Cotidiano
Como a crise entre Irã e EUA pode afetar os preços dos combustíveis no Brasil

Política de preços para a gasolina e o diesel no Brasil é de acompanhar a cotação internacional do barril de petróleo.
A escalada de tensão entre Irã e EUA nesta sexta-feira (03/01) levou o preço do petróleo ao maior valor desde o ataque a uma refinaria na Arábia Saudita, no mês de setembro.
Com a notícia da morte do general iraniano Qasem Soleimani, alvo de um ataque aéreo americano na quinta-feira, a cotação do barril do tipo Brent chegou a subir 4% na manhã desta sexta, elevando o preço a US$ 70.
O Irã é o décimo maior produtor de petróleo do mundo, de acordo com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Mais que isso, é um dos países que controlam o Estreito de Ormuz, a passagem que liga o Golfo Pérsico ao oceano, por onde é escoado cerca de um quinto da produção global da commodity.
É por isso que qualquer possibilidade de conflito na região pressiona para cima os preços. Um eventual bloqueio do Estreito de Ormuz reduziria drasticamente a oferta global de óleo cru, já que a produção de países como Iraque, Arábia Saudita e Emirados Árabes, além do próprio Irã, teria dificuldade para ser exportada.
Para todos os países que tomam como parâmetro as cotações internacionais para definir os preços de combustíveis, uma mudança no patamar de preço do petróleo significa reajuste da gasolina e do diesel.
Esse é o caso de Brasil. Aqui, os preços já vêm subindo desde outubro, afirma o economista-chefe da Macrosector consultores, Fabio Silveira, devido à valorização do dólar, outro componente importante na formação do preço, e pelo próprio comportamento da cotação do petróleo.
A morte do general iraniano intensifica uma tendência de alta que se desenhava desde o segundo semestre de 2019, destaca em relatório a economista da consultoria Oxford Economics Maya Senussi.
Além do ataque em setembro à refinaria da Saudi Aramco, a estatal de petróleo saudita, o cenário de melhora da demanda para 2020, com possível arrefecimento da guerra comercial entre China e EUA, e um controle da oferta por parte dos países da Opep (restringindo a venda de parte da produção) vinham elevando os preços nos últimos meses.
“Uma potencial interrupção no fornecimento causado por novas escaladas (de tensão) representam risco de aumento para os preços de petróleo no curto prazo, a despeito dos estoques hoje disponíveis e resultantes da restrição de oferta da Opep”, ela avalia.
Soleimani era chefe de uma unidade da Guarda Revolucionária iraniana, a Força Quds, e um dos homens mais poderosos do Irã, apontado como um dos responsáveis pela estratégia militar e geopolítica do país.
Ele foi morto no Iraque, pouco depois de desembarcar com uma comitiva no aeroporto de Bagdá, em um bombardeio ordenado pelo presidente americano, Donald Trump.
A justificativa foi de que Soleimani teria provocado mortes de americanos no Oriente Médio e de que era um dos estrategistas por trás dos planos iranianos de novos ataques.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, e o presidente Hassan Rouhani prometeram retaliação.
“Dependendo da reação, a escalada de preços pode ser ainda pior”, avalia Silveira. “De qualquer forma, não devemos voltar ao patamar de US$ 60 (do barril do tipo Brent) tão cedo”, completa.
‘Se subir muito, complica’
Ao comentar a alta súbita do preço do petróleo nesta sexta, o presidente Jair Bolsonaro admitiu que os preços de combustíveis no Brasil devem sentir o impacto.
“Que vai afetar, vai”, afirmou a jornalistas na saída do Palácio da Alvorada. “Agora vamos ver o nosso limite aqui”, completou.
Nesse sentido, existe um temor de que o presidente possa intervir na política de preços da Petrobras para conter a alta de preços.
Isso porque, em abril do ano passado, a estatal chegou a suspender, por determinação de Bolsonaro, um reajuste no preço do diesel.
Diante da repercussão negativa — as ações da Petrobras chegaram a cair 8% em um dia —, o ministro da Economia, Paulo Guedes, tentou apaziguar o mercado e declarou, depois de uma reunião com o presidente, que ele “havia entendido como funcionava a formação de preços da estatal” e que não interferiria mais.
O receio por parte dos investidores tem um precedente recente — a intervenção na Petrobras marcou a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff.
Entre 2014 e 2015, em um período em que o preço do barril de petróleo estava em alta e que a inflação estava pressionada no Brasil, o governo determinou que a petroleira vendesse combustíveis mais baratos do que a cotação internacional do petróleo exigiria.
Como a Petrobras, além de produzir, também importa combustível, essa política acabou impondo prejuízos bilionários à companhia, que afetaram seu desempenho até 2017.
Nesta sexta, quando questionado sobre sua posição em relação a um possível reajuste de preços após a alta do petróleo, Bolsonaro respondeu que “não pode tabelar nada”, apesar de ter dito antes que, “se subir muito, complica”.
Ruim para o consumidor, bom para a Petrobras
Se uma alta deve pesar no bolso dos consumidores, que pagarão mais caro pela gasolina e pelo diesel, pode ser boa para o caixa da Petrobras.
A estatal tem produzido e exportado mais, destaca Silveira, especialmente com a exploração do Pré-Sal.
Em novembro, a produção atingiu 3,09 milhões de barris de petróleo por dia. Desse total, 2,065 milhões vieram da reserva, aumento de 42,5% em relação a novembro de 2018, conforme os números mais recentes da Associação Nacional do Petróleo (ANP).
“Um aumento nos preços de exportação pode ter impacto positivo inclusive na balança comercial brasileira”, acrescenta o economista.
O que está acontecendo com EUA e Irã?
As tensões entre Estados Unidos e Irã são antigas, mas ganharam novo fôlego em 2018, quando o presidente Donald Trump decidiu reimpor as sanções que haviam sido suspensas em 2016 por seu antecessor.
Obama tomara a decisão depois de a Agência Internacional de Energia Atômica anunciar, em janeiro daquele ano, que o Irã havia cumprido os termos do acordo nuclear que havia firmado com os Estados Unidos e outros países em 2015.
Em maio de 2018, entretanto, Trump retirou os EUA do acordo e, meses depois, reintroduziu as sanções aos iranianos.
À medida que o embargo foi endurecendo, as tensões entre os dois países aumentaram. Os EUA chegaram a acusar o Irã de estar por trás do bombardeio à refinaria da Saudi Aramco em setembro — o que foi negado por Teerã.
A morte de Qassem Soleimani acontece após uma troca de ofensivas entre os dois países que começou no dia 27 de dezembro, quando uma base militar de aliados americanos foi atacada no Iraque.
Os americanos retaliaram no dia 29 e, na véspera de Ano Novo, milícias iraquianas — segundo Trump, cumprindo ordens do Irã — invadiram o perímetro da Embaixada dos EUA em Bagdá, que ficou sitiada por 24 horas.
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Humaitá leva 6 do Águia em mais um “papelão” no Campeonato Brasileiro

Foto Cristofer Bino: Daniel GTA marcou 3 na goleada no Zinho Oliveira
Goleada com direito a “papelão”. O Humaitá foi derrotado pelo Águia neste sábado, 7, no Zinho Oliveira, em Marabá, no Pará, por 6 a 0 em um confronto válido pela 8ª rodada da fase de classificação do Campeonato Brasileiro da Série D. Daniel GTA(3), Japa, Edicleber e Fidel anotaram os gols do Águia.
5 no primeiro tempo
O Humaitá “conseguiu” ir para o intervalo do jogo em Marabá sendo derrotado por 5 a 0. A equipe é fraca e a diretoria do Humaitá assisti as apresentações como se nada estivesse ocorrendo.
3º ano consecutivo
Pelo terceiro ano consecutivo, a diretoria do Humaitá procura montar um elenco competitivo no Estadual e na Copa do Brasil para garantir as cotas do ano seguinte e “abre mão” da Série D. Em 2026, não teremos o Tourão nas competições nacionais.
Próxima partida
A próxima partida do Humaitá no Brasileiro será contra o Manauara, do Amazonas, no domingo, 15, a partir das 18 horas, na Arena da Floresta.
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Independência bate o Manaus e volta ao G4 do Brasileiro

Foto Glauber Lima: Independência jogou com muita disposição para vencer
O Independência derrotou o Manaus por 1 a 0 neste sábado, 7, na Arena da Floresta, com um gol do lateral Gustavo aos 8 do segundo tempo em um confronto válido pela 8ª rodada da fase de classificação do Campeonato Brasileiro da Série D. O Tricolor chega aos 14 pontos e entra no G4 do grupo A1.
Resumo da partida
O Independência iniciou a partida com um time muito ofensivo em uma proposta clara para vencer a partida. O Tricolor e o Manaus fizeram um primeiro tempo muito equilibrado.
Na segunda etapa, o Independência voltou pressionando. Aos 8, Anderson chutou e no rebote de Vitor Luiz, Gustavo fez 1 a 0 Tricolor.
O Manaus subiu a marcação e aumentou a pressão em busca do empate. Adilson Bahia chutou e Weverton salvou o Independência em cima da linha.
No último lance do jogo, Victor Lima se livrou das marcações de Weverton e Acará e cruzou. Adilson Bahia perdeu uma grande oportunidade.
Próximo confronto
O próximo confronto do Independência no Brasileiro será contra a Tuna Luso. A partida será disputada no domingo, 15, a partir das 13 horas, no estádio de Souza, em Belém, no Pará.
Outros resultados do grupo A1
Manauara 2 x 0 Trem
GAS 0 x 0 Tuna Luso
Águia de Marabá 6 x 0 Humaitá
Classificação
1º Manaura/AM 18 Pts
2º Águia de Marabá/PA 15 Pts
3º Tuna Luso/PA 15 Pts
4º Independência/AC 14 Pts
5º Manaus 12 Pts
6º Trem/AP 8 Pts
7º GAS/RR 5 Pts
8º Humaitá/AC 0 Pt
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Domingo será de calor e chuvas rápidas em todas as regiões do Acre
O tempo segue quente neste domingo, 08, em todo o estado do Acre. A previsão indica predomínio de sol entre nuvens, com possibilidade de chuvas rápidas e pontuais nas diversas microrregiões. Não há expectativa de temporais ou chuvas intensas, segundo dados meteorológicos.
Na região leste e sul do estado, o domingo será marcado por calor e presença de nuvens, com chance de pancadas rápidas de chuva ao longo do dia. A probabilidade de chuvas fortes é considerada baixa. A umidade relativa do ar deve variar entre 55% e 65% durante a tarde e alcançar de 90% a 100% nas primeiras horas da manhã. Os ventos sopram fracos a calmos, com direção predominante do norte e variações entre noroeste e nordeste.
Já no restante do estado, o tempo será quente, com céu parcialmente nublado e chuvas rápidas e isoladas. A chance de chuva forte também é baixa nessas áreas. A umidade do ar deve oscilar entre 60% e 70% no período da tarde, chegando a 100% nas primeiras horas da manhã. Os ventos serão fracos, soprando de norte, com variações de noroeste e nordeste.