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Aleac instala Frente Parlamentar dos Embargos em defesa de produtores rurais do Acre
Criada por unanimidade, comissão busca articular soluções para embargos ambientais que afetam agricultores; deputado Tanízio Sá destaca importância do setor produtivo para economia estadual

O emedebista também informou que, na próxima sexta, será realizada uma audiência pública sobre o tema, com a presença confirmada de ao menos dois senadores Foto: cedida
Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) nesta terça-feira (8), o deputado estadual Tanízio Sá (MDB) anunciou a instalação imediata da Frente Parlamentar dos Embargos, criada para articular políticas em defesa de produtores rurais afetados por restrições ambientais.
A proposta, aprovada por unanimidade pelos 24 deputados há dez dias, visa fortalecer o diálogo sobre os impactos dos embargos na agricultura familiar e no agronegócio — setores apontados como essenciais para a economia acreana.
“Vamos deixar aberto para que o maior número de deputados participe, porque todos têm interesse nesse tema. O setor produtivo é o principal motor da nossa economia”, afirmou Sá, enfatizando a necessidade de ampla adesão à frente. A iniciativa surge em meio a debates sobre como conciliar desenvolvimento rural e preservação ambiental no estado.
Objetivos da frente parlamentar
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Mediar conflitos entre órgãos ambientais e produtores rurais
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Propor alternativas para regularização de áreas embargadas
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Fortalecer políticas públicas voltadas ao agronegócio e agricultura familiar
O emedebista também informou que, na próxima sexta-feira (11), será realizada uma audiência pública sobre o tema, com a presença confirmada de ao menos dois senadores, três deputados federais e diversos representantes de órgãos de controle, como ICMBio, Ibama, Ministério da Agricultura, Sema e outros.
“Essa audiência vai ser decisiva para definirmos um rumo para a economia do Acre. Os produtores não podem continuar sendo ameaçados constantemente. Precisamos encontrar uma solução para quem trabalha para alimentar a população”, defendeu.
Ainda durante sua fala, o deputado solicitou à direção da Aleac o encaminhamento de um ofício à presidente do Deracre solicitando informações detalhadas sobre as pontes de madeira construídas em 2024 e as previstas para execução em 2025. O pedido inclui dados sobre as empresas contratadas, os locais das obras e a metragem total executada.

A criação da frente foi aprovada por unanimidade pelos 24 deputados da Casa há dez dias. Foto: cedida
O parlamentar destacou a importância de garantir ampla participação dos colegas parlamentares na comissão, para fortalecer o debate em torno da agricultura familiar e do agronegócio, setores que, segundo ele, representam a base do desenvolvimento do estado.
A instalação da frente ocorre em um momento de tensão entre setores produtivos e fiscalização ambiental no Acre. Parlamentares defendem que embargos, quando aplicados sem análise criteriosa, podem inviabilizar atividades econômicas tradicionais. A comissão deve promover audiências públicas e discutir projetos de lei para reduzir burocracias no licenciamento rural.
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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões
Por Dell Pinheiro
As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.
O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.
Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.
Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.
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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco
Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.
A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.
Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.
Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.
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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos
Por Wanglézio Braga
O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.
Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.
O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.
O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.









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