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Denúncia revela possível desvio de combustíveis no Instituto de Terras do Acre (Iteracre)

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É possível que o prejuízo aos cofres públicos chegue à casa dos R$ 20 mil em apenas dois meses.

Além disso, servidores do Iteracre teriam feito abastecimentos com minutos de diferença um do outro, menos de 10 minutos, sendo alguns deles fora do horário de expediente, o que aumenta as suspeitas.

João Renato Jácome

Em dezenove meses de governo, as denúncias de corrupção ecoam nos corredores do Palácio Rio Branco. A Polícia Civil atua para descobrir os detalhes dos supostos esquemas que têm a finalidade de desviar recursos públicos para estruturar interesses nada democráticos e honrosos.

O novo escândalo que já chegou à cúpula do governo se trata se um possível método utilizado por servidores do Instituto de Terras do Acre (Iteracre) para desviar o combustível que abastece os veículos utilizados pelo órgão nos serviços externos. É possível que o prejuízo aos cofres públicos chegue à casa dos R$ 20 mil em apenas dois meses.

A informação, repassada por um profissional que integra a equipe do presidente da instituição, Alírio Wanderley Neto, que assumiu o comando da pasta em setembro de 2019, já deu início a uma sindicância interna que deve confirmar ou não, em 30 dias, ou seja, até o início de agosto, se houve de fato crime contra a administração pública.

A denúncia das supostas irregularidades foi feita em papel timbrado com a logomarca do Estado do Acre. Tudo enviado ao secretário de Gestão e Planejamento, Ricardo Brandão. Um verdadeiro dossiê entregue para tentar comprovar como funcionaria o suposto esquema.

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Segundo a denúncia, houve o abastecimento de veículos que estão quebrados e parados no pátio do órgão. Além disso, servidores do Iteracre teriam feito abastecimentos com minutos de diferença um do outro, menos de 10 minutos, sendo alguns deles fora do horário de expediente, o que aumenta as suspeitas.

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“Um único motorista, no dia 29/10/2019, conduziu e abasteceu 3 veículos com intervalos de um minuto para abastecer os mesmo. No entanto, não basta esse mesmo motorista dirigir os três ao mesmo tempo, eles se encontram quebrados (SEM USO) no Iteracre. O mesmo condutor no dia seguinte abastece mais dois carros inclusive um depois das 17 horas”, afirma o dossiê entregue ao secretário Brandão.

IMAGEM 1 DOSSIê

Não bastasse a informação, o dossiê acessado com exclusividade pelo portal Notícias da Hora aponta que a prática se repetiu por diversas vezes no órgão nos meses seguintes à posse de Alírio Neto no cargo de presidente do órgão. Ao dizer que confia na equipe, o presidente afirma desconhecer qualquer crime dentro do órgão.

A denúncia entregue a Ricardão Brandão também revela que houve três abastecimentos em pleno feriado e final de semana, o que, segundo a documentação, pode sugerir ainda mais as irregularidades percebidas pela denunciante, que era membro do corpo administrativo do órgão até ser exonerada, dias após fazer a denúncia.

O problema, como mostram os relatórios de faturamento do combustível, continuaram em janeiro de 2020, quando Alírio Neto completava quatro meses no comando do Iteracre. As imagens são claras e mostram também os horários dos abastecimentos, detalhadamente, com os valores que o instituto deveria pagar por isso.

“O mês de janeiro de 2020 se supera em relação aos meses de 2019 no dia 22/01/2020, a placa MZT 0271 foi abastecida em um intervalo muito curto no mesmo dia e dois abastecimentos depois das 19 horas, como mostra o destaque em azul, inclusive esta mesma estava quebrada e ainda se encontra quebrada”, disse a denunciante à data.

IMAGEM 2 DOSSIê

Conforme detalha o documento, o mesmo veículo foi abastecido mais de uma vez no mesmo dia, o que, segundo a denunciante, confirma “mais um absurdo de abastecer a mesma placa duas vezes em um intervalo de 2 horas”, levando em conta ainda que “aparece mais um abastecimento neste exato mesmo dia as 21 horas da noite”, diz o dossiê.

IMAGEM 3 DOSSIê

O presidente do Iteracre conversou com a reportagem do portal Notícias da Hora, mas preferiu não gravar entrevista para comentar o procedimento apurativo que está correndo no órgão.

Contudo, destacou que se alguém da equipe dele cometeu crime, este será punido com o rigor da lei, e garantiu que confia nos assessores que tem. Como dito, ele também nega ter conhecimento das irregularidades.

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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões

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Por Dell Pinheiro

As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.

O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.

Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.

Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.

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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco

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Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.

A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.

Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.

Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.

Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.

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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos

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Por Wanglézio Braga

O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.

Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.

O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.

O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.

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