Conecte-se conosco

Flash

Solução como política pública: Ministério da Saúde reconhece filtros de nanotecnologia como eficazes para purificação de água

Publicado

em

Saúde e Alegria já distribuiu mais de 5 mil unidades para famílias sem acesso à água potável, com bons resultados, inspirando Nota Técnica

Saúde e Alegria já distribuiu mais de 5 mil unidades para famílias sem acesso à água potável, com bons resultados, inspirando Nota Técnica

O Ministério da Saúde (MS), por meio da Nota Técnica Nº 68/2024, reconheceu os dispositivos de microfiltração que tem sido distribuídos em comunidades, sobretudo na região Norte do Brasil, como eficazes no tratamento de água para consumo humano.

“Considerando que os dispositivos envolvem o emprego de técnica de tratamento por meio de membranas de microfiltração e que esse processo apresenta elevada eficiência para remoção de partículas em suspensão (turbidez) e de agentes patogênicos, cujo tamanho seja superior aos poros das membranas, reconhece-se que sua utilização tende a contribuir significativamente para a maior segurança à saúde da população sem acesso a água tratada”, destacou a Nota Técnica, publicada pelo Ministério. Leia a nota na íntegra.

Caetano Scannavino, coordenador do Projeto Saúde e Alegria (PSA), comemora: “A exemplo do modelo de saúde básica com o barco-hospital Abaré que virou política pública nacional, hoje com mais de 100 embarcações espalhadas em toda Amazônia, ficamos felizes de estar contribuindo para aprimorar também as políticas de acesso à água para quem precisa. Essa Nota do MS dá um resguardo a mais aos projetos e aplicações dessa tecnologia no Brasil, e o mais importante, é um passo para tornar os filtros elegíveis para as políticas públicas, sejam via emendas parlamentares, municípios, estados, órgãos federais, e outros, permitindo assim escalar essa solução via governos para um número muito maior de famílias.”

Eliane Ignotti, Coordenadora Geral de Vigilância em Saúde Ambiental (CGVAM/DVSAT/SVSA/MS), uma das signatárias da Nota, atesta a eficácia dos filtros: “Para as comunidades que dependem exclusivamente de fontes de água superficiais, como rios e igarapés, que são inadequadas para consumo humano sem tratamento prévio, os filtros de membrana contribuem significativamente para a maior segurança à saúde da população sem acesso aos serviços de abastecimento de água, removendo partículas e alguns patógenos, como bactérias e protozoários. No entanto, é importante que a população siga usando o cloro, que é distribuído pelo Ministério da Saúde, então não esquecer daquelas duas gotinhas de hipoclorito para cada litro de água. E que a autoridade de saúde no território siga acompanhando as ações e também realize o monitoramento periódico desta água”.

Desde 2022, o PSA vem  trabalhando com essas tecnologias de filtragem para reduzir os impactos do estresse hídrico na população ribeirinha da Amazônia. Em quase três anos de atuação, já distribuiu 5.300 sistemas de filtros, beneficiando mais de 7 mil famílias dos territórios do Baixo Amazonas, aldeias Munduruku impactadas pelos garimpos no Tapajós, comunidades de várzea com suas águas barrentas, inclusive outras regiões como as Ilhas do Combu nas proximidades de Belém/PA e municípios do Rio Grande do Sul atingidos pelas grandes enchentes de 2024.

Esses filtros contam com uma micromembrana de nanotecnologia, que retém 99,99% das impurezas da água. Com vazão de 1 litro por minuto, atendem uma família por 2 a 5 anos, são de fácil manutenção (retro-lavagem), e podem ser acoplados em qualquer reservatório.

Todo trabalho sempre contou com instituições parceiras e respectivas expertises de água e aplicações das tecnologias, como a Water Is Life e Fundação Iturri (filtros acoplados a baldes), a Água-Camelo (filtros em mochilas-tanques), e a Sanofi (filtros coletivos pras escolas). Nada aconteceria sem as organizações de base e os movimentos sociais, essenciais no apoio logístico e mapa das famílias em situação de maior risco.

“Os filtros vem a se somar aos empreendimentos estruturais que temos implantado, como os sistemas fotovoltaicos e autogeridos de abastecimento comunitário de água encanada. E tem sido bastante úteis também nas localidades desassistidas, sem sistema algum, dependentes das águas contaminadas dos rios”, explica Jussara Salgado, coordenadora do Programa de Infraestrutura Comunitária do PSA. “É uma solução de baixo-custo, que traz resultados imediatos, como a redução das doenças de veiculação hídrica e diarreias, maior causa da mortalidade infantil na nossa região. E são investimentos que se pagam ao diminuir os gastos de saúde com doenças evitáveis”, complementa.

SECA RECORDE NA AMAZÔNIA

2024: vazante recorde do rio Arapiuns, afluente do Tapajos– Foto: Araquém Alcântara

Diante de extremos climáticos cada vez mais frequentes, sejam situações de cheias ou secas severas, eles também se constituem como tecnologias de adaptação efetivas para os novos tempos. A nota do Ministério da Saúde destaca a importância dos filtros de nanotecnologia no atendimento às famílias sem acesso a água potável em meio a essa estiagem histórica de 2024 na Amazônia, a maior seca que se tem conhecimento na região.

“Esse fator ganha destaque devido ao baixo nível dos rios na Região Norte, o que compromete o transporte e a movimentação de produtos e mercadorias. Cabe também acrescentar que tais equipamentos dispensam o uso de energia elétrica, uma vez que funcionam com ação da gravidade. Desse modo, a utilização desses dispositivos pode compor a lista de estratégias para redução dos impactos da seca e da estiagem prolongada em localidades com disponibilidade de águas superficiais, mesmo que apresentem elevada turbidez, desde que sejam observadas as orientações e especificações de uso do dispositivo”, diz o documento.

“Com essa estiagem severa, as águas concentradas ficam ainda mais impróprias e barrentas. Mesmo nesses pequenos filetes, os filtros de nanotecnologia conseguem operar. São essenciais também na chegada das chuvas e subida das águas com os dejetos que estavam em terra, com os inícios de ano sempre como a época dos surtos de diarreias, sobretudo nas crianças”, explica Caetano Scannavino

“A partir de uma grande soma de esforços entre organizações e movimentos sociais da região, nossa meta entre o final e início do próximo ano é entregar 5 mil filtros para as famílias das áreas mais atingidas pela estiagem. Parece muito, mas não é frente a enorme demanda por acesso à água de qualidade. Quem sabe essa Nota ajude a escalar essa tecnologia via políticas públicas, uma solução mais efetiva e barata do que entregar de helicóptero fardos de água mineral uma vez ou outra para algumas poucas famílias”, complementa.

Na última semana, o PSA realizou uma doação dessa tecnologia a ribeirinhos no Rio Tapajós. Em parceria com Sapopema, e Brigada de Alter, os filtros doados pela Fundação Iturri estão beneficiando a Comunidade Igarapé da Praia, região de várzea do Tapará, município de Santarém. Moradores relataram que andam até dois quilômetros para conseguir água, e ela não está adequada ao consumo.

“Em uma situação de emergência, esses filtros podem reduzir o sofrimento das famílias ao tratar a água através de uma micromembrana que retém 99,99% das impurezas. Com a estiagem, as águas concentradas ficam ainda mais barrentas. Mesmo nesses pequenos filetes, os filtros de nanotecnologia conseguem operar. São essenciais também na chegada das chuvas e subida das águas com os dejetos que estavam em terra” explicou a Coordenadora de Infraestrutura do PSA, Jussara Salgado.

CARTA DOS MOVIMENTOS

MA tecnologia também foi apresentada em uma carta elaborada por 16 organizações, que cobram medidas para atender populações afetas pela estiagem na região. O documento solicita apoio de Governos Federal, Estadual e Municipal, na disponibilização de 50 mil filtros de nanotecnologia. Veja o documento.

COMO AJUDAR?

Uma parceria com a ONG DoeBem, que se sensibilizou com a causa, está ajudando a conseguir mais filtros: CLIQUE E DOE.

Doando R$ 17, você promove 1 ano de água potável para 1 pessoa. Com o valor de R$ 85, promove 1 ano de água potável para 1 família. Pode doar também R$ 213 e permitir a entregas de 1 filtro portátil para 1 família. O valor de R$ 1,5 mil ajuda a evitar a perda de 1 ano de vida saudável devido a morte prematura ou incapacidade provocada pela insegurança hídrica.

Fonte:

audeealegria.org.br

Comentários

Continue lendo
Publicidade

Flash

Sebrae promove evento para conectar artesãos acreanos à lojistas do Sudeste e Nordeste

Publicado

em

Evento integra o Projeto Comprador e conta com apoio de parceiros

Nos dias 3 e 4 de novembro, o Sebrae realiza o encontro de negócios do Projeto Comprador, com foco em conectar talentos do Acre a novas oportunidades de mercado. O evento acontece no formato B2B (Business to Business) e conecta 14 lojistas do Sudeste e Nordeste diretamente aos artesãos acreanos.

O Projeto Comprador contou com uma fase anterior, de capacitação com duração de quatro meses, beneficiando mais de 100 artesãos de dez municípios acreanos, incluindo representantes das etnias indígenas Puyanawa, Shanenawa, Apuriã, Huni Kuin e Marubo.

De acordo com o analista do Sebrae no Acre, Aldemar Maciel, o projeto contou com uma metodologia específica desenvolvida para os artesãos. “As capacitações consistem na modelagem de negócios, gestão da produção, precificação e comercialização, preparando o artesão para fazer negócios com esses compradores”, explicou.

A líder indígena Eni Shanenawa destacou sua satisfação em participar da iniciativa para que as pessoas conheçam a ancestralidade do Povo Shanenawa. “Agradeço ao Sebrae por esse momento tão importante em que nós estamos aqui, como indígenas, para mostrar os nossos artesanatos. É de grande importância para nós que as pessoas levem nossos produtos para fora do estado, porque a sociedade vai ter esse conhecimento da importância do artesanato indígena e do artesanato acreano”, disse.

Pela primeira vez no Acre, a representante da Loja do Museu de Arte de São Paulo (MASP), Adélia Borges, destacou as belezas da produção acreana. “Essa bioeconomia que a gente vê aqui é uma produção muito linda, cheia de significados culturais. Cada peça que vemos aqui é um trabalho enorme que o artesão faz. Nós somos uma loja em um museu importante e os produtos acreanos fazem um sucesso enorme, principalmente com os estrangeiros”, destacou.

O encontro conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Rio Branco, Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (SETE), Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ), Universidade Federal do Acre (Ufac), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a GolLog.

Comentários

Continue lendo

Flash

Polícia Civil deflagra Operação “Desmonte 4” e prende 12 integrantes de organização criminosa no Acre e em Mato Grosso

Publicado

em

A Polícia Civil do Acre (PCAC), por meio da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), deflagrou nesta quinta-feira, 4, a Operação “Desmonte 4”, ação que reforça o combate ao avanço e à estruturação de organizações criminosas no estado. A ofensiva contou com apoio estratégico da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diop) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), além da parceria da Draco da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso (PJCMT).

Polícia Civil prende 12 integrantes de organização criminosa no Acre e em Mato Grosso. A ação integra a Renorcrim e reforça o enfrentamento ao crime organizado no país. Foto: assessoria/ PCAC

Ao todo, 12 pessoas foram presas preventivamente, sendo 11 em Rio Branco-AC e uma em Várzea Grande-MT, esta última localizada com apoio das equipes especializadas mato-grossenses. As prisões atingem diretamente uma célula criminosa ligada à expansão territorial da facção criminosa.

Segundo as investigações, o grupo atuava na ampliação do domínio territorial, na realização de cadastros de novos integrantes, além de coordenar invasões em áreas da cidade e organizar a venda de drogas em pontos estratégicos de Rio Branco. As ações tinham como objetivo fortalecer a presença da facção e ampliar sua capacidade de atuação criminosa.

O delegado titular da Draco, Gustavo Henrique da Silva Neves, destacou que as prisões representam mais um importante passo na contenção do avanço da organização criminosa no estado. Segundo ele, o trabalho integrado entre as forças de segurança tem sido determinante para enfraquecer a atuação das facções.

Em coletiva de imprensa, o delegado Gustavo Neves destaca que a Operação Desmonte 4 representa mais um duro golpe contra o crime organizado no Acre. Foto: assessoria/ PCAC

“A Operação Desmonte 4 reflete o esforço contínuo das instituições de segurança pública em desarticular o crime organizado. O compartilhamento de informações e a atuação conjunta são fundamentais para impedir o avanço dessas organizações, que tentam expandir seu território e suas práticas ilícitas”, afirmou o delegado.

A Operação “Desmonte 4” integra as ações da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Renorcrim), coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. A rede reúne delegados titulares de unidades especializadas em combate ao crime organizado em todo o país, promovendo o trabalho conjunto, a troca de informações e o desenvolvimento de estratégias de inteligência.

A atuação da Renorcrim, por meio da Diop/Senasp, tem como principal objetivo fortalecer o enfrentamento nacional e duradouro ao crime organizado, garantindo respostas rápidas e integradas às ações das facções criminosas, que têm atuação interestadual.

Comentários

Continue lendo

Flash

Americano recém-chegado ao Acre é brutalmente assaltado no Segundo Distrito de Rio Branco

Publicado

em

Vítima foi atacada por quatro criminosos, teve documentos e dinheiro roubados e acabou gravemente ferida

Um cidadão norte-americano, identificado como Joseph Thomas Fratantoni, de 43 anos, foi vítima de um assalto seguido de agressão na noite desta quarta-feira (3), no bairro Cidade Nova, no Segundo Distrito de Rio Branco. O homem havia acabado de chegar ao Brasil no mesmo dia, entrando pela fronteira do Acre.

Segundo informações, Joseph foi surpreendido por quatro homens que levaram cerca de R$ 1 mil, além de seu celular e passaporte. Após o roubo, os criminosos passaram a espancá-lo com pedras, chutes e ripas, causando cortes profundos na cabeça e fortes dores na região das costas e costelas. Em seguida, fugiram.

Mesmo ferido, o estrangeiro conseguiu correr até um hotel próximo para pedir socorro. Funcionários acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que realizou os primeiros atendimentos e o encaminhou ao Pronto Socorro de Rio Branco. Ele está estável.

A Polícia Militar fez buscas na região, mas nenhum suspeito foi encontrado. O caso segue em investigação.

Comentários

Continue lendo