Cotidiano
Com menos de 6% do seu território alterado, terra indígena no AC pode se tornar geradora de créditos de carbono em potencial
Pesquisa foi feita pela Embrapa na terra indígena dos Puyanawas – conhecidos pela sua agricultura orgânica. Em julho deste ano, BNDES também foi conhecer o local.
Com o trabalho voltado para redução do desmatamento, reaproveitando áreas já alteradas, a terra indígena Puyanawa, na cidade de Mâncio Lima, no interior do Acre, apresenta potencial para gerar créditos de carbono.
É o que aponta o estudo “Desmatamento Evitado na Terra Indígena Puyanawa, Mâncio Lima, AC, Brasil”, realizado no local, pelo pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária no Acre (Embrapa), o engenheiro agrônomo Eufran Amaral, realizado entre 2017 e 2019.
O mercado de carbono funciona da seguinte forma: uma organização que emite os gases paga outra que gera créditos para neutralizá-los. Assim, o carbono emitido é compensado. A cada uma tonelada métrica de CO2 não emitida é gerado um crédito. As regras desse mercado, entretanto, dependem da gestão de cada país.
Conforme o pesquisador, os resultados da pesquisa mostram que é possível proteger a floresta e garantir renda por meio da relação harmoniosa que esse povo mantém com a natureza, já que a terra indígena possui área de mais de 24, 4 mil hectares e apenas 5,8% desse território foi alterado.
“Então, os indígenas trabalham um processo por sua relação com a floresta, com a sua cultura, trabalham um processo de contenção do desmatamento”, afirma.
Amaral informa que esse percentual corresponde a pouco mais de 1,4 mil hectares que são utilizados com pequenas pastagens, roçados e construções para moradia entre outros usos. Isso ocorre porque os indígenas utilizam os espaços para atividades agrícolas em áreas já alteradas e investem na recomposição de áreas degradadas e na implantação e fortalecimento de quintais agroflorestais.
“A gente avalia o histórico de desmatamento na área e também o estoque de carbono que tem nas florestas deles. E, a partir disso, a gente analisa a evolução futura. Se não tivesse a terra indígena ali, provavelmente teria um desmatamento cinco vezes maior do que tem hoje”, explica Amaral.
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Terra Puyanawa — Foto: Eufran Amaral/Arquivo pessoal
Avaliação
O estudo avalia o desmatamento entre os anos de 1988 a 2019. E o projeto da Embrapa iniciou lá em 2017. A partir do estudo, o pesquisador afirmou que deve ser estudada a viabilidade de um projeto de crédito. O estudo refina as regras e estabelece o que deve ser feito como manter o uso das terras em áreas já desmatadas, nas capoeiras para produzir, orientar como deve ser o reflorestamento.
“Verificando que é viável, eles então decidindo fazer, vão se associar com uma outra instituição para construir o projeto de crédito de carbono. Esse projeto estando feito, vai ser certificado e a partir do momento que é certificado aí sim eles vão gerar créditos anualmente”, diz.
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Plantações são feitas em áreas já alteradas — Foto: Eufran Amaral/Arquivo pessoal
Manutenção da floresta
Amaral disse que o atuar com essa prática, os indígenas contribuem para o alcance de metas estaduais de redução de gases de efeito estufa, uma vez que garantem a manutenção da floresta.
Os resultados da pesquisa mostraram que a média de emissões evitadas é de 6.381 toneladas de gás carbônico (CO2) por ano. Com base em parâmetros de negociação do mercado mundial de créditos de carbono, cada tonelada de CO2 evitada pode valer até 6 dólares.
“E isso a gente chama de desmatamento evitado que é contabilizado em crédito de carbono. O desmatamento evitado, a gente transforma em CO2 e essas toneladas de CO2 é possível de tornar naquilo que a gente chama de ativo econômico que é o crédito de carbono, e é possível comercializar. Ele sendo comercializado então, o recurso viria para os Puyanawas investirem em mais proteção, mais cultura e mais produção”, acrescenta.
A estimativa do estudo, para um prazo de 20 anos, é que os Puyanawas possam alcançar uma remuneração de até R$ 3,9 milhões, com a redução dos desmatamento.
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Puyanawas vivem em aldeia no interior do Acre — Foto: Jhonata Fabrício/Rede Amazônica Acre
Produção Puyanawas
A Terra Indígena Puyanawa é formada pelas aldeias Barão e Ipiranga, onde vivem 648 habitantes. A mandioca é o alimento mais cultivado pelas famílias, que chegam a produzir 500 toneladas da raiz por ano. Além de ser matéria-prima para a produção de farinha, representa a base da alimentação dos Puyanawa, estando presente nas refeições diárias.
Eles são conhecidos também pelo Festival ATSA, que em português significa macaxeira, e que reúne milhares de turistas na região.
Em julho deste ano, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, esteve conversando com lideranças indígenas da Aldeia Puyanawa e ouviu relatos de como a comunidade opera para fazer uma agricultura orgânica sem queimar e nem utilizar defensivos químicos.
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PM prende casal com mais de 11kg de droga na capital do Acre
Uma guarnição do Choque da Polícia Militar do Acre (PMAC) realizou a prisão de um casal com mais de 11kg de drogas em um apartamento, no bairro Wanderley Dantas, neste domingo, 17.
Durante patrulhamento na região, uma guarnição do Choque recebeu uma denúncia anônima, que declarava que no bairro havia um homem comercializando entorpecentes em frente a uma residência, na travessa João Queiroz.
Os militares foram ao local e, quando se aproximaram, o suspeito tentou empreender fuga, mas logo foi detido. Os policiais conseguiram visualizar que no interior do imóvel havia bastante droga. Os militares acharam mais de 11kg de maconha em posse do casal que morava no local. Os dois foram presos e encaminhados à Defla com a droga.
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Cotidiano
SECOM derrota Prefeitura e é líder do Campeonato da Imprensa
A equipe da Secretaria de Comunicação derrotou a Prefeitura por 3 a 1 neste domingo, 17, na AABB, e assumiu a liderança isolada da fase de classificação do Campeonato da Imprensa de Futebol Soçaite com duas vitórias.
Nas outras partidas da rodada, a Amazon venceu o AC24 Horas por 6 a 2 e a Rede Amazônia empatou com a TV Gazeta por 1 a 1.
Próxima rodada
A 3ª rodada do Campeonato da Imprensa será disputada no domingo, 24, a partir das 8 horas, na AABB, e as partidas são: SECOM x Rede Amazônica, Prefeitura x AC24 Horas e TV Gazeta x Amazon.

Foto Dell Pinheiro: Jogos bem disputados marcaram a 2ª rodada na AABB
- Foto Dell Pinheiro: Jogos bem disputados marcaram a 2ª rodada na AABB
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Flamengo vence Internacional e segue na liderança do Brasileirão
Flamengo e Internacional se enfrentaram neste domingo (17/8), em jogo válido pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro

Por Metrópoles
Mesmo com time misto, o Flamengo superou o Internacional por 3 x 1, neste domingo (17/8), no Beira-Rio, pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Com o resultado, o Rubro-Negro assumiu a liderança isolada do Campeonato Brasileiro, com 43 pontos. Já o Internacional aparece na 12ª posição, com 24 pontos.
O jogo
O jogo teve desfecho logo no início: o centroavante Pedro anotou dois gols — o primeiro após cruzamento de Arrascaeta; e o segundo em contra-ataque feito por Arrascaeta e assistência de Lino.
No segundo tempo, o Flamengo ampliou com Plata aos 16 minutos, que marcou no primeiro toque na bola. O Internacional conseguiu apenas o gol de honra com Borré, já nos acréscimos da partida.
Reencontro
O duelo aconteceu três dias antes da partida de volta das oitavas de final da Taça Libertadores, também no Beira-Rio. No confronto de ida, no Maracanã, o Flamengo venceu por 1 a 0, o que lhe garante a vantagem do empate na próxima quarta-feira (20/8) para avançar às quartas de final.
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