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Acre

Com menos de uma hora de voo, passagens áreas entre as duas maiores cidades do AC podem chegar a mais de R$ 3,5 mil

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Os valores sofrem variações e a compra antecipada pode diminuir os custos para a viagem. Apenas a empresa Gol faz esse trajeto atualmente.

Com menos de uma hora de voo, passagens áreas entre as duas maiores cidades do AC podem sair por mais de R$ 3,5 mil — Foto: Anny Barbosa/G1

A logística entre as duas maiores cidades do Acre sempre reflete os altos valores entre os trechos de Rio Branco a Cruzeiro do Sul, seja pela terra ou pelo ar. Com relação a passagens áreas, quando a demanda é maior por conta das festas de fim de ano, o valor pesa no bolso do consumidor. E pela BR-364, devido ao início dos períodos chuvosos no estado, as más condições da rodovia também são desafios.

Atualmente, a única empresa aérea que faz esse trajeto é a Gol e em dias alternados. Desde março deste ano, o voo é apenas noturno e em quatro dias da semana; em segundas, terças, quintas e sábados.

Para o fim de ano, período em que muitas pessoas procuram passar as festas na segunda maior cidade do Acre, as passagens podem chegar a R$ 3,5 mil por agência de viagem. Para se ter uma ideia, com milhas, a passagem só de ida para Cruzeiro do Sul no dia 20 de dezembro sai R$ 885. Sem o recurso das milhas, ela sai por R$ 944.

De acordo com empresário Aureliano Pereira, que trabalha com venda de passagens, o trecho entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, por exemplo, sofre variações dependendo da data da compra. “O ideal é um planejamento de no mínimo 30 dias para uma viagem. As variações nos preços podem chegar até em 100%”, diz.

A Gol informou que, atualmente, está com 3 frequências semanais de ida e volta entre Cruzeiro do Sul e Rio Branco sem previsão de aumento no curto prazo. “Os voos ligam CZS ao nosso hub em Brasília (BSB), com escala em RBR, e permite aos clientes do interior do Acre se conectarem de forma rápida a dezenas de destinos que a companhia atende a partir do Distrito Federal”, destaca.

Sobre preços de passagens aéreas, a empresa alega que o ideal é que o passageiro se antecipe na compra para evitar um valor muito alto.

“A curva de precificação praticada pela companhia permite que os diferentes perfis de clientes tenham acesso ao transporte aéreo no país, seja ele corporativo ou de lazer. Este modelo faz com que as tarifas tenham oscilação constante – considera a antecedência de compra da passagem e a ocupação da aeronave – permitindo que, em contrapartida, os passageiros que não conseguem se planejar e necessitam adquirir de última hora um bilhete também tenham opções disponíveis (muitos dos casos dos clientes corporativos, ou aqueles de viagens de emergência)”, destaca.

A reportagem também entrou em contato com o Ministério Público do Acre (MP-AC) para saber se o órgão acompanha a situação e o caso dos altos preços, mas não obteve retorno.

O valor apenas de ida pode passar dos R$ 900 — Foto: Reprodução

O valor apenas de ida pode passar dos R$ 900 — Foto: Reprodução

3º maior valor do país

 

No Acre, o bilhete aéreo em agosto foi comercializado pelo preço médio de R$ 894,58, sendo o terceiro maior do país, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em boletim divulgado na sexta-feira (4).

O painel que mostra os valores médios em todos os estados do país, mostra que os maiores preços são praticados no estados do Norte. O Acre fica atrás apenas de Roraima (R$ 1.252,24) e Rondônia (R$ 992,72).

Aumento foi nacional

 

Em outubro, Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) apontou que o ambiente era de muita volatilidade nos preços do barril de petróleo e na cotação do dólar, o que pressiona o preço do querosene de aviação.

“Cabe destacar que de janeiro a outubro, segundo dados Petrobras, o QAV acumula aumento de 47,64%, variação bem superior à alta de 28,17% dos preços das passagens aéreas divulgada hoje (25) pelo IPCA-15, do IBGE”, diz a entidade em nota.

A Abear lembrou ainda que, no acumulado de 10 meses de 2022, o preço dos bilhetes aéreos medido pelo IBGE registrou quedas em janeiro (-18,21%), fevereiro (-5,05%), março (-7,55%) e agosto (-12,22%), e que considera positivas as reduções no preço do QAV anunciadas pela Petrobras, mas que essas reduções “ainda são insuficientes para cobrir o aumento acumulado no ano do combustível da aviação comercial”.

Ônibus são alternativas  — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Ônibus são alternativas — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

BR-364 é alternativa

 

Outra forma de chegar até Cruzeiro do Sul é pela BR-364 . Porém, quem pega essa rodovia tem reclamado das más condições da estrada. Os pouco mais de 640 quilômetros feitos antes em mais ou menos 12 horas de ônibus acaba ficando mais demorado. O problema de infraestrutura acaba também interferindo no preço da passagem.

Só este ano, os preços das passagens intermunicipais sofreram dois ajustes, sendo o último em junho. O aumento foi entre R$ 1 entre Rio Branco a Bujari e chega a R$ 37 entre a capital e Cruzeiro do Sul.

Conforme a nova tabela, o preço da passagem entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, subiu de R$ 185 para R$ 222. Bujari e Senador Guiomard, que tiveram o menor reajuste, deixam de cobrar R$ 5,50 e passa a vigorar a tarifa de R$ 6,50.

Ageac reajusta preços das passagens intermunicipais e aumento chega a R$ 37 entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul — Foto: Reprodução

Ageac reajusta preços das passagens intermunicipais e aumento chega a R$ 37 entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul — Foto: Reprodução

O Acre tem 97,8% da malha rodoviária pavimentada com algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima. O diagnóstico faz parte do relatório divulgado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT). Apenas 2,2% das estradas do estado são consideradas boas ou ótimas.

Dos 1,3 mil quilômetros de vias analisados pela CNT no Acre, 975 quilômetros são considerados ruins ou péssimos. Outros 342 quilômetros foram classificados como regular, enquanto 30 quilômetros estão em situação ótimo ou bom.

Conforme o levantamento foram identificados 187 pontos críticos. Estes trechos apresentam situações atípicas que interferem na fluidez do tráfego e podem trazer riscos aos usuários e custos adicionais à operação. São exemplos: queda de barreiras, pontes caídas, erosão na pista, buracos grandes e pontes estreitas, entre outros.

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Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco

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Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.

Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.

A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.

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Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro

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Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada 

A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.

Comparativo anual:
  • 2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões

  • 2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões

  • Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados

  • Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados

Principais tributos pagos pelos acreanos:
  • Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS

  • Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)

  • Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA

  • Taxas de comércio exterior e outros encargos

Destinação dos recursos:

Os valores arrecadados são utilizados para:

  • Custeio da máquina pública (salários e manutenção)

  • Financiamento de obras e infraestrutura

  • Execução de programas governamentais

  • Pagamento de servidores públicos

  • Quitação de dívidas do estado e municípios

O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.

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Acre

Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

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Foto: Cedida

Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.

A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.

Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.

“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.

A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.

Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.

A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.

“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.

Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.

Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.

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