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Família de jovem morta em acidente no interior do AC diz que filho ainda chama por ela: ‘é a parte mais difícil’

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Sara Moura morreu há 1 mês, no dia 24 de setembro, após ser atingida por caminhonete e arrastada por mais de 30 metros na BR-364, no município de Bujari. Ela deixou um filho de cinco anos e estava prestes a tomar posse em cargo público na educação estadual.

Sara era mãe de Davi, de 5 anos, e havia sido aprovada em um concurso público — Foto: Arquivo pessoal

Um mês após a jovem Sara Maria dos Santos Moura, de 25 anos, morrer em um acidente de trânsito na noite de 24 de setembro, no quilômetro 154 da BR 364, no município de Bujari, interior do Acre, a família diz que segue à espera de respostas sobre as circunstâncias do caso.

Isso porque a vítima estava em uma motocicleta e bateu de frente com uma caminhonete. O motorista do carro fugiu do local, e só se apresentou à polícia após acreditar que havia se encerrado do prazo do flagrante. Filipe Moura, irmão de Sara, diz que a família não quer que o caso seja esquecido.

“A gente está no aguardo. A gente conversou com o delegado, ele disse que ainda está investigando. Ele disse que foi desviar de um animal, não percebeu que ela estava na contramão, e atingiu ela, e acabou arrastando. Ele fugiu pela mata, na beira da estrada, saiu do flagrante, e depois se apresentou. 30 dias, e a gente está no aguardo. Eu sei que é um pouco cedo, mas a gente quer uma resposta”, afirma.

Sara deixou um filho de cinco anos e estava prestes a tomar posse em cargo público na educação estadual. Ela trabalhava em um posto de gasolina localizado na BR-364 e estava voltando do serviço quando foi atingida.

Segundo Moura, o inquérito que apura o caso ainda não foi concluído. O g1 entrou em contato com o delegado Bruno Coelho, que disse à reportagem que diligências estão sendo feitas e que o inquérito está em fase de conclusão. Poucos dias após o acidente, Coelho afirmou que aguardava laudos periciais.

“É como se fosse ontem. Deixou o filho dela, e agora, temos que cuidar dele como se fosse nosso filho. Como ela [Sara] já estava separada do pai da criança, agora ele está na responsabilidade do meu pai e da minha mãe”, conta Moura.

Ainda segundo o irmão da jovem, a família só conseguiu contar para o menino sobre a morte da mãe na semana passada, e ele ainda não compreendeu totalmente a situação.

“O meu pai contou para ele na semana passada. Acho que ele ainda não entendeu muito, e é recorrente ele acordar de madrugada e ficar chamando pela mãe. A gente cuida dele, e ele volta a dormir. É a parte mais difícil”, finaliza.

 

Sara Maria dos Santos Moura morreU após ser atingida por caminhonete e arrastada por mais de 30 metros no AC — Foto: Arquivo/Corpo de Bombeiros

Sara Maria dos Santos Moura morreU após ser atingida por caminhonete e arrastada por mais de 30 metros no AC — Foto: Arquivo/Corpo de Bombeiros

Animada e trabalhadora

 

Rodrigo Aiache, presidente da OAB-AC e marido da gestora do posto onde Sara trabalhava, destacou que ela era uma funcionária exemplar — Foto: Reprodução

Rodrigo Aiache, presidente da OAB-AC e marido da gestora do posto onde Sara trabalhava, destacou que ela era uma funcionária exemplar — Foto: Reprodução

Naquele mês, Moura também lamentou a morte da irmã, e disse que Sara era uma jovem animada e trabalhadora. Segundo a família, o condutor do veículo que a atingiu é um comerciante de gado na região, identificado como Gilberto. A família também alega que o motorista não permaneceu no local depois do acidente e se apresentou no dia seguinte com um advogado.

“Eu não sei nem o que dizer. É uma perda muito recente e ninguém espera perder alguém próximo dessa maneira tão bárbara. Era uma pessoa animada, que estava começando a vida agora. Ela ia tomar posse num concurso da educação. Trabalhadora, vinha do posto de gasolina. Estava começando a vida agora, a ter independência financeira, a dar tudo que o filho pedia. A gente está esperando a justiça”, declarou.

 

À época do acidente, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Acre (OAB-AC) Rodrigo Aiche, marido da gestora do posto onde Sara trabalhava, publicou um texto no qual lamenta a morte da jovem, e destaca que ela era uma funcionária exemplar.

“Sara estava em um momento ascendente da sua vida. Ela se formaria este ano, um marco que todos nós aguardávamos com grande alegria e expectativa. Além disso, tomaria posse em um concurso público do Estado do Acre neste mês, um testemunho da sua dedicação e competência. Seu futuro era luminoso e repleto de promessas não apenas para ela, mas também para todos aqueles que seriam beneficiados por seu trabalho e sua humanidade”, disse.

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Rio Acre recua 10 centímetros, mas segue acima da cota de transbordamento em Rio Branco

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Nível do rio marcou 14,30 metros às 15h; Defesa Civil mantém monitoramento devido à previsão de novas chuvas.

Foto: Sérgio Vale

O nível do Rio Acre apresentou recuo de 10 centímetros neste sábado, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco. Na última medição do dia, realizada às 15h, o manancial marcou 14,30 metros, permanecendo acima da cota de transbordamento, estabelecida em 14,00 metros.

De acordo com os dados oficiais, na primeira medição do dia, às 5h26, o rio registrava 13,73 metros, já acima da cota de alerta, que é de 13,50 metros. Às 9h, o nível chegou a 14,00 metros, atingindo oficialmente a cota de transbordamento. Em seguida, às 12h, o Rio Acre subiu para 14,40 metros e, no início da tarde, recuou para 14,30 metros.

Apesar de não haver registro de chuva nas últimas 24 horas na capital — com índice de 0,00 milímetro —, o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, explicou que a elevação do nível do rio é consequência das fortes precipitações ocorridas nas regiões de cabeceiras e em municípios do interior do estado, cujas águas continuam chegando a Rio Branco.

Segundo Falcão, há previsão de novas chuvas tanto nas áreas de nascente do Rio Acre quanto na capital acreana, o que mantém os órgãos de monitoramento em estado de atenção.

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Moradores da Sapolândia começam a deixar suas casas por conta da cheia

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Moradores do bairro Hélio Melo, conhecido como “Sapolândia”, em Rio Branco, começaram a deixar suas casas no início da tarde deste sábado (27), em razão da cheia do igarapé São Francisco que já começa a deslojar as famílias da região.

De acordo com a organização sem fins lucrativos Conexão do Bem, as famílias aguardaram durante a manhã por apoio da Defesa Civil. Diante da ausência de atendimento no período, os próprios moradores decidiram sair das residências por conta própria, como forma de evitar maiores prejuízos

A Defesa Civil informou que a previsão é de que o nível do Rio Acre e dos igarapés continue subindo neste domingo, o que pode agravar o cenário de inundação em áreas já atingidas da capital acreana. A situação segue em monitoramento.

VEJA O VÍDEO:

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Rio Acre segue em elevação e atinge 14,40 metros em Rio Branco

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Nível do rio permanece acima da cota de transbordamento e aumenta risco de alagamentos na capital acreana.
Foto: Sérgio Vale

Foto: Sérgio Vale

O nível do Rio Acre continua em elevação em Rio Branco neste sábado, 27, conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal. De acordo com os dados oficiais, às 12h, o manancial marcou 14,40 metros, permanecendo acima da cota de transbordamento, estabelecida em 14,00 metros.

Na primeira medição do dia, realizada às 5h26, o rio estava em 13,73 metros, já acima da cota de alerta, que é de 13,50 metros. Às 9h, o nível chegou a 14,00 metros, atingindo oficialmente a cota de transbordamento. Em poucas horas, o Rio Acre subiu mais 40 centímetros, intensificando o risco de alagamentos em diferentes regiões da capital.

Segundo a Defesa Civil, não houve registro de chuvas nas últimas 24 horas em Rio Branco. Mesmo assim, a elevação do nível do rio é consequência das fortes precipitações registradas nos dias anteriores, principalmente nas áreas de cabeceiras e em municípios do interior, cujas águas continuam desaguando na capital acreana.

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