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CFM quer carreira federal para resolver a falta de médicos em regiões carentes

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Aline Leal
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O Conselho Federal de Medicina propôs hoje (24) a criação de uma carreira federal de médico. O cargo exigiria dedicação exclusiva e poderia ser solução para a carência de profissionais em áreas mais carentes do Brasil. Para o conselho, ao contrário do que diz o Ministério da Saúde, há médicos em número suficiente para atender à demanda brasileira.

Pela proposta, entregue ao Ministério da Saúde e a parlamentares, o governo criaria o Programa de Interiorização do Médico Brasileiro, em caráter emergencial e transitório, com duração de 36 meses, e levaria os profissionais para cidades com até 50 mil habitantes, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

O plano destinado a fixar médicos em pequenas cidades, inclui melhorias em infraestrutura, instalação de unidades de Pronto-Atendimento e de laboratórios de análises clínicas. O Ministério da Saúde contrataria médicos provisoriamente.

Ao fim dos 36 meses, a proposta sugere que a criação de uma carreira de estado, nos moldes da carreira de juiz, na qual o médico receberia o piso, que hoje está em torno de R$ 20 mil, para ter dedicação exclusiva ao serviço público e trabalhar 40 horas semanais.

“Com um plano de cargos, carreiras e salários a gente acha que coloca em lugares remotos médicos, que teriam perspectiva de uma carreira até chegar em alguns postos em cidades maiores e até mesmo em capitais”, avaliou Emmanuel Cavalcanti , um dos vice-presidentes do conselho.

A entidade de classe propõe também a criação de carreira federal para enfermeiros, dentistas, farmacêuticos e bioquímicos.

Recentemente, o Ministério da Saúde disse que pretende trazer 6 mil médicos cubanos para atuar nas áreas mais carentes do Brasil. Além disso, o governo estuda atrair médicos espanhóis e portugueses. Para o ministério, faltam médicos no Brasil. O conselho de medicina não concorda e sustenta que há médicos em número suficiente para suprir a demanda.

De acordo com o Ministério da Saúde, o plano proposto pelo conselho será avaliado, embora venha adotando políticas para valorizar o profissional e levá-lo para regiões com déficit de profissionais. Sobre a proposta de criação de uma carreira federal, a pasta informou que têm estimulado a implantação de planos de cargo e salário nos municípios e estados.

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Ucrânia diz que Rússia fez ataque com dezenas de drones

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Pelo menos seis pessoas morreram e nove ficaram feridas nas últimas 24 horas na Ucrânia, de acordo com autoridades regionais do país

Drone interceptador durante voo em local exato não revelado na região de Dnipropetrovsk08/07/2025REUTERS/Valentyn Ogirenko • REUTERS/Valentyn Ogirenko

A Rússia lançou um ataque de drones à Ucrânia durante a noite deste sábado (6), atingindo infraestruturas civis, informou a Força Aérea Ucraniana.

A Força Aérea disse que a Rússia atacou com 91 veículos aéreos não tripulados, ou UAVs, e “imitações de drones de vários tipos”, 68 dos quais foram abatidos.

“O ataque aéreo foi repelido pela aviação, forças de mísseis antiaéreos, unidades de guerra eletrônica e de sistemas não tripulados, e grupos móveis de fogo das Forças de Defesa Ucranianas”, postou a força aérea no Telegram.

Enquanto isso, bombas aéreas russas, artilharia e drones mataram pelo menos seis pessoas e feriram nove nas últimas 24 horas na Ucrânia, de acordo com autoridades regionais do país.

A Rússia atingiu casas na cidade de Kherson com fogo de artilharia, disse o chefe da região, Oleksandr Prokudin, e as equipes de resgate retiraram o corpo de uma mulher morta dos escombros de uma das casas destruídas.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que desde o início de setembro, “a Rússia lançou contra a Ucrânia mais de 1.300 UAVs de ataque, quase 900 bombas aéreas guiadas e até cinquenta mísseis de vários tipos”.

Ontem à noite, a infraestrutura civil foi atingida novamente”, postou Zelensky no X neste sábado.

“A Rússia continua a prolongar esta guerra e procura transformar a diplomacia numa farsa total. E isto deve ser enfrentado com uma resposta unida: aos ataques e à destruição, ao desrespeito pelos esforços diplomáticos e pelo diálogo civilizado”, disse ele, ao mesmo tempo que pediu mais sanções a Moscou.

 

Fonte: CNN

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O que é Ação Palestina, grupo ligado a centenas de prisões no Reino Unido?

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Cerca de 150 pessoas foram detidas neste sábado (6) em protesto em Londres

Pessoas participam de um protesto da Ação Palestina em 6 de setembro de 2025 em Edimburgo, Reino Unido • Foto de Annabelle Chih/Getty Images

Centenas de pessoas se reuniram na Praça do Parlamento, em Londres, neste sábado (6) para protestar contra a decisão do governo britânico de proibir o grupo Ação Palestina, designado como organização terrorista em julho.

O Serviço de Polícia Metropolitana de Londres disse à CNN que não poderia fornecer um número oficial, mas estimou de 1.000 a 1.400 manifestantes, contagem alinhada com a dos organizadores do protesto.

Cerca de 150 prisões foram feitas na manifestação por uma série de crimes, incluindo agressão a um policial e expressão de apoio a uma organização proibida.

Policiais abriram caminho no meio da multidão para fazer as prisões, enquanto outros manifestantes gritavam “vergonha”. Os organizadores acusaram a polícia de “tentar deliberadamente se esquivar da própria violência, culpando os manifestantes”.

O que é a Ação Palestina?

A Ação Palestina é uma organização sediada no Reino Unido que visa interromper as operações de fabricantes de armas ligados ao governo israelense.

Foi fundado por Huda Ammori e pelo ativista climático Richard Barnard em 2020, quando o grupo tomou a sua primeira ação para encerrar as operações da Elbit Systems no Reino Unido – o maior fabricante de armas de Israel – e declarou o seu compromisso em “acabar com a participação global no regime genocida e de apartheid de Israel”.

A Elbit Systems UK – que está concorrendo a um contrato de 2 bilhões de libras com o Ministério da Defesa britânico – não respondeu às perguntas da CNN sobre a Ação Palestina, mas afirmou em um comunicado que “a segurança nacional é a prioridade” e que estão “orgulhosos da parceria com as forças armadas britânicas”.

Desde sua fundação, a Ação Palestina ocupou, bloqueou, pintou com spray e interferiu na empresa franco-israelense de drones UAV Tactical Systems e na gigante mundial de armas Leonardo.

O grupo também danificou um retrato do antigo secretário das Relações Exteriores britânico, Arthur Balfour – quem em 1917 declarou o apoio de Londres ao estabelecimento de um “lar nacional para o povo judeu” na Palestina sob mandato britânico.

Além disso, a Ação Palestina roubou dois bustos do primeiro presidente de Israel, Chaim Weizmann, da Universidade de Manchester.

No entanto, foi uma ação do grupo no final de junho deste ano – quando ativistas invadiram a maior base aérea do Reino Unido, a RAF Brize Norton, e vandalizaram dois aviões de reabastecimento Airbus Voyager com tinta e pés de cabra – que levou o governo a proibir a organização.

Dias depois, a então secretária do Interior do Reino Unido, Yvette Cooper designou a Ação Palestina como um grupo terrorista, mesma condição imposta a organizações como o Hamas, a Al Qaeda e o  Estado Islâmico. A medida foi condenada por especialistas das Nações Unidas, grupos de direitos humanos e políticos.

Por que o governo britânico baniu a Ação Palestina?

O governo do Reino Unido, citando um relatório do Centro Conjunto de Avaliação do Terrorismo do país, disse que a Ação Palestina ultrapassou a linha de protesto e agora é sabotagem. A então secretária do Interior disse que a medida era necessária para proteger a segurança nacional, afirmando que a Ação Palestina “não é uma organização pacífica” e tem um histórico de “danos criminais inaceitáveis”.

Mas as autoridades britânicas estão de olho no grupo há algum tempo.

Em maio de 2024, uma análise governamental independente sobre violência política comparou a Ação Palestina e o grupo de ativistas climáticos Just Stop Oil a “grupos terroristas” e recomendou que as suas ações fossem proibidas.

“A proibição de grupos terroristas tornou mais difícil para os seus ativistas planejarem crimes – essa abordagem também deveria ser ampliada aos grupos de protesto extremistas”, disse John Woodcock, o autor análise.

Em uma entrevista à CNN, Woodcock disse que a designação era “justificada e proporcional”.

“Eu discordo da ideia de que seja um protesto pacífico”, disse ele. “A definição de terrorismo abrange absolutamente o tipo de dano econômico para uma causa política que a Ação Palestina tem realizado sistematicamente”, afirmou.

Woodcock era consultor remunerado de grupos de lobby que representam fabricantes de armas e empresas de combustíveis fósseis. Também ex-presidente dos Amigos Trabalhistas de Israel, ele ignorou qualquer possibilidade conflito de interesses, dizendo à CNN que “deveríamos poder dizer que não é certo infringir a lei e aterrorizar os trabalhadores”.

Acredita-se que a Ação Palestina seja o primeiro grupo de ação direta a ser designado como organização terrorista no Reino Unido. A proibição significa que mostrar apoio à organização acarreta uma pena máxima de até 14 anos de prisão.

Embora o grupo tenha promovido “táticas disruptivas”, afirmou que as suas ações visam propriedades e não pessoas. O Ministério do Interior do Reino Unido não apresentou provas das suas alegações de que a Ação Palestina utilizou armas e causou ferimentos graves.

Quem critica a proibição?

Defensores das liberdades civis em todo o Reino Unido e em outros países condenaram a designação da Ação Palestina como grupo terrorista, alertando que a aplicação de leis contra o terrorismo a um grupo deste tipo corre o risco de prejudicar a liberdade de expressão e de manifestação, ao mesmo tempo que estabelece um precedente perigoso para os direitos de protesto.

A Amnesty UK classificou a medida como “um exagero jurídico perturbador”, argumentando que as leis penais existentes poderiam abordar os danos materiais sem invocar o terrorismo.

A Amnesty UK também argumenta que a proibição suprime a expressão de todo o movimento pró-palestino, uma afirmação que o governo nega.

Em julho, o chefe dos direitos humanos da ONU, Volker Turk, pediu o fim da proibição, dizendo que a medida levanta preocupações de que as leis antiterrorismo do Reino Unido “estejam sendo aplicadas a condutas que não são de natureza terrorista e correm o risco de impedir o exercício legítimo das liberdades fundamentais”.

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“Depósito de Deportação” na Flórida começa a receber primeiros imigrantes

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Instalação é o segundo centro de detenção para imigrantes no estado, após a inauguração do Alcatraz dos Jacarés
Depósito de Deportação na Flórida começa a receber primeiros imigrantes  • CNN Newsource

Depósito de Deportação na Flórida começa a receber primeiros imigrantes • CNN Newsource

A Flórida abriu o segundo centro de detenção de imigrantes, chamado de Depósito de Deportação, em meio a uma batalha legal envolvendo a primeira instalação, o Alcatraz dos Jacarés.

O centro fica em uma prisão estadual temporariamente fechada, a Instituição Correcional Baker, que abriga 117 detidos e tem capacidade para1.500 pessoas, de acordo com o gabinete do governador Ron DeSantis.

O “Depósito de Deportação” foi inaugurado um dia depois de um tribunal federal de apelações bloquear temporariamente a ordem de um juiz para fechar o Alcatraz dos Jacarés, localizado nas profundezas dos pântanos dos Everglades.

A instalação, envolta em uma cerca alta de arame, é composta por vários prédios baixos e térreos. Torres de guarda estão estrategicamente posicionadas ao redor.

Outros estados anunciaram instalações semelhantes para complementar capacidade limitada em centros de detenção de imigração em todo o país. O Depósito de Deportação faz parte dessa equação e é apenas uma parte do esforço do governador da Florida para expandir centros de detenção do estado para abrigar imigrantes.

DeSantis está reforçando seus planos de construir um terceiro centro de detenção na Flórida, que ele chamou de “Panhandle Pokey”, junto com outra instalação em um centro de treinamento da Guarda Nacional da Flórida conhecido como Camp Blanding.

Os novos centros de detenção surgem enquanto a Casa Branca pressiona as autoridades a realizem pelo menos 3 mil prisões migratórias por dia, como parte dos esforços de deportação em massa do governo.

Até agora, muitos detidos foram enviados para a Baía de Guantánamo ou deportados para a megaprisão de El Salvador.

O Depósito de Deportação foi anunciado em agosto, em meio a preocupações sobre o primeiro centro de detenção, o Alcatraz dos Jacarés. O Alcatraz foi alvo de intensas críticas pelo tratamento aos imigrantes, que ficam confinados em um calor sufocante, com infestações de insetos e refeições escassas. Membros do Congresso e representantes estaduais que testemunharam as condições a exigem o fechamento imediato do centro.

 

Fonte: CNN

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