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Acre

Afundada em dívidas, prefeitura de Capixaba vai cortar salários e demitir servidores para não fechar as portas

Das 12 secretarias municipais que existiam em Capixaba, José Augusto já reduziu para apenas cinco

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Ex-gestores deixaram dívida de 9 milhões de FGTS e mais de um milhão de reais com a Eletrobras; medida do prefeito sobre demissões e corte de salários foram anunciadas nesta quinta.

Prefeito José Augusto vai reduzir o próprio salário/Foto: internet)

COM SALOMÃO MATOS - CONTILNET

O prefeito José Augusto (Progressistas), do município de Capixaba, distante pouco mais de 80 quilômetros de Rio Branco, no Acre, decidiu tomar medidas drásticas para sanar dívidas herdadas da administração passada e não fechar as portas da prefeitura.

Com quase R$ 9 milhões em dívidas, somente com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), e impedido de contrair empréstimo ou celebrar convênios junto ao governo federal, José Augusto diz não ver outra alternativa a não ser demitir servidores, enxugar a folha de pagamento ao máximo e reduzir o próprio salário e de seus secretários.

“Deixamos de captar R$ 20 milhões porque a nossa dívida do FGTS herdada das gestões passadas chegou aos $ 9 milhões com a Caixa Econômica Federal e eles não dão um prazo suave para que a gente possa cobrir esse rombo”, desabafa o prefeito.

O gestor diz lamentar que os salários dos servidores provisórios estejam atrasados dois meses. Ele garantiu que vem se empenhando para conseguir liberar emendas destinadas ao município e poder colocar as contas em dia.

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“Além disso, as gestões passadas deixaram um rombo de mais de R$ 1 milhão em dívidas com energia elétrica, além de precatórios a pagar”, conta.

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Das 12 secretarias municipais que existiam em Capixaba, José Augusto já reduziu para apenas cinco, ficando somente as secretarias de Educação, Segurança, Saúde, Obras e Assistência Social.

As demissões, garante o prefeito, começam a ser feitas já a partir desta quinta-feira (14) e o salário dele próprio e dos secretários serão cortados pela metade. José Augusto diz lamentar a situação e contar com  ajuda dos vereadores da cidade para ajudar a melhorar a saúde financeira do município.

Município de Capixaba tem dívidas de mais de dez milhões com FGTS e Eletrobras

“Recebemos a prefeitura afundada em dívidas, que não são só trabalhistas, mas também com fornecedores. Desde que assumimos não temos feito outra coisa a não ser pagar dívidas que deixaram”, lamenta.

O prefeito diz que foi a Brasília várias vezes, na tentativa de liberar emendas e celebrar convênios com a União, mas que sempre esbarra na inadimplência.

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“Esperamos que os setores fiscalizadores da União compreendam que essa herança maldita me foi deixada pela administração passada, diz.

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Num apelo, José Augusto pede também que a população compreenda o momento difícil que o município atravessa.

“Conto com a população de Capixaba e peço que me compreendam. Conto com a colaboração dos nossos servidores, nossos vereadores. Estou tentando fazer o possível pelo melhor do nosso município, e vamos vencer. Capixaba vai sair desse buraco que encontramos quando assumimos. A maré é ruim agora, mas vamos caminhar olhando para o futuro. Iremos cortar na própria carne e não mediremos esforços para honrar a missão que nos foi dada, que é administrar para todos , fazendo o melhor pela nossa população”, promete ele.

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Acre

Internamento de mercadorias movimentou R$ 2,48 bilhões no Acre, em 2024, mostra Suframa

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De janeiro a dezembro de 2024, foram internados R$ 64,89 bilhões, em valores nominais, de Protocolos de Ingresso de Mercadoria Nacional (PINs), na área de abrangência da Suframa, composta por Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. O volume representa um crescimento de 15,75% na comparação com os dados de 2023.

O Estado do Amazonas lidera o ranking, sendo responsável por 65% do total de mercadorias internadas, com um montante de R$ 41,88 bilhões – um aumento de 18,35% em relação ao ano anterior. Outros Estados também registraram crescimento expressivo: Roraima (14,98%), Acre (10,78%), Amapá (14,59%) e Rondônia (6,57%).

A análise dos PINs internados por regime fiscal demonstra a relevância dos incentivos oferecidos pela Zona Franca de Manaus (ZFM), pela Amazônia Ocidental (Amoc) e pelas Áreas de Livre Comércio (ALC). No Amazonas, por exemplo, a ZFM respondeu por 99,03% do internamento, enquanto em Rondônia o regime AMOC representou 69,6% do total.

A dinâmica econômica da região tem forte dependência do setor de comércio, que lidera a participação em todos os Estados analisados, com exceção do Amazonas, onde a indústria também tem uma presença significativa. No Estado, a indústria representa 48,3% (ou R$ 20,23 bilhões) e o comércio representa 48,6% de participação (ou R$ 20,36 bilhões).

A dinâmica do internamento está concentrada no comércio nos demais estados. Rondônia com 90,2% (R$ 7,26 bilhões), Roraima com 93,09% (R$ 5,37 bilhões), Amapá com 95,4% (R$ 6,11 bilhões) e Acre com 89,16% (R$ 2,48 bilhões). Vale destacar que nos Estados de Rondônia e Acre as atividades da indústria e do serviço tem grau de participação superior do que nos demais Estados de atuação da Autarquia. Em Rondônia a indústria tem participação de 5,1% (R$ 409,3 milhões) e serviço tem participação de 4,4% (R$ 351,16 milhões). No Acre destaca-se a atividade da indústria com participação de 6,27% (R$ 174,36 milhões) e a atividade serviço com 4,18% de participação (R$ 116,42 milhões).

Quanto ao histórico de internamento dos últimos anos, houve leve retração em 2023 (-4%), seguida de recuperação significativa em 2024, com alta de 15,75% no valor total dos internamentos. No que se refere à quantidade de notas fiscais internadas, houve um crescimento de 8,1% em 2024, revertendo a tendência de queda observada nos anos anteriores. Os dados apresentados não representam necessariamente o volume de vistorias realizadas pela Suframa no período analisado.

“O crescimento dos internamentos no ano de 2024 reflete a importância dos incentivos fiscais na região, que estimulam o comércio e a indústria, promovendo a geração de emprego e renda”, destacou o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva.

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Prefeitura de Rio Branco garante acolhimento para animais de famílias em risco de alagamento

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Diante da possibilidade de uma nova cheia do Rio Acre, a Prefeitura de Rio Branco não está focada apenas no acolhimento das famílias, mas também no bem-estar dos animais que acompanham esses moradores. Para isso, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), por meio do Departamento de Controle de Zoonoses (DCZ) deu início à construção de baias no Parque de Exposições, garantindo um espaço seguro e adequado para os bichos de estimação das pessoas que possam ser atingidas pela enchente.

De acordo com o coordenador do departamento, Herbert Teixeira de Oliveira, a previsão é que sejam montadas entre 250 e 280 baias, tanto individuais quanto coletivas, para acomodar os animais. “Começamos hoje a construir as baias, que vão abrigar os animais das famílias desabrigadas pela alagação. Aqui, os animais vão ficar sob a guarda do departamento de controle de zoonoses, assistidos 24 horas pelos agentes e médicos veterinários, garantindo a saúde deles, a manutenção da dieta e a questão hídrica também”, explicou.

O trabalho segue uma determinação do prefeito Tião Bocalom de garantir acolhimento digno não apenas às pessoas, mas também aos seus bens e animais de estimação. O secretário de Saúde, Rennan Biths, reforçou esse compromisso. “Nossa preocupação é garantir a dignidade para todos, tanto as pessoas como seus patrimônios, e os animaizinhos também. Nossa missão, e determinação do prefeito Tião Bocalom, é que todos tenham o melhor tratamento possível, com segurança, saúde e dignidade”, afirmou.

O espaço preparado para os animais contará com monitoramento constante, alimentação e cuidados veterinários, assegurando que eles passem por esse período da forma mais tranquila possível. “Serão dias difíceis, caso sejamos acometidos por mais uma alagação, mas contamos também com a ajuda e a compreensão de todos; e vamos cuidar dos animaizinhos, né? É a nossa missão, e se Deus quiser esses anjinhos vão ser bem cuidados”, finalizou Dr. Herbert.

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A 24 centímetros do transbordamento, Rio Acre já alcança o bairro da Base na capital

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O nível do Rio Acre em Rio Branco segue subindo rapidamente. De acordo com o boletim da Defesa Civil Municipal, às 9h30 deste domingo, 09, o rio atingiu 13,76 metros, ficando a apenas 24 centímetros da cota de transbordamento, que ocorre aos 14 metros.

As águas do manancial já alcançam o bairro da Base. Apesar disso, casas ainda não foram atingidas. A elevação é impulsionada pelo volume de água vindo dos afluentes, como o Riozinho do Rola. As chuvas acima da média para o mês de março estão elevando os níveis dos rios em várias regiões do Acre.
Em Plácido de Castro, o Rio Abunã já está 39 centímetros acima da cota de transbordamento. Até o momento, apenas uma família precisou ser retirada para a casa de parentes. Já em Sena Madureira, o Rio Iaco atingiu 14,17 metros, ultrapassando a cota de alerta de 14 metros. Lá, a cota de transbordamento é de 15,20 metros, e alguns bairros já foram atingidos pela cheia.

Em Cruzeiro do Sul, onde o Rio Juruá alcançou 13,20 metros, o governo do Estado e a prefeitura já mobilizam equipes para possíveis remoções de famílias.

Durante a madrugada, o Rio Acre apresentou uma elevação significativa em Rio Branco. Na primeira medição do dia, marcou 13,66 metros, subindo 10 centímetros nas primeiras horas da manhã.

Diante desse cenário, a Prefeitura de Rio Branco intensificou os trabalhos no Parque de Exposições Wildy Viana, onde já estão sendo montados 30 abrigos para acolher as primeiras famílias desalojadas.

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