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Homem britânico torna-se a segunda esperança de cura da AIDS

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Vírus HIV tornou-se indetectável em exames de paciente britânico Foto: Latinstock

Médicos e pesquisadores da Universidade de Cambridge concluíram que o vírus HIV-1, causador da Aids, desapareceu do corpo de um homem que estava infectado. É provável que o britânico — cuja identidade está sendo protegida — tenha sido curado, anunciaram os cientistas.

O paciente tinha outra doença, um tipo de câncer no sangue, e recebeu um transplante de células-tronco de medula óssea na tentativa de curar esse mal. Sem saber, o doador tinha uma mutação que o tornava resistente ao vírus HIV. Quase três anos após o transplante, os médicos não encontram mais indícios do vírus no corpo do britânico. É a segunda vez que isso acontece, e nas duas vezes a cura se deu por meio da doação de medula.

Testes altamente sensíveis mostram que não há mais vestígio da infecção anterior por HIV. O paciente parou de tomar as drogas antirretrovirais, que controlam a ação do vírus, há 18 meses.

— Ao alcançar a remissão em um segundo paciente usando um método semelhante, mostramos que o “paciente de Berlim” (submetido ao mesmo tratamento há 12 anos) não era uma anomalia — declarou o autor do estudo, Ravindra Gupta, professor na Universidade de Cambridge, mencionando a primeira pessoa curada. — Não há vírus ali que consigamos medir. Não conseguimos detectar nada.

O doador tinha uma mutação genética rara na qual as células de defesa do corpo, os linfócitos, não possuem a substância que serve de porta de entrada para que o vírus as infecte, explica Juan Carlos Raxach, coordenador da área de promoção e prevenção da Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids (ABIA):

— Para infectar a célula, o vírus usa duas “portas de entrada”, os receptores CCR4 e o CCR5. O CCR5 é muito importante para a replicação da doença. Nessa mutação, a pessoa nasce sem esse receptor. Então o vírus não consegue infectá-la e acaba morrendo.

“O paciente de Londres”, como está sendo chamado o caso mais recente, foi tratado na Universidade College London. O homem contraiu o HIV em 2003 e em 2012 foi diagnosticado com linfoma de Hodgkin.

Longe da larga escala

O caso britânico é uma prova do conceito de que os cientistas poderão, um dia, acabar com a Aids, afirmam os médicos de Cambridge. Eles tomaram cuidado, no entanto, ao afirmar que isso não significa que acharam uma cura para a doença. Gupta descreveu seu paciente como “funcionalmente curado” e “em remissão”, mas advertiu: “É muito cedo para dizer que ele está curado”.

O que evoca o debate sobre uma possível cura é o fato de que esse caso é semelhante ao primeiro, que já foi reconhecido como uma cura funcional do HIV. O americano Timothy Brown, “o paciente de Berlim”, foi submetido em 2007 ao mesmo transplante. Brown, que vivia na capital alemã naquele ano, ainda está livre do vírus, de acordo com especialistas em HIV. Hoje, ele vive nos Estados Unidos.

‘Perigoso e doloroso’

Para Sharon R Lewin, diretora do Instituto Doherty Peter para Infecções e Imunidade da Universidade de Melbourne, o segundo caso “reforça a ideia de que é possível encontrar uma cura”. No entanto, enfatizou que o transplante de medula óssea é um procedimento perigoso e doloroso, não é uma opção viável para o tratamento do HIV.

— Um transplante de medula óssea como meio de cura não é viável. Mas podemos tentar determinar qual parte do transplante fez a diferença e permitiu que esse homem parasse de tomar seus medicamentos antivirais.

Ainda assim, um segundo caso de remissão do vírus após um transplante desse tipo ajudará os cientistas a concentrar esforços em uma estratégias específica de tratamento. A equipe de pesquisa apresentará os resultados em uma conferência em Seattle, nos Estados Unidos.

Já Raxach discorda da postura dos pesquisadores britânicos, que chamou de “cautelosa”. Para ele, “a solidariedade cura o vírus”.

— Podemos falar de cura sim, mesmo que eles não queiram bater o martelo. Mas é lógico que está longe de acontecer em larga escala.

Com agências internacionais

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Sebrae promove evento para conectar artesãos acreanos à lojistas do Sudeste e Nordeste

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Evento integra o Projeto Comprador e conta com apoio de parceiros

Nos dias 3 e 4 de novembro, o Sebrae realiza o encontro de negócios do Projeto Comprador, com foco em conectar talentos do Acre a novas oportunidades de mercado. O evento acontece no formato B2B (Business to Business) e conecta 14 lojistas do Sudeste e Nordeste diretamente aos artesãos acreanos.

O Projeto Comprador contou com uma fase anterior, de capacitação com duração de quatro meses, beneficiando mais de 100 artesãos de dez municípios acreanos, incluindo representantes das etnias indígenas Puyanawa, Shanenawa, Apuriã, Huni Kuin e Marubo.

De acordo com o analista do Sebrae no Acre, Aldemar Maciel, o projeto contou com uma metodologia específica desenvolvida para os artesãos. “As capacitações consistem na modelagem de negócios, gestão da produção, precificação e comercialização, preparando o artesão para fazer negócios com esses compradores”, explicou.

A líder indígena Eni Shanenawa destacou sua satisfação em participar da iniciativa para que as pessoas conheçam a ancestralidade do Povo Shanenawa. “Agradeço ao Sebrae por esse momento tão importante em que nós estamos aqui, como indígenas, para mostrar os nossos artesanatos. É de grande importância para nós que as pessoas levem nossos produtos para fora do estado, porque a sociedade vai ter esse conhecimento da importância do artesanato indígena e do artesanato acreano”, disse.

Pela primeira vez no Acre, a representante da Loja do Museu de Arte de São Paulo (MASP), Adélia Borges, destacou as belezas da produção acreana. “Essa bioeconomia que a gente vê aqui é uma produção muito linda, cheia de significados culturais. Cada peça que vemos aqui é um trabalho enorme que o artesão faz. Nós somos uma loja em um museu importante e os produtos acreanos fazem um sucesso enorme, principalmente com os estrangeiros”, destacou.

O encontro conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Rio Branco, Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (SETE), Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ), Universidade Federal do Acre (Ufac), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a GolLog.

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Polícia Civil deflagra Operação “Desmonte 4” e prende 12 integrantes de organização criminosa no Acre e em Mato Grosso

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A Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), deflagrou nesta quinta-feira, 4, a Operação “Desmonte 4”, ação que reforça o combate ao avanço e à estruturação de organizações criminosas no estado. A ofensiva contou com apoio estratégico da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diop) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), além da parceria da Draco da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJCMT).

Polícia Civil prende 12 integrantes de organização criminosa no Acre e em Mato Grosso. A ação integra a Renorcrim e reforça o enfrentamento ao crime organizado no país. Foto: assessoria/ PCAC

Ao todo, 12 pessoas foram presas preventivamente, sendo 11 em Rio Branco-AC e uma em Várzea Grande-MT, esta última localizada com apoio das equipes especializadas mato-grossenses. As prisões atingem diretamente uma célula criminosa ligada à expansão territorial da facção criminosa.

Segundo as investigações, o grupo atuava na ampliação do domínio territorial, na realização de cadastros de novos integrantes, além de coordenar invasões em áreas da cidade e organizar a venda de drogas em pontos estratégicos de Rio Branco. As ações tinham como objetivo fortalecer a presença da facção e ampliar sua capacidade de atuação criminosa.

O delegado titular da Draco, Gustavo Henrique da Silva Neves, destacou que as prisões representam mais um importante passo na contenção do avanço da organização criminosa no estado. Segundo ele, o trabalho integrado entre as forças de segurança tem sido determinante para enfraquecer a atuação das facções.

Em coletiva de imprensa, o delegado Gustavo Neves destaca que a Operação Desmonte 4 representa mais um duro golpe contra o crime organizado no Acre. Foto: assessoria/ PCAC

“A Operação Desmonte 4 reflete o esforço contínuo das instituições de segurança pública em desarticular o crime organizado. O compartilhamento de informações e a atuação conjunta são fundamentais para impedir o avanço dessas organizações, que tentam expandir seu território e suas práticas ilícitas”, afirmou o delegado.

A Operação “Desmonte 4” integra as ações da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Renorcrim), coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A rede reúne delegados titulares de unidades especializadas em combate ao crime organizado em todo o país, promovendo o trabalho conjunto, a troca de informações e o desenvolvimento de estratégias de inteligência.

A atuação da Renorcrim, por meio da Diop/Senasp, tem como principal objetivo fortalecer o enfrentamento nacional e duradouro ao crime organizado, garantindo respostas rápidas e integradas às ações das facções criminosas, que têm atuação interestadual.

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Americano recém-chegado ao Acre é brutalmente assaltado no Segundo Distrito de Rio Branco

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Vítima foi atacada por quatro criminosos, teve documentos e dinheiro roubados e acabou gravemente ferida

Um cidadão norte-americano, identificado como Joseph Thomas Fratantoni, de 43 anos, foi vítima de um assalto seguido de agressão na noite desta quarta-feira (3), no bairro Cidade Nova, no Segundo Distrito de Rio Branco. O homem havia acabado de chegar ao Brasil no mesmo dia, entrando pela fronteira do Acre.

Segundo informações, Joseph foi surpreendido por quatro homens que levaram cerca de R$ 1 mil, além de seu celular e passaporte. Após o roubo, os criminosos passaram a espancá-lo com pedras, chutes e ripas, causando cortes profundos na cabeça e fortes dores na região das costas e costelas. Em seguida, fugiram.

Mesmo ferido, o estrangeiro conseguiu correr até um hotel próximo para pedir socorro. Funcionários acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que realizou os primeiros atendimentos e o encaminhou ao Pronto Socorro de Rio Branco. Ele está estável.

A Polícia Militar fez buscas na região, mas nenhum suspeito foi encontrado. O caso segue em investigação.

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