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Casamentos diminuem 26,2% e casais se separam mais rápido no Acre, revela IBGE

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Casamentos diminuem 26,2% e casais se separam mais rápido no Acre, revela IBGE — Foto: Crew / Unsplash / Divulgação

Por Iryá Rodrigues

O número de casamentos registrados no Acre diminuiu 26,2% em um ano, segundo o resultado do Registro Civil 2019, divulgado nesta quarta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os divórcios também tiveram redução de 1,2%, no entanto, os casamentos estão durando menos do que há dez anos.

Ao todo, no ano passado foram registrados 4.431 casamentos civis. Desse total, 15 ocorreram entre pessoas do mesmo sexo.

O mesmo comportamento de queda nos registros foi observado nos casamentos civis entre pessoas do mesmo sexo, os quais registraram redução de 16,6 % entre 2018 e 2019. Os casamentos entre cônjuges femininos representaram 60% dos casamentos no ano passado.

A taxa de nupcialidade legal revela uma dimensão do número de registros de casamentos em relação à população em idade de casar, ou seja, de 15 anos ou mais de idade, segundo o IBGE. Conforme os dados, no Acre, para cada mil habitantes em idade de casar, 7,10 pessoas, em média, se uniram por meio do casamento legal em 2019.

Acre aparece em sete lugar com a maior taxa de nupcialidade — Foto: Reprodução/IBGE

Acre aparece em sete lugar com a maior taxa de nupcialidade — Foto: Reprodução/IBGE

No ranking dos estados, o Acre aparece em sétimo lugar com a maior taxa de nupcialidade. A maior é a de Rondônia, com média de 9,4 casamentos para cada mil habitantes. O Piauí teve a menor taxa, com 3,73.

Em 2019, o mês preferido para a união dos casais no Acre foi julho, com 776 casamentos realizados. Fevereiro registrou o menor número de todo o ano, com apenas 204 uniões oficializadas no estado.

No quesito idade, os homens entre 20 a 24 anos foram os que mais casaram. Ao todo, foram 885 registros em cartório nessa faixa etária. A mesma faixa etária é maior entre as mulheres que se casaram no ano passado, somando 1.017 casamentos.

Houve ainda 552 casamentos em que a noiva tinha entre 15 e 19 anos e 145 casamentos em que o noivo tinha a mesma idade. Entre os idosos, foram 101 casamentos de homens de 65 anos ou mais, e 36 casamentos com mulheres nessa mesma faixa etária.

Divórcios

Em 2019, a pesquisa Estatísticas do Registro Civil apontou 1.048 divórcios concedidos em 1ª instância ou por escrituras extrajudiciais no estado acreano. O número representa uma redução de 1,2% em relação ao total contabilizado em 2018, quando foram 1.061.

Em média, os homens se divorciam em idades mais avançadas que as mulheres. Em 2019, na data do divórcio, os homens tinham, em média, 40 anos, enquanto as mulheres, 37 anos.

No Acre, em 2009, o tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio era de 16,3 anos. Em 2019, houve uma diminuição no tempo de duração do casamento para 10,2 anos.

Na avaliação dos divórcios judiciais concedidos em 1ª instância, por tipo de arranjo familiar, o estudo apontou que a maior proporção das dissoluções ocorreu entre as famílias constituídas somente com filhos menores de idade, atingindo 48,7% em 2019.

Entre os anos de 2014 e 2019, houve um aumento de 5,3 pontos percentuais nos divórcios judiciais concedidos em 1ª instância entre casais que possuíam somente filhos menores.

Em 2014, a proporção de guarda compartilhada entre os cônjuges com filhos menores era de 9,1%. Em 2019, essa modalidade passou a representar 17,8%. Tal comportamento, segundo o IBGE, evidencia o crescimento dessa modalidade de guarda com filhos menores.

Dados nacionais

A queda no número de registros de casamentos é uma tendência nacional. O número de registros de casamentos no Brasil saiu de 1.053.467 em 2018 para 1.024.676 no ano passado.

Do total de matrimônios registrados no país, 9.056 ocorreram entre pessoas do mesmo sexo e o número deste tipo de casamentos, após crescer 61,7% entre 2017 e 2018, teve um recuo de 4,9 % de 2018 para 2019.

Entre as regiões, a maior queda no número total de casamentos registrados em 2019 foi no Sudeste, com redução de 4% e a menor, de 0,3%, no Norte.

Os divórcios também tiveram queda de 0,5% em um ano, passando de 385.246 em 2018 para 383.286 em 2019 no Brasil. Mas os casamentos estão durando menos do que há dez anos. Em 2009, o tempo médio entre a data do casamento e a data do divórcio era de 17,5 anos e, em 2019, essa média caiu para 13,8 anos.

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Ampliação do número de carteiras assinadas é sustentada, diz IBGE

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O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado do Brasil cresceu 2,6%, com a inclusão de 1 milhão de trabalhadores, no trimestre encerrado em novembro, número recorde, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (30) pelo IBGE.

Com o resultado, que não inclui trabalhadores domésticos, são 39,4 milhões de empregados nesta condição. Desse total, 13,1 milhões são do setor público, também um número recorde, com avanço de 1,9% ou mais 250 mil pessoas no trimestre e de 3,8% no ano com mais 484 mil pessoas.

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Para a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, apesar de especificamente não ter sido uma variação estatisticamente significativa, a trajetória por si só, garantiu chegar ao fim deste trimestre com o contingente de 39,4 milhões de pessoas, o que representa um número recorde para a série carteira assinada no setor privado.

“Embora não significativa, sempre vem acrescentando carteira no cômputo geral, ou seja, é um movimento que foi sustentado ao longo de 2024 e agora para 2025”, comentou entrevista virtual à imprensa para apresentação dos dados da Pnad Contínua.

No mesmo trimestre, o número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado também mostrou estabilidade no trimestre e atingiu 13,6 milhões. O total representa recuo de 3,4% ou menos 486 mil pessoas no ano.

Já os trabalhadores por conta própria alcançaram 26 milhões, o que é novo recorde da série histórica. Se comparado ao trimestre anterior, embora tenha ficado estável, o contingente aumentou 2,9% ou mais 734 mil pessoas no ano.

“O trabalho por conta própria chega à marca inédita de 26 milhões, a maior estimativa da série histórica da pesquisa. A despeito da variação trimestral não ter ocorrido e ter ficado no campo da estabilidade, a expansão continuada assegurou o atingimento desse volume de trabalhadores por conta própria”, disse.

Informalidade

O recorde no número de trabalhadores com carteira assinada no trimestre encerrado em novembro foi motivo para a variação negativa da taxa de proporção de trabalhadores informais na população ocupada.

O número de pessoas nesta situação ficou em 37,7% da população ocupada ou 38,8 milhões de trabalhadores informais. No período anterior terminado em agosto tinha ficado em 38,0 % ou 38,9 milhões. É também menor que os 38,8 % ou 39,5 milhões, registrados no trimestre encerrado em novembro de 2024.

A coordenadora ressaltou, o que classificou de quadro interessante, ao verificar o quanto a população ocupada total cresceu e quanto dessa parcela da população está na informalidade. “O ramo informal não apenas não cresceu como retraiu. Isso faz um movimento de perda de força do ramo informal, pontuou.

Adriana Beringuy destacou que parte expressiva dos 601 mil trabalhadores que entraram para a população ocupada no trimestre foi justamente no segmento da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, que cresceu 2,6%, ou 492 mil pessoas ocupadas a mais. Neste segmento, ainda que tenha contratos temporários, o da educação não é considerado informal e tem legalidade constituída e assegurada, explicou a coordenadora.

Ela disse também que os segmentos informais são compostos por emprego sem carteira no setor privado, trabalho doméstico sem carteira assinada, conta própria e empregador sem CNPJ e o trabalhador familiar auxiliar. “Quando a gente soma todas essas parcelas populacionais, chega ao valor de 38 milhões 817 mil pessoas consideradas ocupadas e formais, antes eram 38.878, ficou praticamente estável”.

No trimestre encerrado em agosto, a taxa de desocupação ficou em 5,2% da força de trabalho do país, ou 5,6 milhões de pessoas em busca de trabalho, sendo a menor desde 2012, quando começou a série histórica da Pnad Contínua. Desde o trimestre encerrado em junho de 2025, que o indicador vem mostrando, sucessivamente, menores taxas da série.

Rendimentos

Outro recorde no trimestre terminado em novembro, foi no rendimento médio real habitual da população ocupada do Brasil que atingiu R$ 3.574, com alta de 1,8% no trimestre e de 4,5% em relação ao mesmo trimestre móvel de 2024, já descontados os efeitos da inflação.

O avanço de 5,4% no rendimento médio dos trabalhadores em Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas puxou este recorde. Conforme a Pnad Contínua, se comparado anualmente, houve ganhos em cinco atividades: Agricultura e pecuária (7,3%), Construção (6,7%), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras (6,3%), Administração pública (4,2%) e Serviços domésticos (5,5%).

Com o desempenho do rendimento médio e do número de trabalhadores, a massa de rendimento real habitual também atingiu novo recorde. “R$ 363,7 bilhões, com altas de 2,5% (mais R$ 9,0 bilhões) no trimestre e de 5,8% (mais R$ 19,9 bilhões) no ano”, informou o IBGE.

Pesquisa

De acordo com o IBGE, a Pnad Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho do Brasil e abrange 211 mil domicílios, espalhados por 3.500 municípios e visitados a cada trimestre. “Cerca de dois mil entrevistadores trabalham nesta pesquisa, integrados às mais de 500 agências do IBGE em todo o país”.

Fonte: Conteúdo republicado de AGENCIA BRASIL - NOTÍCIAS

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Idoso de 61 anos é resgatado de dentro de caminhonete trancada sob calor intenso e passando mal em Rio Branco

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Homem que se apresentou como tutor foi preso em flagrante por suspeita de abandono de incapaz. Bombeiros arrombaram vidro para salvar vítima, que estava com pressão alta

Um homem que se apresentou como tutor do idoso e dono do veículo foi preso em flagrante pela Polícia Militar, sob suspeita de abandono de incapaz. Foto: captada 

Um idoso de 61 anos foi resgatado por bombeiros de dentro de uma caminhonete trancada na Rua Isaura Parente, em Rio Branco, na tarde de segunda-feira (29). O homem havia ficado mais de uma hora no veículo sob calor intenso até que pedestres perceberam que ele passava mal e acionaram a polícia.

O major Ocimar Farias, do Corpo de Bombeiros, explicou que, após tentativas frustradas da RBTrans e de um chaveiro, a equipe arrombou o vidro traseiro para retirar a vítima, que estava com pressão alta e debilitada. Um homem que se apresentou como tutor do idoso e dono do veículo foi preso em flagrante pela Polícia Militar, sob suspeita de abandono de incapaz.

O idoso recebeu os primeiros socorros no local e foi encaminhado para atendimento médico. A PM confirmou indícios de abandono, uma vez que ele permaneceu trancado sem os cuidados necessários.

O major Ocimar Farias explicou que os bombeiros quebraram o vidro de uma das janelas para ter acesso ao idoso.

“Ele faz uso de remédios e estava com o carro trancado no calor. Quando chegamos ao local já tinha uma equipe da RBTrans tentando abrir, mas não conseguiu. Nossa única alternativa foi fazer o arrombamento do vidro traseiro”, reforçou.

O bombeiro confirmou que o idoso estava com a pressão alta e debilitado. Ele recebeu os primeiros socorros ainda no local. A PM-AC confirmou que ‘foi constatado que o idoso se encontrava em situação de vulnerabilidade, havendo indícios de abandono de incapaz, uma vez que permaneceu trancado no veículo sem os cuidados necessários’.

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Moradores de Manoel Urbano enfrentam ruas intransitáveis e lama em pleno fim de ano

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Reportagem flagrou acesso apenas por tábuas improvisadas e quadriciclos na Baixada do Porto Atual. População cobra ações da prefeitura para infraestrutura local

A situação atinge de forma mais severa idosos, crianças e pessoas com mobilidade reduzida, que precisam procurar os pontos menos alagados para conseguir se deslocar, muitas vezes correndo riscos. Foto: captada 

Na Baixada do Porto Atual, em Manoel Urbano, ruas completamente tomadas pela lama dificultam o tráfego de pedestres e veículos em pleno período de festas de fim de ano. A situação, flagrada pela reportagem do jornalista Gilmar Mendes Lima nesta terça-feira (30), revela problemas crônicos de infraestrutura que seguem sem solução, afetando principalmente idosos, crianças e pessoas com mobilidade reduzida.

Moradores relataram que a única forma de acesso em vários trechos é por tábuas improvisadas sobre a lama ou por quadriciclos — os únicos veículos capazes de trafegar no local. Eles afirmam que a área está entre as mais negligenciadas pela Prefeitura de Manoel Urbano, sem serviços regulares de recuperação das vias ou drenagem, situação que piora com as chuvas.

A população cobra ações emergenciais para garantir condições mínimas de acesso e evitar que o abandono persista, impactando a rotina e a segurança das famílias que residem na localidade.

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