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Estudantes criam absorvente que identifica anomalia na menstruação
O projeto finalista, chamado de Jaci-Indicador da Saúde da Mulher, foi considerado inovador pela banca julgadora, que destacou três aspectos da iniciativa

Absorvente tem cores que identificam se há anomalia na menstruação (Foto: Divulgação)
Com Dia Dia
Um absorvente que identifica se a menstruação está normal ou tem alguma anomalia é finalista do Prêmio Solve for Tomorrow Brasil, promovido pela Samsung. A iniciativa é de estudantes e de um professor do ensino médio de Manacapuru (a 86 quilômetros de Manaus).
Segundo Galileu da Silva Pires, professor de Biologia, o projeto foi pensado para solucionar o problema de “pobreza menstrual” que afeta adolescentes da própria Escola Estadual Nossa Senhora de Nazaré e comunidades rurais do município.
“Percebemos que não havia um material didático que falasse sobre a dignidade menstrual para as alunas e decidimos fazer o nosso. Escolhemos como personagem a índia Jaci, que na mitologia tupi é a deusa Lua, protetora das plantas, e desenvolvemos uma revistinha em quadrinhos, educativa, para explicar e orientá-las”, diz Galileu.
Além de criar a revistinha, as alunas criaram o “absorvente inteligente” que indica a partir do fluxo menstrual se há algum problema de saúde. “Acho que o aspecto mais inovador do nosso projeto foi a criação de um absorvente que indica o pH do fluido menstrual e ajuda a monitorar a saúde das adolescentes e mulheres de maneira preventiva”, diz o professor.
Galileu conta que o absorvente tem um sistema de fita com indicadores coloridos e cada cor tem um significado sobre a saúde menstrual. “O dispositivo do absorvente não faz diagnóstico, mas as cores vão indicar anormalidade ou não no fluxo menstrual”, diz Galileu.
A embalagem do absorvente tem um código de resposta rápida (QR Code) com mais informações que podem ser acessadas pelo celular.
Reconhecimento
O projeto finalista, chamado de Jaci-Indicador da Saúde da Mulher, foi considerado inovador pela banca julgadora, que destacou três aspectos da iniciativa.
– Uso de histórias em quadrinhos como ferramenta educativa sobre Dignidade Menstrual.
– Desenvolvimento de um absorvente inovador que identifica variações no pH do fluído menstrual, auxiliando na detecção de possíveis desequilíbrios de saúde.
– Combinação de educação e tecnologia para promover o bem-estar e a saúde da mulher.
O Solve for Tomorrow Brasil estimula estudantes do ensino médio de escolas públicas a identificar problemas reais e desenvolver soluções baseadas em ciência e tecnologia. O resultado dos vencedores será divulgado no dia 3 de dezembro.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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