista em anos anteriores”.

Diplomado em Jornalismo e Letras (Português) pela Universidade Federal do Acre (UFAC), Wanglézio Braga tem ampla trajetória nos meios de comunicação do estado. Foi editor-chefe do jornal O Rio Branco por sete anos, além de atuar como repórter político e de meio ambiente. Também teve passagens pelo SBT, onde foi apresentador e repórter, e pela revista Saiba Mais.

Atualmente, é colunista do portal News Rondônia, dos CEOs Fabiano Coutinho e Mauro Brisa, onde publica conteúdos diários com foco nos estados de Rondônia e Acre.

Na lista deste ano, Braga aparece ao lado de grandes nomes da imprensa agro, como Valterno de Oliveira, do Grupo Bandeirantes. Foto Art

Na lista deste ano, o jornalista acreana Wanglézio de Lima Braga aparece ao lado de grandes nomes da imprensa agro, como Valterno de Oliveira, do Grupo Bandeirantes. Para votar, basta acessar: link da votação e seguir as instruções. O nome de Wanglézio Braga está na categoria “jornalistas”.

De acordo com o portal, “neste segundo turno você poderá votar em até 5 opções em cada uma das categorias, indicando os nomes de profissionais e veículos em ordem de 1º a 5º lugar”.

O jornalista Wanglézio de Lima Braga, esteve nos 4 dias festa no município de Epitaciolândia realizando a cobertura do Xll Circuito Country de Epitaciolândia. Foto: oaltoacre

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PM apreende 58 quilos de drogas e arma em operação no bairro Boa União, no Acre

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Equipes do BOPE, Choque e Cães surpreenderam suspeito em residência com grande carga de maconha e pasta base de cocaína

Os militares receberam informações de um endereço que possivelmente teria recebido um grande carregamento de drogas. Foto: cedida  

Policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), incluindo equipes da Companhia de Policiamento com Cães (CPCães), Companhia de Operações Especiais (COE) e Companhia de Choque (CPChoque), apreenderam 58 quilos de entorpecentes e uma espingarda durante uma operação na segunda-feira (5), no bairro Boa União, em Rio Branco.

Os policiais indagaram o indivíduo sobre o material ilícito e ele afirmou que iria entregar para outra pessoa. Em buscas pelo local os militares encontraram uma arma de fogo, tipo espingarda e várias embalagens de entorpecentes supostamente maconha e pasta a base de cocaína, somando ao todo 57, 815kg.

Operação foi deflagrada após denúncia

Os militares agiram com base em informações sobre um grande carregamento de drogas em uma residência. Ao chegarem ao local, encontraram o portão aberto e um homem distraído com o celular. Com ele, foram apreendidos três pacotes de maconha.

Arma e mais drogas escondidas no local

Durante buscas, os policiais encontraram:
– 57,815 kg de drogas (maconha e pasta base de cocaína)
– 1 espingarda

O indivíduo foi levado à Delegacia de Flagrantes (Defla), junto com todo o material apreendido, para as devidas providências. A operação reforça o trabalho integrado das unidades especiais da PMAC no combate ao tráfico de drogas no estado.

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Polícia Civil do Acre lança plataforma digital com dados detalhados sobre mortes violentas entre janeiro e março deste ano

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Ferramenta interativa revela que 40 pessoas foram assassinadas no estado no primeiro trimestre de 2024; maioria das vítimas são homens

Ferramenta visa modernizar a gestão da informação e ampliar a transparência nas ações da Polícia Civil. Imagem: ilustrativa.

A Polícia Civil do Acre disponibilizou uma nova plataforma digital com painéis interativos que detalham informações sobre mortes violentas em todo o estado. Segundo os dados, 40 pessoas foram assassinadas entre janeiro e março deste ano, sendo 38 homens e apenas duas mulheres.

O sistema possibilita a consulta por categorias como homicídio, feminicídio, latrocínio, mortes por intervenção policial e acidentes de trânsito. A análise aponta que 14 dos homicídios registrados estão ligados a disputas entre facções criminosas.

A iniciativa visa aumentar a transparência e auxiliar no planejamento de políticas públicas de segurança. A plataforma está disponível para acesso público e deve ser atualizada periodicamente.

Entre as vítimas, a imensa maioria era do sexo masculino: 38 homens e apenas duas mulheres. A análise dos dados mostra ainda que 14 dos homicídios estão diretamente relacionados à disputa entre facções criminosas.

A capital Rio Branco concentrou a maior parte dos assassinatos no trimestre, com 22 casos. Em seguida aparecem os municípios de Cruzeiro do Sul (5), Brasiléia (2), Feijó (2), Jordão (2), Sena Madureira (2), Assis Brasil (1), Capixaba (1), Porto Acre (1), Rodrigues Alves (1) e Xapuri (1).”

Março foi o mês mais violento do período, com 19 assassinatos registrados. Em janeiro ocorreram 13 mortes e, em fevereiro, 8. Quanto aos instrumentos utilizados nos crimes, 57,5% dos homicídios foram cometidos com arma de fogo, enquanto 10% envolveram armas brancas.

A motivação dos crimes também foi analisada: além dos 14 casos relacionados ao conflito entre facções, outros 12 homicídios ainda estão sob investigação. Doze foram provocados por motivos fúteis, um por legítima defesa e outro teve motivação passional.

O delegado-geral da Polícia Civil, José Henrique Maciel Ferreira, destacou a importância da nova plataforma como ferramenta de apoio à atuação policial. “A visualização desses dados de forma interativa e dinâmica contribui significativamente para o direcionamento das nossas ações. É um recurso que nos permite agir com mais estratégia e assertividade”, ressaltou.

Segundo os dados, 40 pessoas foram assassinadas entre janeiro e março deste ano, sendo 38 homens e apenas duas mulheres. Foto: cedida 

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Acre, José Henrique Maciel Ferreira, a inovação vai permitir que o trabalho policial seja ainda mais direcionado.

“A visualização desses dados de forma interativa e dinâmica contribui significativamente para o direcionamento das nossas ações e para a identificação de padrões que possam ser combatidos com mais eficiência. É um recurso que nos permite agir com mais estratégia e assertividade”, afirmou.

O responsável pelo desenvolvimento dos painéis é o agente de polícia Raurimar Sousa Muniz, coordenador de Tecnologia e Informação (Cotin) da PCAC. Ele explica que o principal objetivo foi tornar os dados mais acessíveis para uso prático no dia a dia da gestão e das investigações.

“Nosso foco foi criar uma ferramenta intuitiva, que facilitasse a leitura dos dados e permitisse identificar rapidamente os principais pontos de atenção. Com esses painéis, é possível perceber tendências, fazer comparativos e identificar áreas de risco com muito mais clareza”, disse o agente.

Para o diretor do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, delegado Nilton Boscaro, os dashboards são uma conquista importante para a Segurança Pública.

“Trabalhar com dados bem organizados e atualizados é fundamental para que possamos antecipar situações críticas e definir prioridades com base em evidências. É uma ferramenta que agrega valor não apenas à investigação, mas também ao planejamento de políticas públicas”, destacou.

A Polícia Civil do Acre reafirma, com essa iniciativa, seu compromisso com a modernização dos processos, o uso responsável da tecnologia e a prestação de um serviço público cada vez mais eficiente e alinhado às necessidades da sociedade.

O delegado-geral da Polícia Civil do Acre, José Henrique Maciel Ferreira, reafirmou que a inovação vai permitir que o trabalho policial seja ainda mais direcionado. Foto: cedida 

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