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Há exatos dois anos, primeiros casos de Covid-19 eram registrados no AC

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Dois anos após os primeiros casos de infecção por Covid-19 no estado, o governador Gladson Cameli suspendeu o decreto que proibia reuniões com capacidade acima de 300 pessoas e flexibilizou o uso de máscaras.

Por Everton Damasceno

Quinta-feira, 17 de março de 2020. A Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) confirmava em coletiva de imprensa, há dois anos, os primeiros casos de Covid-19 no estado. Aquele vírus, que até então era uma incógnita, viria a se proliferar em solo acreano em um curto espaço de tempo. Em menos de três meses, o vírus que causou um colapso em Wuhan, província chinesa, chegou no estado mais ocidental do Brasil.

Assim que foram confirmados os primeiros infectados, o governador Gladson Cameli e a então prefeita da capital Socorro Neri suspendiam as aulas e fechariam setores comerciais não essenciais como bares, restaurantes e lojas.

Na época, o então secretário de Saúde Alysson Bestene havia traçado o perfil das primeiras pessoas infectadas: um homem de 30 anos e uma mulher de 50 que chegaram de São Paulo, e outra de 37 anos que estava em Fortaleza, no Ceará.

a foto: primeira-dama Ana Paula Cameli, governador Gladson Cameli, ex-prefeita de Rio Branco Socorro Neri e ex-secretário de Saúde Alysson Bestene. Foto: Ascom.

SEMANAS SEGUINTES

Na primeira semana da pandemia, quando menos de 20 casos foram registrados, as ruas, praças e calçadas de Rio Branco ficaram praticamente desertas.

Na semana posterior, mais 24 casos foram contabilizados, o que apresentaria um crescimento de mais de 40% em relação à primeira. Na outra, chegou a notícia que ninguém queria receber: uma idosa de 79 anos que sofria de diabetes e hipertensão morria de Covid-19 no dia 07 de abril. A partir de então, mortes começaram a ser contabilizadas em um ritmo frenético e assustador.

AQUI: Acre tem primeira morte por coronavírus: mulher de 79 anos morreu na Upa nesta segunda

Um ano depois, a esperança começaria a brotar em um país onde quase 300 mil pessoas já haviam morrido, superando recordes de países como a Itália, que até então era o epicentro do vírus no mundo. Vacinas já estavam sendo produzidas em laboratórios pelo mundo para frear o avanço da Covid – e até sendo aplicadas em países da Europa. No entanto, para o Brasil aquela realidade ainda não passava de um sonho.

2021

Em um ano de pandemia, o número de mortes provocadas pela Covid-19 no Brasil superou o total de vítimas da Aids desde 1996, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Naquele dia 17 de janeiro de 2021, 282.400 óbitos por coronavirus tinham sido registrados, superando as mais de 281 mil mortes provocadas pela Aids no Brasil em 23 anos. Ou seja, a Covid-19 levou um ano para bater número de mortes somadas em mais de duas décadas.

No Acre, a situação também era caótica, tendo em vista que no mesmo período, no início de 2021, mais de 120 mil famílias de 10 municípios acreanos foram atingidos de alguma forma pela cheia histórica dos rios que cortam o estado, e tiveram de sair de suas casas em busca de refúgio e segurança nas residências de familiares ou em abrigos improvisados em quadras esportivas e escolas.

Rio Acre e demais mananciais acreanos ultrapassaram cota de transbordo em 2021. Foto: Nany Damasceno/ContilNet.

Concomitante a isto, o Acre registraria 795 mortes somente em 2020. Nos meses em que o estado vivia o que hoje seria a maior crise humanitária da história, mais de 90% dos leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estavam ocupados, o que colocaria o Acre no ranking dos estados com os maiores índices de ocupação. Até aquele momento de fevereiro, 957 pessoas já haviam morrido pelo vírus desde o início da pandemia.

O ano de 2021 foi ainda mais tenebroso. Enquanto a imunização em massa na Europa e nos Estados Unidos avançava a cada dia, o Acre assistia e lia nos principais noticiários locais as mortes de inúmeras pessoas das mais diferentes faixas etárias e condições socioeconômicas possíveis. Só neste corrente ano, mais 1.056 pessoas perderam a vida, segundo dados da Sesacre.

A “trégua” foi dada em maio do mesmo ano, quando o Acre saiu da casa das ‘centenas’ de mortes e foi para as ‘dezenas’. Os efeitos da vacinação já surtiam. Naquele mesmo mês, profissionais da saúde e idosos de idade mais avançada já estavam imunizados pelo menos com a primeira dose.

Memorial de vítimas da covid-19 no Lago do Amor para homenagear pessoas que perderam a vida por conta da pandemia. Foto: Reprodução.

OSCILAÇÃO

Com a flexibilização das medidas restritivas e consequente diminuição dos índices de contaminação em razão das 1.312.395 doses aplicadas até esta quinta (17), segundo o Programa Nacional de Imunizações no Acre (PNI-AC), os números foram cessando mais ainda ao ponto de registrar apenas três mortes em novembro e em dezembro.

No entanto, a chegada da variante ômicron elevou o estado de preocupação, em todo o Brasil, daquilo que já aparentava ter sido controlado com a imunização. No Acre, por exemplo, foram impostas medidas restritivas para conter o avanço da variante, tendo em vista que somente no dia 01 de fevereiro, pelo menos 3,1 mil pessoas testaram positivo para a doença em um único dia.

O resultado: 19.323 casos (o maior número desde o início da pandemia) e 100 mortes foram registradas somente em fevereiro, o segundo pior índice desde maio de 2021, quando 133 pessoas haviam perdido a batalha contra o vírus.

Acre já contabiliza 61% da população vacinada com as duas doses desde o início da campanha de imunização contra a Covid-19. Foto: Odair Leal/Secom.

Face a esta situação e ao caos que se instaurava no Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Acre (INTO-ACRE) e nas demais unidades de saúde com aumento de internações e falta de testes, o governador Gladson Cameli publicou o Decreto Estadual nº 10.987, de 01 de fevereiro de 2022, que dispunha sobre a proibição de eventos com mais de 300 pessoas.

Contudo, o cenário que aparenta ser otimista em todo o Brasil em razão do avanço das doses de reforço, fez com que o decreto fosse revogado nesta quinta (17), dois anos após as notícias dos primeiros casos no Acre. Outros estados como o Rio de Janeiro, por exemplo, flexibilizaram o uso de máscaras em locais abertos. Em Rio Branco, aconteceu a mesma coisa no último dia 08 de março.

MAS AFINAL, É HORA DE DEIXAR DE SE PREOCUPAR COM O VÍRUS?

Apesar de o Acre já registrar 61% da população vacinada a partir dos 5 anos, o desafio de aumentar esse percentual continua, tendo em vista a dificuldade em imunizar o público infantil. Segundo a Vigilância Epidemiológica da capital, menos de 20% das crianças, de um rol de quase 50 mil de 5 a 12 anos, tomaram a primeira dose.

Por mais que 627.798 pessoas tenham tomado a primeira dose, 504.101 a segunda, 12.588 a dose única e 148.850 dose de reforço, o Governo do Acre manteve a obrigatoriedade do uso de máscara em locais fechados por meio do Decreto nº 11.015, de 11 de março de 2022.

Para o médico infectologista Jenilson Leite em entrevista ao ContilNet, apesar de a situação não estar caótica como fora visto, inclusive, no início de 2022, onde recordes de infectados foram batidos em comparação com 2020 e 2021, ainda não é o momento de deixar de lado as máscaras por conta da ameaça de novas variantes e do surgimento de novos casos da doença em todo o Estado, além das mortes ocasionadas pelo vírus.

“O governo deve se posicionar de uma forma que garanta a saúde pública. Ainda que exista uma discussão sobre o direito de usar ou não a máscara, no fim das contas, o importante é dar segurança às pessoas e não superlotar novamente o Sistema Único de Saúde (SUS)”, defendeu o político em entrevista ao repórter Everton Damasceno, do ContilNet.

SITUAÇÃO ATUAL DA PANDEMIA NO ACRE

Nesta quinta (17), a Sesacre registrou 145 casos de infecção por coronavirus. Até o momento, o Acre registra 320.697 notificações de contaminação. Destes, 123.588 testaram positivo. Dez pessoas seguem internadas até o fechamento do último boletim e 1.990 pessoas morreram em decorrência das complicações do vírus.

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Nuvens carregadas persistem no Acre nesta sexta-feira, alerta Censipam

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De acordo com o órgão, o oeste acreano terá céu nublado a encoberto, com possibilidade de chuva a qualquer hora do dia. Já na capital, Rio Branco, e nas demais regiões, o sol aparece entre muitas nuvens

Em Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Capixaba e Xapuri as temperaturas oscilam entre a mínima de 21°C e a máxima de 33ºC.

O Acre segue sob influência de instabilidade atmosférica nesta sexta-feira (7), conforme o Centro Gestor do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam). O fluxo de umidade em baixos níveis da atmosfera mantém o tempo fechado em grande parte do estado.

De acordo com o órgão, o oeste acreano terá céu nublado a encoberto, com possibilidade de chuva a qualquer hora do dia. Já na capital, Rio Branco, e nas demais regiões, o sol aparece entre muitas nuvens.

“O dia será de céu nublado a encoberto com chuva a qualquer hora do dia nas cidades do oeste acreano. Já na capital e demais regiões do estado a previsão é de sol entre muitas nuvens com pancadas de chuva e trovoadas entre a tarde e a noite”, disse o Censipam.
Confira abaixo as temperaturas por região.
Alto Acre

Em Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Capixaba e Xapuri as temperaturas oscilam entre a mínima de 21°C e a máxima de 33ºC.

Baixo Acre

Mínima de 22°C e máxima de 32ºC são as temperaturas registradas em Acrelândia, Bujari, Plácido de Castro, Porto Acre, Senador Guiomard e Rio Branco.

Vale do Juruá

Já em Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Porto Waltere Rodrigues Alves os termômetros ficam entre 23ºC e 31ºC.

Vale do Purus

Em Manoel Urbano, Santa Rosa do Purus e Sena Madureira faz entre 22ºC e 31ºC.

Vale do Tarauacá/Envira

Por fim, em Feijó, Tarauacá e Jordão as temperaturas variam entre 23ºC e 31ºC.

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Após veto, PL que proíbe nomeação de condenados por violência doméstica e sexual é reapresentado em Rio Branco

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Vereadora Elzinha Mendonça apresentou novamente, na última quarta (5), o Projeto de Lei que proíbe a nomeação em cargos públicos municipais. Prefeito Tião Bocalom vetou PL em 2024

Projeto de Lei visa proibição de condenados por violência doméstica volta para a câmara. Foto: Reprodução

A vereadora Elzinha Mendonça apresentou novamente, na última quarta-feira (5), o Projeto de Lei que proíbe a nomeação de pessoas condenadas por violência doméstica ou familiar e sexual em cargos públicos municipais. O PL foi vetado pelo prefeito Tião Bocalom no início de dezembro do ano passado depois de ter sido aprovado pela Câmara de Vereadores da capital.

O veto se baseou no entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a caracterização de condenações anteriores e penas já cumpridas como maus antecedentes. Além disso, o veto questionou a competência do legislativo municipal para tratar sobre o tema.

Cerca de dois meses depois, a vereadora justificou que atualizou a redação do PL, fez os ajustes sugeridos pela Procuradoria Jurídica da Câmara Municipal e que o projeto mantém o mesmo objeto e essência da versão anterior.

“Trata-se de uma medida que encontra sustentação tanto no ordenamento jurídico brasileiro quanto em princípios sociais e éticos fundamentais, e que se justifica pelo imperativo de se garantir que o exercício de funções públicas, especialmente em cargos administrativos e políticos, seja pautado pela moralidade, integridade e respeito aos direitos humanos”, disse.

Aprovação do projeto

Os vereadores de Rio Branco aprovaram, em outubro do ano passado, o projeto proibindo a nomeação de pessoas condenadas por violência doméstica ou familiar e sexual em cargos públicos municipais, durante sessão no dia 24 de outubro. Na ocasião, o Projeto de Lei Ordinária (PLO) n.º 28/2024 foi aprovado por sete votos a um.

“A aludida vedação inicia com a certificação do trânsito em julgado da decisão judicial de condenação definitiva e se encerra com a sentença judicial que julga extinta a punibilidade pelo cumprimento integral da pena”, afirmava o paragrafo único do PLO.

A proibição, segundo o texto, seria válida apenas após o trânsito em julgado e durante o cumprimento da pena.

O texto revogava a Lei 2.321/2019, de autoria do então vereador Mamed Dankar, aprovado em uma legislatura anterior. Elzinha reconheceu que um projeto semelhante já havia sido aprovado, mas afirmou que este amplia para além da violência doméstica, que era a abrangência do texto anterior.

O único parlamentar que votou contra o projeto foi o vereador não reeleito Arnaldo Barros (Podemos). Para ele, o texto dava margem para injustiças, e culpou até mesmo a imprensa por supostas “armações”.

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Gerido por Marina Silva, Fundo Amazônia recebeu R$ 990 milhões em 2024

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Os Estados Unidos fizeram o terceiro maior repasse, de R$ 276 milhões, equivalente a 28% do total. A continuidade das doações norte-americanas, porém, está sob risco após a posse de Donald Trump na presidência

Os recursos são destinados a projetos de prevenção e combate ao desmatamento, além de iniciativas de conservação florestal. Foto: internet

Gerido pela ministra de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, a acreana Marina Silva, o Fundo Amazônia recebeu R$ 990 milhões em doações em 2024. O valor é 5 vezes maior que o registrado em 2023, quando arrecadou R$ 150 milhões.

O Fundo Amazônia foi criado em 2008 e é a principal ferramenta de captação de recursos internacionais para preservação e desenvolvimento sustentável na Amazônia Legal. Os recursos são destinados a projetos de prevenção e combate ao desmatamento, além de iniciativas de conservação florestal.

O montante dos recursos foi alcançado após o fundo ficar paralisado de 2019 a 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro. Reino Unido, Noruega, Estados Unidos, Alemanha, Dinamarca e Japão foram os países doadores em 2024. Em 2023, apenas Alemanha, Estados Unidos e Suíça haviam contribuído.

Os Estados Unidos fizeram o terceiro maior repasse, de R$ 276 milhões, equivalente a 28% do total. A continuidade das doações norte-americanas, porém, está sob risco após a posse de Donald Trump na presidência. Trump declarou que retirará o país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, da Organização das Nações Unidas (ONU), e desfará medidas ambientais do governo Joe Biden.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), administrador do fundo, negocia novos repasses de R$ 400 milhões nas próximas semanas – R$ 314 milhões do Reino Unido e R$ 86 milhões da Dinamarca.

Criado em 1º de agosto de 2008,  o Fundo Amazônia tem como principal objetivo captar recursos para investir em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, bem como para promover a conservação e o uso sustentável da Amazônia Legal.

Combate a incêndios no MT

No último dia 24, o  Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA)  anunciou que o Fundo Amazônia destinará R$ 45 milhões para fortalecer a estrutura do Corpo de Bombeiros Militar do estado do Mato Grosso.

Mato Grosso é o oitavo estado a receber apoio para ações de prevenção e combate a incêndios florestais, que totalizam R$ 405 milhões do Fundo, em valores não reembolsáveis, na Amazônia Legal. O projeto compreende aquisição de um helicóptero e acessórios, capacitação de agentes públicos, sensibilização de comunidades locais e formação de brigadas, ampliando os serviços prestados pela corporação.

A destinação de recursos para os estados da Amazônia Legal que apresentarem projetos para prevenção e combate a incêndios foi aprovada pelo Comitê Orientador do Fundo Amazônia (COFA) em 2023, após a retomada do Fundo e do comitê.

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