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40 integrantes de organização criminosa são condenados a penas que ultrapassam 300 anos de prisão
O Juízo da Vara de Delitos de Organizações Criminosas de Rio Branco condenou 40 réus da Operação Sinapse a mais de 300 anos de prisão. A decisão foi publicada na edição n° 6.699 do Diário da Justiça Eletrônico (págs 62 -95)
Um integrante flagrado com entorpecentes, utilizando documento falso e portando munição ilegalmente. Com ele, a polícia apreendeu três celulares. Então, a partir dos dados periciais desses aparelhos, a operação foi orientada com base nas informações dos grupos de WhatsApp da facção. Desta forma, foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos acusados e o Ministério Público ofereceu denúncia contra eles.
Dos 41 denunciados neste processo, 32 confessaram e confirmaram seu cadastro na organização criminosa e muitos deles já estavam nas unidades penitenciárias, condenados por outros crimes. Em relação a este fato, o juiz responsável pela sentença explicou que se trata de crime permanente, tendo em vista que foi possível a continuidade delitiva “intramuros”, promovendo e mantendo o fluxo das ações empreendidas pela organização criminosa dentro do sistema penitenciário.
Apenas um foi absolvido. Dos condenados, duas são mulheres e outros 17 não tinham maus antecendentes, ou seja, são réus primários, jovens que iniciaram sua vida no crime. Além disso, durante a tramitação dos autos, o processo foi desmembrado e na outra parte há mais 23 réus.
Na dosimetria, o magistrado assinalou que as consequências dos crimes são graves, pois o grupo é responsável direto pelo aumento da criminalidade e violência em todo o estado, além de atuar empregando o uso de armas de fogo e com a participação de menores de idade.
RÉU | CODINOME | ANTECEDENTES CRIMINAIS | PENA | REGIME INICIAL | DIAS-MULTA |
1 | MG2 | Réu primário | Oito anos, dois meses de reclusão | Fechado | 220 |
2 | Imperador | Reincidente | 11 anos, dois meses e 22 dias de reclusão | Fechado | 360 |
3 | Enfeite da Morte | Réu primário | Oito anos, dois meses de reclusão | Fechado | 220 |
4 | Zamaza | Réu primário | Cinco anos, cinco meses e 10 dias de reclusão | Fechado | 147 |
5 | Bola | Reincidente | Oito anos, dois meses de reclusão | Fechado | 221 |
6 | 10 Mil | Réu primário | Cinco anos, cinco meses e 10 dias de reclusão | Semiaberto | 147 |
7 | Chaulim | Reincidente | Oito anos, dois meses e dois dias de reclusão | Fechado | 147 |
8 | Maclaren | Reincidente | Oito anos e dois meses de reclusão | Fechado | 221 |
9 | Esqueleto Sanguinário | Reincidente | Oito anos e dois meses de reclusão | Fechado | 221 |
10 | Óbito | Reincidente | Nove anos, seis meses e 10 dias de reclusão | Fechado | 256 |
11 | Teves | Réu primário | Cinco anos, cinco meses e 10 dias de reclusão | Semiaberto | 147 |
12 | F6 | Réu primário | Cinco anos, cinco meses e 10 dias de reclusão | Semiaberto | 147 |
13 | Juninho | Reincidente | Nove anos, sete meses e 15 dias de reclusão | Fechado | 322 |
14 | M2 | Reincidente | Seis anos, nove meses e 20 dias de reclusão | Fechado | 183 |
15 | Neguinha | Reincidente | Nove anos, sete meses e 15 dias de reclusão | Fechado | 322 |
16 | Ceifador do Habitasa | Reincidente | Nove anos, sete meses e 15 dias de reclusão | Fechado | 322 |
17 | Bradokinho | Reincidente | 11 anos, dois meses e 22 dias de reclusão | Fechado | 360 |
18 | Sem apelido | Réu primário | Seis anos, nove meses e 20 dias de reclusão | Semiaberto | 183 |
19 | Diamantão | Réu primário | Seis anos, nove meses e 20 dias de reclusão | Semiaberto | 183 |
20 | Mestre do Ar | Réu primário | Cinco anos, cinco meses e 10 dias de reclusão | Semiaberto | 147 |
21 | Cheque Outro | Réu primário | Seis anos, nove meses e 20 dias de reclusão | Semiaberto | 183 |
22 | JK | Reincidente | Seis anos, seis meses e 22 dias de reclusão | Fechado | 217 |
23 | Sem apelido | Réu primário | Oito anos e dois meses de reclusão | Fechado | 220 |
24 | Abençoado | Reincidente | Nove anos, seis meses e 10 dias de reclusão | Fechado | 256 |
25 | Piranha | Réu primário | Cinco anos, cinco meses e 10 dias de reclusão | Semiaberto | 147 |
26 | Monstro | Reincidente | Nove anos, sete meses e 15 dias de reclusão | Fechado | 322 |
27 | Guerreiro da Fé | Reincidente | Oito anos e sete dias de reclusão | Fechado | 269 |
28 | Maçã | Réu primário | Seis anos, nove meses e 20 dias de reclusão | Semiaberto | 183 |
29 | Cria das 6 | Réu primário | Cinco anos, cinco meses e 10 dias de reclusão | Semiaberto | 147 |
30 | Ney | Reincidente | Nove anos, sete meses e 15 dias de reclusão | Fechado | 322 |
31 | Lutador | Réu primário | Cinco anos, cinco meses e 10 dias de reclusão | Semiaberto | 147 |
32 | Abusada do Acre | Réu primário | Oito anos e dois meses de reclusão | Fechado | 220 |
33 | Sagaty | Réu primário | Cinco anos, cinco meses e 10 dias de reclusão | Semiaberto | 147 |
34 | Noturno | Reincidente | Nove anos, sete meses e 15 dias de reclusão | Fechado | 322 |
35 | T.A. | Reincidente | Nove anos, sete meses e 15 dias de reclusão | Fechado | 322 |
36 | Vingador | Reincidente | Nove anos, sete meses e 15 dias de reclusão | Fechado | 322 |
37 | TYC | Reincidente | Nove anos, sete meses e 15 dias de reclusão | Fechado | 322 |
38 | Bom ladrão | Reincidente | Oito anos e dois meses de reclusão | Fechado | 221 |
39 | Top 2 | Reincidente | Nove anos, sete meses e 15 dias de reclusão | Fechado | 322 |
40 | Multiplicação | Réu primário | Seis anos, nove meses e 20 dias de reclusão | Semiaberto | 183 |
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PF deflagra Operação Teto de Vidro II contra lavagem de dinheiro na fronteira do Acre
Grupo criminoso teria movimentado mais de R$ 200 milhões por meio de câmbio ilegal e evasão de divisas
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (30), a Operação Teto de Vidro II, visando desarticular um grupo criminoso responsável por lavagem de dinheiro na região de fronteira entre Brasil e Bolívia. Após contato com a assessoria, somente nesta sexta-feira (31), as informações foram repassadas através do portal da Instituição.
A ação é um desdobramento da primeira fase da operação, realizada em 2022, quando a PF identificou movimentações financeiras ilícitas superiores a R$ 200 milhões, ligadas a crimes de câmbio ilegal e evasão de divisas.
Segundo as investigações, os suspeitos utilizavam empresas e “laranjas” para adquirir imóveis, misturando dinheiro ilícito com receitas legais para ocultar a origem criminosa dos valores.
Foram cumpridos sete mandados expedidos pela Justiça Federal, sendo dois de prisão preventiva contra os líderes do grupo e cinco de busca e apreensão em Brasiléia e Xapuri. Além disso, houve o sequestro de bens e valores no montante de R$ 3 milhões.
A PF segue investigando o caso para identificar outros envolvidos e apurar possíveis novos crimes. Os suspeitos poderão responder por lavagem de dinheiro e outros delitos relacionados.
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Homem é executado com mais de 20 tiros dentro de lava a jato em Rio Branco
Criminosos invadiram estabelecimento e dispararam contra vítima que dormia no local
Um homem identificado apenas como “Fei” foi assassinado a tiros na madrugada desta sexta-feira (31) dentro de um lava a jato localizado na Rua Coronel Leal, Quadra 8E, no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, em Rio Branco.
De acordo com informações da Polícia Militar, a vítima estava dormindo em um quarto do estabelecimento quando criminosos não identificados invadiram o local, quebraram a porta e efetuaram mais de 20 disparos. “Fei” foi atingido no peito, abdômen e cabeça, morrendo no local. Após a execução, os autores fugiram sem deixar rastros.
Moradores da região relataram ter ouvido os disparos e, ao saírem para verificar o que havia acontecido, encontraram o homem gravemente ferido dentro do quarto. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas, ao chegar, os paramédicos constataram o óbito.
Policiais do 2º Batalhão isolaram a área para os trabalhos periciais. Após a análise da cena do crime, o corpo foi removido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exames e identificação oficial.
A motivação do crime ainda é desconhecida. O caso será investigado inicialmente pelos agentes da Equipe de Pronto Emprego (EPE) e, posteriormente, seguirá para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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Em menos de 12 horas, GEFRON prende três mulheres por tráfico de drogas na fronteira
O Grupo Especial de Fronteira (GEFRON) do Acre prendeu três mulheres, incluindo uma grávida e uma adolescente, por tráfico de drogas na região de fronteira com a Bolívia e o Peru. As prisões ocorreram em menos de 12 horas durante a Operação Protetor das Fronteiras e Divisas, que reforça a fiscalização nas rodovias do estado.
A primeira prisão aconteceu na tarde de quarta-feira (29), quando um táxi Fiat Cronos foi abordado em Senador Guiomard. No bagageiro do veículo, os agentes encontraram um bebedouro que, ao passar pelo Raio-X, revelou conter 8,2 kg de skank, uma versão mais potente da maconha. A droga, avaliada em R$ 82.200, pertencia a K.M.B.F., que foi presa em flagrante.
Pouco depois, outro táxi, modelo Chevrolet Spin, foi fiscalizado. Durante a revista, os agentes notaram uma caixa de som com peso anormal. O scanner revelou um formato suspeito no interior do equipamento, onde estavam escondidos 7,2 kg de skank, avaliados em R$ 72.230. A droga era transportada por uma adolescente, K.V.A.D., que foi apreendida e levada à delegacia.
Já na manhã de quinta-feira (30), uma terceira abordagem resultou na prisão de uma mulher grávida. Durante a fiscalização, os policiais encontraram 4 kg de cloridrato de cocaína dentro de um saco amarelo. A suspeita recebeu voz de prisão e foi encaminhada à Delegacia de Polícia Civil, onde responderá pelo crime de tráfico internacional de drogas.
As forças de segurança alertam para o aumento do recrutamento de mulheres como “mulas” do tráfico, transportando drogas em troca de dinheiro ou favores. A localização do Acre, que faz fronteira com países produtores de entorpecentes, como Bolívia e Peru, facilita esse tipo de crime.
As apreensões reforçam o compromisso das autoridades no combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado na região. O GEFRON e outros órgãos de segurança seguem intensificando operações para desarticular as redes criminosas e impedir a entrada de drogas no Brasil.
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