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Acre

Elenira Mendes diz que foi injustiçada com decisão judicial

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Com informações do ac24horas

Condenada por improbidade administrativa e desvios de dinheiro no Instituto Chico Mendes pela Comarca de Xapuri, a pedido do Ministério Público Estadual do Acre, a filha do ambientalista Chico Mendes, Elenira Mendes, presidente e gestora do órgão na época, encaminhou nota de esclarecimento ao ac24horas alegando que está sendo injustiçada.

LEIA MAIS: Família de Chico Mendes é condenada por desvio de dinheiro

“Reintero que desde o início do processo,  sempre me mantive calada para aos meios de comunicação acreditando que a verdade sempre prevaleceria diante da mentira, hoje diante da condenação em primeira instância da Vara Cível de Xapuri  resolvo me manifestar com o mais profundo sentimento de injustiça]’, diz Elenira

Elenira afirma que criou o Instituto Chico Mendes em 2006 com o objetivo de preservar e dar continuidade a luta e legados deixados por seu pai Chico Mendes inicialmente cuidando e resguardando sua memória a partir da nossa casa “Casa Chico Mendes”,  tombada como patrimônio Cultural Brasileiro e seu acervo pessoal de prêmios e objetos pessoais.   O Patrimônio atualmente existente do legado de Chico Mendes sempre foi de suma importância para o Estado, Sociedade e Gestão do Governo Estadual, que sempre externou o interesse de que esses espaços pudesse estar constantemente abertos à população, e foi exatamente nesse contexto que fora ofertado pelo Governo do Acre ao Instituto Chico Mendes, logo após sua criação um convênio para manutenção  e funcionamento desses espaços.

“Durante as etapas que antecederam a celebração do referido convênio – peça do processo – foram realizadas uma série de reuniões, onde a partir das mesmas,  toda a estrutura do Governo,  tomara  conhecimento e respaldaram a utilização dos recursos  única e exclusivamente para pagamento de folha de pessoal, água, luz, telefone e manutenção de atividades relacionadas à Casa Chico Mendes, Fundação e Casa de Leitura Chico Mendes, reafirmo veemente que durante a execução do referido convênio, nem jamais durante minha vida como gestora,  nos apropriamos indevidamente de recursos públicos, sempre trabalhei com a verdade dos fatos e assumo todos os erros que por ventura tenha cometido na gestão do Instituto Chico Mendes, somos humanos e passivos de erros, mas jamais aceitarei o julgo de ter desviado ou enriquecido com dinheiro público”, explica a filha do ambientalista assassinado em dezembro de 1988.

“Se falhas ocorreram durante a Execução do Convênio, não foram por falta de zelo, muito menos intencional, até porque em nenhum momento foi detectado falhas durante o acompanhamento dos projetos, já que a Equipe Técnica dos então Governadores Jorge Viana e posteriormente Binho Marques, tinham total conhecimento dos procedimentos de execução dos recursos destinados ao Instituto Chico Mendes”, revela.

A ex-gestora do Instituto afirma que durante o período de execução do convenio não teve evolução patrimonial.  “Permaneci com o mesmo nível de vida, portanto como posso ter utilizado recursos na dimensão dos valores que acusam-me de ter apropriado indevidamente? A única verdade é que para aos que me conhecem sabem da vida simples que sempre tive e que continuo tendo. Ademais paira sobremaneira a tentativa de destruição da imagem da família de Chico Mendes, que poderia-se até indagar, aquém isso interessaria?”, questionou.

“Se falhas ocorreram durante a Execução do Convênio, não foram por falta de zelo, muito menos intencional, até porque em nenhum momento foi detectado falhas durante o acompanhamento dos projetos, já que a Equipe Técnica dos então Governadores Jorge Viana e posteriormente Binho Marques, tinham total conhecimento dos procedimentos de execução dos recursos destinados ao Instituto Chico Mendes”, revela.

Confira a nota de esclarecimento na integra:

Nota de Esclarecimento

Elenira Mendes

Para as pessoas que me conhecem, sabem que tenho personalidade forte, e que diante dos obstáculos sempre assumo postura de acordo  com o acontecimento, por isso que em respeito à Sociedade Acreana, e em especial à Comunidade Xapuriense, que  após momentos de reflexão em família decidi, me pronunciar acerca da sentença proferida em primeira instância nos autos do processo 0000944-55.2009.8.0007 (007.09.000944-0), por considerar o respeito e o compromisso que temos em repor a verdade diante de toda a situação atual, ademais sempre conduzi minha vida pautada na preservação da memória e da obra de meu Pai – Chico Mendes -, e por considerar que  jamais obtive para mim qualquer proveito econômico indevido, razão pela qual rejeito veementemente a conotação da notícia jornalística oriunda de release produzido pelo Ministério Público Estadual

Reintero que desde o início do processo,  sempre me mantive calada para aos meios de comunicação acreditando que a verdade sempre prevaleceria diante da mentira, hoje diante da condenação em primeira instância da Vara Cível de Xapuri  resolvo me manifestar com o mais profundo sentimento de injustiça.

Criei em 2006 o Instituto Chico Mendes com o objetivo de preservar e dar continuidade a luta e legados deixados por meu pai Chico Mendes inicialmente cuidando e resguardando sua memória a partir da nossa casa “casa Chico Mendes”  tombada como patrimônio Cultural Brasileiro e seu acervo pessoal de prêmios e objetos pessoais.   O Patrimônio atualmente existente do legado de Chico Mendes sempre foi de suma importância para o Estado, Sociedade e Gestão do Governo Estadual, que sempre externou o interesse de que esses espaços pudesse estar constantemente abertos à população, e foi exatamente nesse contexto que fora ofertado pelo Governo do Acre ao Instituto Chico Mendes, logo após sua criação um convênio para manutenção  e funcionamento desses espaços.

Durante as etapas que antecederam a celebração do referido convênio – peça do processo – foram realizadas uma série de reuniões, onde a partir das mesmas,  toda a estrutura do Governo,  tomara  conhecimento e respaldaram a utilização dos recursos  única e exclusivamente para pagamento de folha de pessoal, água, luz, telefone e manutenção de atividades relacionadas à Casa Chico Mendes, Fundação e Casa de Leitura Chico Mendes, reafirmo veemente que durante a execução do referido convênio, nem jamais durante minha vida como gestora,  nos apropriamos indevidamente de recursos públicos, sempre trabalhei com a verdade dos fatos e assumo todos os erros que por ventura tenha cometido na gestão do Instituto Chico Mendes, somos humanos e passivos de erros, mas jamais aceitarei o julgo de ter desviado ou enriquecido com dinheiro público.

Durante o período de execução do convenio não tive evolução patrimonial, permaneci com o mesmo nível de vida, portanto como posso ter utilizado recursos na dimensão dos valores que acusam-me de ter apropriado indevidamente? A única verdade é que para aos que me conhecem sabem da vida simples que sempre tive e que continuo tendo. Ademais paira sobremaneira a tentativa de destruição da imagem da família de Chico Mendes, que poderia-se até indagar, aquém isso interessaria?

Se falhas ocorreram durante a Execução do Convênio, não foram por falta de zelo, muito menos intencional, até porque em nenhum momento foi detectado falhas durante o acompanhamento dos projetos, já que a Equipe Técnica dos então Governadores Jorge Viana e posteriormente Binho Marques, tinham total conhecimento dos procedimentos de execução dos recursos destinados ao Instituto Chico Mendes.

Todos os recursos destinados ao Instituto, foram prestados contas, e apesar do Ministério Público de forma unilateral não compreender, gastamos cada centavo desses recursos, pagando inúmeras pessoas, que trabalhavam intensamente em atividades e projetos do Instituto e Casa Chico Mendes. Durante todo o período de execução do Convênio mobilizamos e movimentamos a juventude xapuriense com uma série de ações culturais, ações essas somente possíveis com os recursos advindos dos convênios celebrados com o Estado.

Recorrerei pela reformulação da sentença dada em primeira instância já entendo que a mesma vai de encontro à prova encartada nos autos, e pela razão fática de que o senhor juiz da Vara Cível da Comarca de Xapuri levou em consideração para a condenação, provas coletadas de maneira unilateral pelo Ministério Público, desprezando depoimentos prestados em juízo, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa.

Esclareço finalmente que não me resignarei em repor a verdade, e estou certa de que a justiça fara repor a verdade, e nessa condição que aguardarei com serenidade o desfecho da ação judicial, pois, por nada dever, não temo o escrutínio da sociedade e da justiça, na certeza de que, ao final, restará demonstrada a minha inocência.

Obrigada.

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Acre

Número de focos de queimada no Acre cai em 2025, mas avança sobre áreas já desmatadas

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O Acre registrou uma queda significativa no número total de focos de queimada no primeiro semestre de 2025, segundo dados da plataforma TerraBrasilis, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Foram contabilizados 61 focos entre janeiro e junho deste ano, uma redução de mais de 55% em comparação ao mesmo período de 2024, quando o estado registrou 137 ocorrências.

Apesar da diminuição expressiva no número total, o perfil das áreas atingidas chama a atenção: a maioria dos focos de 2025 ocorreu em regiões já degradadas. Do total registrado, 31 focos (50,8%) aconteceram em áreas de desmatamento consolidado, enquanto 28 (45,9%) foram em áreas de desmatamento recente. Apenas dois focos, o equivalente a 3,3%, ocorreram em áreas de vegetação nativa.

Em 2024, o cenário era diferente. A maior parte dos focos de queimada, 82 (59,9%), ocorreu em áreas de desmatamento recente. Outros 44 (32,1%) foram registrados em regiões de desmatamento consolidado, e 11 (8%) atingiram vegetação nativa.

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Acre

ICMBio fecha o cerco contra criadores de gado na Resex Chico Mendes

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O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realiza neste final de semana entre sábado e domingo, 07 e 08, uma operação de fiscalização na Reserva Extrativista Chico Mendes, com o apoio de forças de segurança, para combater o desmatamento ilegal e a criação irregular de gado em áreas protegidas, em Xapuri (AC). A ação integra uma mobilização nacional e ocorre em pontos considerados críticos da reserva.

O videomaker do ac24horas, Kennedy Santos, esteve no Seringal Maloca, onde funciona uma base do ICMBio, e conversou com Carla Lessa, gerente regional do instituto, que explicou os objetivos e procedimentos da operação. Segundo ela, a ação foca em áreas onde já houve notificações e autuações, mas que continuam sendo desrespeitadas por moradores.

“É importante a gente contextualizar que a Reserva Extrativista Chico Mendes foi criada na década de 90. Ela envolve sete municípios, são cerca de 5 mil famílias que conhecem o uso do território, o limite do uso do território. A gente tem um acordo com as comunidades, que é o plano de utilização, onde tem regras e solicita-se autorização para desmate, para uso do território. E a gente tem, em paralelo com as ações sociais e econômicas, a fiscalização como atribuição do ICMBio. No processo de fiscalização, a gente autua, multa, embarga a área e, em algumas situações, a gente notifica para retirada do gado. Essas ações muitas vezes são feitas pela equipe local, só que quando a situação extrapola, que é o que infelizmente tem acontecido, a reserva Chico Mendes hoje configura como a mais desmatada na Amazônia, a gente precisa de algumas ações mais enérgicas de retirada desse gado. E é isso que a gente está começando a fazer aqui, mas com alvos específicos, onde, repito, tem ações judiciais, tem ações de saída de moradores irregulares, reiteradas notificações para retirada de gado e não cumpridas. Então, nesse momento aqui, o foco são esses alvos, não especificamente só aqui em Xapuri, mas são alvos com essa característica”, explicou.

Questionada sobre o número de pessoas notificadas, Carla Lessa afirmou que são muitas e que a fiscalização se concentra em moradores que fazem uso inadequado do território. “O número exato de pessoas notificadas são muitas. Infelizmente, muitos moradores utilizam de forma inadequada o seu espaço, a sua colocação. A unidade tem um plano de utilização que define o percentual da área que é usada e a forma como deve ser usada. Não é proibido o gado, o problema é que você não pode extrapolar conforme o tamanho da sua área, o tamanho da sua colocação, o limite. Essas pessoas são notificadas, são multadas, são aconselhadas a não reutilizar, deixar regenerar a área que eles mataram. Isso tem sido feito continuamente, mensalmente, nas ações da Unidade de Conservação. E, repito, aqui a gente está só vindo em casos extremos, onde realmente a situação chegou às vias judiciais ou de forma administrativa, foram reiteradas solicitações de retirada do gado e descumprimento por parte do autuado”, ressaltou.

Durante a visita da equipe de reportagem, foi possível observar animais sendo isolados em algumas localidades. A gerente explicou como será feita a destinação desse gado apreendido. “Uma vez que a gente determina que o gado está apreendido, esse gado passa a ser responsabilidade do ICMBio, em parceria com o Idaf, que é o órgão sanitário responsável, que quantifica os animais, avalia a situação sanitária e cabe ao ICMBio dar a destinação final do gado. Então, esse manejo agora é de responsabilidade nossa”, destacou.

Ainda segundo Carla Lessa, o levantamento do número total de animais e propriedades envolvidas está em andamento. “A gente está levantando e o Idaf está aqui, desde ontem, fazendo esse levantamento para nós. A gente não tem esse dado claro porque é um levantamento contínuo. Então, a gente tem algumas prioritárias, sim, mas é um trabalho que vai continuar ao longo do ano, que o objetivo final, realmente, é reduzir o desmatamento na reserva Chico Mendes”, finalizou.

ASSISTA AO VÍDEO:

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Acre

“Essa novela precisa acabar! O nosso partido é acre”, afirma Nicolau Júnior

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Deputados estaduais, liderados pelo presidente de ALEAC, Nicolau Júnior, percorrem a BR 364 pra gritar por socorro
“Precisamos de união e de um esforço conjunto para mudar a história da BR 364. Com o compromisso de todos teremos força para melhorar a vida do nosso povo”.

Foto: Sérgio Vale

Essa foi a mensagem do presidente da Assembleia Legislativa, Nicolau Júnior, ao final da caravana de deputados estaduais, federais e do senador Petecão, além de lideranças da sociedade civil organizadas e prefeitos, que percorreram entre quinta e sexta, a BR 364 para fiscalizar as condições da estrada.

A mobilização é mais do que importante e válida. O movimento da Comissão Parlamentar Permanente em Prol da BR 364 é mais do que necessário. E unir as forças políticas do Acre é o único caminho para que, de forma definitiva a situação, e para que se possa resolver esse problema crônico que é a BR 364.

Foto: Sérgio Vale

“Por aqui passa não só a produção de metade dos municípios do Estado. Esta estrada é o caminho para quem precisa de atendimento médico na capital, ou em Cruzeiro do Sul e podem ter certeza: as boas condições de trafegabilidade da estrada podem ser a diferença entre viver e morrer para quem precisa de atendimento de emergência. Do jeito que está, lamentavelmente, a BR 364 se torna uma sentença de morte, para quem precisa de socorro”, afirmou com veemência o presidente Nicolau Júnior.

Ao final da caranava, após 14 horas de viagem, já no sábado pela manhã, no CEANOM, em Cruzeiro do Sul, com todas as lideranças reunidas, foi assinado um documento conjunto que será entregue ao Governo Federal, em que é destacada a importância social e econômica da BR 364.

Foto: Sérgio Vale

“Precisamos da união de todos, inclusive dos nossos parlamentares que podem ajudar com suas e mendas parlamentares, destinando-as para as obras de reconstrução da BR. Não é hora de brigas políticas e ideológicas. Essa novela tem que acabar de uma vez por todas. É hora de pensar no nosso maior partido que é o Acre”, finalizou o presidente da ALEAC, Nicolau Júnior.

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