Acre
UFAC e MPAC lançam plataforma inédita para monitorar qualidade do ar no Acre
Ferramenta permitirá acompanhamento em tempo real de poluentes atmosféricos e fornecerá dados para políticas públicas de saúde e meio ambiente

O encontro teve a finalidade de demonstrar o funcionamento operacional e a metodologia utilizada pelo MP acreano para fazer o monitoramento da qualidade do ar. Foto: captada
A Universidade Federal do Acre, Campus Floresta, e o Ministério Público do Estado do Acre apresentam a nova versão da plataforma Acre Qualidade do Ar (https://acre.qualidadedoar.net.br/), um ambiente digital interativo que permite o acompanhamento em tempo real dos níveis de poluição atmosférica nos municípios do Acre. A iniciativa é resultado da parceria entre o Laboratório de Geoprocessamento Aplicado ao Meio Ambiente (LabGAMA-UFAC) e o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), com cooperação técnico-científica de instituições locais, nacionais e internacionais. A iniciativa é liderada pelo Prof. Dr. Willian Flores.
A plataforma disponibiliza dados provenientes de uma rede de sensores de baixo custo instalados em municípios acreanos em 2019, organizados em painéis interativos que permitem à população, pesquisadores, gestores públicos e profissionais em geral e da imprensa acompanharem os níveis de material particulado e a classificação da qualidade do ar, em diferentes escalas temporais.
A Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar do Estado do Acre, operacional desde 2019, consolidou o Acre como o primeiro estado do Brasil a monitorar 100% de seus municípios por meio de sensores de baixo custo, com dados em tempo real e acesso público.
Em razão desse pioneirismo regional, a experiência acreana passou a servir como referência para a formulação de iniciativas semelhantes de monitoramento da qualidade do ar, conduzidas por instituições do poder público e organizações do terceiro setor na Amazônia Legal.
Desenvolvida com tecnologia moderna, a plataforma integra banco de dados em PostgreSQL, processamento automatizado com linguagem Python e visualização web dinâmica baseada em frameworks de última geração. O sistema realiza também a correção e validação dos dados, assegurando maior confiabilidade às informações disponibilizadas à população.
A iniciativa contribui diretamente para o fortalecimento da pesquisa científica, para a formulação de políticas públicas ambientais e de saúde e para o aumento da conscientização da sociedade sobre os impactos da poluição do ar, especialmente relacionados às queimadas e ao desmatamento na região amazônica.

A ferramenta surge como resposta às crescentes preocupações com os efeitos das queimadas florestais e da urbanização na qualidade do ar na região amazônica. Foto: captada
O Prof. Willian Flores ressalta a importância do monitoramento contínuo da qualidade do ar na Amazônia, uma vez que, todos os anos, durante a estação seca, ocorre uma acentuada deterioração dos níveis de poluição atmosférica associada às queimadas. Apesar dessa recorrência, ainda são limitadas as informações sobre a real magnitude desse agravamento e sobre as consequências da exposição prolongada da população aos poluentes atmosféricos.
O sucesso da iniciativa é creditado à parceria sólida entre a academia e o poder público. O Promotor de Justiça Luis Rolim, atual responsável pelo projeto no MPAC, destaca o caráter colaborativo da construção, uma vez que trata de uma construção de sucesso que nasceu da atuação da Procuradora de Justiça Rita de Cássia com professores da UFAC, resultando em um marco no Brasil para o monitoramento da qualidade do ar.
Destaques da plataforma
Rede de sensores distribuída nos municípios do Acre
Dados abertos e atualizados em tempo real
Painéis interativos e mapas dinâmicos
Ferramenta de apoio a pesquisas, gestão ambiental e políticas públicas
Participaram da reunião a procuradora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente, Patrimônio Histórico e Cultural e Habitação e Urbanismo – CAOP-MAPHU, Rita de Cássia Nogueira Lima, o cientista senior associado ao Centro de Pesquisa em Clima Woodwell e da UFAC Irving, Foster Brown, o professor da UFAC, Alejandro Antônio Fonseca Duarte, o professor da UFAC, Antônio Willian Flores de Melo, a Engenheira Florestal, Assessora do CAOMA/MPPA, a assessora técnica para os promotores com atuação da área de saúde/MPPA, Kátia Carvalheiro, Ana Helfer, o Engenheiro Químico do Grupo de Apoio Técnico (GAT)/MPPA, Orlando José Sena do Rosário, a Geógrafa do GAT/MPPA, Patrícia Guedes, a Bióloga do GAT/MPPA, Soraia Knez, o Engenheiro Sanitarista Ambiental do GAT/MPPA, Thiago Rodrigues de Matos.
Acesso
A plataforma está disponível gratuitamente em:
👉 https://acre.qualidadedoar.net.br/
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.
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Acre
Acre receberá R$ 6,3 milhões para conservação e manutenção de rodovias em 2026

A Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário, vinculada ao Ministério dos Transportes, publicou a Portaria nº 939, de 16 de dezembro de 2025, que aprova os Programas de Trabalho apresentados pelos estados e pelo Distrito Federal para aplicação dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Combustíveis) no exercício de 2026. O decreto foi publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU).
O ato foi assinado pela secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, e tem como base a Lei nº 10.336/2001 e a Portaria nº 228/2007, que regulamentam a destinação dos recursos da Cide. A portaria também estabelece que eventuais alterações nos programas deverão seguir rigorosamente as normas previstas na legislação vigente.
No caso do Acre, foi aprovado o Programa de Conservação e Manutenção de Rodovias Estaduais para 2026, conforme processo administrativo nº 50000.029129/2024-53. O plano prevê investimentos voltados à conservação, manutenção e recuperação de importantes trechos da malha rodoviária estadual.
Entre as rodovias contempladas estão a AC-010, no trecho entre Rio Branco e Porto Acre; a AC-040, ligando Rio Branco a Plácido de Castro; a AC-090, no trecho entre Rio Branco e o km 100; além das rodovias AC-475, AC-485, AC-380, AC-445, AC-407 e AC-405, que atendem municípios como Xapuri, Bujari, Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima.
O valor total destinado ao programa no Acre soma R$ 6.337.978,18, com execução financeira distribuída ao longo dos quatro trimestres de 2026. Os recursos serão aplicados de forma contínua, garantindo a manutenção e recuperação das vias estaduais ao longo de todo o ano.
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Acre
No Acre, casamentos duram cerca de 11 anos, ficando abaixo da média nacional

Os casamentos estão durando menos em todo o Brasil, e o Acre aparece entre os estados com menor tempo médio de duração das uniões, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto, no país, os matrimônios duram, em média, 13,8 anos, no Acre esse período cai para 11,1 anos, ficando abaixo da média nacional e regional.
No ranking dos estados brasileiros, o Acre ocupa uma das posições mais baixas em relação à duração dos casamentos, ficando atrás apenas de unidades da Região Norte e Centro-Oeste, como Rondônia (11 anos) e Roraima (10,2 anos). Os dados fazem parte da Estatística do Registro Civil, divulgada pelo IBGE em dezembro, e se referem às uniões formalizadas em 2024.
Apesar da redução na duração média dos casamentos, o IBGE registrou, em 2024, a primeira queda no número de divórcios desde 2019, com redução de 2,8% em relação ao ano anterior.

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